O temor de que as micro e pequenas empresas sejam prejudicadas a partir das novas regras propostas na reforma tributária foi externado pela maioria dos participantes da nona audiência pública promovida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Na avaliação de entidades como a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), essa categoria pode perder vantagens competitivas que conseguiram com o regime de tributação simplificado.
Entre outros pontos, o texto atual da regulamentação, de acordo com representantes das pequenas empresas, permite que essa categoria opte por um sistema de recolhimento híbrido, ou seja, parte pelo IBS e CBS e parte no Simples Nacional. No entanto, a transferência de crédito seria restrita aos tributos pagos nesse regime.
Nesse sentido, há a alegação de que os pequenos negócios correm o risco de serem inviabilizados diante do custo de coexistência de dois modelos durante a transição da reforma tributária, que deve compreender o período de 2026 a 2033.
Municípios: entidades alegam subfinanciamento em principais áreas de interesse da população
Na ocasião, o presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, lembrou que, atualmente, existem mais de 20 milhões de empresas formalizadas, pessoas físicas que criaram uma micro ou pequena empresa. Além disso, ele também afirmou que que o Simples não se trata de uma renúncia fiscal e destacou que os pequenos negócios pagam imposto sobre a receita bruta.
Para o diretor de relações institucionais da Associação Nacional das Empresas de Transporte de Cargas (ANATC), Carley Welter, o setor de frete também deve ser impactado. Segundo ele, empresas que estão no Simples ou autônomos representam mais de 70% das companhias do setor e 50% das operações de transporte de cargas do agronegócio.
O Simples unificou tributos, como PIS, Cofins, ICMS, ISS, entre outros, em uma única guia de recolhimento, sob uma alíquota específica e seis faixas de receitas anuais, que variam entre R$ 180 mil e R$ 4,8 milhões.
Algumas das principais entidades que representam os municípios brasileiros alegam que as cidades do país enfrentam problemas relacionados ao subfinanciamento em diferentes áreas, como infraestrutura e meio ambiente, por exemplo. É o caso da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP).
Segundo o secretário-executivo da entidade, Gilberto Perre, os municípios têm demandas concretas de investimento em infraestrutura, assim como para oferecer serviços básicos à população, como saúde e educação. No entanto, apesar de o volume de operações de crédito ter aumentado, ele afirma que ainda há uma distância entre a demanda e a capacidade de investimento dos municípios.
“Essa lacuna precisa ser enfrentada. Até porque, os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, intensos e destrutivos, demandam investimentos volumosos das cidades. Estivemos agora no Fórum Urbano Mundial e, recentemente, agora na reunião do U-20, que precedeu a reunião do G-20, onde os municípios levaram suas considerações aos chefes de Estado”, destaca.
Na ocasião, os municípios solicitaram investimentos da ordem de mais de 800 bilhões de dólares no mundo todo. Nesse sentido, Perre pontua que não se trata de uma demanda apenas de prefeitos brasileiros. “Há constatação de demanda de investimento nas cidades em todo o mundo”, complementa.
Os municípios brasileiros também sofrem com o subfinanciamento na área do meio ambiente. Entre 2002 e 2023, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima contou com um orçamento de R$ 46 bilhões. A informação consta em levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Desse total, apenas R$ 292 milhões foram destinados a entes locais e consórcios públicos. Ou seja, somente 0,62% do valor total do orçamento em 22 anos. Ainda de acordo com a entidade, dos 10 municípios que mais receberam recursos, seis são considerados de grande porte, três de médio porte e apenas um de pequeno porte.
No primeiro semestre do ano passado, foi divulgada a informação de que milhões de brasileiros eram obrigados a se deslocar para outras cidades para recuperar a saúde ou a de seus familiares. De acordo com o Tesouro Nacional, só em 2021, foram cerca de 4 milhões de percursos desta natureza.
Ao Brasil 61, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), informou que o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal motivo da má distribuição de serviços, de equipamentos de saúde e de recursos na área.
De acordo com o órgão, o subfinanciamento ocorre desde 1988 e é um grande desafio para os municípios, principalmente os pequenos, que se esforçam apesar de terem pouco dinheiro para investir e oferecer um serviço de Saúde de qualidade à população.
A dependência que os municípios têm de recursos da União também está entre os problemas em destaque. Para se ter uma ideia, aproximadamente três quartos das cidades do país têm como a principal fonte de recursos o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Para esses entes, cerca de 80% dos recursos são provenientes desse fundo.
Na Bahia, por exemplo, a União dos Municípios da Bahia (UPB) é a entidade que responde pelas mais de 400 cidades do estado e a maior parte delas — 60% — enfrenta dificuldades financeiras. O presidente da UPB, José Henrique Tigre, explica o que pode acontecer com as cidades em consequência dessa redução de receita.
“Além da não-execução dos serviços básicos, automaticamente terá demissões que implicarão no desenvolvimento econômico e social de cada município. Nós não queremos demitir de forma alguma, mas com as perdas recorrentes, alguns municípios já começaram a demitir e outros já estão atrasando folha de pagamento” lamenta o prefeito.
