LOC.: O governo de São Paulo anunciou que a capital paulista vai implementar a primeira estação mundial de abastecimento com hidrogênio verde a partir do etanol. A iniciativa é uma parceria entre o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), players da iniciativa privada e da USP. A previsão para início de operação do projeto é até o final do primeiro semestre de 2024.
A diretora de Projetos de Investimentos da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP), Marília Garcez, explica como está estruturado o projeto.
TEC./SONORA: Marília Garcez, diretora de Projetos de Investimentos da InvestSP
“Se produz o hidrogênio a partir da reforma do etanol, esse hidrogênio será combustível de abastecimento dos ônibus que rodam dentro da cidade universitária, onde haverá inclusive um ponto de suprimento, um ponto de abastecimento desse hidrogênio em estado gasoso. A gente acredita que ele vai ser muito bem-sucedido e tem uma capacidade de ganho de escala”
LOC.: De acordo com o Gerente de Análise e Informações ao Mercado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Ricardo Gedra, o hidrogênio verde é um vetor energético muito importante para colaborar com a descarbonização de setores como o de transporte que tem dificuldade em eliminar ou limitar a utilização de combustíveis que emitem carbono.
TEC./SONORA: Ricardo Gedra, Gerente de Análise e Informações ao Mercado na CCEE
“Para estes segmentos o hidrogênio verde se torna uma alternativa técnica viável para ser considerado como combustível substituto e assim, conseguir trocar os combustíveis utilizados por essa indústria que atualmente são combustíveis de origem fóssil e com emissões associadas para um combustível de baixa emissão. Com isso, a relevância deste elemento é uma solução para esses setores para conseguir alcançar a descarbonização”.
LOC.: Segundo o governo de São Paulo, o projeto tem um investimento de R$ 182 milhões. O hidrogênio produzido na estação experimental vai ser utilizado para abastecer três ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos do Governo de São Paulo e um veículo cedido por uma montadora japonesa. Os veículos vão transitar exclusivamente no campus da USP.
Reportagem, Landara Lima.