O Prêmio “Empresas do Ano do Setor Mineral 2024” traz uma estreante na categoria Governança Ambiental – empresa de médio porte: a Brazilian Nickel, detentora do Projeto Piauí Níquel (PPN), localizado no município de Capitão Gervásio Oliveira, com influência em outros três municípios vizinhos: Campo Alegre do Fidalgo, São João do Piauí e Dom Inocêncio. Seu principal diferencial, segundo salienta Laurie Kelly, Diretora de Sustentabilidade da empresa, é o fato de ser o primeiro projeto brasileiro a obter a certificação Nickel Mark, “reforçando o compromisso da Brazilian Nickel com os mais altos padrões ESG em todas as fases da mineração”.
O projeto produzirá níquel e cobalto com baixa pegada de carbono por meio de um processo de lixiviação em pilhas, otimizado pela equipe da Brazilian Nickel. Como parte de sua abordagem faseada para o desenvolvimento em grande escala, Laurie Kelly informa que um projeto de menor escala foi comissionado em 2022, permitindo a qualificação do produto e a redução de riscos para o PPN: “à medida que a empresa avança em direção à operação em larga escala, suas fortes credenciais em ESG posicionam o PPN de forma estratégica para fornecer minerais críticos às cadeias de suprimento de veículos elétricos”.
A Brazilian Nickel produz seu níquel a partir de minério laterítico utilizando a tecnologia de lixiviação em pilha. Os principais diferenciais em termos de sustentabilidade incluem a eliminação de rejeitos úmidos e um projeto que reutiliza a água do processo sem realizar descarte no meio ambiente. De acordo com a diretora de Sustentabilidade da empresa, “o projeto está localizado em uma área onde a rede elétrica é predominantemente renovável, resultando em baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE)”.
Além disso, uma vez em operação, a planta de ácido sulfúrico gerará energia por meio da cogeração de vapor, tornando o projeto autossuficiente em suas necessidades de eletricidade.
Principais desafios
O Projeto Piauí Níquel une inovação tecnológica e responsabilidade ambiental na extração e processamento de minério laterítico de níquel e cobalto, ou seja, é um projeto que tem um processo inovador, sustentável e tecnológico, totalmente diferente da produção feita em outras regiões do mundo.
Laurie Kelly lembra que o mercado de níquel enfrenta uma série de desafios que afetam tanto a oferta quanto a demanda, a exemplo de questões geopolíticas, desafios ambientais e sociais, pressões econômicas e inflacionárias, e a necessidade de inovação. No entanto, o níquel é um metal indispensável para a transição energética.
]“Acreditamos que a Brazilian Nickel se destaca no cenário global por oferecer um diferencial competitivo: um processo de produção de níquel sustentável, alinhado às demandas do mercado internacional. Além disso, adotamos uma abordagem de fases, tendo iniciado com um projeto de baixa escala, comissionado em 2022, o que permitiu a qualificação do produto para posterior redução de risco da PPN. A empresa acredita no potencial que o Brasil tem para se tornar referência na produção sustentável de níquel, através do projeto Piauí Níquel”, prossegue Laurie Kelly.
O PPN é um projeto de mineração avançado que está progredindo para a fase de execução. A Brazilian Nickel está negociando o financiamento para o projeto e o seu estudo de viabilidade, concluído em 2022 pela AtkinsRéalis, prevê uma mina com vida útil de 33 anos. O minério será processado no local para recuperar níquel e cobalto na forma de um Precipitado Hidróxido Misto (MHP), com uma produção média anual de 25.000 toneladas.
“Há bastante interesse em nosso produto de alta qualidade e de baixo carbono e estamos em negociações com investidores no Brasil e no mundo. A expectativa é justificada pela nossa estratégia de financiamento de capital da Brazilian Nickel, baseada no avanço de discussões com investidores, que têm interesse estratégico na indústria de níquel e/ou na cadeia de valor de baterias. Neles estão incluídos grupos de mineração, empresas de trading, produtores de material ativo de sulfato e cátodo de níquel (CAM), fabricantes de baterias e de peças originais automotivas (OEMs), informa Laurie Kelly.
