05/10/2024 04:05h

No Brasil, o voto é obrigatório para brasileiros alfabetizados, maiores de 18 anos e menores de 70 anos

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Nas eleições municipais de 2024, com votações previstas para este domingo (6), os eleitores precisam ficar atentos a algumas recomendações da Justiça Eleitoral. Uma das orientações está relacionada à documentação necessária para que o cidadão possa escolher seu candidato. 

Eleições 2024: qual documento o eleitor deve apresentar para votar?

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o eleitor precisa apresentar um documento oficial com foto. Entre as opções estão carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, certificado de reservista, carteira de categoria profissional reconhecida por lei ou Documento Nacional de Identidade.

Vale lembrar que o cidadão que sabe o local de votação não precisa apresentar o título, basta levar um desses documentos oficiais com foto. Outra opção é utilizar a versão digital do título eleitoral, que pode ser acessada pelo aplicativo e-Título. 

No entanto, aqueles que desejam uma via impressa do documento podem fazer a solicitação no Cartório Eleitoral e imprimir pelo sistema Autoatendimento Eleitoral - Título Net, ou pelo aplicativo e-Título, disponível para Android e iOS. 

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Eleições 2024: qual idade mínima para votar?

Para votar no Brasil, a pessoa precisa ter pelo menos 16 anos de idade completos. Nessa idade, porém, o voto não é obrigatório. O mesmo vale para maiores de 70 anos e pessoas analfabetas. Ou seja, de maneira geral, no país, o voto é obrigatório para brasileiros alfabetizados, maiores de 18 anos e menores de 70 anos.

Eleições 2024: como justificar a ausência?

Se, por acaso, no dia da votação, o eleitor não puder comparecer à sua respectiva sessão para votar, é preciso justificar essa ausência. Para isso, o cidadão pode apresentar a motivação em uma das seguintes opções: 

  • aplicativo e-Título: baixe nas Plataformas Android e iOS;  
  • formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral (formato PDF): apresente preenchido nas mesas receptoras de votos ou de justificativas instaladas para essa finalidade nos locais divulgados pelos Tribunais Regionais Eleitorais e pelos Cartórios Eleitorais (consulta a zonas eleitorais).

Em relação ao primeiro turno, as votações vão ocorrer neste domingo (6). Já no segundo turno – que só ocorre em municípios com mais de 200 mil eleitores - as votações serão em 27 de outubro. Para ambos os casos, o horário de votação é das 8h às 17h, horário de Brasília. 
 

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04/10/2024 18:59h

O estudo também incluirá a caracterização dos controles geológicos das ocorrências minerais na área, com foco especial em urânio e fosfato

O Serviço Geológico do Brasil iniciou, em março deste ano, o projeto "Geologia e Potencial Mineral do Domínio Santana do Araguaia", que prevê o mapeamento sistemático de cinco folhas cartográficas, localizadas no contexto do Domínio Santana do Araguaia, na porção sul do Cráton Amazônico. O mapeamento será realizado com a aquisição e integração de novos dados geológicos, geoquímicos, geocronológicos, além de informações aerogeofísicas e de sensoriamento remoto.

O estudo também incluirá a caracterização dos controles geológicos das ocorrências minerais na área, com foco especial em urânio e fosfato. O objetivo é gerar dados mais atualizados e consistentes, a fim de incentivar programas exploratórios e a descoberta de novos depósitos minerais. A região de Santana do Araguaia tem apresentado indícios relevantes de estanho, cromo, chumbo, cobalto, ouro, além de urânio, fosfato e calcário. Uma parte dessa área de Santana do Araguaia é estudada pelo Projeto Urânio Brasil. A atualização e ampliação do conhecimento geológico e mineral da região são fundamentais para o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas para a gestão territorial, além de atrair investimentos no setor mineral e industrial. 

O SGB selecionou cinco folhas para mapeamento, em um total de cerca de 15.125 km², que abrangem as áreas designadas de Rio Dezoito, Rio da Paz, Serra do Matão, Rio Campo Alegre e Ribeirão Santana. O projeto é liderado pelo pesquisador Lívio Corrêa e conta com uma equipe da Gerência de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Belém, com a participação dos pesquisadores Aline Barros, Desaix Balieiro, João Marcelo Castro, dos técnicos Djalma Hartery, Paulo Sérgio Santos e Paulo Melo, além do auxiliar técnico Sebastião Benjamin, e da participação da pesquisadora Rita Cunha, da Superintendência Regional de Salvador.

