Transporte

26/09/2025 04:25h

Dados divulgados pelo IBGE mostram que a inflação avançou em setembro; Recife registrou a maior alta, enquanto Goiânia tiveram as maiores quedas

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo IBGE, registrou alta de 0,48% em setembro. O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Habitação (3,31%). Acumulando alta de 3,76%, ficando 0,62 ponto percentual acima do resultado de agosto. 

Com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas, a energia elétrica foi o principal impacto no grupo Habitação. No Vestuário (0,97%), destacaram-se as roupas femininas e os calçados e acessórios. Em Saúde e cuidados pessoais (0,36%), a alta foi influenciada pelo plano de saúde. Já Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%) também registraram aumentos. 

O grupo Alimentação e bebidas (-0,35%) registrou a quarta queda consecutiva na média de preços, influenciada pelo recuo do tomate, cebola, arroz e café moído. Transportes (-0,25%) apresentou retração, puxada pelo seguro voluntário de veículo, passagens aéreas e combustíveis. Já Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) também apresentaram variação negativa. 

IPCA-15: diferenças regionais 

No recorte regional, as 11 áreas pesquisadas (ver tabela abaixo) registraram alta de preços em setembro. Recife apresentou a maior variação (0,80%), impulsionada pelo aumento da energia elétrica residencial e gasolina. Enquanto Goiânia teve o menor resultado, reflexo da queda nos preços da gasolina e do tomate. 
 

Região Peso Regional (%) Julho Agosto Setembro Trimestre 12 meses
Recife 4,71 0,27 -0,28 0,80 0,79 5,40
Belém 4,46 0,19 -0,61 0,62 0,20 5,54
São Paulo 33,45 0,40 0,13 0,60 1,13 5,77
Curitiba 8,09 0,14 -0,17 0,55 0,52 5,59
Rio de Janeiro 9,77 0,24 -0,31 0,55 0,48 4,92
Fortaleza 3,88 0,25 -0,11 0,40 0,54 5,26
Brasília 4,84 0,28 -0,29 0,37 0,36 5,42
Porto Alegre 8,61 0,48 -0,27 0,35 0,56 4,47
Salvador 7,19 0,19 -0,15 0,32 0,24 4,74
Belo Horizonte 10,04 0,61 -0,61 0,25 0,63 5,30
Goiânia 4,96 -0,05 -0,35 0,10 -0,30 4,83
Brasil 100,00 0,33 -0,14 0,48 0,67 5,32

Fonte: IBGE

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15/09/2025 04:05h

Setor acumula seis meses de alta, puxado por informação e comunicação, enquanto turismo e transportes registram retração

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Em julho de 2025, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em relação a junho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o sexto resultado positivo consecutivo e manteve o setor em trajetória ascendente.

No acumulado de janeiro a julho, o avanço foi de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação dos últimos 12 meses (2,9%), houve uma ligeira desaceleração em relação ao ritmo observado até junho, quando o índice estava em 3,0%.

Setores que mais influenciaram o resultado 

O crescimento foi impulsionado principalmente pelo grupo de informação e comunicação, que avançou 1,0%, puxado por telecomunicações e serviços de tecnologia da informação. Também tiveram alta os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e os serviços prestados às famílias (0,3%).

Na contramão, o setor de transportes recuou 0,6%, assim como o grupo de outros serviços também apresentando retração de 0,2%. As atividades turísticas caíram 0,7% frente a junho, no terceiro mês consecutivo de baixa, acumulando perdas de 2,3% no período. 

Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
MAI JUN JUL MAI JUN JUL JAN-MAI JAN-JUN JAN-JUL Até MAI Até JUN Até JUL
Volume de Serviços - Brasil 0,2 0,4 0,3 3,8 2,8 2,8 2,5 2,6 2,6 3,0 3,0 2,9
1. Serviços prestados às famílias -0,1 -1,5 0,3 3,2 -1,1 -1,8 2,5 1,9 1,3 3,6 3,1 2,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação -0,6 -1,5 0,0 3,4 -1,2 -2,0 3,2 2,5 1,8 4,1 3,6 3,2
1.1.1 Alojamento - - - 7,3 3,1 1,4 3,8 3,7 3,3 2,1 2,1 2,4
1.1.2 Alimentação - - - 2,6 -2,1 -2,9 3,1 2,2 1,4 4,6 4,0 3,4
1.2 Outros serviços prestados às famílias 2,1 -1,2 0,9 1,5 -0,8 -0,8 -1,9 -1,7 -1,6 0,6 0,5 0,1
2. Serviços de informação e comunicação 0,8 -0,1 1,0 6,8 5,8 4,6 6,3 6,2 6,0 6,6 6,7 6,3
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 0,9 -0,1 1,4 7,2 6,2 6,2 6,8 6,7 6,6 6,9 7,0 6,8
2.1.1 Telecomunicações 0,3 0,0 0,7 1,1 0,3 0,5 1,3 1,2 1,0 3,3 2,9 2,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 1,4 -0,5 1,2 13,7 12,4 12,2 12,9 12,8 12,7 10,6 11,4 11,5
2.2 Serviços audiovisuais 0,3 0,0 -1,7 3,5 2,2 -7,5 2,0 2,0 0,5 4,5 4,4 2,2
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 0,8 0,0 0,4 4,0 2,4 2,5 2,3 2,3 2,3 4,0 3,7 3,1
3.1 Serviços técnico-profissionais 1,7 0,8 0,8 4,8 6,1 5,9 1,3 2,1 2,6 7,0 6,2 5,0
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,9 -0,7 -0,4 3,3 -0,3 0,0 3,0 2,4 2,1 1,9 1,8 1,7
3.2.1 Aluguéis não imobiliários -1,6 -2,2 -0,2 1,0 -3,2 -4,6 1,5 0,7 -0,1 1,4 1,0 0,3
3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -0,9 0,6 -0,7 4,1 0,6 1,6 3,5 3,0 2,8 2,0 2,0 2,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,2 1,6 -0,6 3,3 3,2 4,1 1,4 1,7 2,1 0,9 1,4 1,9
4.1 Transporte terrestre 0,5 1,0 0,5 0,8 1,2 3,5 -2,3 -1,7 -0,9 -2,5 -2,0 -1,3
4.1.1 Rodoviário de cargas - - - -0,1 1,2 4,9 -2,6 -1,9 -0,9 -5,2 -4,2 -3,0
4.1.2 Rodoviário de passageiros - - - 1,4 2,1 1,0 -3,3 -2,4 -1,9 1,5 1,5 1,0
4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre - - - 3,5 -0,1 1,4 0,2 0,1 0,3 3,0 2,3 2,2
4.2 Transporte aquaviário -1,6 0,0 -1,7 3,0 0,3 -2,2 4,2 3,6 2,7 5,1 4,5 3,8
4.3 Transporte aéreo 4,2 2,4 -4,0 37,2 21,7 18,2 21,1 21,2 20,7 17,0 18,2 20,0
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -2,3 0,5 1,2 -1,5 1,6 1,9 3,2 2,9 2,7 2,8 3,1 3,0
5. Outros serviços 1,5 -1,5 -0,2 -1,4 -1,5 -2,0 -2,4 -2,2 -2,2 -1,4 -1,5 -1,8
5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação - - - 0,8 -2,8 -6,0 2,6 1,6 0,5 5,0 4,2 2,6
5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros - - - -1,7 -0,9 -1,2 -3,6 -3,1 -2,9 -3,2 -3,0 -3,1
5.3 Atividades imobiliárias - - - -2,1 -3,8 -2,3 1,1 0,3 -0,1 2,0 1,6 1,2
5.4 Outros serviços não especificados anteriormente - - - -1,7 -1,0 0,3 -5,7 -4,9 -4,1 -2,4 -2,4 -2,6

Fonte: PMS - Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE

Desempenho regional

O avanço dos serviços não foi uniforme entre os estados. Apenas 12 das 27 unidades da federação tiveram alta em julho. Entre os maiores destaques positivos estão:

  • São Paulo (1,7%) 
  • Paraná (1,7%) 
  • Mato Grosso do Sul (5,7%)
  • Santa Catarina (0,9%)
  • Rondônia (10,9%)

Já as maiores quedas ocorreram no Rio de Janeiro (−1,8%), Minas Gerais (−0,7%) e Amazonas (−3,5%). No acumulado do ano, 19 estados registraram crescimento, com destaque para o Distrito Federal (+6,3%), para São Paulo e Santa Catarina (ambos +4,3%), Rio de Janeiro (1,3%). 