A diretora de Sustentabilidade ressalta que o produto misto de hidróxido produzido pela PPN é bastante procurado por clientes finais devido às suas especificações de referências no mercado que tornam seu uso ideal para a fabricação de baterias.
O principal acionista da Brazilian Nickel, a TechMet, que tem como um dos principais acionistas a U.S International Development Finance Corporation (DFC), recentemente anunciou um aporte de $180 milhões de dólares da Qatar Investiment Authority. Esse investimento, feito por um dos maiores Fundos de Investimento Soberanos do mundo, vai ajudar a acelerar a missão da TechMet de se tornar uma empresa líder global em minerais críticos. Segundo Laurie Kelly, “a TechMet continua mostrando um forte suporte à Brazilian Nickel e ao desenvolvimento do PPN”.
Com o início da operação comercial em grande escala, o projeto deve produzir cerca de 25 mil toneladas de níquel por ano, tornando o estado do Piauí o segundo maior produtor de níquel no Brasil, posição que é hoje liderada pelo estado de Goiás.
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Se tudo correr conforme o planejado, até o final de 2026 a Aclara Resources deverá iniciar a construção do seu projeto Módulo Carina, localizado em Nova Roma, no estado de Goiás, para o qual estão previstos investimentos de US$ 600 milhões e que prevê a instalação de uma mina e complexo de processamento de terras raras para obtenção de Disprósio e Térbio, principalmente.
De acordo com José Augusto Palma, vice-presidente executivo da empresa, a companhia pretende concluir, até o final de 2024, uma campanha de perfuração por circulação reversa (RC) de Fase 2 de 15.200 metros. "Estamos em processo de habilitar os acessos e plataformas para poder realizar esta campanha no restante de 2024, o que vai nos permitir conhecer melhor o jazimento e passar de recursos inferidos para recursos medidos e indicados, o que esperamos aconteça no primeiro trimestre do próximo ano", diz o executivo. Paralelamente, a empresa está avançando com os estudos ambientais que são necessários para poder protocolar a Licença Prévia ainda no primeiro trimestre de 2025.
Além dos estudos ambientais, a empresa também está fazendo análises socioeconômicas da região, para determinar as capacidades do município de Nova Roma. "Em paralelo, também estamos elaborando um programa de apoio ao fortalecimento municipal, no qual vamos trabalhar diretamente com os governos do estado e de Nova Roma. A ideia desse programa é justamente identificar aquelas áreas onde a municipalidade vai requerer maior apoio institucional e depois, em parceria com o Estado e Nova Roma, ir trabalhando esses temas. Um deles, por exemplo, é a segurança pública, um tema em que iremos atuar, juntamente com o Estado e o município, conforme o projeto vá avançando. O mesmo acontecerá em outras frentes em que Nova Roma requeira apoio institucional".
Palma informa que, recentemente, a Aclara fez uma nova avaliação econômica preliminar do empreendimento, em que se estendeu a vida útil, inicialmente prevista em 17 anos, para 22 anos. No estudo, “o projeto demonstrou ser muito seguro, com muitíssimo potencial”, diz ele, mencionando outro avanço, que foi a assinatura de um protocolo com os governos do estado de Goiás e do município de Nova Roma, em que se considera o empreendimento como estratégico, fato que foi elogiado pelo dirigente. “Em 30 anos de exercício profissional, trabalhando com muitos governos, eu nunca tinha visto um governo, seja em nível federal, estadual ou municipal, trabalhar de maneira tão eficiente, profissional e transparente”. Com a nova Avaliação Econômica Preliminar, foram acrescentadas 200 milhões de toneladas de recursos minerais. O Capex também aumentou um pouco, passando de US$ 576 milhões para cerca de US$ 600 milhões.
Ele também informa que a Aclara vai executar campanha de testes metalúrgicos durante o 2º semestre de 2024 e 1º semestre de 2025 e as coletas de amostras obtidas através de perfuração sônica e enviado à SGS Lakefield para caracterização mineralógica e recuperação, vão servir como contribuições adicionais para o estudo de pré-viabilidade do Módulo Carina e para formar a base para uma nova operação piloto. A instalação e operação de uma nova planta-piloto em escala semi-industrial no Estado de Goiás está planejada para ocorrer durante o segundo trimestre de 2025. A operação piloto terá como objetivo confirmar os parâmetros de processamento e processo final, desenho do fluxograma para o estudo de viabilidade, gerar um carbonato HREE de alta pureza para testes de separação em apoio a futuros acordos de consumo e demonstrar às partes interessadas relevantes o impacto ambiental e sustentabilidade do desenho do processo.