A geodiversidade da região permite o aproveitamento de diversas rochas como fontes alternativas para condicionadores de solo, auxiliando no alcance de padrões de fertilidade compatíveis com as necessidades regionais e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável. Nesse contexto, destacam-se os agrominerais, como enxofre, fosfato, potássio e calcário dolomítico, além do potencial de uso de rejeitos de mineração como remineralizadores de solos.

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03/10/2024 22:12h

A proposta de instalação de produção de vidro solar incluem CAPEX de 151,5 milhões de euros para a primeira unidade de fabricação de vidro solar da América Latina

A Homerun Resources Inc. anunciou seus planos e o recebimento de uma oferta orçamentária para construir a primeira unidade de fabricação de vidro solar dedicada da América Latina, com capacidade de produção de 1.000 toneladas diárias de vidro solar com baixo teor de ferro. A empresa recebeu uma oferta da HORN Glass Industries AG, uma fornecedora global líder de plantas de produção de vidro de última geração.

Os principais destaques da proposta de instalação de produção de vidro solar incluem CAPEX de 151,5 milhões de euros para a primeira unidade de fabricação de vidro solar da América Latina; Terrenos, edifícios, equipamentos auxiliares adquiridos localmente e mão-de-obra de montagem devem ser adicionados a este CAPEX para determinar o CAPEX total; A produção de vidro solar ultra-transparente com baixo teor de ferro é ideal para painéis solares de alta eficiência; Grande forno de fusão de vidro regenerativo de queima cruzada com planta de lote avançada e sistema de retorno de cacos de vidro; Distribuidores modernos e sistemas de pré-aquecedor para controle preciso da temperatura; Sistemas avançados de controle e automação em toda a planta; Projetado para alta eficiência energética e baixas emissões, com sistemas de tratamento de gases de combustão e Gás natural como combustível primário, com capacidade de reserva de óleo combustível.

"Este projeto representa um importante passo de integração vertical na estratégia da Homerun de aproveitar nossa areia de sílica Belmonte de alta pureza para se tornar líder na produção de materiais essenciais para energia renovável a partir da primeira instalação desse tipo na América Latina", disse Brian Leeners, CEO da Homerun. "A proximidade dos ativos de areia de sílica de alta pureza e baixo teor de ferro da Homerun e o plano de logística anunciado recentemente, juntamente com os baixos requisitos de CAPEX para a instalação de produção de vidro solar HORN, devem colocar a empresa como um fornecedor essencial de vidro solar para a cadeia de suprimentos da indústria de energia solar em rápido crescimento nas Américas”.

Atualmente, a Homerun avalia potenciais locais para a instalação na área de Camaçari, no estado da Bahia. Locais com infraestrutura completa, energia elétrica, água, gasoduto de gás natural e proximidade ao porto de águas profundas de Aratu estão atualmente sendo revisados. A empresa irá fornecer mais detalhes sobre cronogramas de projeto, custos de capital e financiamento conforme os planos forem finalizados.

A Homerun se reuniu recentemente com o Governo da Bahia e secretarias para debater o apoio e o impacto econômico dos planos de desenvolvimento da empresa. O estabelecimento da unidade de fabricação de vidro solar da Homerun na Bahia representa um marco significativo no desenvolvimento econômico baiano e nos esforços de transição energética. Angelo Almeida, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, demonstrou entusiasmo pelo potencial do projeto de impulsionar a indústria local e reduzir a dependência de vidro solar importado, enquanto Luciano Giudice Torres, Superintendente de Atração de Investimentos e Fomento ao Desenvolvimento Econômico, e Paulo Henrique de Almeida, Diretor da Divisão de Desenvolvimento Econômico, foram fundamentais para facilitar as discussões e fornecer orientação sobre as oportunidades de investimento na região. Carlos Borel, presidente da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), e Lorena Fraga, chefe de gabinete da CBPM, ofereceram informações valiosas sobre os recursos minerais locais disponíveis que darão suporte ao processo de fabricação.