Para o economista César Bergo, os números confirmam o papel central dos serviços no crescimento econômico deste ano. Segundo ele, os efeitos também são sentidos nos municípios, já que o ISS (Imposto Sobre Serviços) é a principal arrecadação do local.

“O setor de serviços vem contribuindo decisivamente para que o país alcance um bom crescimento econômico em 2025. A tendência é que se mantenha nesse patamar, apesar de uma desaceleração da economia neste momento, a gente vem observando em outros indicadores, o setor de serviços vem surpreendendo. Agora, para os municípios é positivo, porque é o principal imposto cobrado, que é o Imposto Sobre Serviço, ISS, que é o imposto municipal. Então, isso de fato ajuda os municípios a se fortalecerem financeiramente e esperamos que continue dessa forma."
 

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27/08/2025 00:00h

Queda foi puxada por transportes, habitação e alimentação; energia elétrica e combustíveis tiveram forte recuo

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A prévia da inflação oficial de agosto registrou deflação de 0,14%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE. O resultado foi puxado pelas quedas nos preços de transportes, habitação e alimentação. No acumulado de 12 meses, a taxa recuou para 4,95%, abaixo dos 5,30% apresentado em julho. 

O destaque foi para Habitação que recuou 1,13%, resultado da queda nos valores da energia elétrica residencial (4,93%), reflexo da incorporação da usina de Itaipu nas faturas, mesmo com manutenção da bandeira vermelha. O grupo dos Transportes apresentou deflação de -0,47%, impulsionado pela queda da gasolina e etanol, além da redução nas passagens aéreas. 

No grupo Alimentação e bebidas, itens importantes do consumo diário, como manga, tomate, batata-inglesa, cebola, arroz e carnes apresentaram retração de -0,53%. Por outro lado, a alimentação fora do domicílio subiu, devido à alta dos lanches, mas não foi fator determinante para impedir a queda do grupo. Já Despesas pessoais, Educação, Saúde e cuidados pessoais, Vestuário e Artigos de residência apresentaram variações e impactos positivos ou nulos. 

De acordo com César Bergo, o resultado mostra um cenário positivo para a inflação no país. “O IPCA-15 apresentou uma deflação, uma boa notícia, uma deflação de 0,14%, embora o mercado acreditasse que poderia ser um pouquinho maior a queda dos preços, mas é muito importante para trazer a inflação nos últimos 12 meses para baixo de 5%. Então, a projeção para o final do ano é que fique nessa linha, em torno de 4,9% a inflação”, afirmou.

Bergo também destacou que a queda nos preços da energia elétrica pode continuar nos próximos meses, caso haja mudança para bandeiras tarifárias menos onerosas. Além disso, fatores externos devem contribuir para manter a inflação em trajetória de desaceleração. “A questão da taxação americana, que pode trazer produtos que seriam anteriormente exportados para os Estados Unidos para o mercado brasileiro, como por exemplo a carne, e também o pescado”, avaliou.

O economista observa que, apesar da melhora, a inflação deve terminar 2025 ainda ligeiramente acima do teto da meta de 4,5%. “Então existe uma boa perspectiva da inflação continuar caindo e assim, de alguma forma, contribuir também para que o Banco Central possa decidir definitivamente pela redução da taxa Selic, que será tão importante para o nosso país", concluiu.

O IPCA-15 é calculado pelo IBGE como prévia do índice oficial de inflação, medindo a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias durante o período de 16 de julho a 14 de agosto e comparados à última prévia feita. 