A empresa está trabalhando com a Hatch visando concluir o Estudo de Pré-viabilidade também no primeiro trimestre do próximo ano. "A ideia é imediatamente após concluir o estudo de pré-viabilidade, passar ao Estudo de Viabilidade, para avançarmos com a engenharia o mais rapidamente possível", diz Palma.
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A Vale ampliou as contratações de gás natural diretamente com fornecedores no mercado livre com o objetivo de aumentar a competitividade e contribuir para a consolidação de um ambiente mais dinâmico e eficiente. Nos últimos dias, a mineradora assinou acordos no mercado livre com a Eneva e a Origem Energia, permitindo a execução da estratégia de ter, em 2025, cerca de 90% do gás natural consumido pelas operações da empresa no Brasil por meio desse modelo mais transparente e aberto. É um avanço em relação a 2024, quando o percentual consumido a partir de contratos do mercado livre nas operações da Vale foi de cerca de 20%. Outros contratos ainda devem ser fechados nas próximas semanas, decorrentes do consumo já existente em Minas Gerais.
A Origem Energia e a Eneva firmaram contratos para abastecer até dezembro de 2025 a Unidade Tubarão, em Vitória (ES), que é responsável por cerca de 60% de todo o consumo de gás natural da Vale. No local, operam seis plantas de produção de pelotas e uma de briquete de minério de ferro. Uma segunda planta de briquete será inaugurada no início do próximo ano. Esses produtos integram o portfólio “premium” da Vale. “Queremos fortalecer o mercado livre de gás natural, cuja evolução consideramos uma grande conquista do setor industrial do Brasil. Nosso objetivo é obter um suprimento de gás natural confiável a preços competitivos em um mercado mais aberto, dinâmico e transparente”, explica a diretora de Suprimentos Estratégicos, Mariana Rosas. “Também buscamos forma de colaborar com o setor para desenvolver o mercado desse insumo tão relevante para a nossa economia”.
O mercado livre de gás natural tem avançado gradualmente no cenário brasileiro e, diferentemente do mercado cativo, em que o cliente compra do distribuidor a um preço regulado, no mercado livre é possível negociar diretamente com o produtor, o que aumenta a concorrência no setor, além de permitir que cada cliente construa, junto ao se fornecedor, um melhor modelo de contrato que o atenda. “Essa parceria representa um marco na trajetória da companhia, além de demonstrar a competitividade da molécula proveniente da produção onshore”, afirma a diretora Comercial da Origem Energia, Flavia Barros. “Com este contrato passamos a ter um portfólio mais diversificado. É a primeira indústria que vamos atender diretamente, via mercado livre, e será nosso primeiro cliente na Região Sudeste. Esse passo demonstra nosso compromisso com o cliente final na busca de uma molécula competitiva, e de um contrato com mais aderência à sua demanda”, comentou.
“É o nosso primeiro grande contrato com cliente industrial utilizando nosso portfólio da Mesa de Gás e a infraestrutura do Hub Sergipe, após a sua conexão à malha da TAG”, afirma Marcelo Lopes, diretor executivo de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva. “A Eneva se consolida como mais uma opção para os clientes livres, se destacando pela oferta de soluções mais flexíveis. Além disso, asseguramos condições especiais de atendimento, mais segurança de suprimento e alternativas de fornecimento para um mercado cada vez mais dinâmico”.
Em 2022, a Vale já havia fechado um acordo com a Eneva com vigência de cinco anos para converter sua planta de pelotização em São Luís (MA) de óleo combustível para gás natural. Esse acordo também nasceu no ambiente do mercado livre. As obras de adequação estão sendo finalizadas e a previsão é que a planta comece a operar a gás até o final deste ano. Essa mudança resultará em uma redução de emissões de carbono na ordem de 28%, representando um ganho de descarbonização, além da vantagem competitiva. Em 2023, a Vale assinou contratos de pequenos volumes e curtíssimo prazo com diferentes fornecedores no mercado livre. Na sequência, foram assinados os primeiros contratos de suprimento regular com diferentes supridores para atender a uma fração da demanda da planta de Vitória em 2024. “Os resultados dessas primeiras aquisições no mercado livre foram muito satisfatórios, o que nos levou a buscar contratos firmes mais representativos para 2025. Estamos confiantes que essa é uma mudança sem volta no mercado de gás natural”, afirma Mariana Rosas.