O Governo da Bahia demonstrou comprometimento em fomentar a indústria nacional e reduzir a dependência de importações chinesas. Isso se alinha perfeitamente com a visão da Homerun de criar uma cadeia de suprimentos local e robusta para os insumos da transição energética. "A transição para uma economia de baixo carbono é praticamente impossível sem os minerais críticos e estratégicos que o Brasil e a Bahia possuem. Temos potencial, diversidade e demanda. Somos os artífices do futuro. Para isso, a CBPM busca parcerias como a firmada com a Homerun, comprometidas com a sustentabilidade e a transição energética", afirmou Carlos Borel, presidente da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral).

Para Armando Farhate, Diretor de Operações da Homerun, o apoio que a companhia recebeu do governo da Bahia foi excepcional. “Sua abordagem proativa e comprometimento com o crescimento econômico sustentável foram cruciais para levar este projeto adiante”. O esforço colaborativo entre a Homerun e o governo da Bahia deve criar oportunidades econômicas significativas, incluindo criação de empregos, desenvolvimento de habilidades e aumento do investimento estrangeiro na região. Ao estabelecer a primeira unidade de fabricação de vidro solar na Bahia, a Homerun não está apenas contribuindo para as metas de energia renovável do Brasil, mas também posicionando o país como líder na indústria solar global.

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02/10/2024 04:00h

As negociações com esse valor são referentes a diferentes regiões do interior do Paraná.

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A soja sofreu queda de 0,22% no preço e a saca de 60 quilos do produto começou esta quarta-feira (2) cotada a R$ 138,72. As negociações com esse valor são referentes a diferentes regiões do interior do Paraná. 

No litoral paranaense, a queda no preço da mercadoria foi de 0,25%, com a saca de 60 quilos negociada a R$ 140,81.

Quanto ao trigo, no Paraná, também houve redução de 0,30% no preço e a tonelada é vendida a R$ 1.445,02. No Rio Grande do Sul, o produto teve recuo de 0,05%, cotado a R$ 1.338,89, por tonelada.

Os valores são do Cepea. 
 

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30/09/2024 19:12h

ArcelorMittal, Brazilian Nickel, Anglo American, Serra Verde, Vale, Mineração Taboca, Aura Minerals, Ero Brasil e Aclara Resources foram as eleitas em 2024.

Com 58.086 votos — muitos deles do exterior, o que mostra o grau de internacionalização da mineração brasileira — foram eleitas as Empresas do Ano do Setor Mineral - 2024, uma iniciativa da publicação Brasil Mineral realizada há mais de 40 anos. 

A escolha das empresas é feita pelo voto direto do público, que votam em uma lista definida pelo Conselho Consultivo e corpo editorial de Brasil Mineral, que indicam seis empresas em cada categoria, sendo três de grande porte e três de médio/pequeno porte, com exceção da categoria Pesquisa/Prospecção Mineral, em que não há distinção de porte das empresas. 

Pelo voto do público, as empresas eleitas, e o percentual de votos, foram os seguintes: 

Governança Ambiental - Grande Porte - ArcelorMittal (45,7%); Médio porte - Brazilian Nickel (43,2%)

Governança Social - Grande Porte - Anglo American (42,3%); Médio/pequeno porte - Serra Verde (46,4%) 

Inovação Tecnológica - Grande porte - Vale (67,4%); Médio/pequeno porte - Mineração Taboca (62,8%).

Crescimento - Grande Porte Vale (49,6%); Médio Porte Aura Minerals (54,1%)

Pesquisa/Prospecção Mineral Ero Brasil (43,8%) e Aclara Resources (15,2%). 

As razões elencadas para indicação das empresas eleitas foram: ArcelorMittal — Investimentos em projetos de energia solar e eólica; Brazilian Nickel - operações sustentáveis e de baixo carbono Projeto Níquel; Anglo American — Capacitação para desenvolvimento da cafeicultura; obras rodoviárias em parceria com prefeituras e governo; Serra Verde – Engajamento da população Minaçu (GO) no projeto de terras raras, gerando novas perspectivas; Vale - Desenvolvimento do briquete verde e outros projetos visando a descarbonização; Mineração Taboca — Aproveitamento de terras raras em rejeitos de estanho; Ero Brasil — Projetos de pesquisa mineral na Bahia e Pará; Aclara - Investimentos no Projeto Carina, de terras raras, em Goiás; Vale - Expansão do projeto Salobo e investimentos em fábrica de briquete verde; Aura Minerals - Implantação dos projetos Almas e Borborema. 

