22/06/2024 18:14h

Segundo especialista, pode haver outros depósitos similares na região

De acordo com o consultor especialista Dr. R. Sillitoe, a descoberta de Maria Bonita, da Altamira Gold, no estado de Mato Grosso, é “uma jazida de ouro pórfiro, como mostra o controle da intensidade dos veios de quartzo e do teor de ouro, bem como o caráter tipo A dos veios de quartzo”. Para ele, os sistemas pórfiros normalmente ocorrem como aglomerados ou alinhamentos. Portanto, “exemplos adicionais podem ser antecipados nas proximidades de Maria Bonita”.  

Em razão da constatação, a empresa contratou os consultores especializados ACA Howe (do Reino Unido) e Geophysics One (do Canadá) para realizar interpretações usando imagens de satélite e levantamentos aeromagnéticos e radiométricos proprietários sobre o distrito de Cajueiro para apoiar a busca de corpos de pórfiro adicionais. 

O CEO Mike Bennett comentou que “após o recebimento dos recentes resultados da perfuração em Maria Bonita, avançamos rapidamente para aprofundar nossa compreensão do potencial do distrito de Cajueiro, contratando consultores especializados altamente conceituados no setor. A atribuição de um tipo de ouro pórfiro à mineralização de Maria Bonita é um desenvolvimento muito significativo para a empresa, pois é a primeira descoberta desse tipo no Brasil. Esta constatação fornece uma estrutura para interpretar os resultados atuais da perfuração e nos permite melhor direcionar futuras perfurações e também abre novas áreas de busca para corpos intrusivos mineralizados no distrito de Cajueiro.” 

Maria Bonita faz parte do projeto Cajueiro, que está localizado a aproximadamente 75 km a noroeste da cidade de Alta Floresta, no estado de Mato Grosso, sendo facilmente acessível por estrada e possuindo rede elétrica e abastecimento de água local. Cajueiro é o mais avançado dos três principais projetos que a Altamira controla na região, sendo os outros dois Apiacas e Santa Helena. 

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22/06/2024 01:12h

Dentre as diretrizes se destacam uma série de políticas públicas de incentivo e fomento à atração de negócio

A prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo lançou, em dia 21 de junho, o “Prospera +”, programa que reúne políticas públicas para diversificar a economia, no “Espaço Feira na Praça”, na Praça Central do município. O evento contou com a participação de representantes do Governo de Minas, da sociedade civil e da iniciativa privada, incluindo o segmento da mineração e de empreendedores de outras áreas.

O Prospera+ requalificou as diretrizes de políticas públicas municipais de desenvolvimento econômico e criou ferramentas de fomento para tornar o município ainda mais atrativo para novos negócios. Dentre as diretrizes se destacam uma série de políticas públicas de incentivo e fomento à atração de negócios, já existentes no município, como o Fundo de Equalização e o Programa Juros Zero, todos financiados pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico. Outro destaque é a oferta fundiária disponível e em implantação na cidade para a instalação de novos empreendimentos, tais como: três Distritos Industriais consolidados; Condomínio Empresarial, em fase de projeto, destinado a empresas de pequeno porte; áreas públicas para implantação de empreendimentos de médio e grande portes; e o Banco de Áreas para Fomento, Desenvolvimento e Diversificação Econômica. O Programa de Diversificação Econômica de São Gonçalo tem o apoio institucional da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) e do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

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20/06/2024 22:45h

Segundo levantamento do instituto, existiam 74 barragens a montante em 2019, e 52 estão em processo de descaracterização

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) informou que passará a divulgar, com objetividade e clareza, a situação da descaracterização das barragens de rejeitos das mineradoras associadas, construídas pelo método conhecido como ‘a montante. Segundo levantamento do instituto, existiam 74 barragens a montante em 2019, e 52 estão em processo de descaracterização, sem pessoas em localidades onde há estruturas de mineração em situação de alto risco. A expectativa é que mais de 90% sejam descaracterizadas até 2027. “Transparência é obrigatória para que todos acompanhem e compreendam os esforços do setor mineral para contar com operações mais seguras”, afirmou o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann. 

