A iniciativa, conduzida pelas empresas LHG Mining e Hermasa, deve gerar cerca de 10 mil empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico das comunidades ribeirinhas da região
Baixar áudioLer ao vivoGovernadores, prefeitos e especialistas alertam para risco de perda de autonomia e arrecadação com poder centralizado no Comitê Gestor do IBS
Baixar áudioLer ao vivoLOC.: O Amazonas vai receber UM BILHÃO E SETECENTOS MILHÕES DE REAIS do Fundo da Marinha Mercante para a construção de CENTO E OITENTA E OITO embarcações. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (29) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante visita ao Estaleiro Juruá, em Manaus.
A iniciativa, liderada pelas empresas LHG Mining e Hermasa, deve gerar cerca de DEZ MIL empregos e fortalecer a economia das comunidades ribeirinhas.
A LHG Mining vai construir CENTO E VINTE E OITO embarcações destinadas ao Amazonas, com investimento de UM BILHÃO E TREZENTOS E SESSENTA MILHÕES de reais. Para o pacote nacional, a empresa projeta investir QUATRO BILHÕES E TREZENTOS MILHÕES DE REAIS para a construção de QUATROCENTAS barcaças e QUINZE empurradores distribuídos entre quatro estados: Amazonas, Bahia, Pará e São Paulo.
Já a Hermasa será responsável por SESSENTA balsas graneleiras e DOIS empurradores, somando TREZENTOS E OITENTA E QUATRO MILHÕES de reais, também financiado pela FMM.
TEC./SONORA: ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho
“O governo do presidente Lula tem trabalhado muito para poder fortalecer a indústria naval no Brasil. Já são mais de 25 bilhões em crédito através do Fundo da Marinha Mercante, recursos para projetos da Petrobras e projetos como esse, que é fundamental para o escoamento da produção brasileira.”
LOC.: Durante a agenda, Costa Filho também inaugurou o porto fluvial de Envira e apresentou o projeto de modernização de Eirunepé, também no Amazonas. Ele destacou que a navegação fluvial é estratégica para o escoamento da produção e redução de custos logísticos, ao exemplificar que um comboio com DEZESSEIS barcaças pode substituir até MIL DUZENTOS E CINQUENTA caminhões.
Reportagem, Maria Clara Abreu.
LOC.: O Senado deve votar na próxima semana o Projeto de Lei Complementar 108, que regulamenta parte da Reforma Tributária e define o funcionamento do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS.
O colegiado ficará responsável por administrar o novo imposto, resultado da fusão do ICMS e do ISS, e já gera críticas de governadores, prefeitos e especialistas.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou duramente o modelo do Comitê Gestor, afirmando que a proposta reduz a autonomia de estados e municípios.
Segundo ele, o sistema centralizado concentra poder demais em Brasília e pode comprometer a efetividade das políticas públicas locais.
O advogado tributarista Paolo Stelati explica os riscos da centralização das decisões e como ela pode afetar estados e municípios.
TEC/SONORA: Paolo Stelati, advogado tributarista
“Existem estados com uma grande arrecadação, outros com arrecadação um pouco menor, assim como existem municípios com muita arrecadação e outros com arrecadação bem inferior. Todos eles vão participar dessa votação e, o que o Comitê Gestor decidir, terá que ser aceito.”
LOC: Para Stelati, a ideia de simplificação da reforma tributária pode gerar conflitos entre os entes federativos e prejudicar quem mais arrecada.
TEC/SONORA: Paolo Stelati, advogado tributarista
“A ideia de simplificação que vem com a reforma tributária pode gerar, inclusive, uma briga entre os entes federativos, a depender do que acontecer com essa decisão do Comitê Gestor.”
LOC: Além da disputa política, os municípios também alertam para impactos financeiros. A Confederação Nacional de Municípios calcula que uma mudança de última hora no texto pode reduzir em até QUARENTA BILHÕES DE REAIS por ano a arrecadação municipal.
Para tentar reverter a alteração, a CNM pediu ao senador Jorge Kajuru que protocole quatro emendas ao PLP 108.
Reportagem, Livia Braz
LOC: A Comissão de Saúde da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos, a FNP, alerta para o crescente desfinanciamento da Atenção Básica em saúde. O colegiado destaca que os municípios têm assumido parcela cada vez maior dos gastos, enquanto a participação da União vem caindo de forma consistente nas últimas duas décadas.
Segundo estudo da FNP e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, a participação da União no financiamento da saúde caiu de 52,4%, em 2002, para 41%, em 2024, enquanto a fatia dos municípios subiu de 25,5% para 33,8%, no mesmo período. Já os estados mantiveram participação estável, em torno de 20%.
