A Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura (MinC), divulgou o resultado final dos editais Curta Afirmativo 2023 (dirigido por pessoas negras e indígenas), Curta Criança 2023 e Curta para Mulheres 2023. Foram 30 projetos selecionados, que receberão bolsas no valor de R$ 140 mil cada. São R$ 4,2 milhões investidos em produções dirigidas por pessoas negras, indígenas, mulheres e com temática infantil.
No Curta Afirmativo - Bolsa para Produção de Curta-Metragem, o edital selecionou dois projetos de cada região do país, sendo contempladas propostas dos estados como do Mato Grosso, Alagoas, Pará, Pernambuco, entre outros. Dentre as 10 propostas selecionadas, 50% serão dirigidas por pessoas negras (pretas e pardas) e 50% por pessoas indígenas.
Já no Curta Mulheres, na distribuição por região, o edital também selecionou dois projetos de cada região do país, sendo contempladas propostas de Santa Catarina, Amazonas, Roraima, Bahia, entre outros estados. O edital destinou todas as suas vagas para realizadoras mulheres cis ou transgênero estreantes. Dentre as 10 propostas selecionadas, 50% serão dirigidas por mulheres negras e indígenas.
No Curta Criança, as bolsas para a produção independente de obras cinematográficas brasileiras de curta-metragem dirigidos por pessoas físicas estreantes, com temática voltada à infância, foram contempladas propostas de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Goiás. 60% das propostas selecionadas serão dirigidas por pessoas negras, pardas e indígenas.
As produções independentes selecionadas têm entre 10 a 15 minutos de duração, seja ficção ou documentário, com a possibilidade de técnicas de animação. A avaliação levou em conta critérios, como: proposta de obra audiovisual e adequação ao público (abrangência do tema, comunicabilidade e adequação da proposta ao público); aspectos artísticos; qualificação do projeto e da proposta de direção (estrutura e qualificação técnica do roteiro/argumento; estrutura dramática e construção dos personagens; e proposta estética). E ainda o potencial de impacto cultural e na formação de público (potencial de impacto do projeto no cenário audiovisual brasileiro e sua contribuição para a formação de público).
Confira os resultados:
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura, divulgou o resultado do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Das 190 propostas cadastradas, 58 foram selecionadas.
Com um montante de R$ 22 milhões, o edital se tornou o maior investimento na salvaguarda do patrimônio imaterial da história do Iphan.
O presidente do órgão, Leandro Grass, comemora o resultado do Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e diz que ele só foi possível sob a liderança do presidente Lula e da ministra Margareth Menezes.
“Sob a liderança do presidente Lula, da ministra Margareth Menezes e da nossa gestão no Iphan, este edital voltou a ser lançado agora em 2023. Selecionando 58 projetos orientados a difusão, promoção, incentivo e fomento dos bens culturais e materiais. Estamos falando de gente, estamos falando de comunidades, estamos falando da cultura popular brasileira que, agora, receberá um investimento recorde de mais de R$ 22 milhões. Estamos aí quase que triplicando o que era previsto no início, porque nós acreditamos no patrimônio cultural brasileiro e acreditamos que incentivar as pessoas, os seus saberes, suas tradições, suas formas de fazer é fundamental para o futuro do nosso país”.
A coordenadora-geral de Identificação e Registro do Departamento de Patrimônio Imaterial do órgão, Diana Dianovsky, faz um histórico do edital e explica as razões dos investimentos voltados à salvaguarda do patrimônio imaterial terem passado de R$ 7,5 milhões, valor previsto inicialmente, para R$ 22 milhões.
“Esses editais de chamamento público do PNPI foram descontinuados a partir de 2016 e só foi retomado agora, em 2023, com um aporte inicial no edital que era de R$ 7,5 milhões de reais para projetos e programas da sociedade civil e de governos de estados e, também, de outras instituições federais que poderiam propor ações. Esse aporte de R$ 7,5 milhões já era um aporte inédito no edital do PNPI e, depois, com a quantidade de projetos que recebemos, a qualidade dos projetos que recebemos, a atual gestão fez a escolha acertada de aportar mais R$ 14,5 milhões, totalizando R$ 22 milhões de investidos em ações e projetos voltados para promoção e salvaguarda do patrimônio imaterial por meio deste edital de chamamento público. Este montante, 22 milhões de reais, é inédito”.
