Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, cooperativas, microempresas e startups do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará têm uma oportunidade para colocar em prática projetos voltados à bioeconomia. As inscrições para o edital AMABIO, do Banco da Amazônia, vão até 31 de julho.
A iniciativa vai destinar até R$ 4 milhões para financiar iniciativas sustentáveis na Região Amazônica. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site do banco.
Clique aqui para acessar o edital completo, com critérios de seleção, lista de documentos obrigatórios e formulário de inscrição.
Cada proposta poderá receber até R$ 150 mil, em apoio financeiro não reembolsável. Além disso, cada projeto deverá ter duração máxima de 12 meses. Não há possibilidade de prorrogação.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destaca que o intuito é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, além de promover inovação na Região Amazônica.
“Esse edital é um marco para a bioeconomia amazônica. Ele reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade”, afirma.
A iniciativa integra o Programa AMABIO, Financiamento Sustentável e Inclusivo da Bioeconomia Amazônica. Trata-se de uma parceria entre o Banco e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com apoio técnico da Expertise France.
Linhas temáticas
As instituições interessadas em submeter projetos devem estar formalmente constituídas há pelo menos dois anos e atuar com bioeconomia e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A medida é voltada a organizações da sociedade civil, startups, microempresas e cooperativas.
Além disso, o edital do AMABIO contempla duas linhas de apoio – que devem ser seguidas pelos interessados. Confira as linhas temáticas:
● Linha 1: fortalecimento de organizações de povos e comunidades tradicionais, de base comunitária, como organizações de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, aquicultores, silvicultores, povos indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Atividades que poderão ser apoiadas pelas propostas na linha temática 1 podem ser, por exemplo, voltadas ao desenvolvimento de planos de negócio, estudos de viabilidade e estratégias de comercialização e apoio à inclusão digital e conectividade em territórios tradicionais.
● Linha 2: inovação nas cadeias de valor da bioeconomia na Amazônia, que apoia o desenvolvimento e a implementação de soluções inovadoras nas cadeias de valor da sociobiodiversidade da região, focalizando esforços na sustentabilidade ambiental.
Entre os projetos que podem ser inscritos na linha temática 2 estão os destinados à implantação de soluções inovadoras para o reaproveitamento de resíduos, como cascas, sementes, bagaço e folhas em bioinsumos, cosméticos, alimentação ou artesanato, por exemplo.
Processo seletivo
O processo seletivo será dividido em três etapas. Confira:
● Triagem de elegibilidade;
● Análise técnica e de mérito;
● Deliberação final.
A Comissão de Seleção será composta por representantes da instituição financeira, da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Expertise France e por especialistas convidados com notório saber em bioeconomia, inovação, saberes locais ou tradicionais e desenvolvimento sustentável.
A seleção deve considerar os seguintes critérios técnicos:
● Relevância estratégica
● Impacto socioambiental
● Grau de inovação
● Sustentabilidade
● Inclusão e diversidade
● Capacidade de gestão
A publicação do resultado final está prevista para ocorrer no dia 10 de outubro de 2025.
Programa AMABIO
O Programa AMABIO foi instituído por meio de uma parceria bilateral entre Brasil e França. No total, a iniciativa deve mobilizar, nos próximos quatro anos, 1 bilhão de euros em investimentos para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
A ideia é contribuir para o desenvolvimento da bioeconomia na região, com apoio à população que vive nessa área e à biodiversidade.
O programa conta com parceria de instituições financeiras que atuam na região, como é o caso do Banco da Amazônia.