LOC.: O Brasil está entre os 30 países considerados prioritários pela Organização Mundial da Saúde (OMS), seja na carga de tuberculose ou coinfecção tuberculose HIV. A médica e coordenadora geral da coordenação geral de vigilância da tuberculose do Ministério da Saúde, Fernanda Dockhorn Costa, afirma que em 2022 78 mil casos novos de tuberculose foram confirmados.
TEC./SONORA: Fernanda Dockhorn Costa - médica e coordenadora geral da coordenação geral de vigilância da tuberculose
“Isso dá uma incidência de 36.3 casos por 100 mil habitantes e ocorreu um aumento do óbito no último ano de 2021, chegando a mais 5 mil óbitos por tuberculose no Brasil, representando um aumento de 12% em relação a 2019.”
LOC.: De acordo com a coordenadora, o município com o maior número de incidência da doença é Manaus, que apresenta 115 casos por 100 mil habitantes. Seguido por Recife com 102 casos por 100 mil habitantes e Rio de Janeiro com 95 casos por 100 mil habitantes.
A coordenadora avalia que o SUS teve grande avanço nos últimos anos na estratégia de prevenção contra a tuberculose e o esquema de tratamento para prevenção da TB é feito com 12 doses semanais e dura 3 meses.
Paulo Victor Viana, pesquisador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga da ENSP/Fiocruz, informa que a transmissão da tuberculose é direta e a aglomeração de pessoas é o principal fator de propagação.
TEC./SONORA: Paulo Victor Viana - pesquisador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga da ENSP/Fiocruz
“O doente acaba expelindo, ao falar, espirrar e muitas vezes, tossir, que é o principal sintoma, pequenas gotas de saliva que podem conter a bactéria da tuberculose e ser inalada por outros indivíduos que estejam próximo.”
LOC.: A coordenadora enfatiza que a tuberculose não é uma doença ligada há determinadas populações e que qualquer pessoa com tosse por três semanas ou mais deve investigar a doença.
Reportagem, Sophia Stein