Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Crédito rural: desembolso chega a R$ 373,4 bilhões em onze meses

No período de julho/2023 a maio/2024 foram realizados 2.025.768 contratos, sendo 1.531.980 no Pronaf e 175.511 no Pronamp

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

O desembolso do crédito rural do Plano Safra 2023/24 chegou a R$ 373,4 bilhões no período de julho/2023 até maio/2024, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. O montante representa um aumento de 13% em relação ao mesmo período da safra passada.

Nos últimos onze meses, foram feitos 2.025.768 contratos, sendo 1.531.980 no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 175.511 no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Os recursos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades – custeio, investimento, comercialização e industrialização – foram de R$ 54,5 bilhões no Pronaf e de R$ 46,8 bilhões no Pronamp.

Já os demais produtores formalizaram 318.277 contratos, o equivalente a R$ 272 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

O economista Gilberto Braga destaca a importância do crédito rural para a maior parte dos agricultores. “O financiamento de safra é algo que é comum, necessário em condições específicas para o setor.”

Braga avalia que, apesar da safra ser menor que a anterior, ainda há possibilidade de produção consistente por conta dos créditos aos produtores. Ele aponta que o resultado dos últimos 11 meses é positivo e pode trazer resultados agrícolas vantajosos, apesar da perda com as enchentes no Rio Grande do Sul e de condições climáticas menos favoráveis no momento.

"É um resultado importante, uma vez que falta apenas o mês de junho para se completar o ciclo. Então, já sinaliza que poderemos ter uma produção agrícola bastante consistente para é o próximo período. Não teremos o mesmo sucesso que tivemos com a produção de grãos do ano anterior, porém ainda em condições bastante vantajosas para o próximo período, a despeito das questões climáticas e do que aconteceu no Rio Grande do Sul", menciona. 

Segundo os registros, os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 205,4 bilhões. E as contratações das linhas de investimentos chegaram a R$ 90,6 bilhões. Além disso, as operações de comercialização atingiram R$ 48,5 bilhões e, as de industrialização, totalizaram R$ 28,9 bilhões.

De acordo com o Ministério, os valores apontados são provisórios e foram extraídos do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB)  no dia 5 de maio.

Receba nossos conteúdos em primeira mão.