IPCA

12/06/2024 00:05h

IBGE divulgou dados na manhã desta terça-feira (11); índice de maio foi de 0,46% contra 0,38% do mês anterior

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Produtos de higiene e saúde pessoal puxaram a alta de preços em maio e foram um dos responsáveis pela inflação no mês passado, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (11).

Em maio, o IPCA foi de 0,46% contra 0,38% registrados em abril, uma alta de oito pontos percentuais. No acumulado do ano, o índice registrou 2,27% e, nos últimos 12 meses, 3,93%. No ano passado, no mesmo período, a variação havia sido de 0,23%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês passado, com destaque para a área de Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69% e 0,09 ponto percentual de contribuição. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%), com 0,13 ponto percentual e 0,10 ponto percentual, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,53%, de Artigos de residência, e o 0,50%, de Vestuário.

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Para o gerente do IPCA e INPC, André Almeida, a alta nos preços do grupo de saúde e cuidados pessoais em maio se deu, principalmente, por conta do Dia das Mães, em que foram observados aumento nos preços dos perfumes, produtos para a pele e maquiagem. Mas também foi observado alta no preço dos planos de saúde, em 0,77%.

Comer em casa

O IPCA de maio mostrou que comer fora de casa teve uma queda de 0,66% em maio, menos ainda que abril, que foi de 0,81%. Já em relação aos alimentos, André Almeida chama a atenção para a alta no preço da batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%).

No grupo Habitação (0,67%), a alta da energia elétrica residencial (0,94% e 0,04 p.p.) foi influenciada pelos reajustes tarifários aplicados nas seguintes áreas: Salvador (3,67%), com reajuste de 1,63% a partir de 22 de abril; Belo Horizonte (0,82%), de 6,76%, a partir de 28 de maio; Campo Grande (-0,32%), de -1,17% a partir de 08 de abril; Recife (-1,42%), de -2,64%, a partir de 29 de abril; Fortaleza (-1,63%), de -2,92% a partir de 22 de abril; e Aracaju (-1,69%), de 1,16% a partir de 22 de abril.

Passagens aéreas

No grupo Transportes (0,44%), houve aumento na passagem aérea (5,91% e 0,03 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,45%), somente o gás veicular (-0,08%) teve queda, enquanto o etanol (0,53%), óleo diesel (0,51%) e a gasolina (0,45%) registraram alta nos preços.

Ainda em Transportes, a variação do metrô (1,21%) foi decorrente do reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro (3,45%), a partir de 12 de abril. No subitem táxi (0,55%), houve reajuste médio de 17,64%, a partir de 22 de abril, em Recife (12,22%).

Conforme os dados de maio, somente Goiânia (-0,06%) registrou queda de preços, por conta do recuo na gasolina (-3,61%) e no etanol (-6,57%). Já a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,87%), influenciada pelas altas da batata inglesa (23,94%), gás de botijão (7,39%) e gasolina (1,80%).

'Acima do esperado'

Para o economista e membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), Newton Marques, o IPCA de maio ficou acima do esperado pelos consultores do mercado financeiro, que aguardavam 0,41%.

"Esses números mostram, ainda, que o IPCA não está mais próximo de 3% como é o centro da meta de inflação, mas tá abaixo dos 4,%, 5%, que é o máximo que pode ser obtido no aumento dos preços de 2024", disse o economista.

Newton Marques também chama a atenção que uma das lições do IPCA de maio é que os aumentos nos grupos de habitação e transportes têm pouco a ver com os níveis praticados pela taxa Selic. "O impacto não é explicado para esses aumentos, porque esses preços, podemos considerá-los como preços administrados: energia elétrica, que impacta na habitação e, combustíveis, que impacta nos transportes", analisou.

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29/05/2024 00:05h

De acordo com relatório divulgado nesta-terça-feira (28), a taxa apresentou alta de 0,23 pontos percentuais se comparado ao mês anterior

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Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (28) apontou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), compreendido como uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, apresentou alta de 0,44% em maio. O resultado corresponde a 0,23 pontos percentuais (p.p) acima da taxa registrada em abril, de 0,21%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,12% e, em 12 meses, de 3,70%, abaixo dos 3,77% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2023, a taxa foi de 0,51%.

Para o economista e advogado Alessandro Azzoni, Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU), o aumento da taxa do IPCA pode ter impacto, inclusive na taxa Selic. 

"Se nós tivermos um impacto diretamente pelo IPCA nós podemos ter uma redução na taxa Selic que pode se estacionar. Lembrando que essa última discussão onde baixou 0,25% da taxa Selic já foi discutida; houve uma discussão dentro do Copom sobre esse viés, então se nós tivermos uma crescente no IPCA, como o IPCA-15 dá prévia, pode ser que nós tenhamos em uma próxima reunião do Copom uma manutenção da taxa Selic para não ter redução", explica.