Destas 52 barragens a montante restantes, cinco estão no Nível de Emergência 2 e outras três no Nível de Emergência 3, e as pessoas que se situavam nas áreas próximas a estas estruturas foram evacuadas temporariamente. Jungmann comenta que a descaracterização das barragens exige cuidado redobrado das equipes técnicas. “É uma tarefa complexa, sem precedentes na engenharia. Para realizar as obras com plena segurança é preciso compreender que esta preocupação vem antes de cumprimento de qualquer prazo que se estabeleça no momento”. O mandatário disse que o IBRAM e suas associadas assumiram compromissos públicos para tornar o setor ainda mais seguro, responsável e sustentável e tornar a relação do setor com o público mais próxima, aberta ao diálogo e transparente. “Com respeito à legislação, que se tornou mais rigorosa no aspecto da segurança, e pela aplicação de medidas complementares, a indústria da mineração tem conseguido registrar avanços que são compartilhados com inteira transparência”, afirmou.

Jungmann lembrou que após o rompimento em Brumadinho, em 2019, o cenário se apresentava catastrófico para as expectativas da indústria da mineração. Com a liderança do IBRAM, o setor buscou diálogo franco e aberto com todos os atores envolvidos. “No entanto, nenhuma atitude do setor será capaz de repor as vidas perdidas por causa dos rompimentos, eventos que custaram as vidas, inclusive, de pessoas que atuavam na mineração. Os rompimentos nos ensinaram lições, de uma forma mais amarga possível. Em respeito às vítimas e aos demais atingidos, o IBRAM tem procurado liderar um esforço setorial totalmente voltado a demonstrar que aprendemos as lições e apresentamos os caminhos e os avanços que contribuem para uma mineração totalmente reformulada, digna de reconquistar a confiança do público”, disse.

O representante do IBRAM comentou que publicar periodicamente os dados sobre a descaracterização de barragens integra a estratégia de absoluta transparência por parte do IBRAM e das mineradoras associadas, além de comprovar que o setor mineral não esquecerá os rompimentos e suas repercussões. Sobre os atingidos, Jungmann disse que as empresas mineradoras relacionadas aos rompimentos estão empenhadas em fechar acordos de reparação e que o IBRAM não está envolvido em tais tratativas. Outro aspecto que justifica esta transparência por parte do setor está relacionado ao fato de que a mineração e os minérios que produz são apontados como solução para a humanidade conseguir se capacitar a superar a emergência climática. “É preciso garantir oferta abundante de minérios considerados críticos para desenvolver tecnologias e equipamentos voltados à promoção da transição energética. Assim, o Brasil e o mundo precisam cada vez mais da mineração, têm que expândi-la. Mas, para isso ser realidade, é preciso confiar que o setor responderá a esta expansão com absoluto apreço pela segurança operacional e das pessoas. “Este é o compromisso do IBRAM e das mineradoras a ele associadas”. 

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18/06/2024 17:00h

A Samarco registrou, em 2023, a produção de 9,4 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro

O Conselho de Administração da Samarco aprovou o plano de investimentos para que a empresa alcance 60% da capacidade de produção até 2025. Para isso, foram alocados R$ 1,6 bilhão no ano passado. A expectativa é alocar outros R$ 2 bilhões até o final deste ano.

É o que mostra o Relatório de Sustentabilidade 2023, divulgado pela empresa recentemente. “Paralelamente, seguimos com um importante processo de licenciamento ambiental para continuidade operacional a médio e longo prazo”, explica Rodrigo Vilela, presidente da empresa. Esse processo, segundo ele, contempla novas áreas de lavra e a ampliação da capacidade de filtragem de rejeitos do Complexo Germano, em Minas Gerais, sem utilização de barragens - modelo sob o qual a empresa tem atuado desde dezembro de 2020.

A Samarco registrou, em 2023, a produção de 9,4 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro, com segurança. Também houve progressos no projeto de descaracterização da barragem de Germano e a conclusão do fechamento da Cava. As intervenções receberam R$ 850 milhões em investimentos da empresa em 2023. 

O Relatório de Sustentabilidade traz ainda os resultados da sua reestruturação financeira, com a aprovação do Plano de Recuperação Judicial homologado pela Justiça, o que confere segurança e visibilidade aos credores da empresa em relação a sua capacidade de pagamento e futuros investimentos.