Segundo o especialista em orçamento público, Cesar Lima, boa parte dos municípios brasileiros, sobretudo os menores, dependem exclusivamente de recursos da União para cumprirem com suas obrigações financeiras, o que, segundo ele, dificulta de forma significativa a administração dessas cidades.
“Uma grande reclamação dos municípios brasileiros é que eles têm muitas obrigações e poucas receitas para cumprir com essas obrigações. Então, o custeio dentro dos municípios é muito grande e a capacidade de investimento desses entes é muito pequena, por conta dessa gama de serviços que eles têm que oferecer à população, até por forças legais e constitucionais”, explica.
FPM: prefeituras partilham R$ 1,4 bilhão no segundo decêndio de novembro; consulte valores
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que quase metade dos municípios do país tem a administração pública como principal atividade econômica. No total, são 43% dos entes que se encaixam nessa situação, o que corresponde a 2.409. Os dados foram apresentados no fim do ano passado e são referentes a 2021.
De acordo com informações disponibilizadas pelo Senado Federal, os municípios brasileiros contam com várias fontes de receitas. Entre elas, estão as que provêm de impostos cobrados pelas próprias prefeituras. São eles:
Além disso, a Constituição Federal determina que 25% do que é arrecadado pelos estados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e 50% dos recursos oriundos do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) sejam destinados aos municípios. As unidades da federação também devem repassar um quarto dos 10% da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que recebem da União.
Em relação aos impostos de competência da União, as prefeituras também contam com parcelas do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), do Imposto de Renda (IR) e do IPI. A União também tem que repassar cerca de 22% do total arrecadado com o IR e o IPI para compor o FPM.
A Contribuição por Intervenção no Domínio Econômico (Cide), paga atualmente sobre combustíveis, também compõe a lista dos tributos federais divididos com estados e municípios.
Entre outras fontes de receitas, alguns municípios também contam com as Emendas Parlamentares, que correspondem a 72% dos repasses aos municípios em 2024, além da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), que é dividida da seguinte forma:
A maioria dos entes pertence ao estado do Maranhão, que conta com 12 cidades bloqueadas
Até o último dia 18 de novembro, 50 municípios brasileiros estavam impedidos de receber o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A maioria dos entes pertence ao estado do Maranhão, que conta com 12 cidades bloqueadas. Na sequência aparecem Minas Gerais, com 11, e Paraíba, com 8.
O especialista em orçamento público Cesar Lima explica que o bloqueio dos repasses ocorre devido a dívidas com a União ou atrasos na prestação de contas.
“Dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esse compromisso, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União."
Para desbloquear o repasse, o gestor público deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação. Vale lembrar que a prefeitura não perde os recursos bloqueados de forma definitiva. Eles ficam apenas congelados enquanto as pendências não são regularizadas.
O Siafi reúne informações referentes a execuções orçamentárias, patrimoniais e financeiras da União. Quando um município é incluído no sistema, a prefeitura fica impedida de receber qualquer ajuda financeira.
Na última terça-feira (19), as prefeituras brasileiras receberam cerca de R$ 1,4 bilhão, referente ao segundo decêndio de novembro do FPM. O valor corresponde a um recuo de aproximadamente 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.
São Paulo é o estado que recebe a maior parcela, com cerca de R$ 176 milhões. Entre os municípios paulistas, o destaque vai para cidades como Araçatuba, Araraquara e Atibaia, que contam com mais de R$ 770 mil, cada.
Em Minas Gerais, há predominância de céu com muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas isoladas
O Sudeste brasileiro terá uma sexta-feira (22) chuvosa em praticamente toda a região. Para o Rio de Janeiro, por exemplo, a previsão é de muitas nuvens, com chuva isolada, em cidades como São Sebastião do Alto e Silva Jardim.
A condição é a mesma para boa parte do Espírito Santo, como em áreas do norte e sul do estado. Já na faixa mais central, como em Linhares e Colatina, a previsão é de céu encoberto e chuva isolada.
Em Minas Gerais, há predominância de céu com muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas isoladas, principalmente no noroeste e no norte do estado, além do Triângulo Mineiro.
Já em São Paulo, são esperadas pancadas de chuva na área mais central do estado, onde estão localizados municípios como Pirajuí e Ribeirão Bonito. Para as demais áreas, a previsão é de chuva isolada.
Entre as capitais, a temperatura mínima é de 17°C, em São Paulo. Já a máxima prevista é de 30°C, em Vitória. A umidade relativa do ar varia entre 50% e 100%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
A previsão do tempo indica que, para o Nordeste brasileiro, haverá chuvas em áreas do sul do Piauí e do Maranhão e em boa parte do oeste e sul baianos.
Para cidades como Riachão (MA) e Santa Filomena (PI), são esperadas muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas. Já em Santa Luzia, localizada mais ao sul da Bahia, há possibilidade de chuva isolada.
