LOC.: A praga “Vassoura de Bruxa” está presente, até o momento, em lavouras de mandioca em seis municípios do estado do Amapá (AP). Já nas demais áreas cobertas pela emergência fitossanitária relacionada ao risco de surto da praga quarentenária no Pará (PA) e no AP, a praga segue ausente. As informações são do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A emergência fitossanitária foi declarada pelo Mapa em janeiro e tem a duração de um ano. Conforme a pasta, embora a emergência tenha sido declarada para os estados do AP e do PA, até o momento não foram registrados casos da praga no estado do PA. Mesmo assim, o estado paraense foi incluído na medida preventiva, já que faz divisa com o Amapá, e por ser o maior produtor de mandioca do país.
O Ministério esclarece, em nota, que o fungo não traz risco à saúde humana, mas é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
O Mapa informou ao Brasil 61 que os municípios do Amapá afetados pela “Vassoura de Bruxa” são Oiapoque, Calçoene, Amapá, Pracuúba, Tartarugalzinho e Pedra Branca do Amapari.
No Oiapoque, a ocorrência é generalizada. Em Calçoene, ocorrência nas comunidades do Distrito do Carnot e na comunidade de Irineu e Felipe. No Amapá, nas comunidades do Cruzeiro e Piquiá. Em Pracuúba, na comunidade do Cujubim. Em Tartarugalzinho, os registros de vassoura de bruxa até agora são nas comunidades da Montainha, Itaubal do Tartarugal e no P.A. Bom Jesus. No município de Pedra Branca do Amapari foram registradas ocorrências nas comunidades do Tucano I e Nova Divisão.
Em nota, o Mapa afirmou ao Brasil 61 que as ações de enfrentamento da praga têm sido realizadas na esfera do "Sistema de Comando de Incidentes (SCI) - Vassoura de Bruxa da Mandioca". A Pasta informa que esta é uma ferramenta específica para ser empregada em emergências de qualquer natureza.
O Mapa informou que entre as ações está a fiscalização de trânsito de vegetais e parte de vegetais de mandioca provenientes dos municípios com ocorrência da praga.
Conforme a Agência Pará, na primeira reunião técnica sobre a “Vassoura de Bruxa” na mandioca promovida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (AdePará), por meio da Gerência de Pragas Quarentenárias, realizada em 18/02, o Dr. Adilson Lima, pesquisador da Embrapa Amapá, destacou que os sintomas da praga nas plantações de maniva devem ficar mais evidentes nos meses de março e abril, tendo em vista a intensidade do período das chuvas.
Entre as orientações do pesquisador publicadas pela Agência com vistas a evitar a disseminação da praga, está evitar o uso de maquinários agrícolas de áreas infectadas em locais de cultivo sem registro da doença.
A “Vassoura de Bruxa” deixa os ramos das plantas secos e deformados, por exemplo, com nanismo, e provoca a proliferação de brotos fracos e finos nos caules.
Reportagem, Bianca Mingote.