A premiação das Empresas do Ano do Setor Mineral - 2024 será realizada no dia 25 de novembro próximo, em Belo Horizonte (MG), juntamente com o Fórum Brasil Mineral, em que os dirigentes das empresas premiadas discutirão, com membros do Conselho Consultivo de Brasil Mineral, “O papel do setor mineral no enfrentamento das mudanças climáticas”.

Veja os resultados finais da votação:

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28/09/2024 03:50h

Trata-se de uma área pertencente à empresa South Atlantic Potash, onde existem extensas camadas de cloreto de potássio e cloreto de sódio, situadas acima da camada do Pré-sal

Um grande depósito de potássio off shore, localizado próximo à costa no estado de Sergipe, poderá dar ao Brasil a autossuficiência no suprimento de cloreto de potássio, do qual o País é altamente dependente de importações. 

Trata-se de uma área pertencente à empresa South Atlantic Potash, liderada  pelo experiente engenheiro de minas e empresário Antenor Firmino Silva Júnior, onde existem extensas camadas de sais - cloreto de potássio e cloreto de sódio, situadas acima da camada do Pré-sal. 

Os recursos potenciais foram estimados em mais de 3 bilhões de toneladas de KCl. A expectativa é que o projeto possa alcançar uma produção de 2 milhões t/ano de cloreto de potássio já no curto prazo. 

Para estudar a viabilidade da exploração offshore a South Atlantic Potash contratou a empresa canadense Wood, especializada em petróleo e solution mining, com projetos bem sucedidos no Canadá, que está trabalhando com os brasileiros Luís Albano Tondo e Luiz Augusto Bizzi em um estudo de pré-viabilidade que deve ser concluído ainda este ano. 

O projeto de Sergipe, segundo Antenor Silva Júnior, tem origem em 2010, quando a então MbAC se dedicava a projetos de fertilizantes e identificou a oportunidade de exploração de potássio em áreas do Pré-sal. “Como se sabe, o petróleo do Pré-sal está abaixo de extensas camadas de sal, que incluem cloreto de potássio. Na época, pensamos: por que a MbAC não exploraria esse potássio, já que era uma empresa de fertilizantes?”, diz ele. 

Para estudar a possibilidade de produção de potássio no Pré-sal, a AMEC foi contratada em 2010 para fazer um estudo conceitual e chegou à conclusão de que era viável implantar uma lavra por solução, semelhante ao que é feito no Canadá, bombeando a solução salina até a costa onde seria processada em uma planta convencional em terra firme. 

Foram consideradas, na época, três áreas: algumas ocorrências próximas à costa de Sergipe e do Espírito Santo, e uma terceira em São Paulo (esta última com espessas camadas de KCl mas situada a cerca de 100km da costa). 

A conclusão do estudo da AMEC foi que o projeto era viável técnica e economicamente. No caso das jazidas próximas à costa, a planta para processar os sais de potássio seria igual àquelas utilizadas no Canadá, independentemente da área, e apenas a parte de produção em plataforma de água rasa apresentaria maiores riscos. No caso das jazidas mais distantes da costa, todo o processamento teria que ser feito embarcado, que é mais arriscado e oneroso. 

“Se fosse feito um projeto próximo à costa, que é o caso de Sergipe, poderia ser um meio termo: se lavrava os sais no mar e se processava na costa. Esta foi a alternativa que apresentou a melhor viabilidade. O projeto era viável, o NPV era positivo e a taxa de retorno competitiva, mas o investimento seria de US$ 2,5 bilhões. Foram estudadas duas escalas: 1 milhão de toneladas/ano e 2 milhões t/ano. Na época, as duas escalas foram consideradas viáveis técnica e economicamente.” 

Entretanto, afirma Antenor, o projeto era muito grande para o tamanho da MbAC. O projeto de potássio não foi em frente, principalmente devido ao custo dos materiais, que era muito alto na época.  

Desde 2010, a dependência do Brasil de importações de potássio aumentou e foram desenvolvidos novos materiais para operação off shore, de custo bem mais baixo, o que impactou positivamente a economicidade do projeto.

Diante dessa nova realidade, foi criada a South Atlantic Potash, contratou-se a Wood (sucessora da AMEC) para estudos complementares e o projeto entrou em uma nova fase. Partiu-se do modelo conceitual preparado anteriormente e estuda-se agora um caso concreto de viabilidade para a explotação de potássio utilizando dados, informações e infraestrutura já existentes na região.

