Índice de Confiança do Consumidor (ICC)

Apesar da alta de 1,9 ponto no índice de confiança do consumidor (ICC), consumidores permanecem receosos em gastar, refletindo a instabilidade econômica.

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Mesmo com o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em alta de 1,9 ponto em junho, o cenário ainda é de incerteza e medo de gastar. A avaliação é do assessor de investimentos e Head da Blue3 Investimentos, Leonardo Fernandes. Segundo ele, o quadro divulgado no último balanço do FGV Ibre mostra que ainda há insegurança por parte do consumidor.
 
“Ainda mostra um dado finalístico muito abaixo, é pessimista, as pessoas ainda estão com receio de comprar, com receio de gastar, ou seja, tem muita insegurança, muita incerteza em relação ao cenário econômico, que ainda deixa travado”, pontua.
 
“Então, o número final ainda não está bom. No entanto, ele parar de piorar e subir um pouco é uma notícia boa. Baseado nisso foi que tivemos recentemente, e podemos até reforçar aqui, a greve dos professores, Então vai ter reajuste, outras áreas estão tendo reajuste e conseguindo negociar reajuste. Isso melhora as expectativas, mas novamente o número final é bastante pessimista em relação ao que poderia ser”, complementa.

A média móvel trimestral do índice permaneceu estável em 91,2 pontos, os dados foram divulgados na segunda-feira (24) no site do FGV IBRE. A elevação da confiança em junho reflete tanto nas expectativas futuras quanto nas avaliações atuais dos consumidores. 

O Índice de Expectativas (IE) registrou um avanço de 2,6 pontos, alcançando 98,1 pontos, recuperando parte da queda observada no mês anterior. Por outro lado, o Índice da Situação Atual (ISA) apresentou uma alta de 1,0 ponto, atingindo 81,6 pontos, o maior patamar desde novembro de 2023 (82,0 pontos). 

Dentre os componentes do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis teve a maior contribuição para o aumento da confiança no mês, avançando 5,2 pontos e atingindo 84,0 pontos, após uma queda expressiva no mês anterior.

Além disso, os indicadores que medem as perspectivas para a situação futura da economia e as finanças futuras das famílias subiram 2,0 e 0,3 pontos, para 110,3 e 100,4 pontos, respectivamente, embora ambos ainda não tenham recuperado a queda registrada em maio. 

O cenário apontado por Leonardo Fernandes é vivido por Paulo Tiago, servidor público, de 40 anos. Morador de Águas Claras, no Distrito Federal, ele relata preocupações sobre o aumento dos preços dos produtos de consumo. 

“Principalmente nos bens de consumo, nos produtos de consumo de alimentação, onde a gente viu realmente uma piora no custo para fazer as compras do mês, e a gente hoje não consegue sair de casa e comprar um pão e um queijo sem gastar menos de 50 reais. Então, realmente é um valor muito absurdo”, considera.  

A percepção sobre as finanças pessoais das famílias também melhorou, com o indicador avançando 2,2 pontos para 71,5 pontos, o maior nível desde novembro de 2023, quando foi de 73,6 pontos. No entanto, o único indicador a variar negativamente foi o que mede a percepção sobre a economia local, que caiu 0,3 ponto, ficando em 92,0 pontos.
 

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pelo FGV Ibre, apontou queda de 4,0 pontos no mês de maio, chegando a 89,2 pontos, após duas subidas consecutivas.

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Dados divulgados pela FGV IBRE, nesta sexta-feira (24), revelam que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou queda de 4,0 pontos, fechando o mês de maio em 89,2 pontos. O resultado veio após duas altas seguidas.

Em maio, a tendência de queda foi pressionada pelas expectativas em relação aos próximos meses, enquanto nas avaliações sobre o momento atual ocorreu estabilidade. De acordo com o levantamento, o Índice de Expectativas teve redução de 6,7 pontos, para 95,5 pontos. Trata-se do menor nível desde dezembro de 2022, quando o patamar estava em 94,6 pontos. Por outro lado, o Índice da Situação Atual ficou estagnado, em 80,6 pontos.

Segundo Anna Carolina Gouveia, economista e pesquisadora do FGV IBRE, a forte queda do índice foi a maior desde setembro de 2021, quando houve um recuo de mais de 6,0 pontos. 

“As expectativas vinham gerando em torno da neutralidade, ou seja, os consumidores já não estão nem tão pessimistas, nem tão otimistas — e agora com o forte recuo das expectativas esse indicador passou para um patamar de pessimismo moderado. Esse resultado está muito atrelado aos acontecimentos no Sul, que levam ao aumento da incerteza quanto à economia local e à economia como um todo”, explica Gouveia.

Para Renan Gomes de Pieri, economista da FGV-SP, resta saber se esse efeito ficará restrito a maio deste ano ou se permanecerá pelo restante do ano.