Já o coordenador de Apoio à Promoção e Sustentabilidade do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Rafael Klein, detalha o perfil das propostas selecionadas pelo instituto, no Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.
“Foram selecionados, ao todo, 58 projetos para as três linhas previstas no edital. Foram 29 projetos de identificação de vivências culturais, utilizando a nova metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais. 9 projetos de pesquisa sociolinguística utilizando o guia do Inventário Nacional da Diversidade Linguística, visando o reconhecimento de línguas como referência cultural brasileira, e 20 projetos para a promoção de ações educativas e de transmissão de saberes voltadas para bens já reconhecidos como patrimônio cultural do Brasil. Todos esses projetos contam com a anuência das comunidades detentoras e devem prever o ativo envolvimento de detentores na execução das atividades. Boa parte delas tem o foco do edital de serem executadas na região norte e nordeste, em comunidades indígenas, quilombolas e de matriz africana. Além disso, dos 58 projetos selecionados, 47 são de propostas de organizações da sociedade civil que serão executadas por meio de termo de colaboração, indicando aí uma grande participação, um grande engajamento da sociedade civil no planejamento dos projetos que vão ser executados”.
O Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial selecionou projetos em 23 estados brasileiros. Na região sul, foram 12 propostas. Do norte e do centro-oeste, foram 13, em cada um; no nordeste, 19 e, no sudeste, 22 iniciativas foram escolhidas.
Entre as selecionadas, 47 são termos de colaboração propostos por organizações da sociedade civil, 10 são termos de execução descentralizadas junto a instituições federais e uma é proposta de convênio a ser firmado com instituição estadual.
A cerimônia foi realizada no palácio Itamaraty, em Brasília
27 de outubro, Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, foi a data escolhida pelo Ministério da Cultura para a posse dos novos representantes do Conselho Superior de Cinema para cumprir mandato de dois anos. A cerimônia foi realizada no palácio Itamaraty, em Brasília.
Integram o Conselho Superior de Cinema 12 representantes, e seus suplentes, de órgãos da administração pública federal, e 12, da indústria cinematográfica nacional e da sociedade civil, com atuação de destaque no segmento do audiovisual.
Por meio de um vídeo, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, deu as boas vindas ao grupo. Na mensagem, o presidente destacou que o colegiado, pela primeira vez na história, terá uma composição democrática e com paridade de gênero.
“Meus amigos e minhas amigas. Quero dar as boas-vindas aos integrantes do novo Conselho Superior de Cinema. Pela primeira vez na história, o colegiado terá uma composição democrática e com paridade de gênero. São homens e mulheres de todas as regiões do Brasil e com história de luta em defesa do cinema brasileiro. O conselho é de extrema importância para definir a política nacional de cinema, traçar os objetivos e metas do audiovisual do Brasil para os próximos dez anos”.
A ministra Margareth Menezes, que preside o colegiado, desejou que o conselho possa retomar e expandir as políticas públicas do audiovisual.
“Eu desejo que esse conselho tenha ânimo para trabalhar em favor da política responsável com a produção audiovisual, a difusão e a preservação do audiovisual brasileiro. Atentos ao fortalecimento do mercado interno e a projeção de nossa produção no mercado internacional. Guiados pelo espírito da eficiência, dinamismo, diálogo, da força criativa pulsante presente nos genes dos nossos cidadãos. Eu, Margareth Menezes, na posição de ministra de estado da Cultura do governo do presidente Lula, presidenta desse conselho, dou posse aos conselheiros e conselheiras e suplentes do Conselho Superior de Cinema. Desejo que possamos retomar e expandir as políticas públicas do audiovisual e reforço a missão do nosso Ministério da Cultura”.
Como disse o presidente Lula, o novo conselho traz a novidade histórica da paridade de gênero. Ou seja, dele faz parte a mesma quantidade de homens e mulheres. instância também teve garantida a sua pluralidade, inclusive regional. informações destacadas também no discurso da ministra.
