LOC.: Os setores de vestuário, calçados e acessórios devem liderar as vendas no Dia das Mães, com uma previsão de faturamento de R$ 5,10 bilhões este ano. Trata-se de um crescimento de 2,1% em relação a 2023. Outros setores que também devem registrar vendas significativas incluem farmácias, perfumarias, lojas de cosméticos, entre outros. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC.
Yashilla Vaz, estudante de direito de 20 anos e moradora de Uberlândia (MG), conta que procura dar para a mãe dela joias, sapatos e pijamas. Ela diz que não sentiu tanta diferença nos preços com relação ao ano passado.
TEC./SONORA: Yashilla Vaz - estudante de direito
“Dá pra encontrar preços acessíveis, dependendo do que deseja dar e, obviamente, tem uma diferença em relação ao ano passado, eu acredito que deu uma aumentada, mas não foi tanto assim, de no máximo 10%, que foi o que eu analisei este ano.”
LOC.: O otimismo para o Dia das Mães deste ano decorre da melhoria das condições de consumo. Após atingir um pico de 59,87% ao ano, em maio de 2023, a taxa média de juros para operações com recursos livres para pessoas jurídicas começou a cair, chegando a 52,46% ao ano, em fevereiro, o menor nível desde junho de 2022.
Guidi Nunes, economista da CBRASE, avalia que houve estabilidade nos resultados desde 2021. O ano de melhor venda foi no Dia das Mães de 2014, com R$ 14,4 bilhões e o de menor venda foi o de 2020, com R$ 8,20 bilhões, decorrente da pandemia.
TEC./SONORA: Guidi Nunes - economista
“Na medida em que a população vem conseguindo pagar suas contas, reduzir suas dívidas e ter perspectivas de permanecer mais tempo empregada diante de eventual queda na taxa de juros, este cenário vai favorecer a melhoria nas vendas, tendo o crédito como alternativa principalmente para a compra de bens duráveis”.
LOC.: De acordo com dados do Banco Central, no início do ano, o comprometimento médio da renda dos brasileiros com dívidas caiu para menos de 24%. A inadimplência também segue essa tendência, ficando em 5,5% do crédito para pessoas físicas em fevereiro, o menor índice desde julho de 2022.
Reportagem, Sophia Stein