LOC.: Calor extremo, estiagem fora de época, baixa nos rios, alagamentos. Fenômenos da natureza cada dia mais frequentes e mais percebidos pela população. É o que aponta uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI. Segundo o levantamento, 91% dos brasileiros notaram alguma alteração na temperatura ou no clima. As respostas mais comuns entre os brasileiros são: aumento de temperatura, notado por 92% dos entrevistados; menos chuvas, por 66%; e rios mais secos, o que foi percebido por 55% dos entrevistados.
O aquecimento global é considerado um problema grave para 91% das pessoas. O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, explica o que precisa ser feito para diminuir os efeitos do aquecimento e a consequente percepção que as pessoas têm sobre o assunto.
TEC/SONORA: Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI
“Para isso a gente precisa desenhar uma agenda que passe pela redução de emissões e diminua o aquecimento global. Isso nos faz pensar numa agenda de transição energética, expandir as energias renováveis, como eólica, solar, a própria biomassa. Como fortalecer os biocombustíveis. Como atrair novas tecnologias e aplicá-las dentro de um processo industrial para que a gente tenha mais eficiência e produza cada vez menos gás de efeito estufa.”
LOC.: A pesquisa da CNI mostra que 38% dos brasileiros veem o desmatamento florestal como a maior ameaça ambiental para o país hoje. Também estão entre as preocupações as mudanças climáticas e o aquecimento global, além de fumaça e emissão de gases poluentes.
Segundo Davi Bontempo, o governo vai trabalhar fundamentalmente na agenda de políticas públicas para criar incentivos para que seja possível fazer essa transição.
TEC/SONORA: Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI
“Do lado do setor produtivo vamos trazer novas tecnologias, inovação, para que a gente modernize cada vez mais o nosso parque industrial. E do lado da sociedade a gente precisa tratar questões do dia a dia, questões sociais — que vão desde a coleta e separação do lixo — até a economia e eficiência dos nossos recursos naturais.”
LOC.: Presente na COP28 com mais de 100 empresários, a CNI defende o avanço na implementação do mercado global de carbono, a definição da estratégia de descarbonização da economia. Além disso, a entidade vai trabalhar na mobilização dos países para o financiamento climático. Essas medidas são consideradas necessárias pelo setor para o desenvolvimento da agenda climática.
Reportagem, Lívia Braz