“Esse conselho tem pela primeira vez a paridade de gênero, reafirmando nosso compromisso em possibilitar inclusão e diversidade nos lugares de poder e tomada de decisão, onde as políticas públicas são pensadas, formuladas e têm seus direitos estabelecidos. Quando falamos sobre o audiovisual. Estamos falando de todas as pessoas, de todos os territórios, comunidades, condições sociais. Isso significa pensar sobre cinema, sobre a indústria audiovisual, sobre a televisão, a internet, sobre as tecnologias digitais e sobre o nosso modo de viver, criar e recriar o mundo. Nosso multicolorido, nosso multicoloridos modos de ser e de existir. O audiovisual é um lugar que nos permite reinvenções infinitas das infinitas brasilidades. É feito por nós e para nós. garantir acesso não se restringe apenas ao caráter do espectador, mas olhar de modo mais amplo para toda a cadeia produtiva. significa nos atermos também para quem produz de onde, quais os recursos, motivações, técnicas e afetos. é necessário alavancar a indústria cinematográfica e a indústria audiovisual do Brasil”.
A posse dos conselheiros ocorreu em clima de retomada e de esperança. Nos últimos anos, o conselho foi desmobilizado e suas reuniões, extintas.
Algumas das atribuições dos conselheiros, de agora em diante, são aprovar políticas e diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica nacional.
Eles também devem estimular a presença de conteúdo nacional nos diversos segmentos de mercado. Além de acompanhar a execução das políticas públicas do audiovisual e estabelecer a distribuição da contribuição para o desenvolvimento da indústria cinematográfica.
O secretário de Promoção Comercial, Ciência e Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Valdemar Gonçalves de Aguiar Neto, conselheiro representante da administração pública, disse que a instância desempenha um papel de extrema relevância no desenvolvimento e fortalecimento da indústria cinematográfica do país.
“Em primeiro lugar, as boas vindas ao Palácio Itamaraty. A todos os presentes nessa manhã tão importante que é a reativação do Conselho Superior de Cinema. Esse conselho ministra, desempenha um papel de extrema relevância no desenvolvimento e fortalecimento da indústria cinematográfica do país. É uma honra para o Itamaraty contar com assento neste colegiado. A participação do Ministério das Relações Exteriores no conselho é de extrema relevância para nós, pois permite maior integração entre a política externa e a promoção do cinema brasileiro no cenário internacional, buscando ampliar a visibilidade e o reconhecimento dos filmes nacionais no cenário global”.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, o audiovisual é central para um projeto de desenvolvimento da nação.
“O audiovisual é central para um projeto de desenvolvimento da nação. Não é à toa que o presidente Lula tem falado sobre cinema, sobre filmes cotidianamente, quando ele tem abordado sobre cultura, porque todos nós sabemos a importância que esse setor tem. E nos últimos anos o Brasil ficou para trás nesse debate e no debate que já foi vanguarda. Nós deixamos que as regulamentações se fossem nós, não nós não, porque ninguém aqui nessa sala aqui deixou, mas aqueles que de tudo tiveram cuidando do governo federal, deixaram que a cota de tela do cinema, a cota de tela da tv paga, a regulamentação do vod não fosse feita, o desenvolvimento das discussões internacionais de direitos autorais não fossem tomados com o protagonismo que o Brasil sempre teve e agora volta a ter. Nós vamos construir com a ajuda desse conselho, eu tenho certeza, o melhor ambiente para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro, para que essa obra, que é esse setor, se transforme numa indústria com a sua diversidade, que vai das pequenas iniciativas às grandes iniciativas. Que não seja só uma máquina de gerar renda, emprego, mas que seja também uma máquina de gerar identidade, de gerar, transformação social e, sobretudo, de encantamento estético das pessoas”.
Em sua fala, a representante da sociedade civil no Conselho Superior de Cinema, Rosana Alcântara, também destacou a paridade de gênero e a participação de representantes de todas as regiões do país.
