LOC.: A implantação de uma cadeia de valor do hidrogênio verde no Brasil é necessária para acelerar a neondustrialização da economia do país. Essa é a avaliação do especialista em políticas públicas e gestão governamental da Secretaria Nacional de Mudança do Clima, Carlos Alexandre Principe Pires. durante debate realizado pela Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados.
Para ele, o Brasil vai desempenhar um papel importante na transição energética global, como fornecedor do hidrogênio de baixa emissão de carbono.
TEC./SONORA: Carlos Alexandre Príncipe Pires, especialista em políticas públicas e gestão governamental da Secretaria Nacional de Mudança do Clima
“Nós devemos internalizar toda a cadeia de valor do hidrogênio para colocar em nosso país condições de uma neoindustrialização ou uma industrialização de baixo carbono para que nós não apenas exportemos o hidrogênio de baixo carbono, mas exportemos produtos industrializados com altíssimo valor agregado. Esse valor agregado nada mais é do que a própria baixa emissão de carbono que está sendo muito valorizada em todo o mundo”.
LOC.: O especialista da Secretaria Nacional de Mudança do Clima ainda ressalta que o hidrogênio verde é uma alternativa para os setores que têm mais dificuldade para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
As declarações foram feitas durante debate realizado pela Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, em setembro.
Na ocasião, os participantes também defenderam a aplicação da Avaliação Ambiental Estratégica previamente na geração de energia eólica offshore e de hidrogênio verde. O papel avaliação é fornecer instrumentos de planejamento para avaliar impactos ambientais, auxiliando na formulação de políticas, planos ou programas.
O deputado federal Nilto Tatto, do PT de São Paulo, integra a Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde. Ele reforçou a importância da avaliação estratégica do impacto que a expansão da cadeia produtiva de energias renováveis vai causar.
TEC./SONORA: Nilto Tatto, deputado federal (PT/SP)
“O onde, o como e o tamanho têm que sempre se considerar, no processo de implementação do empreendimento, mesmo que ele dialogue perfeitamente com a necessidade do enfrentamento da crise climática. Eu acho que isso vai acumulando para a gente aprofundar e aperfeiçoar cada vez mais o marco legal.”
LOC.: A Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados foi criada em maio de 2023 e tem por objetivo acompanhar a implementação das medidas que estão sendo adotadas para a transição da energia verde no Brasil.
Reportagem, Landara Lima