Em 2023, a empresa ano alcançou a marca de 25,7 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério produzidas desde a retomada operacional, em 2020. No último ano, a Samarco não registrou acidentes graves e afastamentos por segurança. Outro ponto de destaque é a redução de 12% no consumo de energia. “Adotamos iniciativas de preservação e recuperação de áreas de vegetação nativa, que somam cerca de 17 mil hectares, aproximadamente quatro vezes a área operacional das nossas unidades, bem como o investimento de R$ 1,6 bilhão, até 2025, para dobrar sua capacidade produtiva, alcançando 60%. O Relatório Anual de Sustentabilidade compila e compartilha com transparência os indicadores de 2023, que demonstram o esforço da empresa em construir um novo capítulo de sua jornada, em que o compromisso central é a sustentabilidade, com resultados relevantes para parceiros, empregados e para os territórios mineiros e capixabas, que nos recebem há mais de 46 anos”, ressalta o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.

Entre os principais marcos está o Programa Estratégico de Sustentabilidade, que reúne indicadores de ESG essenciais para a empresa e para a sociedade – como água, biodiversidade, descarbonização, direitos humanos, comunidades, saúde, segurança, inovação, diversidade, equidade e inclusão. Os indicadores passaram a ser monitorados com metas e iniciativas para o período de 2023 a 2032, de forma integrada ao estudo de riscos corporativos e oportunidades de negócio, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Pacto Global das Nações Unidas.

Entre os indicadores de destaque no Relatório de Sustentabilidade 2023 estão, ainda, os avanços no programa Força Local, em que a Samarco apoia o desenvolvimento da economia local em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em 2023, mais de 380 empresas foram certificadas, alcançando 15 mil pessoas qualificadas. A Samarco e fornecedoras também realizaram mais de R$ 2,3 bilhões em compras de fornecedores locais. Atualmente, a Samarco emprega cerca de 13 mil pessoas (empregados próprios e contratados) e mantém mais de 1,5 fornecedores nas áreas em que atua. Para os próximos dois anos, a expectativa é gerar até 3 mil novos postos de trabalho, sendo 600 vagas diretas, preparando a empresa para chegar a 60% da capacidade produtiva.

Na área de Diversidade, Equidade e Inclusão, o segundo ano do Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão alcançou 46,8% de admissões de mulheres na empresa, além de lançar ações afirmativas para grupos sub-representados, gerando oportunidades e incrementando o quadro funcional. "Seguimos em 2024 com objetivos definidos, desafios e projetos, com energia, otimismo e em constante aprendizado e evolução. Estamos atentos e reconhecemos que nossa estratégia de negócio está sujeita a fatores macroeconômicos e de mercado, bem como à capacidade de ressignificarmos nossa reputação e nossa base de relacionamentos. No nosso horizonte, também está em destaque o progresso necessário nas agendas dos direitos humanos e das mudanças climáticas, temas muito relevantes no contexto do setor mineral. Por outro lado, acredito que este é um momento ímpar para caminharmos com solidez por essas temáticas e reafirmarmos nossa resiliência, estabilidade e dedicação aos compromissos e responsabilidades" avalia o gerente-geral de Sustentabilidade, Felipe Starling. O Relatório Anual de Sustentabilidade está disponível para consulta e download no site da Samarco www.samarco.com

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18/06/2024 16:56h

Para AMIG, reforma tributária será "catastrófica" para os municípios mineradores

A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) realiza, dia 26 de junho, uma reunião em Brasília para alertar sobre a realidade catastrófica que a reforma tributária trará para as finanças dos territórios minerados, caso seja aprovada no formato atual. A associação convoca prefeitos e gestores de municípios mineradores e afetados pela atividade mineral de todo o Brasil para participar, a partir das 9h, no Centro de Convenções Brasil 21, sala Vera Cruz 2, no Setor Hoteleiro Sul, quadra 6, na Asa Sul.

O encontro contará com a presença de parlamentares que fazem parte do Grupo de Trabalho da Regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68), como o deputado federal Reginaldo Lopes, e especialistas em tributação. “Não podemos aceitar que a mineração, uma das principais atividades econômicas do País, continue sendo deixada de lado. Como está sendo proposto no texto da reforma, os territórios minerados estão perdendo em Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ainda teremos queda no recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), já que o Imposto Seletivo (IS), criado para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como é o caso da exploração de minério de ferro, poderá ser deduzido das bases da CFEM. Vamos lutar para que isso não aconteça”, enfatiza José Fernando Aparecido de Oliveira, presidente da AMIG e prefeito de Conceição do Mato Dentro.

A AMIG tem realizado uma série de estudos para comprovar os prejuízos que a reforma trará para as cidades mineradoras.