“Gostaria de saudar é um dia de felicidade. A composição desse novo conselho, que conta com paridade de gênero e representantes de todas as regiões do país. É uma composição, sim, que valoriza o papel das mulheres na construção cotidiana do setor e seus mais diferentes papéis e funções, como diretoras, produtoras, roteiristas, dentre tantas outras importantes e relevantes funções, como diretoras, produtoras, roteiristas, dentre tantas outras importantes e relevantes funções. E contar com essa representação nesse órgão máximo de onde nasce o arcabouço das políticas públicas para o audiovisual é fundamental nas reflexões e nas tomadas de decisões para o melhor desenho regulatório para o pleno desenvolvimento do setor”.
Também representando a sociedade civil como conselheira, Eva Pereira, deu o testemunho de, como mulher amazônica, é importante para ela testemunhar o momento de retomada da política para o audiovisual brasileiro.
“Eu sou filha do Brasil de todas as telas e eu nasci junto com muitas outras e muitos outros que não tinham surgido ainda na nossa cadeia produtiva por falta de oportunidade. como mulher amazônica, como realizadora, como sonhadora, ariana, teimosa e briguenta. briguenta só de vez em quando gente mas às vezes necessário na cultura do nosso país. eu quero dizer do quanto é importante para mim testemunhar esse momento, que é o momento de retomada da política para o audiovisual brasileiro e da estrutura desse governo para nossa cultura, na sua pluralidade”.
O diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga, falou que a partir da posse, se reabre um espaço de discussão que coroa e celebra a vocação para a política pública, para o encontro com a sociedade brasileira.
“Hoje, nesse dia festivo, passamos a ser nós, a Ancine, o setor audiovisual, o Ministério da Cultura, a secretaria do audiovisual e o Conselho Superior de Cinema. Se reabre hoje um espaço de discussão, o espaço que coroa e celebra essa vocação na política pública para o encontro com a sociedade brasileira. O estado onde um espaço onde governo, sociedade civil, administração, setor se encontram para, a partir do dissenso, encontrar o melhor consenso possível”.
Para a secretária do audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga
“O conselho é um espaço privilegiado para o debate estratégico, para a macro formulação de nossas políticas nacionais. Talvez aqui, nessa nova constituição, o nosso caldo seja a diversidade de visões e vozes que poderão se encontrar em um lócus de coexistência, de construção coletiva, espelhando essa matriz Brasil que nos une. Nesse momento de reconstrução de um país, após seis anos de intensas ações de descontinuidade e inações, de desconstruções, é preciso lembrar, para que registremos de quais condições estamos saindo. Nessa terceira gestão do nosso presidente Lula, a primeira gestão da nossa ministra Margareth, é fundamental que admiremos nossos diferentes modos de fazer audiovisual, nossa diversidade, que consideremos representatividade e representação como pilares, que estejamos atentos e atentas à nacionalização da produção e, principalmente, as nossas políticas de acesso, bem como sua necessária expansão.
O conselho superior do cinema foi criado pela medida provisória Nº2.228-1, de 6 de setembro de 2001. A criação foi resultado da mobilização da sociedade e dos trabalhadores do audiovisual durante o 3° Congresso Brasileiro do Audiovisual, em Porto Alegre, nos anos 2000.
Na época, também foram criados o Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria do Cinema (GEDIC), vinculado à casa civil, que por sua vez articulou a criação da Ancine e do Conselho Superior do Cinema.
Serão concedidas 10 bolsas de 140 mil reais para cada uma das modalidades: curta criança, curta afirmativo e curta para mulheres. As inscrições vão até o dia vinte e sete de setembro, por meio do sistema Mapas Cultura.
Serão aceitas obras originais e inéditas, de ficção ou documentário, com a possibilidade de utilização de técnicas de animação.
O coordenador geral de formação e inovação da secretaria do audiovisual do ministério da cultura, Rodrigo Antônio, fala sobre o objetivo da iniciativa. “O nosso objetivo com o programa de curtas é fomentar a produção cinematográfica e oferecer oportunidade para diretores estreantes. A gente entende que o formato de curta-metragem é o espaço de experimentação e a porta de entrada de novos realizadores no mercado. Por isso, a gente está retomando com muito orgulho essa política. Política essa que é desenvolvida há quase trinta anos pela secretaria do audiovisual do ministério da cultura”.
