Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

IPC-S: 4 das 7 capitais do índice registraram aceleração da inflação

Economista atribui a elevação dos preços, especialmente dos alimentos, aos fenômenos climáticos e desastres naturais no sul do país

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

ÚLTIMAS SOBRE ECONOMIA


O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de maio de 2024 subiu 0,64%, acumulando uma alta de 4,07% nos últimos 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). 

Para o economista Cesar Bergo, é evidente que os fenômenos climáticos e desastres naturais que aconteceram no sul do país têm uma influência decisiva nos preços, sobretudo, dos alimentos. Ele aponta que na apuração, cinco dos oito grupos que compõem o IPC-S registraram acréscimo, com destaque para alimentos e habitação.

Bergo ainda acrescenta que quatro das sete capitais pesquisadas registraram aumento em suas taxas de variação, sendo elas: Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. 

"Do ponto de vista prático, a capital que mais apresentou um desempenho negativo foi Porto Alegre, por conta dos eventos [climáticos], mas os preços subiram um 1,2%, seguida de São Paulo, que também subiu bastante, 0,7%", destaca.

Veja as variações percentuais ao mês até o dia 7 de junho:

  • Rio de Janeiro: 0,40
  • Belo Horizonte: 0,43
  • Recife: 0,08
  • São Paulo: 0,71
  • Salvador: 0,29
  • Brasília: 0,52
  • Porto Alegre: 1,22

Expectativas

O economista informa que a tendência para os próximos meses é que os alimentos continuem pressionando a inflação.

"Sobretudo aqueles produtos que são produzidos no estado do Rio Grande do Sul, como o arroz, e também outros aspectos relacionados à logística e distribuição. Os produtos de habitação continuam sendo pressionados", completa.

Ele destaca que o resultado da próxima semana será decisivo para a expectativa futura do IPC-S.

Leia mais:

Poupança registra entrada líquida de R$ 8,2 bilhões em maio, aponta BC 

Dia dos Namorados: comércio varejista pode movimentar R$ 2,59 bi

Receba nossos conteúdos em primeira mão.