No encontro, a AMIG apresentará uma análise inédita, feita pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional – Cedeplar e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas - IPEAD, ambos ligados à Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, que detalha em números o impacto negativo da reforma para o lado público da mineração. No dia 10 de junho, a AMIG reuniu prefeitos e secretários municipais para um alinhamento da reunião em Brasília. Na ocasião, foi apresentada uma prévia do estudo realizado pelos pesquisadores da UFMG. “A pesquisa nos mostra efeitos negativos sobre a receita dos municípios mineradores, que vai afetar diretamente nos serviços essenciais que são ofertados à população, como a saúde, educação e segurança”, alerta Waldir Salvador, consultor de Relações Institucionais e Econômica da AMIG.

Segundo João Trindade, vice-prefeito de Parauapebas (PA), o município lidera o ranking da produção de bens minerais no Brasil e vê a reforma tributária com muita preocupação. “Até porque nós já estamos vivendo um momento difícil da nossa economia e da nossa receita. Nós temos um custo muito alto na parte da operação do município e já passamos por um ano bastante arrojado nesse sentido. Provavelmente, com a perspectiva dos números apresentados no estudo, embora a reforma entre gradativamente, os impactos serão grandes e vão afetar diretamente o cidadão”, enfatiza. Já o prefeito de Santa Bárbara (MG), Alcemir Moreira, diz que a reforma tem provocado apreensão. A cidade está próxima de completar um ano de paralisação da atividade mineral da AngloGold Ashanti. “Isso representou para nós uma perda de arrecadação de R$ 12 milhões/ano. Sem contar que isso acaba influenciando o mercado local. Tem também as questões de descondicionamento na região de Mariana, nas minas centrais, que acabam influenciando no nosso município, levando muitas pessoas para a nossa região, além do fluxo excessivo de carretas de minério passando por nossas rodovias. Se for aprovada como está, a reforma tributária vai alarmar ainda mais a situação dos cofres públicos de Santa Bárbara”, alerta.

A paraense Canaã dos Carajás possui a maior mina de ferro a céu aberto do planeta, explorada pela Vale, além da BHP também atuar na região. O município utiliza de sua arrecadação com royalties da mineração para investir na garantia dos direitos básicos do cidadão, diversificação econômica e no respeito ao meio ambiente. A cidade foi a que teve maior crescimento populacional nos últimos 12 anos, segundo o Censo Demográfico 2022 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Um dos fatores que impulsionaram a expansão, segundo informações da prefeitura, foi a exploração de minério na região. Canaã passou de 26.716 habitantes em 2010 para 77.079 em 2022 –alta de 189%. Quase triplicou a população da cidade. “Muitas pessoas chegam ao nosso município em busca de sonhos, de um emprego, de trabalhar em uma grande mineradora. Naturalmente, a mineração traz um grande crescimento econômico para a cidade. Em contrapartida, isso traz muitos desafios para os gestores públicos na saúde, educação, no social e nós temos abraçado todas essas demandas. Essa perda na arrecadação proveniente da reforma vai impactar diretamente nestes serviços”, explica a prefeita Josemira Gadelha, que também é vice-presidente da AMIG.

O consultor da AMIG ressalta ainda que, na reforma tributária está mantida a estrutura tributária das atividades exportadoras (LC 87/1996 - Lei Kandir), não existindo nenhuma discussão a respeito de tributos sobre atividades econômicas não renováveis e com marcantes efeitos negativos sobre o meio ambiente. Embora o Brasil seja o 2º maior exportador de minério de ferro do mundo, ocupamos a 9ª posição entre os países produtores de aço. “Ou seja, deixamos de incentivar e fomentar a verticalização e a diversificação da indústria siderúrgica nacional, diminuímos a pujança dos estados-membros da Federação, que perdem triplamente ao não arrecadar o ICMS decorrente da exportação e ao não ter a compensação devida pela União”, observa Salvador.

“Vamos lutar para que a Lei Kandir seja extinta da reforma tributária ou que encontremos uma forma de minimizar os seus danos, seja, por exemplo, aumentando a alíquota da CFEM”, sugere Waldir Salvador. O consultor da AMIG reforça que se o Imposto Seletivo tiver regras claras e justas de distribuição, além de deixar de ser abatido na CFEM, pode ser uma das alternativas para minimizar o impacto negativo da reforma para os municípios. “Porém, até o momento, não se tem uma previsão de distribuição do IS onde esse impacto é causado, como é o caso das cidades mineradoras. Vai se cobrar de quem explora em nosso território e distribuir pelo território nacional? Assim não é justo!”, alerta.