O Senado Federal analisa no momento um projeto de lei (PL 3.776/2024) que tem como objetivo aumentar as penas para crimes relacionados ao garimpo ilegal, atividade que causa graves impactos socioambientais em várias regiões do país, principalmente na Amazônia. O advogado especialista em mineração e conselheiro da Brasil Mineral, Frederico Bedran, sócio do escritório Caputo, Bastos e Serra Advogados, vê o projeto com bons olhos e considera a medida uma evolução necessária na legislação mineral do País.
Para Bedran, o aumento das penas representa um avanço, mas é fundamental que as definições dos crimes estejam bem delineadas na legislação para evitar interpretações ambíguas. “É um projeto de lei que foi importante para provocar discussões na casa. Hoje, esse PL que ele iniciou lá atrás foi se agregando a outros, resultando em uma ampla discussão sobre a exploração de minérios, principalmente do ouro. Portanto, quando surge outra medida com o objetivo de aumentar a pena para esses crimes, isso é muito bem-visto. Uma parte do combate a essas práticas é a repressão, e, nesse sentido, aumentar a pena é relevante. Por outro lado, é essencial que esses crimes estejam claramente tipificados. Existe uma questão quanto à forma como estão descritos, pois, se estiverem em desacordo com as normas ou com projetos de mineração, isso pode abrir uma brecha. Assim, é importante que as tipificações estejam bem definidas”, explica Bedran.
Além disso, o especialista ressalta a importância de medidas complementares ao aumento de penas, como a rastreabilidade dos minérios, que é uma das estratégias mais eficazes para combater o garimpo ilegal de forma sistemática e duradoura. “Outro ponto relevante é o aumento das penas. Contudo, é importante destacar que, além do aumento das penas no âmbito penal, o processo de rastreabilidade dos minérios traz uma solução significativa para essas cadeias e para o combate efetivo ao garimpo ilegal”, conclui Bedran. A proposta está na Comissão de Meio Ambiente, onde aguarda designação de relator, Fabiano Contarato (PT-ES).
A CBMM inaugurou oficialmente a primeira unidade de fabricação em volume do mundo dedicada à produção da tecnologia de material de ânodo ativo XNO de carregamento ultrarrápido de propriedade da Echion Technologies. Localizada em Araxá (MG), a nova unidade é a maior em produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com capacidade de produção de 2.000 toneladas anuais de XNO, equivalente a 1 GWh de células de íons de lítio.
A nova instalação permitirá que a Echion produza XNO em larga escala para atender à demanda mundial do produto. A parceria estratégica entre CBMM e Echion garante uma cadeia de suprimentos robusta e confiável para o XNO.
A cerimônia de inauguração contou com a presença da CBMM, Echion, clientes, autoridades, representantes do governo, além da participação da imprensa. A inauguração é um marco significativo na parceria estratégica entre a CBMM e a Echion Technologies e representa um grande avanço no objetivo conjunto das empresas de expandir o uso de Nióbio na produção de baterias. Além de impulsionar a inovação tecnológica, a nova planta reflete o compromisso da CBMM em contribuir para um futuro mais sustentável por meio de tecnologias avançadas.
O material de ânodo à base de nióbio, tecnologia chamada de XNO, permite o carregamento das baterias de íons de lítio de forma ultrarrápida e com segurança e, ao mesmo tempo, mantém altas densidades em temperaturas extremas, além de fornecer alta potência, com vida útil de mais de 10.000 ciclos. O XNO foi projetado especificamente para permitir que veículos pesados industriais, comerciais e de transporte operem com alta produtividade e apresentem o menor custo total de propriedade. “A abertura desta planta de produção cria capacidade de fornecimento robusta para atender à significativa demanda comercial que temos pelo XNO. Ele já está impactando de forma positiva nossos clientes de fabricação de células, OEMs downstream, e usuários finais. A Echion está começando a negociar em grande escala e isso é um marco importante para o crescimento da empresa. Gostaria de agradecer à CBMM pela parceria contínua com a Echion e por levar o XNO à produção em massa”, disse Jean de La Verpilliere, CEO da Echion Technologies.