“É natural que a percepção do consumidor sobre economia possa variar, de mês a mês, por fatores pontuais relacionados àquele mês. Muitas vezes um mês em que as vendas do varejo foram melhores pode tornar os empreendedores mais otimistas, um mês que gera mais empregos pode tornar as pessoas mais favoráveis à economia. E especificamente no mês de maio a percepção do consumidor está atrelada à economia futura, com os consumidores esperando um cenário um pouco menos favorável do que anteriormente”, aponta.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis foi o que mais contribuiu para o recuo da confiança no mês, ao cair 8,3 pontos, para 78,8 pontos. Já a estabilidade nas avaliações sobre o momento foi notada na percepção acerca da economia local, onde o indicador ficou em 92,3 pontos, após duas altas seguidas.  


 

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Economia
23/12/2023 04:45h

Esse aumento fez com que o Índice alcance 93,7 pontos, após dois meses consecutivos de queda

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do FGV IBRE, registrou um aumento de 0,7 ponto em dezembro, alcançando 93,7 pontos, após ter caído nos dois meses anteriores. Quando se observam as médias móveis trimestrais, o índice apresentou uma queda de 1,1 ponto pelo terceiro mês seguido, ficando em 93,3 pontos.

Guidi Nunes, economista, atribui o crescimento moderado da economia em 2023, situado na faixa de 3%, como um dos principais fatores por trás dos resultados recentes observados.

“A renda média do brasileiro nesse contexto melhorou também, principalmente no setor de serviços, nos quais o contrato formal de trabalho em outubro chegou a uma média de R$ 2.900”, explica.

De acordo com o FGV IBRE, o Índice de Expectativas aumentou 2,5 pontos para 103,3, após três meses de queda, enquanto o Índice da Situação Atual diminuiu mais acentuadamente, caindo 1,7 ponto para 80,4.

Guidi projeta que, para próximos períodos, é esperado que o Banco Central continue reduzindo a taxa de juros para melhorar as condições de crédito e para o consumidor atualizar seus bens de consumo. Ele avalia que um cenário melhor vai depender da economia de 2024.

“Espero que consiga, pelo menos, repetir pouco esse crescimento de 2023. Então esse cenário depende de muitos fatores, mas tem tudo pra melhorar as condições”, estima.

Segundo o FGV IBRE, no ICC o componente que avalia as expectativas futuras das finanças familiares foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança, subindo 6,9 pontos para 100,6, recuperando parte das quedas recentes. As perspectivas sobre a economia futura também melhoraram, aumentando 2,0 pontos para 112,9. No entanto, a intenção de compra de bens duráveis teve uma leve queda de 1,6 ponto para 96,1.

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Alta é motivada principalmente pela melhor percepção da situação atual da economia

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou pelo quarto mês consecutivo. Em agosto, a alta foi de 2,0 pontos para 96,8 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2014 (97,0 pontos) — em momento anterior ao início da recessão econômica daquele ano. 

Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 2,9 pontos, a quinta alta consecutiva, para 94,6 pontos.

A alta da confiança foi motivada pela melhor percepção em relação à situação atual da economia. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,6 pontos, para 81,4 pontos, alcançando o maior nível desde janeiro de 2015 (81,6 pontos). 

Nas avaliações sobre cenário atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local subiu, assim como o indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares, após ficar relativamente estável no mês anterior. Esta é a primeira vez que este indicador retorna ao patamar anterior ao da pandemia.

Já as expectativas da economia mantiveram-se estáveis. O Índice de Expectativas (IE) variou 0,2 ponto, para 107,6 pontos, após três altas consecutivas.

Entre os indicadores que medem as expectativas, o indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis subiu, possivelmente influenciado pela melhor perspectiva das finanças das famílias. Apenas o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica local recuou, após o otimismo de três altas consecutivas. 

Segundo os especialistas da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, os resultados favoráveis refletem a continuidade de recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas.

No mês de agosto, há um aumento disseminado da confiança por faixas de renda  — cenário que não era visto desde fevereiro de 2019.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia, FGV IBRE. 
 

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O Índice de Confiança do Consumidor do FGV IBRE avançou pelo quarto mês consecutivo

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou pelo quarto mês consecutivo. Em agosto, a alta foi de 2,0 pontos para 96,8 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2014 (97,0 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 2,9 pontos, a quinta alta consecutiva, para 94,6 pontos.

Este índice é composto por duas dimensões: de situação atual e de expectativas. 

Do ponto de vista da percepção em relação à situação atual, o índice alcançou o maior nível desde janeiro de 2015. O componente que mede a satisfação sobre a situação econômica local registrou a sua sétima alta consecutiva. 

O componente que mede as avaliações sobre as finanças familiares registrou uma variação mais significativa e, pela primeira vez, retorna ao patamar anterior ao da pandemia.

Já o índice de expectativas se manteve relativamente estável, após três altas consecutivas. O indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis subiu, possivelmente influenciado pela perspectiva de melhoria das finanças das famílias. 

Porém, o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica local recuou no mês. 

Por faixas de renda, há um aumento disseminado da confiança, em um cenário que não era visto desde fevereiro de 2019.

As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Economia, FGV IBRE. 
 

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