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13/06/2024 23:17h

Cinco grandes empresas estão investindo na região do Vale do Jequitinhonha, duas delas já em operação e exportando o mineral

Até 2030, a previsão do governo de Minas é que serão investidos R$ 20 a R$ 30 bilhões em projetos de lítio no estado. Em um ano, o valor total de investimentos privados em Minas Gerais, nesse segmento, já ultrapassa os R$ 5,5 bilhões e 10 mil empregos diretos e indiretos gerados. Cinco grandes empresas estão investindo na região do Vale do Jequitinhonha, duas delas já em operação e exportando o mineral. Uma empresa investe na região do Campo das Vertentes. Foi o que disse o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, durante o Brazil Lithium Summit, realizado em Belo Horizonte nos dias 12 e 13 de junho, com o objetivo de discutir a importância do lítio como fonte de energia para um futuro mais sustentável. O dirigente destacou no evento o Vale do Lítio, idealizado pelo governo de Minas, por meio da Sede (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e da Invest Minas, e resultado de articulação com diversos órgãos governamentais estaduais e municipais para a formulação de políticas públicas, com foco na atração de empresas e investimentos, qualificação da mão de obra, incentivo à tecnologia e fornecimento da infraestrutura necessária para o crescimento da região.
Na ocasião, o vice-governador sinalizou aos empresários a necessidade do uso consciente dos recursos naturais. “Quando se trata de mineração, somos o centro da mineração brasileira. Nós temos os minerais de transição, chamados minerais estratégicos. Podemos falar de terras raras, de grafeno, do nióbio e a estrela do momento é o lítio, por conta das baterias que serão necessárias neste processo de transição energética que acontece no mundo”, afirmou.
Ele também destacou a intenção do governo em ampliar a cadeia que envolve o mineral.

No Brazil Lithium Summit, foram apresentadas estratégias imediatas e também as de longo prazo. Dentre as ações do poder público, o vice-governador ressaltou a atuação do governo de Minas para o desenvolvimento socioeconômico da região do Jequitinhonha, na capacitação de trabalhadores, na estruturação da saúde e da segurança pública e na infraestrutura, pensando no escoamento da produção. 

“É uma região historicamente conhecida pelas suas limitações financeiras e sociais. A mão de obra ali também ficou estacionada pela falta de oportunidade. Estamos nos desdobrando em uma série de projetos que o governador segue acompanhando pessoalmente”, disse ele. 

Também participaram do fórum o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Fernando Passalio, e o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga. A agência estadual de atração de investimentos foi uma das principais parceiras na realização do Brazil Lithium Summit.

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12/06/2024 21:02h

A empresa informa que a planta de beneficiamento de minério de potássio será instalada em uma área tradicionalmente ocupada por pastagens de gado

A Brazil Potash Corp. Anuncia que a sua subsidiária Potássio do Brasil obteve, no dia 11 de junho, a Licença de Instalação da planta de processamento de potássio, o que habilita a empresa a iniciar a construção do seu Projeto Potássio Autazes. De acordo com a empresa, com a LI da planta sobe para o número de 12 Licenças e Autorizações de Instalação, incluindo, principalmente, a mina, a planta de processamento e o porto, emitidas pelo órgão licenciador do estado do Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), o que permite o início das obras do projeto. 

A empresa informa que a planta de beneficiamento de minério de potássio será instalada em uma área tradicionalmente ocupada por pastagens de gado, razão pela qual o município de Autazes é conhecido como a "Terra do Leite", tendo a pecuária leiteira e de corte como uma das principais bases de sua economia. “Após a entrega das primeiras Licenças de Instalação, algumas obras já foram iniciadas, como a conclusão da perfuração do primeiro poço de água e o início da execução do segundo poço de água, ambos para a captação de água potável, cada um a cerca de 130 metros de profundidade. Esta obra foi concluída nas proximidades do povoado de Urucurituba, em Autazes, e beneficiou a comunidade por meio de hospedagem local e prestadores de serviços de alimentação, fomentando a economia local”.

As Licenças e Autorizações emitidas pelo IPAAM permitem que a Potássio do Brasil Ltda possa realizar atividades de supressão vegetal, serviços de arqueologia, resgate e manejo da fauna local, terraplanagem como parte da construção da mina, planta de beneficiamento e porto. Quanto for concluída a implantação do empreendimento, a empresa deve obter a Licença de Operação (LO) a qual deve permitir a extração e o beneficiamento do minério de potássio, operação atualmente prevista para durar pelo menos 23 anos.