A CBMM estabeleceu uma meta de atingir 30% de sua receita proveniente de produtos não siderúrgicos até 2030. A empresa investe R$ 250 milhões anuais em seu Programa de Tecnologia para atingir o objetivo. Para a CBMM, a parceria com a Echion é fundamental para maximizar o potencial de novos materiais, focando no desenvolvimento de ânodos que incorporam Nióbio, aumentando a eficiência e a durabilidade das baterias. A CBMM tem plano estratégico de crescimento para atingir uma capacidade de 20 mil toneladas de óxido de Nióbio para baterias até 2030. “Na CBMM, esperamos um crescimento acelerado no setor de baterias nos próximos anos. Assim, estamos orgulhosos de comemorar os frutos desta parceria que reforça nosso Plano de Sustentabilidade e se alinha às tendências globais de descarbonização e promoção da eletrificação. Essa inauguração é um marco na nossa história e permite que a CBMM continue transformando ciência em tecnologia, e tecnologia em negócios”, comentou Ricardo Lima, CEO da CBMM.
Com a aprovação de 59,91% dos credores presentes, o plano de Recuperação Judicial do Grupo João Santos foi formalizado. Na abertura da assembleia, os representantes do grupo apresentaram nova proposta propondo o dobro do valor a ser pago aos credores trabalhistas. Anteriormente, o grupo já havia firmado o maior acordo de transação tributária do Brasil com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que assegurou a quitação do FGTS a mais de 22 mil trabalhadores.
A nova proposta é fruto do diálogo entre os credores e a nova gestão do Grupo João Santos, iniciada em agosto de 2022, quando a companhia passou a ser liderada por executivos de mercado. Desde então, duas unidades fabris foram reativadas e o Grupo passou a contar com quatro fábricas em operação. Para 2025, a expectativa é que mais dois parques industrias voltem a operar, colaborando para que o Grupo retome o protagonismo na indústria do cimento.
O advogado Gustavo Matos, sócio do Matos Advogados, escritório que conduz o processo, comenta a nova fase. “A votação alcançada reflete o resultado de intensas negociações com os diversos agentes interessados no universo alcançado pelo Grupo”, afirma. Já o economista João Rogério Filho, da PPK Consultoria e responsável pela estruturação econômico-financeira do plano apresentado, destaca a importância da vitória para o crescimento do GJS. “O reperfilamento do passivo perante entes públicos e privados é mais um importante passo no novo momento desse importante Grupo Industrial”, ressalta.
Os co-presidentes do Grupo João Santos Guilherme Rocha e Nivaldo Brayner convergem no entendimento de que “o dia de hoje é um importante momento que fortalece o nosso ânimo e confiança na correção das medidas para o enfrentamento aos desafios que ainda se apresentam. Podemos afirmar que um novo tempo chegou para o Grupo João Santos”.
A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) firmou acordo de cooperação técnica com a Cooperativa de Garimpeiros da Bahia (Coopergaba), por meio do qual passará a apoiar esses trabalhadores através de uma espécie de consultoria aos garimpeiros, que passarão por uma capacitação profissional para atuar em alinhamento com a sustentabilidade e segurança. Fundada em 2017 por garimpeiros do município de Andaraí, na Chapada Diamantina, onde a extração de diamantes impulsionou o desenvolvimento de muitas comunidades, a Coopergaba atua em busca da regulamentação da atividade que até 2016 garantia o sustento de 120 famílias que dependem diretamente do garimpo.