Serão concedidas dez bolsas de cento e quarenta mil reais em cada uma das três chamadas públicas, um investimento de quatro milhões e duzentos mil reais.
Rodrigo Antônio explica os detalhes de cada um dos editais voltados a diretores estreantes de curtas-metragens. “O curta criança é uma chamada pra projetos com temática infantil. ele já teve oito edições e é um edital que rendeu filmes maravilhosos pra o cinema brasileiro. já o curto afirmativo teve duas edições e é pra gente um espaço de celebração da diversidade cultural e identitária do país. Ele é voltado para realizadores negros e nesta edição ampliamos a chamada para realizadores indígenas. e por fim, o edital para mulheres que também já teve duas edições e é exclusivo para projetos dirigidos por mulheres cis e transgênero. Este edital destaca a representação feminina no audiovisual brasileiro”.
Os projetos audiovisuais de curta-metragem devem ser inscritos por pessoas físicas, acima de dezoito anos, brasileiras natas ou naturalizadas, que desempenhem obrigatoriamente a função de direção.
Nos editais também está prevista a atribuição de pontuação extra caso haja pessoas com deficiência na equipe, desempenhando funções de direção, roteiro e produção executiva.
As inscrições para diretores e diretoras estreantes nos editais curta criança, curta afirmativo e curta para mulheres, ficam abertas até o dia vinte e sete de setembro, na plataforma Mapas da Cultura, no endereço www.mapas.cultura.gov.br.
Esta é uma realização do Ministério da Cultura por meio da Secretaria do Audiovisual (sav).
Investimento total será de R$ 30 milhões; interessados podem se inscrever até 31 de maio
Está aberta uma seleção pública para patrocínio de projetos de artes visuais, cinema, dança, música, teatro e vivências. O investimento total será de 30 milhões de reais. Os interessados podem se inscrever no site www.programaculturalcaixa.com.br até o dia 31 de maio. Essa iniciativa marca a retomada do apoio da CAIXA à produção artística e cultural brasileira. O objetivo é planejar a programação do período de setembro de 2023 a março de 2024 das sete unidades da CAIXA Cultural, nas cidades de Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
A última edição do Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural foi em 2018. Para a presidente da CAIXA, Rita Serrano, com o retorno dos investimentos será possível reaquecer a economia cultural do país. “Nós estamos retomando o investimento em cultura e democratizando o acesso, porque todos os projetos de cultura, os acessos às pessoas é um direito. Nós estamos abrindo um edital para poder colher projetos que nós vamos selecionar e já começar a retomar esses espaços que são nossos e nós queremos que ele seja de todos”, afirmou a presidente.
A seleção é válida para participantes de todo o país. Cada idealizador pode inscrever até 10 projetos independentemente do ramo cultural que fazem parte ou de haver itinerância para cada um deles. Serão consideradas somente as inscrições com preenchimento completo, finalizadas e enviadas no prazo. A inscrição deve ser feita por pessoa jurídica ou por microempreendedor individual, MEI, desde que a natureza seja de finalidade cultural.
A relação dos projetos selecionados será divulgada até julho no site www.caixacultural.gov.br.
A iniciativa prevê compensação da perda de receita em razão da pandemia
Lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) é sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. O ato foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (4) e prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos, além de outras ações para compensar a perda de receita em razão da pandemia de Covid-19.
Além das entidades sem fins lucrativos, a novidade também pretende beneficiar empresas de hotelaria em geral, cinemas, casas de eventos, casas noturnas, casas de espetáculos e empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais.
A lei foi aprova com alguns vetos do governo, entre eles, a possibilidade do uso de 3% do dinheiro arrecadado com as loterias da Caixa e da Lotex, junto com recursos da emissão de títulos do Tesouro, para custear os benefícios dados ao setor.
A perda total de renda das pessoas que trabalham no setor cultural desde o início da pandemia do novo coronavírus é de 45,7%. Os dados preliminares são da pesquisa “Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil”.