Segundo os resultados da pesquisa, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em maio, sendo que as maiores variações estão nos setores de Saúde e cuidados pessoais, com 1,07% e 0,14 p.p, e Transportes, com 0,77% e 0,16 p.p. As demais variações ficaram entre o -0,44%, nos setores de Artigos de residência e 0,66% no de Vestuário.

Para Newton Marques, economista, mestre e doutor membro do Corecon-DF, a alta registrada no IPCA-15 se deve à pressão do grupo de Saúde e Transportes, que juntos representam quase 0,4%.

“Então, a gente pode dizer que essa pressão não é por excesso de demanda, são preços que são reajustados de acordo com a elevação dos custos. Então se há uma desvalorização cambial, por exemplo, isso provoca pressão no grupo do Transporte e no grupo da Saúde", aponta.

Cenário por regiões

Com relação aos índices regionais, todas as onze localidades analisadas na pesquisa registraram alta no mês de maio, sendo que a maior variação foi registrada em Salvador, com 0,87%, por conta das altas da gasolina, batendo em 6,89%, e energia elétrica residencial, em 3,26%. 

Já o menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro, com 0,15%, que apresentou queda nos preços do feijão preto, -10,38%, e das carnes, com -1,56%.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de abril a 15 de maio de 2024, e comparados com os vigentes de 15 de março a 15 de abril de 2024.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, sendo que a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Coleta do IPCA-15 no Rio Grande do Sul 

Em razão da situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a coleta de preços na modalidade remota foi intensificada, permanecendo, também, a coleta em modo presencial quando possível. 

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de abril a 15 de maio de 2024 e comparados com os vigentes de 15 de março a 15 de abril de 2024. As informações apropriadas no IPCA-15 de maio foram validadas com base nas metodologias de cálculo, crítica e imputação de preços vigentes no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC). 

A próxima divulgação do IPCA-15, referente ao próximo mês, será em 26 de junho.


 


 

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12/05/2024 00:02h

Fortaleza foi a única região com redução de preços, impulsionada pela queda nos valores da gasolina e energia elétrica

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Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,38% e ficou 0,22 ponto percentual acima da taxa de março (0,16%). Em abril de 2023, a variação havia sido de 0,61%. No acumulado do ano, o IPCA acumula alta de 1,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,69%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os índices regionais, apenas Fortaleza apresentou uma redução de preços, com uma queda de 0,15%, impulsionada pelo declínio nos valores da gasolina em 3,97% e na energia elétrica residencial em 3,80%.

A maior variação foi observada em Aracaju, com um aumento de 0,78%, atribuído aos aumentos significativos da cebola em 27,77% e do tomate em 23,20%.

André Almeida, gerente do IPCA e INPC, destaca que dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em abril.

“Os maiores impactos foram observados no grupo Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas. No grupo Saúde e cuidados pessoais, a alta de quase 3% dos produtos farmacêuticos se deu pelo reajuste nos preços dos medicamentos que foi autorizado a partir de 31 de março”, explica.

Almeida aponta que Alimentação e Bebidas registrou uma alta de 0,70%, influenciada pela alta do preço da cebola e do tomate. Ele explica que esses produtos alimentícios tiveram uma oferta reduzida ao longo do mês de abril.

O economista Cesar Bergo pontua que a oferta reduzida desses alimentos está ligada ao clima e à produção. Ele informa que o transporte também influenciou a alta do IPCA, com o aumento do preço da gasolina, diesel e etanol.  

“Isso é preocupante, porque para os próximos meses, os eventos climáticos continuam, como estamos vendo na região Sul, que é um grande produtor rural. Então isso deve ter uma pressão nos preços. E também preço de combustível, porque o barril de petróleo subiu, o dólar subiu e isso deve pressionar os preços dos combustíveis internamente”, ressalta.

Bergo afirma que para os próximos meses,  aguarda-se que a curva declinante da inflação se atenue. Ele aponta que em abril, acabou subindo um pouco, mas na comparação com 2023 os índices estão melhores — e a inflação tende a continuar caindo.

IPCA

Bergo explica que o IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil. Ele é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere à variação no preço do consumo de famílias de até 40 salários mínimos. 

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17/04/2024 07:00h

Analistas consideram inflação e alta do dólar neste cenário

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A expectativa da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,71%. 

Apesar disso, alguns produtos, atualmente, estão com alta de preços. Essa alta, somado à escalada do dólar em relação a outras moedas, fez com que analistas subissem a projeção da taxa básica de juros da economia, a Selic, até o final de 2024. A tendência de baixa se reverteu e, após 3 meses, esta é a primeira previsão de alta desta taxa, a 9,13%. 