Um outro fator importante é que o preço internacional do potássio tem se mantido relativamente estável, com momentos de pico. “O potássio tem a peculiaridade de ser um produto geopolítico. Qualquer problema político faz o preço disparar, mas quando as coisas se assentam, ele volta ao normal”, observa Antenor.  

De acordo com Luís Albano, a área-alvo na costa de Sergipe está coberta por direitos minerários da South Atlantic Potash. Para estudar o potencial dos recursos utilizaram-se furos e dados de geofísica 2D e 3D produzidos pela Petrobras na busca por petróleo. Os perfis digitais e de geofísica foram utilizados usando tecnologia padrão do mercado para a identificação e definição dos teores de KCl nas camadas intercaladas de halita, silvita e silvinita.  

Ele acrescenta que algumas plataformas da Petrobras estão em fase de descomissionamento e que a South Atlantic Potash estuda a possibilidade de aproveitar não só plataformas mas também infraestrutura e tubulações usadas para a produção de petróleo, o que pode reduzir a demanda de capital do projeto. 

“Uma das vantagens da área de Sergipe é a proximidade da costa, que é de aproximadamente 15km. Além disso, as águas são bastante rasas, com profundidade média do mar de 26 metros, o que facilita e reduz os custos operacionais. Ele explica que, para a extração do potássio, primeiro será feito um poço pioneiro a partir de uma plataforma. Em seguida, devem ser perfurados até 40 novos poços através de sondagem direcional para a formação de cavernas de produção. Para cada caverna formada serão necessários dois poços: um de injeção de água aquecida e outro de extração dos sais. Como se trata de sal, pode-se fazer uma dissolução de forma bastante controlada. Os parâmetros a serem controlados são a temperatura do fluido (que no caso é água do mar), a pressão e a concentração de sais na água. “Por exemplo, se quiser ser mais seletivo e dissolver só o KCl (cloreto de potássio) e não tanto o NaCl (cloreto de sódio), injeta-se uma salmoura com alta concentração de NaCl, evitando dissolver o NaCl e dissolvendo somente o KCl. Com isso, se consegue chegar à concentração que é necessária para o processo. A salmoura é bombeada para a planta, em terra firme, e alí se faz a separação real entre o KCl e o NaCl através de um processo convencional de evaporação e cristalização. 

O método é inovador, no sentido de que nunca foi feito off shore. Geralmente é feito on-shore”, detalha. Ele acrescenta que o projeto tem vantagens do ponto de vista social e ambiental. Social, porque não há comunidades diretamente impactadas pela lavra; e ambiental, porque a lavra de minério mais profundo e em área coberta por água do mar não acarreta os problemas de subsidência observados quando a lavra por solução é executada em terra.

“No caso de Sergipe, como a camada é muito profunda, relativamente delgada e muito extensa, os efeitos de subsidência são imperceptíveis. De qualquer forma, é feito um controle das cavernas para não haver subsidência. Além disso, pretende-se reinjetar a própria salmoura e assim o NaCl fica preenchendo as cavidades, para evitar eventual subsidência”.

Luís Albano informa que as cavernas terão uma distância de 130m a 150m entre si, para que haja pilares de sustentação e seja mantida a estrutura da rocha no local. Ele acrescenta que já existem na área mais de 150 poços que foram perfurados pela Petrobras, dos quais cerca de 80 atravessam as camadas de sais.  

Outra grande vantagem do projeto é sua escalabilidade, porque a camada se estende por quilômetros de distância. “Só na região onde estamos, podemos ter mais de 3 bilhões de toneladas de KCl. Pretendemos começar com 2 milhões t/ano, o que vai exigir três plataformas operando simultaneamente, mas a produção pode ser dobrada a cada poucos anos.” 

Outro ponto positivo é que projeto também permite o aproveitamento do cloreto de sódio. O NaCl que vai ser produzido terá grau de pureza industrial, diferentemente do sal da água do mar, que vem com contaminantes. “O cloreto de sódio é vendável e há mercado para isso. A própria Braskem, com o problema de Maceió (afundamento de zona urbana), não produz NaCl desde 2018 e está importando do Chile. Portanto, há um mercado consumidor favorável”, informa Luís Albano. Para cada tonelada de KCl produzida, são produzidas 1,3 toneladas de NaCl. “Acreditamos ser possível desenvolver esse mercado, porque hoje se está importando esse sal de melhor qualidade para fabricação de soda cáustica. Isso também vai agregar valor ao projeto”, diz o engenheiro. 

