Foto: Yasmin Fonseca/MIDR
Foto: Yasmin Fonseca/MIDR

MIDR e Petrobras articulam seminário sobre Margem Equatorial no Amapá

A iniciativa busca fortalecer o Pacto Federativo e preparar os estados envolvidos para o novo ciclo de desenvolvimento

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Representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participaram, nesta sexta-feira (27), de uma reunião na Petrobras, em Brasília. O encontro teve como foco o planejamento de um seminário sobre a Margem Equatorial, que será realizado no Amapá, e discutiu ações coordenadas para recepcionar o projeto de exploração da nova fronteira energética no estado.

A Margem Equatorial brasileira tem despertado grande interesse por seu potencial energético e já apresenta resultados positivos para o país, incluindo avanços recentes em leilões e na atração de investimentos. De acordo com o secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares, o objetivo é garantir que esse processo ocorra com governança, segurança e sustentabilidade. “Estamos articulando, de forma integrada com diversos órgãos do Governo Federal, a Marinha, o Governo do Amapá e outros parceiros, ações que garantam segurança, governança e sustentabilidade nessa grande oportunidade que é a Margem Equatorial”, destacou.

A iniciativa busca fortalecer o pacto federativo e preparar os estados envolvidos para o novo ciclo de desenvolvimento. “A ideia é fortalecer o pacto federativo e preparar o Amapá, a Amazônia e o Brasil para essa nova fronteira energética, que contribui diretamente para o plano de transformação ecológica e para o desenvolvimento regional sustentável”, disse Tavares.

Agenda de transição energética

Segundo o secretário, a exploração da Margem Equatorial está alinhada ao Plano de Transformação Ecológica e à agenda de transição energética do Governo Federal. O projeto tem potencial para impulsionar o desenvolvimento regional sustentável e inclusivo, além de contribuir com a segurança energética do país. O seminário previsto no Amapá será um marco para debater as oportunidades, os desafios e as responsabilidades compartilhadas entre União, estados e municípios na consolidação dessa nova fronteira estratégica.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, defende a exploração de óleo e gás natural na Margem Equatorial, na costa do Amapá, como um forte impulsionador da indústria e da economia amapaense. “Há razões fortes para ser um dos principais defensores do direito soberano do Brasil de tirar aquele tesouro que está no fundo do mar." Segundo Waldez Góes, a iniciativa poderia gerar cerca de R$ 7 trilhões para impulsionar as indústrias, a economia, o agronegócio e as vocações dos povos da floresta.

“A exploração da Margem Equatorial é um direito nosso, e abrir mão dele é abrir mão da nossa soberania”, afirmou o ministro. “O pré-sal já está em decadência. Se nós não explorarmos a Margem Equatorial, vamos ter problema com a nossa indústria, com a nossa agricultura, com o comércio e vamos virar importadores de petróleo. Esses recursos que estão ali são direito soberano do povo”, observou.

Margem Equatorial

A Margem Equatorial é uma extensa faixa do litoral brasileiro que se estende do estado do Amapá ao Rio Grande do Norte, abrangendo áreas marítimas na costa dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e parte do Rio Grande do Norte. Essa região tem ganhado destaque pelo seu elevado potencial para a exploração de petróleo e gás natural em águas profundas e ultraprofundas, sendo considerada uma nova fronteira energética para o Brasil.

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