Com o acordo de cooperação técnica, a CBPM passará a intermediar o contato da Coopergaba com o poder público e sociedade civil. “São trabalhadores que, em sua maioria, herdaram o conhecimento do garimpo de outras gerações. Filhos, netos e bisnetos de garimpeiros que encontram nesta atividade o sustento de suas famílias e que buscam hoje poder seguir o que prevê as leis ambientais”, comentou o presidente da CBPM, Henrique Carballal. Para ele, o compromisso da estatal é capacitar os trabalhadores para que eles atuem de maneira segura e em conformidade com a preservação ambiental. “Assim como nós apoiamos grandes projetos, que geram bilhões de reais à Bahia, nós também vamos apoiar esses garimpeiros e sem qualquer tipo de custo, para que alcancem a regulamentação das suas atividades e possam trabalhar de forma digna”, afirmou Carballal.
Segundo o vice-presidente da CBPM, Carlos Borel, a companhia será responsável por orientar os garimpeiros sobre como reduzir o impacto ambiental de suas atividades e aderir a práticas sustentáveis e tecnologias que minimizem os danos ao meio ambiente. “Essa busca pela regularização e pelo cumprimento das normas reflete um compromisso com a preservação dos recursos naturais e com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que reforça a legitimidade da atividade garimpeira e seu valor para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais”, informou Borel.
O presidente da Coopergaba, Luiz Antônio, disse que a parceria entre a CBPM e a cooperativa é essencial. “Essa ajuda é muito importante, porque nós não temos esse conhecimento na parte técnica e relacionamento com os órgãos. A visão que muitas pessoas têm sobre os garimpeiros é que destroem a natureza, então, nós termos o apoio de uma empresa como a CBPM, que nos representa e sabe o que é a mineração, é fundamental”, ressaltou. O diretor de Meio Ambiente da Coopergaba, Maurício Werner, também celebrou o acordo. “A CBPM, por ser a empresa de produção mineral do Estado da Bahia, pode nos ajudar orientando tecnicamente e mostrando, não só para a sociedade mas também para os órgãos ambientais, que o trabalho do garimpeiro hoje é mais responsável”, declarou. “Além disso, a CBPM vai nos conscientizar como trabalhar de uma maneira sustentável e mais limpa porque o objetivo de todos nós garimpeiros, hoje, é trabalharmos de acordo com as normas ambientais”, completou o diretor.
Empresários e entidades do Rio Grande do Sul anunciaram a criação da Frente pelo Desenvolvimento da Região da Campanha no RS, uma entidade que reúne representantes das principais atividades responsáveis pela sustentação da economia gaúcha: pecuária, agricultura, comércio e mineração. A cerimônia de lançamento ocorreu dia 31 de outubro, durante o Universo Pecuária, evento realizado no Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul (RS).
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Caçapava do Sul (ACIC), Eraldo Vasconcelos de Souza, será o coordenador da Frente, ao lado de um comitê gestor formado por representantes de cada uma das áreas: Francisco Abascal, presidente do Sindicato Rural de Lavras do Sul, da pecuária; Gilberto Dickel, Presidente da Cotrisul, agricultura; Paulo Serpa, country manager da Lavras do Sul Mineração; e Fernanda Fernandez Muñoz Delabary, Presidente da Câmara da Industria, Comércio e Serviços de Lavras do Sul (CICS). “O objetivo é fortalecer a economia local, promover qualificação e inclusão, apoiar o desenvolvimento regional sustentável, atrair investimentos e políticas públicas que ofereçam suporte financeiro e logístico para as ações previstas. Além disso, buscar o destrave de regulamentos governamentais que hoje engessam e emperram atividades como a mineração”, diz. Para o coordenador, isso representa “um marco na região, com a união de setores produtivos – fato inédito – e que tem tudo para colaborar com a mudança da nossa realidade socioeconômica”, disse o presidente da ACIC, Eraldo Vasconcelos.
A nova entidade foi criada para enfrentar desafios locais, que hoje dificultam o processo de desenvolvimento da Região da Campanha Gaúcha como a baixa industrialização e a necessidade de infraestrutura. Paulo Serpa, da Lavras do Sul Mineração, diz que o Rio Grande do Sul foi abençoado em termos de recursos minerais e não pode desperdiçar a oportunidade de promover o desenvolvimento da região e do seu povo, extraindo os seus minérios. “As oportunidades são reais e muito significativas. É possível produzir riquezas e atuar com respeito às pessoas, ao meio ambiente, às instituições, legislação e regulação. Os benefícios trazidos pelo desenvolvimento serão recebidos por toda a população, com elevação da qualidade de vida, educação, saúde, segurança, entre outros”, afirma.
