Uma das obras inspecionadas foi a Barragem do Moxotó, que integra o Sistema Adutor do Agreste, para de abastecer com água potável diversas cidades da região em Pernambuco. (Fotos: Júnior Rosa/MIDR)
Uma das obras inspecionadas foi a Barragem do Moxotó, que integra o Sistema Adutor do Agreste, para de abastecer com água potável diversas cidades da região em Pernambuco. (Fotos: Júnior Rosa/MIDR)

Trecho que beneficia 400 mil em PE e PB é inspecionado pelo MIDR

Vistorias atestam que estruturas hídricas do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco estão em pleno funcionamento. Obras vão garantir água por muitas gerações

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Assim como parte do Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco, o Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) recebeu, também, inspeção de integrantes da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Uma das obras inspecionadas foi a Barragem do Moxotó, que integra o Sistema Adutor do Agreste, para de abastecer com água potável diversas cidades da região em Pernambuco, especialmente durante os períodos de seca. Foram investidos R$ 248,7 milhões que irão beneficiar mais de 400 mil pessoas nos municípios de Arcoverde, Pesqueira, Brejo da Madre de Deus, Alagoinha, Belo Jardim, Pedra, São Bento do Uma, São Caetano, Sanharó, Venturosa e Tacaimbó.

“A Adutora do Moxotó representa um marco para o desenvolvimento do Agreste pernambucano, garantindo o acesso à água potável para uma população significativa, mesmo durante os períodos de seca. Além disso, impulsiona o desenvolvimento socioeconômico da região, com a criação de novos negócios e oportunidades de trabalho”, destaca Tiago Portela, coordenador-geral de Obras e Fiscalização dos eixos Norte e Leste do PISF.

O PISF é a maior obra de infraestrutura hídrica do País, dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento garante a segurança hídrica para 13 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde a estiagem é frequente.

As obras do empreendimento passam pelos seguintes municípios no Eixo Norte: Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante (PE); Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro (CE); em São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras (PB). No Eixo Leste, o empreendimento atravessa os municípios pernambucanos de Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia; e em Monteiro, na Paraíba.

O analista de infraestrutura na obra do PISF Stênio Albuquerque, 55 anos, explica como funciona o Eixo Leste. “A Barragem de Moxotó tem como objetivo abastecer o Agreste Pernambucano e parte da Paraíba. É uma obra extremamente importante para o crescimento da população, para o abastecimento humano. Então se trata de uma obra essencial para o desenvolvimento do Nordeste como um todo”, destaca.

Ao longo desse percurso, moradores de comunidades que não seriam atendidos pela Barragem de Moxotó, por exemplo, recebem água por meio de adutoras. “São mais de 100 Km de deslocamento da água desde a Barragem de Itaparica (PE) até a de Monteiro (PB). Ao longo desse caminho, há uma série de comunidades atendidas por meio de verbas destinadas pelo MIDR aos estados, para serem construídas pequenas adutoras e abastecerem as comunidades”, explicou Stênio Albuquerque.

O projeto inicial, de acordo com o analista, foi idealizado pelo próprio presidente Lula, em 2007. “Sou o nordestino, então, a minha alegria é dobrada por trabalhar nessa obra, pois é de uma infraestrutura magnífica e vai melhorar a vida dos meus filhos, netos, bisnetos. É muito gratificante. O presidente disse que não quer deixar ninguém desabastecido, disse Stênio Albuquerque.

Rio da Barra

Outra obra vistoriada foi o Sistema Simplificado de Abastecimento de Água, que faz parte do Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar) Rio da Barra, em Sertânia (PE), um programa do Governo de Pernambuco que visa garantir o acesso à água potável para comunidades rurais em situação de vulnerabilidade. O investimento total foi de R$ 6,1 milhões, sendo R$ 5,48 milhões financiados pelo Governo Federal e R$ 620 mil pelo governo pernambucano.

O sistema fornece, diariamente, 200 litros de água por dia, após passar por estação de tratamento, por meio de 31,7 km de adutora. Além disso, há capacidade de fazer saneamento básico, com rede de coleta de esgoto de 10 quilômetros.

O Sisar Rio de Barra sai de Sertânia e abastece as comunidades de Barreiros, Cacimbinha, Maia, Rio da Barra, Salgadinho, Salgado, Santa Maria, São Gonçalo, Waldemar Siqueira e Xique-Xique. O sistema capta água do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco e a trata em uma Estação de Tratamento de Água (ETA). A água é, então, armazenada em reservatórios e distribuída para as comunidades por meio de uma rede de adutoras e tubulações.

Os moradores das comunidades recebem diversos benefícios, como:

Acesso à água potável de qualidade - a água fornecida pelo sistema atende aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde, o que garante a saúde e o bem-estar da população.

Melhoria da qualidade de vida - o acesso à água potável contribui para a melhoria da qualidade de vida das comunidades, reduzindo a incidência de doenças e promovendo a higiene pessoal.

Desenvolvimento socioeconômico - o sistema impulsiona o desenvolvimento socioeconômico da região, com a criação de novos negócios e oportunidades de trabalho.

Sustentabilidade ambiental - o Sisar Rio da Barra contribui para a preservação do meio ambiente, pois evita o consumo de água subterrânea e a proliferação de doenças relacionadas à falta de saneamento básico.

A coordenadora de Regulação do PISF, Flávia Gomes de Barros, liderou a inspeção realizada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) junto ao MIDR nos dois eixos da transposição.  “Fazemos um acompanhamento diário das condições, volume de água e funcionalidade, principalmente das inúmeras barragens que passam pela transposição. Periodicamente, compareço ao local para ter a certeza de que está tudo certo ou se alguma intervenção precisa ser feita. Posso dizer que passamos por várias barragens e todas estão funcionando perfeitamente”, afirmou a coordenadora.

Fonte: MIDR

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