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08/01/2025 02:29h

Projeto de R$ 22,1 milhões, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 300 empregos no estado

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A partir deste ano, a OceanPact, empresa de serviços submarinos e de apoio logístico e engenharia, deve iniciar a docagem (manutenção) do navio petrolífero Ilha do Mosqueiro no Estaleiro Mauá, em Niterói. O projeto, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 22,1 milhões e poderá gerar 300 empregos. 

Com área de 180 mil metros quadrados e capacidade de processamento de 36 mil toneladas de aço por ano, o estaleiro é considerado um dos maiores centros brasileiros de construção, integração e reparo para a indústria de óleo e gás.

Além dessa unidade, que está em operação desde 1845, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Pernambuco, Pará, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. 

O ministro acrescentou que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

A OceanPact captou ainda recursos para outras cinco atividades de reparos navais. Entre elas está a modernização do navio Ilha de Santana, no Estaleiro Dock Brasil, em São Gonçalo, e a do navio Fernando de Noronha, no Estaleiro Mauá. 

Já a Umi San, companhia de serviços de apoio a navegação e engenharia, ficará encarregada de atualizar a embarcação hidrográfica Santa Edwiges, no Estaleiro Oceano Consultoria e Serviços Navais, em Rio Bonito. 

Confira abaixo detalhes dos projetos aprovados pelo FMM no âmbito do Rio de Janeiro:

  1. Modernização da embarcação Ilha de Santana, ao custo de R$ 21,6 milhões e possibilidade de 221 empregos;
  2. Docagem da embarcação Parcel dos Reis, ao custo de R$ 19,9 milhões e possibilidade de 346 empregos;
  3. Docagem da embarcação Ilha do Mosqueiro, ao custo de R$ 22,1 milhões e possibilidade de 300 empregos;
  4. Docagem da embarcação RV Ocean Stalwart, ao custo de R$ 12,2 milhões e possibilidade de 196 empregos;
  5. Modernização da embarcação Fernando de Noronha e docagem da embarcação Rochedo de São Pedro, ao custo de R$ 18,2 milhões e possibilidade de 196 empregos;
  6. Docagem de uma embarcação, ao custo de R$ 4,7 milhões e possibilidade de 568 empregos;
  7. Modernização da embarcação Santa Edwiges, ao custo de R$ 8,7 milhões e possibilidade de 40 empregos.

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono. 

“Mas a indústria pode ir além. Estar na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações, torres eólicas aproveitando todo potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela pasta ao Brasil 61

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também diminui os custos logísticos, de combustível à manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu. 

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano passado, o fundo destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação navais.

“[O fundo] Possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem vir a se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel. 

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08/01/2025 01:48h

Projeto de R$ 222,8 milhões, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 78 empregos no estado

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No primeiro semestre deste ano, a Petrocity Navegação, empresa especializada em transporte marítimo, deve iniciar a construção de quatro navios rebocadores no Estaleiro Rio Maguari, em Belém. O projeto, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 222,8 milhões e poderá gerar 78 empregos.

Referência na fabricação de embarcações para navegação interior, o estaleiro possui capacidade instalada para processar 30 mil toneladas de aço por ano, além de ter acesso privilegiado aos grandes rios da Amazônia e ao Oceano Atlântico, rota para o mercado internacional. 

Segundo o Grupo Petrocity, os rebocadores servirão de base para a operação do Terminal de Uso Privativo (TUP) de Urussuquara, no Espírito Santo, que deve ter as obras iniciadas a partir de 2026. A estimativa é que o porto movimente 24 milhões de toneladas de granéis líquidos e sólidos por ano.

Além dessa unidade, que promete facilitar o escoamento do agronegócio e da mineração, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. 

O ministro acrescentou que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

Outra empresa contemplada pelo FMM, a Portoágil, prestadora de serviços logísticos, ficará encarregada de construir uma balsa guindaste e um terminal flutuante, também no Estaleiro Rio Maguari. O investimento será de R$ 65 milhões e poderá demandar a mão de obra de 176 trabalhadores. 

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono. 