Para Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, a previsão é de apenas variação entre muitas e poucas nuvens, sem possibilidade de chuva. A mesma condição é espera no Ceará e no Rio Grande do Norte.
Entre as capitais, a temperatura mínima é de 24°C, em Maceió. Já a máxima prevista é de 38°C, em Teresina. A umidade relativa do ar varia entre 30% e 95%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Para o todo Acre e o Tocantins, o dia será de muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas
O Norte do Brasil contará, nesta sexta-feira (22), com chuva em praticamente toda a região. Para Rondônia e toda a área central do Amazonas, a previsão é de muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas isoladas.
Para todo o Acre e o Tocantins, o dia será de muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas. A condição é a mesma para a área do centro ao sul do Pará, em cidades como Altamira e São Félix do Xingu.
Já para Roraima, a previsão é de possibilidade de chuva isolada, sobretudo em cidades mais ao norte do estado, como Alto Alegre e Amajari. No Amapá, também há possibilidade de chuva no sul do estado.
Entre as capitais, a temperatura mínima é de 24°C, em Palmas. Já a máxima prevista é de 37°C, em Manaus. A umidade relativa do ar varia entre 55% e 96%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
O Centro-Oeste brasileiro terá predominância de céu com muitas nuvens e pancadas de chuva e trovoadas isoladas, nesta sexta-feira (22). A condição abrange boa parte de Goiás, do centro ao sul do estado, em cidades como Amorinópolis e Jataí.
Para o Distrito Federal, a previsão do tempo indica que o dia será de muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas.
No Mato Grosso do Sul, pancadas de chuva e trovoadas isoladas são esperadas nas cidades mais ao norte do estado, como em Corumbá e Coxim.
Já no Mato Grosso, a condição será percebida no sul da unidade da federação, em cidades como Itiquira e Alto Garças. Para o restante do estado, pancadas de chuva isoladas.
Entre as capitais, a temperatura mínima é de 18°C, em Brasília. Já a máxima prevista é de 33°C, em Cuiabá. A umidade relativa do ar varia entre 45% e 100%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
A previsão do tempo para esta sexta-feira (22) é de céu encoberto e chuvisco em boa parte da região Sul. A condição é esperada em praticamente todo o Paraná, em cidades do sudoeste e do oeste do estado, como Medianeira e Cascavel.
Em Santa Catarina a situação é semelhante. No estado, há prevalência de céu encoberto e chuvisco, sobretudo nos municípios mais ao norte do estado e do Vale do Itajaí, como Rio Negrinho e Blumenau. Já em uma pequena área do sul catarinense, como em Forquilhinha e em Criciúma, há apenas previsão de céu encoberto.
No Rio Grande do Sul, a predominância de céu encoberto será notada em cidades como Cerrito e Pedras Altas, no sudeste gaúcho.
Entre as capitais, a temperatura mínima é de 14°C, em Curitiba. Já a máxima prevista é de 24°C, em Porto Alegre. A umidade relativa do ar varia entre 60% e 90%.
As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
São Paulo registra o maior número de ocorrências para os dois tipos de crime
O Brasil registrou, ao longo de 2024, 551 casos de lesão corporal seguida de morte. Dados divulgados pelo governo federal mostram que o número de vítimas desse tipo de crime chega a 2 por dia.
O estado que conta com o maior número de casos, até o momento, é São Paulo, com 88. A unidade da federação tem uma taxa de 0,26 caso a cada 100 mil habitantes. Em seguida está Bahia, com 68 vítimas e uma taxa de 0,61 caso a cada 100 mil habitantes.
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Rondônia é o único estado que não registrou lesão corporal seguida de morte neste ano, até o momento. Acre e Tocantins contam com apenas um caso, cada.
Já em relação ao feminicídio, o país registou, em 2024, 1.027 casos, com uma média de quatro vítimas por dia. São Paulo também lidera nesse tipo de crime, com 176 casos ao longo do ano, com uma taxa de 0,51 a cada 100 mil habitantes.
Em seguida está Minas Gerais, com 97 casos registrados e uma taxa de 0,61 feminicídio a cada 100 mil habitantes. Já o Rio de Janeiro aparece em terceiro no ranking, com 77 casos em 2024, além de registrar uma taxa de 0,60 caso a cada 100 mil habitantes.
O resultado foi puxado por questões geopolíticas externas
O dólar encerrou a última sessão em alta, cotado a R$ 5,77. A elevação foi de 0,36%. O euro, por sua vez, fechou a R$ 6,12. O resultado foi puxado por questões geopolíticas externas.
Um exemplo é o anúncio de que a Rússia atualizou sua doutrina nuclear e agora considera que qualquer agressão de um país não nuclear, mas que tem participação de uma nação com armamento nuclear, é um ataque conjunto contra a Rússia.
Além desse ponto, outra pressão sofrida veio das lacunas em relação ao porte dos ajustes fiscais, que ainda pesam sobre a moeda brasileira.
Os dados são da companhia Morningstar.