Foram mais afetados as pessoas que recebem entre um e três salários mínimos, indica o levantamento. De acordo com a pesquisa, a atividade que mais sofreu impacto foi a de festivais e feiras, com queda de 68,4%. Em seguida vêm o teatro (59,1%), a produção de filmes (53,9%) e de música (49,5%). O estudo estima que os artistas, empreendedores e profissionais das áreas serão os últimos a terem suas atividades normalizadas.
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Entre os estados, o Rio Grande do Sul é o que registra maior perda de receitas no setor cultural, cerca de 56%. Espírito Santo, Paraná e Amazonas foram os que mais sofreram, em seguida.
A pesquisa foi lançada no dia 10 de junho pela Universidade de São Paulo (USP). Ela é promovida pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura. A categoria pode participar do levantamento até 16 de julho. Para isso, basta acessar o site: iccscovid19.com.br.
Animação que traz Lázaro Ramos e Taís Araújo na dublagem estreia nesta quinta-feira
Lance Sterling é o espião mais famoso e preparado dos Estados Unidos. Após voltar de uma missão e ter sua fidelidade questionada, ele conhece Walter Beckett, um cientista pouco convencional que o transforma em um pombo. Essa é a história de “Um Espião Animal”, animação que chega aos cinemas nesta quinta-feira (23).
O filme é uma clara homenagem a todos os clássicos de espionagem que já passaram pelas telonas. A diferença é que, nesta versão, a trama pode ser definida como uma paródia voltada ao público infantil. No roteiro, entretanto, ainda é possível notar todos os elementos marcantes que representam o gênero. O resultado é uma opção divertida para todas as idades.
Um ponto interessante da história é a dinâmica entre os protagonistas. Lance, que era acostumado a ser o centro das atenções, precisa aprender a ser um espião novamente, só que desta vez, em forma de um pombo. As diferenças de personalidade entre ele e Walter garantem várias cenas divertidas, até os dois perceberem que formam uma ótima dupla contra o vilão.
Outros personagens da trama, como a agente Marcy e seus assistentes Olhos e Ouvidos, também ganham seus devidos destaques, mas não chegam a ser tão memoráveis quanto os protagonistas. Por outro lado, a presença de três pombos que se juntam a Lance e Walter em sua missão é um excelente complemento para a animação, tendo em vista a representação perfeita da personalidade do animal e a importância para o crescimento pessoal de Lance.
Com originalidade, “Um Espião Animal” consegue manter a atenção do público e ganhar seu espaço como uma animação que cumpre bem a sua premissa. As dublagens de Lázaro Ramos como Lance e Taís Araújo como Marcy ajudam nesse quesito.
Repleto de cenas de ação, o filme é indicado para todas as idades. “Um Espião Animal” está em cartaz nos cinemas de todo o país a partir desta quinta-feira.
Filme chega aos cinemas no dia 2 de janeiro
A aguardada sequência de “Frozen” finalmente está chegando. No segundo filme da franquia, Anna, Elsa, e toda a turma partem para uma nova aventura, desta vez, além das fronteiras de Arendelle. Após ouvir um misterioso chamado que coloca o seu reino em perigo, a Rainha Elsa precisa descobrir uma maneira de salvar a todos. Porém, ela não esperava que, junto a essa missão, viria uma jornada de autoconhecimento.
Com o roteiro fechado e repleto de momentos inesquecíveis, “Frozen 2” consegue se igualar ao primeiro filme e manter o nível de qualidade que encantou tantas crianças. Mas, apesar de seu público dominante ser o infantil, a história que acompanha esta sequência é bem mais madura e detalhista, padrão que vem sendo muito bem utilizado pela Disney em seus últimos filmes para também chamar a atenção de espectadores mais velhos.
Entre todos os arcos narrativos de “Frozen 2”, a origem dos poderes de gelo de Elsa é um destaque importante. A trajetória que leva a protagonista ao passado e desperta seu autoconhecimento é, de longe, a mais necessária e emocionante do filme. Já Anna, Olaf, Kristoff e Sven também ganham seus momentos de destaques, principalmente quando estão todos juntos como uma família. Os personagens se equilibram entre cenas divertidas e comoventes, ao mesmo tempo em que dão apoio à história principal.
