Data de publicação: 31 de Outubro de 2019, 11:10h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:26h
“Maria do Caritó”, que estreia nesta quinta-feira (31), é um filme para dar boas risadas, mas que ainda assim decepciona com certos clichês. Interpretada por Lilia Cabral (Divã), Maria é uma mulher mais velha que, assim que nasceu, foi prometida pelo pai a ser entregue virgem a São Djalminha, um santo desconhecido. O dilema é que agora Maria sonha em encontrar um amor e se casar.
A esta altura, a protagonista passa por dois grandes momentos: ela conhece um artista de circo e se apaixona, enquanto a igreja da cidade local planeja canonizar Maria do Caritó como santa, pois acreditam que ela opera milagres. A mulher inclusive precisa contornar situações para enfrentar o próprio pai, que deseja que ela continue virgem e não se case.
Os cenários do filme são lindos, e por se tratar de um interior brasileiro, traz um ar de aconchego. Os ambientes foram muito bem trabalhados, assim como o figurino e a maquiagem, que chamam muita atenção. Além disso, os diálogos no primeiro e segundo ato do filme são muito engraçados e cativantes. Apesar disso, o longa contém muitas piadas sem graça e que deixam o roteiro um pouco confuso por não informar ao público a época em que vivem os personagens.
O que complica mesmo é o desfecho do filme. Tudo aquilo que foi construído ao longo da trama é “jogado por água abaixo”, quando o roteiro apresenta uma revelação, de forma clichê, que não combina com o restante da estória. Isso pode acabar prejudicando a experiência e a relação do público com a trama.
Apesar disso, Lilia Cabral está fantástica como sempre. A atriz é bem volátil e consegue ser bastante teatral, expressiva e percorrer do drama à comédia. Ela consegue fazer com que Maria do Caritó conquiste e leve a personagem a se encontrar e se descobrir.
Dirigido por João Paulo Jabur e com Leopoldo Pacheco e Gustavo Vaz no elenco, “Maria do Caritó” estreia nesta quinta (31), nos cinemas.
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