"A Potássio do Brasil cumpre rigorosamente todos os critérios descritos em nossos documentos de licenciamento. À medida que as obras avançam, oportunidades também estão surgindo para as comunidades de Autazes e região. Já iniciamos os procedimentos necessários para a contratação de pessoas para a construção civil e os empregos indiretos começam a surgir por meio de uma rede de prestadores de serviços e fornecedores que estão nos ajudando nessa fase de implantação. Acreditamos que a construção do Projeto contribuirá para o desenvolvimento regional e nacional e para a segurança alimentar do Brasil e do mundo", afirma Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil.

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11/06/2024 00:20h

Esse é o foco das discussões do 9o. Mineração &/X Comunidades, evento organizado anualmente pela Brasil Mineral

O relacionamento com as comunidades, principalmente aquelas mais próximas dos empreendimentos, continua sendo um importante desafio para o setor mineral. A harmonização com os interesses das populações direta e indiretamente afetadas pela atividade de mineração é condição sine qua non para que as empresas possam operar sem conflitos durante toda a vida útil do empreendimento.  

Esse é o foco das discussões do 9o. Mineração &/X Comunidades, evento organizado anualmente pela Brasil Mineral, com apoio técnico da Integratio e parceria do Sindiextra, que este ano tem como tema "É possível harmonizar interesses? Ainda o X da Questão". Durante dois dias (18 e 19 de junho), no auditório da Fiemg, em Belo Horizonte (MG), técnicos, dirigentes de empresas e representantes de entidades discutirão temas que são considerados relevantes para o avanço das discussões envolvendo mineradoras e comunidades. O evento é um fórum permanente de discussão e troca de ideias sobre um tema que será cada vez mais importante para a indústria mineral, não só no Brasil, como mundialmente. 

O evento se inicia na tarde do dia 18 de junho, com uma mesa-redonda sobre o tema "Como vencer a grande resistência à (re) chegada da mineração?", reunindo representantes das empresas Lavras Gold (Paulo de Tarso Serpa), Meteoric Resources (Eder Santo), Potássio do Brasil (Adriano Espeschit), Ero Copper (Thaís Laguardia) e Vale (Luiz Henrique Medeiros), que terá a moderação do conselheiro de Brasil Mineral Frederico Bedran de Oliveira.   

Na sequência, haverá uma roda de conversa entre prefeitos de cidades mineradoras (Conceição do Mato Dentro-MG, Minaçu-GO, Lavras do Sul-RS e Araçuaí'MG), para a discussão sobre como maximizar os benefícios gerados pela mineração e que terá como moderador Paulo Misk, COO da Lithium Ionic.  

O ponto alto da tarde do dia 18 será o Fórum de Líderes, reunindo dirigentes das empresas Anglo American Brasil (Ana Sanches), Lithium Ionic (Paulo Misk), Companhia Brasileira de Alumínio- CBA (Alexandre Viana), GMining (Eduardo Leão), Bemisa (Marcos Gonçalves) e Vale (Diogo Costa), contando com a moderação de Wilfred Bruijn (Bill), conselheiro de Brasil Mineral e ex-CEO da Anglo American Brasil e Usiminas Mineração.  

No dia 19 de junho, os trabalhos começam com a Mesa-Redonda: "Diversidade, Inclusão, Gênero, Raça e Direitos Humanos nas Empresas e Comunidades", Cisnea Menezes (primeira geóloga indígena do Brasil, conselheira de Brasil Mineral e Coordenadora de Planejamento na Prefeitura Municipal de São Gabriel da Cachoeira-AM), Waleska Maciel (do WIM Brasil), Letícia Guimarães (Gerente de Cultura, I&D e Saúde Mental da Anglo American), Camila Silva (Coletivo Quantos), Carlos Miguel Amaro (Diretor de Poços da Geosol e Diretor da Geosedna), Juliana Ramalho Monteiro (Sócia da Mattos Filho). A Moderação ficará sob a responsabilidade de Antonio Carlos Arruda da Silva (Advogado e notório defensor dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial, Membro - Fundador do Movimento Negro Unificado).  