“Mas a indústria pode ir além. Estar na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações, torres eólicas aproveitando todo potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela Pasta ao Brasil 61

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também diminui os custos logísticos, de combustível à manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu. 

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano passado, o fundo destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação navais.

“[O fundo] Possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem vir a se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel. 

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06/01/2025 17:01h

Projeto de R$ 73,1 milhões, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 93 empregos no estado

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A partir deste ano, a Wilson Sons, empresa de serviços de logística portuária e marítima, deve iniciar a modernização de quatro navios rebocadores no estaleiro do próprio grupo, localizado em Guarujá. O projeto, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 73,1 milhões e poderá gerar 93 empregos.

O estaleiro, especializado em construção, manutenção e reparo de embarcações, estruturas marítimas e offshore, está próximo das bacias de petróleo de Santos (SP) e de Campos (RJ) e integra o maior complexo portuário da América Latina. De janeiro a novembro de 2024, o Porto de Santos movimentou 167,2 milhões de toneladas de cargas, sendo a maioria delas soja em grãos, açúcar e milho. As informações são da Autoridade Portuária de Santos (APS).

Além dessa, que é a rota mais utilizada para exportar os produtos brasileiros, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Pernambuco, Pará, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. 

O ministro acrescentou que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

Prova disso é que, no último dia 30 de dezembro, o Ministério de Portos e Aeroportos enviou o projeto do primeiro túnel submerso da América Latina, que ligará as cidades de Santos a Guarujá, para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). 

A obra de 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade deve custar R$ 6 bilhões, divididos entre o Governo Federal e o Governo do Estado de São Paulo. Cerca de dois milhões de pessoas devem ser beneficiadas.

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono. 

“Mas a indústria pode ir além. Estar na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações, torres eólicas aproveitando todo potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela pasta ao Brasil 61

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também diminui os custos logísticos, de combustível à manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu. 

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano passado, o fundo destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação navais.

“[O fundo] Possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem vir a se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel. 

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04/01/2025 00:05h

Projeto de R$ 1,6 bilhão, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 640 empregos no estado

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A partir deste ano, o Rio Grande do Sul deverá ter uma infraestrutura naval mais moderna. É que a Ecovix, empresa especializada em estruturas destinadas a operações oceânicas, vai iniciar o processo de construção de quatro navios da classe Handy — estas embarcações serão utilizadas pela Petrobras para transportar derivados claros de petróleo, como gasolina, diesel e querosene. O projeto, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 1,6 bilhão e poderá gerar 640 empregos.

O Estaleiro Rio Grande, onde a companhia realiza reparos e opera como terminal portuário, tem previsão de entregar o primeiro navio Handy no primeiro semestre de 2026. Segundo a Transpetro, subsidiária da Petrobras, as novas embarcações garantem maior eficiência energética e menor emissão de gases de efeito estufa. A modernização da frota faz parte de um programa da estatal que prevê ainda a aquisição de 25 navios de cabotagem. O objetivo, com isso, é aumentar em 25% a capacidade logística.

Além dessa unidade, uma das mais importantes para o desenvolvimento do comércio internacional brasileiro, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Acrescentou ainda que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono.

“Mas a indústria pode ir além. Estar na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações, torres eólicas, aproveitando todo o potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela Pasta ao Brasil 61.

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também diminui os custos logísticos, de combustível à manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu.

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano passado, o fundo destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação navais.

“[O fundo] Possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem vir a se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel.

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03/01/2025 02:50h

Projeto de R$ 2,3 bi, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 1,4 mil empregos no estado

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A partir de 2025, Santa Catarina terá uma infraestrutura naval mais moderna. A Bram Offshore, empresa de transporte marítimo voltada para a indústria de petróleo, gás e energia renovável, construirá seis OSRVs, navios equipados para aspirar o óleo derramado no mar e armazená-lo em um tanque a bordo. O projeto, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 2,3 bilhões e poderá gerar 1,4 mil empregos.