Segundo Luiz Bizzi, a grande profundidade das camadas de sal favorece a lavra por solução. “No Canadá, as empresas que fazem a lavra subterrânea estão lavrando a profundidades de 1.000m a 1.200m, e quem faz a lavra por solução opera a profundidades maiores. Aprendemos com a Wood que para fazer a lavra por solução, o ideal são profundidades maiores do que 2.000m. Nosso minério está a 2.500 metros de profundidade, e quanto mais profundo, melhor, podendo-se usar técnicas semelhantes àquelas de extração de petróleo por fracking e contando com a pressão litostática que ajuda no sentido de levar a solução saturada em KCl para a superfície. Outro aspecto é que, à medida que aumenta a profundidade a solução salina fica mais quente, o que favorece a solubilidade e, portanto, a recuperação dos sais de potássio. 

"Então a nossa salmoura, por estar a maior profundidade, está naturalmente aquecida. Portanto, a profundidade das camadas é algo favorável”, conclui Bizzi. (Por Francisco Alves

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27/09/2024 21:31h

A Mosaic e a Mineração Serra Verde se destacaram em categorias estratégicas ao aliar eficiência operacional à responsabilidade socioambiental

O Prêmio FIEG de Sustentabilidade da Indústria Goiana aconteceu dia 24 de setembro, na Casa da Indústria, em Goiânia e reconheceu duas mineradoras associadas ao MINDE - Sindicato das Indústrias de Mineração GO e DF (nova identidade do SIEEG-DF) por suas práticas inovadoras e transformadoras voltadas à preservação ambiental. A Mosaic e a Mineração Serra Verde se destacaram em categorias estratégicas ao aliar eficiência operacional à responsabilidade socioambiental, por meio da implementação de tecnologias sustentáveis e projetos inovadores que beneficiam tanto a indústria quanto o meio ambiente.

A Indústria Mosaic foi premiada com o segundo lugar na categoria Tecnologias Sustentáveis por seu projeto de recirculação e reutilização de água, que otimiza o uso de recursos hídricos, promovendo a economia de água e a redução de desperdícios. Esse projeto destaca o compromisso da empresa com a gestão eficiente dos recursos naturais, um tema central no debate sobre sustentabilidade. 

Já a Mineração Serra Verde foi premiada em duas categorias. A empresa conquistou o segundo lugar em Tecnologias Sustentáveis com o Plano Diretor de Emissão Atmosférica, reconhecido pelas inovações no controle de poluentes, e o terceiro lugar na categoria Práticas de Gestão Sustentável e Responsabilidade Socioambiental com o projeto Bem-viver, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade e a qualidade de vida das comunidades em que atua.

A premiação, realizada a cada dois anos pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), reconhece empresas goianas que implementam soluções alinhadas à agenda ambiental e ao uso eficiente dos recursos naturais. Nesta edição, seis empresas foram premiadas em quatro categorias: Práticas de Gestão Sustentável, Tecnologias Sustentáveis, Comunicação ESG e Iniciativas de Micro e Pequenas Empresas. O reconhecimento das associadas ao MINDE, Mosaic e Mineração Serra Verde, reforça que a mineração pode ser sustentável, utilizando tecnologias e práticas que minimizam os impactos ambientais e promovem a responsabilidade socioambiental. 

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26/09/2024 23:13h

Guidance objetiva melhorar a avaliação precisa de riscos de minérios e concentrados durante o transporte marítimo e reduzir os riscos relacionados à atividade

O Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) publicou, em 26 de setembro, Dia Marítimo Mundial, um guidance com o objetivo de melhorar a avaliação precisa de riscos de minérios e concentrados durante o transporte marítimo e reduzir os riscos relacionados à atividade. A avaliação de riscos é o primeiro passo crítico para garantir que os produtos sejam produzidos, transportados e usados com segurança, permitindo o gerenciamento adequado de riscos físicos, ambientais e de saúde em toda a cadeia de suprimentos.

