Consumidores gastaram mais com passagens aéreas e energia elétrica Foto: Marcello Ca.sal Jr/Agência Brasil
Consumidores gastaram mais com passagens aéreas e energia elétrica Foto: Marcello Ca.sal Jr/Agência Brasil

Inflação no DF é impulsionada pelo aumento nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica

Apesar de uma queda de 0,26 ponto percentual de setembro para outubro, o DF lidera em inflação acumulada em 12 meses com 5,87%, acima da média nacional de 4,82%

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Impulsionada pelo aumento nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica, a inflação no Distrito Federal atingiu 0,62% em outubro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse índice supera a média nacional de 0,24% — e é o segundo maior entre 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, ficando atrás apenas de Goiânia. 

Os dados são da análise dos resultados de outubro da variação de preços do IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Ceasa do DF (ICDF) e IPCA por faixa de renda, que foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).

Pedro Borges, assessor especial da Coordenação de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF,  destaca que esses fatores foram decisivos para o crescimento da inflação no mês, além do aumento na inflação dos alimentos após dois meses de queda.

“Esse dado é importante porque a inflação dos alimentos afeta bastante as famílias de renda baixa. De fato, a análise de inflação por faixa de renda realizada pelo IPEDF mostrou que foram as famílias de renda alta que mais sentiram o aumento dos preços neste mês, como consequência do aumento das passagens aéreas”, explica.

De acordo com o estudo, a inflação impactou mais as famílias de renda alta, com 0,95%, seguidas pelas de renda baixa, com 0,70%, renda média-baixa, com 0,58%, e renda média-alta, com 0,53%. O economista Guidi Nunes, da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED), considera que setembro foi um mês de desaceleração de preços, indicando que a tendência de queda contínua observada nos últimos meses terminou em outubro.

“Um aumento residual, mas que colabora um pouco com esse aumento da inflação do DF, que também comparado com outubro de 2022, já é uma base mais baixa de preço. Então é coerente essa aceleração, mas não deve gerar maiores preocupações para os próximos meses”, explica.

Segundo o estudo, em outubro o INPC do Distrito Federal foi de 0,45%, marcando a segunda maior inflação entre as capitais e acima do resultado nacional de 0,12%. O acumulado em 12 meses atingiu 4,91%, sendo a terceira maior inflação acumulada, enquanto o índice nacional ficou em 4,14%. 
 

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