O Porto de Navegantes, uma das principais rotas de escoamento da produção das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, movimentou 10,8 milhões de toneladas de cargas entre janeiro e outubro de 2024. No ano passado, as principais mercadorias para exportação foram madeiras, carnes congeladas e papel. As informações são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Portonave, companhia que administra o terminal portuário.

Além desse estaleiro, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Pará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Ele acrescentou que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

Outra empresa contemplada pelo FMM em Santa Catarina, a Starnav, que opera nos setores de apoio marítimo e portuário, ficará incumbida de construir quatro embarcações de transporte de suprimentos para plataformas de óleo e gás (PSVs). O investimento será de R$ 1,3 bilhão e poderá exigir a mão de obra de 836 trabalhadores.

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono.

“Mas a indústria pode ir além, estando na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações e torres eólicas, aproveitando todo o potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela pasta ao Brasil 61.

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também reduz os custos logísticos, como combustível e manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu.

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano, o fundo já destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação naval.

“[O fundo] possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel.

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03/01/2025 00:04h

Projeto de R$ 2,7 bi, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante, pode gerar 1,1 mil empregos no estado

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A partir de 2025, a Bahia terá uma infraestrutura portuária mais moderna. A Ocyan S.A., empresa que presta serviços para o setor de óleo e gás, construirá quatro RSVs, embarcações de apoio para lançamento e operação de pequeno veículo controlado remotamente (ROV, na sigla em inglês), que atuam no manuseio e montagem de equipamentos submarinos. O projeto de apoio marítimo, financiado pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), custará R$ 2,7 bilhões e poderá gerar 1,1 mil empregos.

O Porto de Salvador, principal rota de exportação do Polo Petroquímico de Camaçari, movimentou 5,5 milhões de toneladas de cargas entre janeiro e outubro de 2024, a maioria delas composta por contêineres e fertilizantes. As informações são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Além desse estaleiro, o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável por administrar o FMM, aprovou outros 20 projetos que beneficiam a indústria naval nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Juntos, os empreendimentos somam mais de R$ 10 bilhões, com perspectiva de geração de 8,8 mil empregos diretos.

“Vivemos uma nova fase de retomada da indústria naval brasileira, que prepara o país para o crescimento socioeconômico promovido pelo transporte aquaviário”, pontuou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Ele acrescentou que o governo federal tem priorizado o fortalecimento da indústria, o escoamento da produção nacional e o impulsionamento de setores essenciais. “Com isso, avançamos no desenvolvimento econômico e criamos oportunidades de emprego”.

Outra empresa contemplada pelo FMM na Bahia, a Belov, prestadora de serviços de engenharia portuária, subaquática, naval e offshore, ficará encarregada de construir uma balsa para navegação interior, o que poderá demandar a mão de obra de 175 trabalhadores. O investimento será de R$ 24,3 milhões.

Vantagens econômicas e ambientais

No entendimento do Ministério de Portos e Aeroportos, a indústria naval tem potencial para ser aliada na transição energética do país, uma vez que a melhor distribuição dos modais de transporte já reduziria significativamente a emissão de carbono.

“Mas a indústria pode ir além, estando na vanguarda de projetos inovadores com biocombustíveis para embarcações e torres eólicas, aproveitando todo o potencial de pesquisa e desenvolvimento no segmento naval”, diz trecho de nota enviada pela pasta ao Brasil 61.

O ministério informou que o FMM, nesse aspecto, “já aprovou projetos de pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e de construção de embarcações que irão operar com combustíveis sustentáveis, em convergência com a nossa agenda ambiental”.

De acordo com o coordenador-geral de Fomento do Ministério de Portos e Aeroportos, Fernando Pimentel, o apoio ao setor, por meio do Fundo da Marinha Mercante, também reduz os custos logísticos, como combustível e manutenção.

“O Fundo da Marinha Mercante é o principal pilar da política de apoio à indústria naval brasileira. É essencial para a internalização da tecnologia, com enorme impacto na integração com as cadeias mundiais de comércio”, esclareceu.