Ainda na parte da manhã haverá palestras sobre "Como Atuar na Geração de Renda e Fortalecimento das Comunidades", por Carolina Lopes (Brazil Marketing Leader da Metso) e "O bom garimpo, garimpo legal), a cargo de Gilson Camboim (Presidente da Coogavepe) 

No início da tarde, será a vez dos profissionais da Comunicação expressarem seus pontos de vista na mesa-redonda que tem como tema Mesa-Redonda: "Como a Comunicação trata este X? Ela leva à harmonização de interesses?", tendo como convidados Tatiana Lagôa (Jornal O Tempo), Mara Bianchetti (Diário do Comércio), Marcílio de Moraes Ferreira (jornal Estado de Minas) Fernando Antonio Cláudio (AngloGold Ashanti), Ana Cunha (Kinross), Rafael de Oliveira Cerqueira (Ero Copper), Luciene Cristina/Ana Heineck (Gestoras de Comunidades/Comunicação - Vale). A moderadora será a jornalista Mara Fornari (de Brasil Mineral).  

Os entraves e a judicialização do licenciamento de empreendimentos de mineração é o tema da mesa-redonda reunindo representantes da Potássio do Brasil (Adriano Espeschit), MPMG (Carlos Eduardo Ferreira Pinto), Escritório Caputo, Bastos & Serra (Frederico Bedran de Oliveira) e do SIEEG (Luiz Antonio Vessani), sob a moderação de Cristiano Parreiras (Mineração Morro do Ipê e Sindiextra).  

Os temas ESG e ODS fecharão as discussões do segundo dia, com palestras de Pedro Paulo Dias Mesquita (BNDES) e Marcos Antonio Paiva (Nexa Resources) sobre financiamento e ESG, seguidas da mesa-redonda "ODS e ESG. últimas evoluções: o ESG acabou com os ODS?", tendo como debatedores Rafael Benke (Pro-ativa), Pedro Paulo Dias Mesquita (BNDES), Cristiane Holanda Paschoin (Nexa Resources), Cláudia Salles (Ibram) e Adriana Solé (Governança Já!), com moderação de Maria José Gazzi Salum (Conselheira de Brasil Mineral). 

O 9o. Mineração &/X Comunidades conta com o patrocínio das empresas Kinross, Geosol, Metso, AngloGold Ashanti, Vale, Anglo American (categoria Ouro), Nexa Resources, Equinox Gold, CBA, Bemisa, GMining Ventures (categoria Prata), Aura Minerals, Ero Copper, Lithium Ionic, Appian Capital Brazil e Meteoric Resources (categoria Cobre) e apoio das entidades Sindiextra, Adimb, Ibram, ABPM e Anepac.  

Para mais informações e inscrições, acesse  www.mineracaoecomunidades.com.br 

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10/06/2024 00:14h

A unidade, que se encontra em processo de licenciamento, deverá ter capacidade para produzir 1,5 milhão t/ano de granulado e sinter feed

A Herculano Mineração planeja investir R$ 300 milhões para implantação de uma mina e unidade de beneficiamento de minério de ferro no município de Serro, Minas Gerais, a cerca de 200 km de Belo Horizonte. A unidade, que se encontra em processo de licenciamento, deverá ter capacidade para produzir 1,5 milhão t/ano de granulado e sinter feed e está previsto no beneficiamento a filtragem e empilhamento a seco dos rejeitos, o que significa que não haverá barragem de rejeitos. 

Como parte do processo de licenciamento, uma audiência pública será realizada no dia 11 de junho, no município de Serro, conhecido por sua tradicional produção de queijos. De acordo com matéria divulgado no site da rádio Itatiaia, a maioria das pessoas ouvidas na matéria, incluindo prefeito e presidente da Câmara de Vereadores, é favorável ao empreendimento, citando principalmente a geração de empregos. Segundo empresa, deverão ser gerados pelo empreendimento cerca de 1.500 empregos, entre diretos e indiretos. A expectativa da Herculano é começar a operar já em 2025. A vida útil prevista para o empreendimento inicialmente é de 10 anos. 

As áreas que compõem o projeto Serro foram adquiridas pela Herculano da Anglo American, que por sua vez tinha adquirido da MMX, por ocasião da negociação que levou à aquisição do projeto Minas-Rio. 

Fundada em 1992, a Herculano Mineração tem operação de minério de ferro em Itabirito (MG), com capacidade instalada para produzir 5 milhões t/ano. 