A convergência em prol do desenvolvimento de todos é celebrada pelos outros membros do comitê gestor da Frente. Gilberto Dickel da Fontoura, da Cotrisul reforça que “a união dos pilares econômicos fortalece cada setor, individualmente”. E Francisco Abascal, do Sindicato Rural de Lavras do Sul, lembra que “todos do grupo são componentes de grande referência e que, como isso, fica fácil unirmos forças em prol de algo comum”. Os desafios do Rio Grande do Sul incluem todo o processo de reconstrução após as enchentes que impactaram severamente mais de 80% de seus municípios em maio de 2024. Entre eles estão a infraestrutura viária, redes de água, energia elétrica, telecomunicações, além de moradias e diferentes serviços públicos.
Durante a palestra “Comunicação e Mineração” realizada na última sexta-feira, 25 de outubro, e organizada pelo Grupo de Trabalho de Mineração da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que é liderado pelo deputado estadual Max Russi (PSB), a advogada e organizadora da 2ª Expominério, Pâmela Alegria, enfatizou a importância de divulgar mais as ações positivas do setor mineral. “Queremos mostrar a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso, desmistificando percepções negativas e destacando práticas sustentáveis”, afirmou Pâmela.
Para o líder do GT da Mineração da ALMT, deputado Max Russi, o debate sobre a exploração mineral sustentável em Mato Grosso é importante, uma vez que o debate permite desmitificar a atividade minerária de uma imagem negativa. “É um setor que contribui com mais de 4% do nosso PIB, gera emprego e desenvolvimento e precisa evoluir. O que temos que combater é a extração ilegal, isso sim é crime. Mas, a atividade minerária que cumpre todas as regras ambientais é de suma importância para o estado e não pode ser marginalizada”, destacou Russi, que apoia a Expominério desde sua primeira edição. A 2ª edição da Expominério, marcada para ocorrer de 7 a 9 de novembro de 2024, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, vai debater o potencial econômico da mineração, desmistificar percepções negativas e destacar práticas sustentáveis do setor.
O evento reunirá empresários e profissionais do setor e buscará promover uma comunicação mais objetiva com a sociedade e a imprensa para reforçar que mineração responsável não deve ser confundida com extração ilegal de recursos. “É preciso separar o crime de uma atividade profissional legalizada, demonstrando à sociedade a importância do setor para o desenvolvimento do estado e do País”. O evento abrirá espaço para debates sobre políticas públicas voltadas ao setor mineral, tema que enfrenta desafios políticos e ambientais. Pâmela também destacou o apoio do deputado estadual Max Russi (PSB), presidente do Grupo de Trabalho de Mineração, a projetos educativos, como o Educa Mineração, que sensibiliza crianças e adolescentes sobre a importância da mineração, mostrando seu papel em tecnologias, dispositivos eletrônicos, água mineral e infraestrutura.
“É uma atividade econômica fundamental e, como qualquer outro setor produtivo, está cada vez mais vinculada à responsabilidade ambiental e social. Hoje, não existe mineração legal e responsável sem atender a essas normas”, reforçou.
Para o coordenador da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) em Guarantã do Norte, Humberto Paiva de Oliveira, Mato Grosso tem se destacado pela evolução no setor mineral, com governança estadual fortalecida para atrair investimentos. A Metamat apoia pequenos mineradores e media conflitos entre garimpeiros e grandes mineradoras, consolidando o estado como um polo seguro para investidores. Nos últimos dez anos, o valor da produção mineral de Mato Grosso saltou de R$ 500 milhões para R$ 7 bilhões, um crescimento de 15 vezes. Paiva destacou que a pesquisa mineral contribui significativamente para o desenvolvimento de pequenas mineradoras, promovendo extração com menor impacto ambiental e custos operacionais reduzidos. Ele também elogiou o uso do sistema de satélites Planet, gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que monitora operações em tempo real, garantindo práticas sustentáveis na mineração e no agronegócio. “O estado é referência em governança ambiental e oferece segurança jurídica para investidores que querem crescer de forma responsável e sustentável. Isso atrai investidores que buscam segurança para aportar recursos em projetos de mineração em Mato Grosso”, comentou Paiva.
