Foto: Ministério da Saúde
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DF: Inca estima que 1.030 casos de câncer de mama sejam registrados em 2023

Essa estimativa representa uma taxa de 49,76 por 100 mil mulheres. No Brasil, o Instituto projeta que serão registrados mais de 73 mil casos da doença no mesmo ano, o que equivale a uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres

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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que para 2023 serão registrados1.030 casos de câncer de mama, representando uma taxa de 49,76 por 100 mil mulheres. No Brasil, o Instituto projeta que serão registrados mais de 73 mil casos da doença no mesmo ano, o que equivale a uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. De acordo com o Inca, este tipo de câncer é o principal causador de mortes femininas no país, com uma taxa de 11,71/100 mil em 2021, resultando em 18.139 mortes, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. 

A oncologista Alessandra Leite expõe que o Distrito Federal, por ser a capital do país, apesar de todas as dificuldades dentro do SUS, é uma unidade federativa que tem maior acesso a exames e planos de saúde em termos de saúde complementar. A oncologista explica que o câncer de mama é um tipo de neoplasia maligna  — e é a maior causa de cânceres femininos no mundo inteiro. “Então, como todo o câncer é uma doença que nasce no tecido mamário, geralmente em forma de nódulo, mas tem capacidade de crescimento e disseminação se ela não for tratada adequadamente ao diagnóstico”, avalia.

Outubro Rosa

O Outubro Rosa, movimento global criado em 1990 para conscientização sobre a detecção precoce do câncer de mama, tem o laço cor-de-rosa como seu símbolo, lançado em Nova York pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. No Brasil e ao redor do mundo, o foco é disseminar informações sobre o câncer de mama, buscando reduzir sua incidência e mortalidade. 

Em 2023, a ênfase do mês é nas diretrizes do Ministério da Saúde para prevenção e detecção precoce. No âmbito do Governo do Distrito Federal, o mês será marcado por um mutirão de reconstrução mamária. O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) atenderá 30 pacientes entre 16 e 21 de outubro, e o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) acolherá outras 10 mulheres de 23 a 28 do mesmo mês. Outras unidades de saúde devem anunciar a realização de cirurgias em breve.

Alessandra Leite enfatiza que o mutirão de reconstrução é um movimento de grande relevância, pois pacientes diagnosticadas precocemente e que passam por tratamento curativo frequentemente enfrentam cirurgias de mastectomia. Em alguns casos, elas precisam remover as mamas, seja bilateralmente ou até mesmo a mama por inteiro.

“E são pacientes que ficam com componente psicológico muito abalado. O fato é que as mamas representam pouco daquilo de feminilidade dentro do físico. Muitas mulheres, até não somente pela questão estética, mas tem ali nas mamas a lembrança da alimentação dos seus filhos — enfim e isso abala muito o psicológico”, comenta.

Diagnóstico

A detecção precoce do câncer de mama aumenta as possibilidades de tratamento e cura. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam cientes dos sintomas, realizem o autoexame e procurem realizar exames periódicos. 

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas mais comuns são:

  • Mudanças na textura da pele da mama, semelhante à casca de laranja; 
  • Secreção pelo mamilo, às vezes com presença de sangue; 
  • Avermelhamento da pele da mama; 
  • Pequenos nódulos detectáveis nas axilas ou pescoço; 
  • Retração ou inversão do mamilo; 
  • Inchaço e dor na mama.

De acordo com INCA, a mulher que possui os seguintes fatores genéticos têm risco elevado para câncer de mama. São eles:

Comportamentais/Ambientais

  • Obesidade e sobrepeso, após a menopausa
  • Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
  • Consumo de bebida alcoólica
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
  • História de tratamento prévio com radioterapia no tórax

Aspectos da vida reprodutiva/hormonais

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
  • Não ter filhos
  • Primeira gravidez após os 30 anos
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
  • Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos

Hereditários/Genéticos

  • Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

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