Além do projeto Serro, a empresa tem mais dois programados, ambos em minério de ferro: um em João Monlevade, com capacidade para produzir 1,5 milhão t/ano, com investimentos de R$ 150 milhões e outro em Ouro Preto (projeto Vila Rica), de mesma capacidade e para o qual se prevê um volume de investimentos da ordem de R$ 200 milhões. A previsão é que estes dois projetos iniciem operação em 2026. 

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08/06/2024 00:05h

Localizado em Niquelândia, o Legado Verdes do Cerrado é uma iniciativa pioneira na conservação do Cerrado

A Companhia Brasileira do Alumínio (CBA) e a Reservas Votorantim assinaram um termo para oficializar o Legado Verdes do Cerrado, como a primeira Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de Goiás, nova categoria de Unidade de Conservação no Estado, tornando-se também a primeira do bioma Cerrado no Brasil. A solenidade foi promovida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em comemoração à Semana do Meio Ambiente, e contou com a presença do vice-governador Daniel Vilela e da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis. O documento foi assinado simbolicamente pelo gerente-geral de Sustentabilidade da CBA, Leandro Campos de Faria, e pelo diretor executivo da Reservas Votorantim, David Canassa. A Semad-GO abriu um chamamento para consulta pública instaurada até o dia 6 de junho e, no caso de não haver manifestações contrárias, a nomenclatura passa a valer oficialmente a partir da veiculação da portaria no dia 7 de junho.

Localizado em Niquelândia, o Legado Verdes do Cerrado é uma iniciativa pioneira na conservação do Cerrado, com um modelo de gestão que alia negócios da economia tradicional com a economia verde, através do múltiplo uso da terra em 32 mil hectares de território. A CBA protege grande parte do Cerrado na região e a partir de 2017, investe no Legado Verdes do bioma com o novo modelo de negócios que foi implementado. Em 2024, a CBA e a Reservas Votorantim, administradora do território, assinaram um protocolo de intenções com o governo do Estado de Goiás, para transformar os núcleos Engenho e Santo Antônio da Serra Negra (de propriedade da CBA), em Niquelândia, na primeira Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de Cerrado no País. Nos últimos anos, o projeto recebeu investimentos que permitiram o registro de 1.670 espécies da fauna e flora aquática e terrestre, das quais uma delas integra a lista de novas descobertas mundiais; a formação de um dos maiores bancos de sementes de espécies nativas; recuperação e proteção de nascentes, além de um projeto inédito de crédito de carbono no bioma Cerrado na América Latina.

O trabalho de monitoramento da fauna e da flora existentes no território registrou que a Reserva abriga 12% de toda flora do bioma, sendo que deste total, 2% são de espécies endêmicas do Cerrado. Outro destaque nas pesquisas com flora foi a descoberta da Erythroxylum niquelandense, uma planta com propriedades que podem ser utilizadas em medicamentos para o tratamento de doenças como o câncer e Aids, integrando a lista de novas descobertas mundiais, publicada em um artigo na revista científica Phytotaxa Magnolia Press, da Nova Zelândia. 

A Reserva Legado Verdes do Cerrado também possui um Centro de Biodiversidade, que une pesquisa científica com a produção de espécies nativas da flora. O espaço tem capacidade para produzir 250 mil mudas anuais e, atualmente, atende à demanda de projetos de restauração, principalmente nos estados de Goiás e Minas Gerais. “O Brasil se comprometeu com a meta de restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030. Deste total, cinco milhões estão localizados no Cerrado. Portanto, iniciativas, como o banco de sementes e o Centro de Biodiversidade são essenciais para contribuir com as metas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável, como as elencadas pela Década da Restauração, instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas)”, diz David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, empresa gestora do Legado Verdes do Cerrado. 

A conservação dos recursos hídricos também é uma preocupação da CBA, que investe na conservação do rio Traíras, um dos mais importantes da região. Este corpo hídrico é responsável pelo abastecimento de todo município de Niquelândia, com 46 mil habitantes, compreendendo a bacia hidrográfica de Tocantins. Junto ao Rio da Almas, é uma das vertentes que leva água para o quinto maior lago do Brasil, o lago artificial da usina Serra da Mesa, o maior do Brasil em volume de água, com 54,4 bilhões de m³. Além da conservação de matas ciliares e a recuperação de áreas degradadas dentro e fora dos limites da Reserva, até o momento, o investimento total em iniciativas voltadas à conservação do Rio Traíras já ultrapassou R$ 300 mil reais.

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