A principal fonte de receita do FMM é uma contribuição paga no desembarque de mercadorias em portos brasileiros. No ano, o fundo já destinou mais de R$ 30 bilhões, com foco nas indústrias de construção e reparação naval.

“[O fundo] Possui uma carteira de, aproximadamente, R$ 42 bilhões em projetos aprovados, que podem se tornar contratos de financiamento para a navegação de longo curso, interior, cabotagem, apoio offshore a plataformas de petróleo, apoio portuário, navegação de passageiros e pesca, bem como para estaleiros e instalações portuárias”, finalizou Pimentel.

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31/12/2024 12:00h

Projeto de R$ 6 bi, que liga Santos a Guarujá, foi encaminhado pelo Ministério de Portos e Aeroportos para análise do TCU

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O Ministério de Portos e Aeroportos enviou, nesta segunda-feira (30), o projeto do Túnel de Santos para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). A estimativa é de que sejam investidos mais de R$ 6 bilhões na obra, com 50% dos recursos provenientes do Governo Federal e os outros 50% dos cofres do Governo do Estado de São Paulo.

O empreendimento prevê que o túnel, instalado embaixo do mar, conecte as cidades de Santos e Guarujá, na Baixada Santista, com cerca de 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade. É a primeira passagem desse tipo na América Latina, que deve beneficiar cerca de dois milhões de pessoas.

"Essa obra é fundamental para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida da Baixada Santista e, principalmente, contribuirá para o escoamento da produção do Porto de Santos, ajudando a segregar o tráfego portuário do urbano", afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ao mencionar que a previsão é de início em 2025.

A futura empresa contratada será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel, que permitirá o tráfego de veículos de passeio, transporte público, caminhões, bicicletas (ciclovia) e pedestres.

Costa Filho afirmou ainda que, além das obras do túnel, será realizada a concessão do Canal do Porto de Santos. A ideia, segundo ele, é fortalecer a infraestrutura e a atividade portuária, facilitando o escoamento da produção brasileira.

“O Porto de Santos representa 30% da corrente de exportação e importação do Brasil. É fundamental que ampliemos os investimentos nos próximos anos. Atualmente, o porto conta com calado de 15 metros, e, em 2025, faremos investimentos para 16 metros. Com a concessão, atingiremos 17 metros em curto prazo”, explicou.

Fim da espera

O ministro lembrou que as melhorias são aguardadas pela população há mais de 100 anos e, agora, finalmente sairão do papel. “O túnel de Santos e a concessão da dragagem são obras de mobilidade urbana. Esse é o grande projeto de descarbonização dos nossos navios, e toda essa infraestrutura será primordial para o crescimento do Brasil”, destacou.

Sobre investimentos em outros portos do país, Costa Filho ressaltou que 2024 foi um ano importante para setores como o de logística, agronegócio e indústria naval. “Estamos trabalhando intensamente para fortalecer os portos do Brasil. Este ano, teremos um crescimento no setor portuário superior a 5%. Também esperamos a geração de mais de 60 mil empregos no setor, que hoje conta com quase R$ 30 bilhões em investimentos já contratados”, afirmou, ao mencionar que a ideia é conceder também os canais do Porto de Paranaguá (PR) e de Itajaí (SC).

“Estamos realizando mais de R$ 2 bilhões em investimentos, neste ano, em nossos portos públicos. Esses investimentos abrangem dragagem, requalificação de molhes, mobilidade urbana e acessibilidade, para que o Brasil possa se modernizar cada vez mais, com governança e, sobretudo, dialogando com o mercado internacional, que tem interesse crescente em investir no país”, concluiu.

Túnel Santos-Guarujá

Em março de 2024, o Ministério de Portos e Aeroportos, em parceria com o Governo de São Paulo, abriu consulta pública para o projeto do túnel imerso Santos-Guarujá. No mês de setembro, a pasta realizou uma sondagem de mercado com o objetivo de consultar investidores sobre a viabilidade de novas emissões ou propostas.
 
De acordo com o projeto apresentado, o túnel contará com uma área de circulação para ciclistas e pedestres, instalada entre as seis vias de pista, sendo que uma delas poderá receber o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

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