O dólar estará cotado a R$ 4,97, até o final do ano — de acordo com o boletim. 

A alta de projeção também ocorre para o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento cotado a 1,95%. Esta é a nona projeção de crescimento seguida do indicador. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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04/04/2024 00:07h

Grande parte das principais variáveis monitoradas estão estáveis

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A projeção da inflação brasileira esteve estável nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,75%. 

Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela sétima vez seguida e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,90% até o final deste ano. 

Neste cenário, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira — há quatorze semanas em sequência permanece a 9,00%. Prevê-se que os próximos anos sejam igualmente de estabilidade para esta taxa. 

Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil. 
 

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27/03/2024 01:00h

O índice teve queda de 0,42 ponto percentual em relação a fevereiro de 2024

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,36% em março de 2024. Este resultado está 0,42 ponto percentual (p.p.) abaixo do observado em fevereiro.

Em março de 2023 a taxa havia sido de 0,69%.

O acumulado em 12 meses também é inferior à mesma série de um ano atrás. 

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial e — apesar da desaceleração deste mês — veio acima de algumas projeções de mercado. 

Cinco dos nove grupos pesquisados tiveram alta em março, com o maior impacto vindo do setor de alimentação e bebidas, em alta de 0,91%. 

Neste setor, destaca-se o aumento de preços da alimentação no domicílio, com significativas contribuições da alta da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

A alimentação fora de casa também subiu, em 0,59%. 

Em seguida, está a inflação do setor de transporte, com destaque para as altas dos combustíveis; seguido pelo setor de saúde e cuidados pessoais, em que os planos de saúde lideraram os aumentos. 

Por regiões, a capital Belém (PA) é a líder da subida de preços, puxados pela inflação do açaí e da gasolina. Já a alta de preços mais discreta acontece em Goiânia (GO). 

O IPCA-15 considera os preços coletados entre o período do dia 15 de cada mês subsequente. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 

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21/03/2024 00:04h

Acompanhando a possível alta da economia, está o crescimento da projeção da inflação

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A projeção da inflação brasileira teve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,79%. A nova projeção representa alta, após sucessivas quedas. 

Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela quinta vez seguida — e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,80%, até o final deste ano. 

Em contrapartida, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira —  há doze semanas em sequência permanece a 9,00%. Prevê-se que os próximos anos sejam igualmente de estabilidade para esta taxa. 

Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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27/02/2024 22:30h

Alta é puxada pela educação — com aumento de 5,07% — seguida de alimentos e bebidas com alta de 0,78% entre janeiro e fevereiro

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) — que mede a inflação entre a metade de janeiro e fevereiro — ficou em 0,78%. O índice foi puxado, principalmente, pelo grupo de Educação, com aumento de 5,07% no período, seguido pelo grupo de Comunicação — onde a alta foi de 1,67% —- e Alimentos e Bebidas, com aumento de 0,97%.

A alta, segundo o economista-chefe da consultoria Análise Econômica André Galhardo, é bem maior que a registrada em janeiro, quando o aumento foi de 0,31%, e pouco maior que a registrada em fevereiro do ano passado, de 0,76%. 

“Apesar dessa elevação, essa alta já era amplamente esperada pelo mercado, ela foi influenciada, não apenas mas principalmente, pela evolução dos preços no grupo de Educação. Tivemos reajuste de mensalidade e materiais escolares, e tudo isso acaba impactando significativamente num grupo que é importante dentro do IPCA.”

Aumento em 8 dos 9 grupos

O IPCA considera nove grupos prioritários de impacto na inflação e desses, em fevereiro, oito registraram alta. Apenas o grupo  Vestuário teve recuo de 0,39% no mês. A maior alta, na Educação, impactou diretamente a servidora pública Daniela Martins. Mãe de dois filhos matriculados em escola particular, a moradora do Distrito Federal viu os aumentos pesarem no orçamento. 

“E não só das mensalidades escolares do Ensino Fundamental, nas escolas de línguas e atividades esportivas, academia de natação, tudo aumentou demais. E esse aumento das escolas eles já repassaram do ano passado pra cá e foi bem significativo.”

O grupo de Alimentação e Bebidas, mesmo com aumento menor (0,97%), teve impacto significativo no mês, de 0,20 p.p. 

“Alimentos e Bebidas e Transportes, representam sozinhos, cerca de 40% do IPCA. Então nós temos nove grupos, mas esses grupos têm importâncias relativas diferentes. Se você tem aumento de preços de alimentos, isso pesa muito mais no bolso do consumidor do que quando você tem aumento no preço de carros novos, por exemplo.” explica Galhardo. 