O guidance foi publicado pela primeira vez em 2014 e esta atualização se alinha com as últimas mudanças regulatórias da Organização Marítima Internacional (IMO) e incorpora avanços recentes no conhecimento relacionado a avaliações de riscos. "O ICMM está comprometido com a produção e o transporte seguros de metais e minerais. Com avanços significativos na regulamentação marítima desde que a orientação original foi emitida, essas atualizações orientarão nossos membros e a indústria de mineração em geral a cumprir com os desenvolvimentos regulatórios recentes”, disse Aidan Davy, Co-COO do ICMM. 

Para Davy, a transição energética é intensiva em metais e exigirá que mais metais sejam manuseados e transportados com segurança em todo o mundo. “Esta orientação equipará as empresas com as ferramentas necessárias para navegar nas complexidades do transporte marítimo e minimizar o impacto nas pessoas e no planeta”.

Chris Barrington, presidente do Grupo de Trabalho sobre Regulamentação Marítima do ICMM e Conselheiro Chefe da International Iron Metallics Association, disse que as regulamentações marítimas evoluem extremamente rápido e esta orientação continua sendo uma ferramenta crítica para a indústria navegar neste cenário muito complexo. “Ter os sistemas certos em vigor para proteger as pessoas que manuseiam e transportam esses materiais, e de uma forma que considere o meio ambiente, é essencial. Obrigado ao ICMM e aos meus colegas do nosso grupo de trabalho por impulsionarem este importante trabalho”. 

Os membros do ICMM estão comprometidos em implementar estratégias e sistemas eficazes de gerenciamento de risco baseados na ciência para garantir que os minerais possam ser usados e transportados com segurança. O guidance foi desenvolvido pelo Material Stewardship Facility do ICMM, que reúne especialistas de todos os membros do ICMM para progredir em tópicos estratégicos de vários metais, como gerenciamento de produtos químicos, gerenciamento do ciclo de vida e transporte marítimo para permitir acesso sustentado ao mercado.

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26/09/2024 18:00h

Em alguns estados do leste da região, como Sergipe, Alagoas, Paraíba e Pernambuco, o céu vai estar com muitas nuvens, mas sem previsão de chuva

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Com previsão de chuva apenas para uma pequena parte do Maranhão e da Bahia, o Nordeste brasileiro terá uma sexta-feira (27) com predominância de céu com variação entre muitas e poucas nuvens. 

As chuvas devem atingir somente o oeste maranhense, onde estão localizados municípios como Açailândia e Porto Franco, além de uma pequena parte do litoral baiano, em cidades como Esplanada e Maraú. 

Em alguns estados do leste da região, como Sergipe, Alagoas, Paraíba e Pernambuco, o céu vai estar com muitas nuvens, mas sem previsão de chuva, sobretudo em cidades como Mulungu (PB), Panelas (PE), Taquarana (AL) e Capela (SE). 

A condição é semelhante nas cidades do Ceará, do Piauí e do Rio Grande do norte - estados onde também não deve chover. 

Entre as capitais, a temperatura mínima é de 21°C, em Salvador (BA), enquanto a máxima prevista é de 38°C, em Teresina (PI). A umidade relativa do ar varia entre 25% e 100%. 

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia. 
 

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25/09/2024 02:01h

Já a carcaça suína especial apresentou queda de 0,31% no preço e o quilo da mercadoria é comercializado a R$ 12,97, em atacados da Grande São Paulo

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A cotação do boi gordo apresentou alta de 1,28%, nesta quarta-feira (25). Com o resultado, a arroba do produto passou a custar R$ 265,05, no estado de São Paulo. 

Em relação aos quilos dos frangos congelado e resfriado, houve estabilidade nos preços. O primeiro segue comercializado a R$ 7,34 e o segundo a R$ 7,51. Para os dois produtos, as regiões de referência são da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado.

Já a carcaça suína especial apresentou queda de 0,31% no preço e o quilo da mercadoria é comercializado a R$ 12,97, em atacados da Grande São Paulo.  

Para o quilo do suíno vivo, a tendência foi de alta na maioria dos estados analisados pelo Cepea, como é o caso do Rio Grande do Sul, onde o produto é vendido a R$ 8,20. Já em São Paulo, houve estabilidade no preço e a mercadoria custa R$ 8,96. 

As informações são do Cepea.    
 

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