Com mais de sete mil cooperados, a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) é organização no setor de mineração de pequena escala em Mato Grosso que trabalha com o foco na regularização e sustentabilidade. Gilson Camboim, presidente da cooperativa, destaca que as atividades são totalmente legalizadas e que a Coogavepe tem o compromisso de atuar apenas em áreas autorizadas, respeitando as licenças ambientais exigidas. Em Mato Grosso, a Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) requer uma série de licenças, como a Licença Prévia (LP), a Licença de Instalação (LI) e a Licença de Operação (LO), que garantem que as cooperativas operem em conformidade com a legislação. “A atividade garimpeira com licença é legal e traz benefícios econômicos e sociais para as regiões onde está presente. A cooperativa não só promove a legalização das atividades, mas também fiscaliza e recupera as áreas exploradas, destinando-as para projetos de agricultura, pecuária e reflorestamento. Além disso, a comercialização do ouro é feita exclusivamente por empresas autorizadas pelo Banco Central, com a retenção de impostos diretamente na fonte, o que reforça nosso compromisso com a legalidade e a transparência”, explicou Camboim. Ele também comentou que a mineração de pequena escala representa cerca de 80% da produção mineral no Brasil. “A mineração de pequena escala explora camadas superficiais, enquanto a mineração industrial explora camadas mais profundas, que exigem tecnologia avançada”, explicou Camboim, enfatizando a importância de cada segmento dentro de suas respectivas capacidades e o papel da mineração no desenvolvimento econômico e sustentável de Mato Grosso.
A Expominério 2024 conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.
A St George Mining Limited assinou um Memorando de Entendimento com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), representada pelo Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Invest Minas), durante a International Mining and Resources Conference (IMARC) in Sydney, Australia. A St. George adquiriu recentemente a operação para produção de nióbio e elementos de terras-raras (ETR), em Araxá, Minas Gerais. “Chegamos com a proposta de um modelo de negócio dinâmico na mineração, com as melhores práticas sustentáveis de produção e gestão. Estamos dando a largada com o compromisso de atuar de maneira conjunta com o estado e com a cidade de Araxá”, afirma Thiago Amaral, diretor de ESG e desenvolvimento técnico da St George – Projeto Araxá.
O investimento para construção, desenvolvimento e produção está estimado em cerca de R$ 2 bilhões. Além disso, a companhia se comprometeu a contratar fornecedores e talentos locais. A companhia desembarca em Araxá conciliando a experiência, o acesso as tecnologias internacionais e as melhores práticas de ESG, com o vasto conhecimento das peculiaridades da mineração de nióbio na região de Araxá.
Com sede na cidade australiana Perth, a St George Mining conta com executivos referência na exploração, do processamento de minerais e um time especialista em mercado de capitais. A companhia tem ainda Adolfo Sachsida, como assessor do seu conselho de administração para os assuntos relacionados com o Projeto Araxá. Sachsida tem ampla experiência nos setores governamental, regulatório e empresarial no Brasil, ocupou cargos, como: ministro de Minas e Energia, secretário-chefe de Assuntos Econômicos do Ministério da Economia e foi ainda secretário de Política Econômica do Ministério da Economia.
No Brasil, o projeto Araxá será tocado pelo engenheiro Thiago Amaral, que atuou na liderança da CBMM, em Araxá, maior produtora mundial de nióbio, além de ter passagem pelas empresas Itron e Cargill. Também tem a consultoria do Adriano Rios, que foi diretor de operações da Comipa, uma espécie de joint venture da CBMM e a Codemig, além de gerenciar as etapas de produção mineral de nióbio e compor o time que desenvolveu o processo produtivo de terras raras na CBMM. Juntos, os dois executivos acumulam o conhecimento de mais de 40 anos de experiência em todas as etapas do mercado de nióbio.
A St. George iniciou as etapas de licenciamento e outras atividades necessárias para a operação e desenvolvimento da mina na cidade de Araxá. Nesta fase, a mineradora tem apoio da Invest Minas, conforme o memorando de entendimento. A meta é atingir uma capacidade de aproximadamente 20.000 toneladas anuais de produtos de nióbio e terras raras. As estimativas estão sujeitas a viabilidade dos programas de exploração e desenvolvimento.