Onde o aumento pesou mais 

No grupo Transportes, apesar do aumento de 0,15%, as passagens aéreas tiveram redução de 10,65%. Mas os combustíveis tiveram aumento médio de 0,77%. O aumento das tarifas de táxi ajudou a puxar a alta, que chegou a 0,98%. No Rio de Janeiro 4,21%, em Salvador de 4,61% e de 8,31% em Belo Horizonte.

A capital mineira também teve reajuste nas tarifas de ônibus urbano, que subiu, em média, 16,67%. Já na capital paulista, o reajuste de 13,64% nas tarifas de trem e metrô puxaram a inflação na cidade. 

A maior variação quanto aos índices regionais foi registrada em Goiânia — 1,07%. A gasolina teve aumento de 7,28% e puxou o índice, assim como os cursos regulares, com alta de 4,56%. 

Para os próximos meses

Essa inflação de 0,78 ajudou a produzir uma inflação anualizada de 4,49% — “um aumento meramente marginal se comparar com os 12 meses encerrados em janeiro”, explica André Galhardo. Segundo o IBGE a inflação acumulada em 12 meses, encerrada em janeiro, foi de 4,47%, um aumento bem pequeno.

“Embora essa variação de 0,78% tenha sido muito importante, ela é bem alta, esse número é transitório. A nossa expectativa é que nos meses de março e abril, esse IPCA-15 venha bem mais comportado. A expectativa é benigna para a inflação ao longo de 2024.” O economista explica: 

"O cálculo do IPCA-15 é baseado nos preços coletados entre 16 de janeiro e 15 de fevereiro de 2024 e comparados com os preços vigentes entre 15 de dezembro e 15 de janeiro.  O indicador é referente às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia." 

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16/11/2023 07:00h

Apesar de uma queda de 0,26 ponto percentual de setembro para outubro, o DF lidera em inflação acumulada em 12 meses com 5,87%, acima da média nacional de 4,82%

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Impulsionada pelo aumento nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica, a inflação no Distrito Federal atingiu 0,62% em outubro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse índice supera a média nacional de 0,24% — e é o segundo maior entre 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, ficando atrás apenas de Goiânia. 

Os dados são da análise dos resultados de outubro da variação de preços do IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Ceasa do DF (ICDF) e IPCA por faixa de renda, que foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).

Pedro Borges, assessor especial da Coordenação de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF,  destaca que esses fatores foram decisivos para o crescimento da inflação no mês, além do aumento na inflação dos alimentos após dois meses de queda.

“Esse dado é importante porque a inflação dos alimentos afeta bastante as famílias de renda baixa. De fato, a análise de inflação por faixa de renda realizada pelo IPEDF mostrou que foram as famílias de renda alta que mais sentiram o aumento dos preços neste mês, como consequência do aumento das passagens aéreas”, explica.

De acordo com o estudo, a inflação impactou mais as famílias de renda alta, com 0,95%, seguidas pelas de renda baixa, com 0,70%, renda média-baixa, com 0,58%, e renda média-alta, com 0,53%. O economista Guidi Nunes, da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED), considera que setembro foi um mês de desaceleração de preços, indicando que a tendência de queda contínua observada nos últimos meses terminou em outubro.

“Um aumento residual, mas que colabora um pouco com esse aumento da inflação do DF, que também comparado com outubro de 2022, já é uma base mais baixa de preço. Então é coerente essa aceleração, mas não deve gerar maiores preocupações para os próximos meses”, explica.

Segundo o estudo, em outubro o INPC do Distrito Federal foi de 0,45%, marcando a segunda maior inflação entre as capitais e acima do resultado nacional de 0,12%. O acumulado em 12 meses atingiu 4,91%, sendo a terceira maior inflação acumulada, enquanto o índice nacional ficou em 4,14%. 
 

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06/11/2023 15:20h

Boletim Focus divulgado pelo Banco Central apresenta estabilidade de projeções

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O mercado financeiro manteve inalteradas, em relação à semana anterior, as projeções da inflação brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — além do Produto Interno Bruto (PIB), câmbio do real em relação ao dólar e da taxa básica de juros da economia, a Selic. 

A projeção da inflação (IPCA) para 2023 é de 4,63%. 

Já a previsão de crescimento da economia para 2023 segue cotada a, aproximadamente, 2,90% para o ano de 2023. 

O câmbio do dólar em relação ao real, pela quarta semana consecutiva, permanece cotado a R$ 5,00. Já a Selic segue a 11,75% para o ano de 2023. 

Para os anos de 2024 e de 2025, a taxa básica de juros da economia permanece igualmente estável em relação às semanas anteriores, em 9,25% e 8,75%, respectivamente.  

As informações são do Banco Central do Brasil
 

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