Outro ponto alto do filme são as músicas, sempre acompanhadas de ótimas cenas. A nova canção de Elsa, “Minha Intuição”, substituta do sucesso “Livre Estou”, emociona e marca o início do chamado da Rainha. A música, porém, talvez não ganhe a mesma força comercial que a sua antecessora teve no primeiro filme.
Com muita magia, descobertas e transformações, “Frozen 2” chega para reforçar que o verdadeiro poder está no amor, principalmente no que envolve duas irmãs e uma família construída na base da lealdade.
Esta aguardada sequência de “Frozen” chega aos cinemas brasileiros no dia 2 de janeiro.
Colocando em protagonismo o sistema penitenciário brasileiro, chega aos cinemas o filme “Carcereiros”. Adaptado do romance de Drauzio Varella, o longa repete mais um capítulo da série de TV, porém com mais tempo de roteiro. Desta vez, o personagem de Rodrigo Lombardi ganha foco ao interpretar, mais uma vez, o agente penitenciário Adriano.
O policial ganha a missão de proteger um prisioneiro “especial”, um terrorista árabe. Porém, o presídio é invadido e acontece uma grande chacina. Escrito a oito mãos, o roteiro já tinha tudo pronto: atores, cenário e história. Dessa forma, o co-roteirista Fernando Bonassi conta que foi muito mais simples lançar um filme. Para ele, uma das questões importantes é dar visibilidade aos carcereiros, que arriscam as vidas tentando cuidar de tudo.
“Um olhar errado que esse cara (carcereiro) dá para o malandro, uma coisa que ele promete e não consegue cumprir acaba com a vida dele. Esse cara vive num estado de tensão muito grande e a gente quis reproduzir isso. É um filme de ação que as pessoas vão se “divertir”, mas é um filme de ação brasileiro que trata do crime à brasileira.”
Por ser uma nova obra que deriva uma série de TV, pode parecer que é necessário assistir a todos os episódios para entender. Mas é totalmente o contrário: o filme tem funcionalidade própria e não depende da série para entreter. O entendimento é fácil, a contextualização inicial dos personagens é direta e ajuda o público a entender a linha temporal da trama.
O ator Jackson Antunes, dos filmes Getúlio (2014) e O Palhaço (2011), famoso por dar vida a grandes vilões no cinema e nas novelas, ganhou mais uma vez um papel de destaque. O coronel, como é chamado no filme, é responsável pela invasão ao presídio. Jackson acredita que um dos papéis do filme é dar um novo olhar ao público sobre os rumos do sistema penitenciário brasileiro.
“O filme joga luz sobre o assunto da carceragem brasileira, mas nas entrelinhas você percebe que a todo momento estamos desenhando um retrato do Brasil atual. Você percebe que há uma cela que é a dos “gravatas”, e quando o preso comum chega lá descobre que os caras tinham geladeira, TV a cores, e estamos de certa forma falando do nosso país, onde um cara que rouba uma galinha vai para a cadeia, mas o cara de colarinho muitas vezes não vai.”
O longa aborda ainda, em uma fotografia de tons escuros e planos abertos, as rixas que existem dentro dos presídios. É um filme de ação nacional que se destaca em meio às produções brasileiras que acompanhamos nos últimos anos. Apesar de não ser um filme para festivais e prêmios, foi uma das melhores obras cinematográficas nacionais de 2019.
O ator Rainer Cadete, que interpreta um dos presos, conta que seu personagem foi mais um obstáculo vencido na carreira de ator.
“Me desafiou bastante porque o Príncipe, meu personagem, é chefe de uma facção criminosa que está em guerra com outra facção dentro do presídio, e por isso eles precisam ficar em espaços físicos diferentes porque se não eles se matam. É um tema muito interessante porque, além de ser um filme de entretenimento, é um assunto que precisa ser iluminado e eu acho bacana colocar minha arte à disposição para falar do sistema penitenciário no Brasil, que é tão deixado às margens.”
“Carcereiros – O Filme” está em exibição nos cinemas brasileiros a partir de 28 de novembro.