O prefeito de Campinas (SP) e presidente da Comissão de Saúde da FNP, Dário Saadi, comentou sobre a queda no financiamento da Atenção Básica em saúde por parte do Governo Federal e a demora na habilitação de novos serviços pelo Ministério da Saúde.
TEC./SONORA: Prefeito de Campinas (SP) e presidente da Comissão de Saúde da FNP, Dário Saadi.
“Acabei de presidir uma reunião da Vice-Presidência Nacional de Saúde, da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos, falando sobre a redução do financiamento da atenção básica na saúde por parte do Ministério da Saúde. Em uma parceria da FNP com o Conasemes, nós apresentamos os dados históricos que mostram essa queda de repasse de recursos do Ministério da Saúde para os municípios. E também levantamos o problema da demora da habilitação, do credenciamento de serviços de saúde que o município faz e o Ministério da Saúde demora a credenciar e repassar recursos.”
LOC: Os municípios têm aplicado bem acima do mínimo constitucional de 15% das receitas próprias em saúde. Em 2024, investiram, em média, 23,1%, o que representa cinquenta e OITO BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES de reais a mais do que o exigido pela Constituição.
A situação é ainda mais crítica nos municípios mais populosos. Cidades com mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por 69,2% dos gastos em Atenção Básica em 2024, enquanto a União arcou com 27,7%. Entre as capitais, a participação local chegou a 71%, contra 26,7% da União.
O especialista em orçamento público, Cesar Lima, reforça que a situação é agravada pelo novo teto de gastos, que limita a expansão do financiamento federal.
TEC./SONORA: Especialista em orçamento público, Cesar Lima.
“Os municípios têm reclamado que o novo teto de gastos não deixa com que o financiamento federal acompanhe as demandas da população, principalmente em relação ao seu crescimento. A impossibilidade do crescimento desse gasto, de acordo com o teto de gasto, não leva em consideração o crescimento demográfico da população, mas tão somente o crescimento das receitas em relação às despesas”.
LOC: Entre as regiões do Brasil, o levantamento revela que os municípios do Sudeste e do Sul apresentam os maiores percentuais de custeio da Atenção Básica, com 65,1% e 68,6%, respectivamente. Essas regiões também registraram o maior crescimento populacional nos últimos 12 anos, de acordo com o Censo 2022 do IBGE.
Diante desse cenário, a Comissão de Saúde da FNP enviou um ofício ao Governo Federal, solicitando audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para apresentar o diagnóstico do setor e reivindicar maior repasse de recursos federais.
Reportagem, Deborah Souza.
LOC.: A geração de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional cresceu 9,5% na primeira quinzena de setembro, atingindo 3.881 megawatts médios. No mesmo período de 2024, o resultado foi de 3.544 megawatts médios. Os dados são da análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
As usinas térmicas registraram alta de 5,5%, enquanto as hidrelétricas e eólicas registraram queda de 7,7% e 6,2%, respectivamente. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional somou 69.966 megawatts médios, uma retração de 5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
O consumo geral de energia recuou 5,7% na primeira metade de setembro. Entre os estados, Maranhão registrou aumento de 7,1% no consumo e Ceará, 3,1% a mais em relação ao mesmo período de 2024. As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro, com menos 17,8% no consumo, Espírito Santo, com queda de 14,6%, Rondônia, com redução de 12,4%, e Maranhão, com menos 11,7%.
Reportagem, Cristina Sena
LOC.: O Valor Bruto da Produção Agropecuária em agosto de 2025 atingiu UM TRILHÃO, QUATROCENTOS E SEIS BILHÕES em agosto de 2025, alta de 11,3% em relação ao ano anterior.
Impulsionado pela soja, cana de açúcar, milho e café, que lideram os valores de produção e concentram grande parte do faturamento, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Mato Grosso se destaca como principal estado produtor. Na sequência aparecem Minas Gerais, com destaque para café, soja e leite; São Paulo, sustentado por cana, café e laranja; e Paraná, com predominância de milho, soja e frango.
Entre as lavouras, o avanço foi de 10,8%, puxado por amendoim, soja, milho, café, mamona e algodão. Já entre as maiores variações negativas, destacam-se batata-inglesa, laranja, feijão e arroz.
A atividade pecuária cresceu 12,3%, os melhores resultados foram: bovinos, frango, leite, suínos e ovos.
O VBP é calculado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa, considerando a produção e os preços de mercado no mês vigente. Portanto, representa o faturamento bruto na propriedade rural.
Reportagem, Mariana Ramos.
LOC.: O Brasil enfrenta um déficit estrutural em infraestrutura e precisa dobrar os investimentos no setor para alcançar o patamar médio global. A conclusão está no estudo Raio-x do Setor de Infraestrutura Brasileiro 2025, lançado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada, o Sinicon, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a Firjan.
O levantamento revela que o país ocupa a 62ª posição, em um ranking de 67 países em desenvolvimento, quando o assunto é infraestrutura.
Nos últimos 15 anos, os investimentos médios ficaram em apenas 2,31% do PIB, chegando a 2,22% em 2024. O dado chama a atenção, porque, segundo o estudo, o Brasil vem investindo abaixo da taxa de depreciação anual dos ativos de infraestrutura.
O gerente de Infraestrutura da Firjan, Isaque Ouverney, reforça a relevância do estudo ao mostrar como o setor é estratégico para o país.
TEC./SONORA: Gerente de Infraestrutura da Firjan, Isaque Ouverney.
“O que o Raio-X mostra é a importância do setor da construção pesada, não só pelos empregos e geração de riqueza que o próprio setor consegue produzir, mas por todo o impacto na cadeia produtiva da construção, além, claro, do impacto na competitividade nacional. O Brasil tem a necessidade de reduzir esse gap de infraestrutura em relação aos países desenvolvidos. E é fundamental que haja bons planos setoriais, para atender a essa demanda nos próximos anos.”
LOC: O diretor-executivo do Sinicon, Humberto Rangel, destacou ainda a necessidade de o país tratar o investimento em infraestrutura como prioridade nacional.
TEC./SONORA: Diretor-executivo do Sinicon, Humberto Rangel.
“Eu chamo atenção para um dos dados fundamentais que estão aqui expressos nesse raio-x, que se refere ao estoque de infraestrutura que o Brasil tem na sua totalidade, que corresponde a 35% do PIB nacional. Uma parte do investimento, talvez cerca de 2% do PIB, seria o valor necessário só para você ficar no mesmo lugar e nós não podemos ficar no mesmo lugar. O Brasil precisa atingir cerca de duas vezes esse valor, 60% seria um patamar mínimo de valor de estoque de infraestrutura para que o Brasil possa se colocar na posição de equivalência com países desenvolvidos.”
LOC: O estudo aponta entraves históricos que prejudicam a competitividade do Brasil e a qualidade de vida da população.
Os principais desafios internos são as rodovias, pois mais da metade da malha viária apresenta problemas, gerando um prejuízo logístico anual estimado em OITO BILHÕES E OITOCENTOS MILHÕES de reais; o saneamento básico apresentar o quadro com cerca de 32 milhões de brasileiros sem acesso à água potável e mais de 90 milhões vivem sem coleta de esgoto adequada; o setor de logística é marcado por ineficiências, como ferrovias subutilizadas, portos congestionados e uma rede metroferroviária insuficiente para atender às necessidades dos grandes centros urbanos; e as telecomunicações, que mesmo com avanços tecnológicos, como a fibra ótica e o 5G, ainda há desigualdade no acesso em áreas rurais e periféricas.
O Raio-x do Sinicon e da Firjan reforça que ampliar os investimentos em infraestrutura é essencial para destravar o crescimento econômico, melhorar a competitividade do Brasil e garantir avanços sociais e ambientais.
Reportagem, Deborah Souza.
LOC.: O preço do café arábica registra alta de 1,72% e a saca de 60 kg é negociada nesta quinta-feira (2) por R$ 2.163,99, na cidade de São Paulo.
O café robusta apresentou alta de 0,82% e está sendo negociado a R$ 1.353,43.
O preço do açúcar cristal apresenta variação nas principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg apresenta queda de 1,44%, cotada a R$ 115,64.
Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 118,55; a cotação média, sem impostos, registra queda de -2,02%,
Nesta quinta-feira (2), a saca de 60 kg do milho é vendida a R$64,31, com aumento de 0,08%.
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Jullya Borges
LOC.: O preço do boi gordo nesta quinta-feira (2) apresenta alta; a arroba está sendo negociada a R$ 305,60, no estado de São Paulo.
Na Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, tanto o preço do frango congelado quanto do resfriado apresentaram estabilidade no preço. A primeira opção está sendo vendida a R$ 7,99. Já a segunda é comercializada a R$ 8,15.
A carcaça suína especial registra baixa no preço, com a mercadoria sendo negociada a R$ 12,94, por quilo, nos atacados da Grande São Paulo.
O preço do suíno vivo apresenta queda em quase todos os estados, com destaque para São Paulo e Paraná. No primeiro teve uma baixa de 0,34%, sendo vendido à R$ 8,88. No segundo, também caiu, com o valor do quilo sendo vendido à R$ 8,54; a queda foi de 0,47%.
As informações são do Cepea.
Reportagem, Jullya Borges