Pesquisa

23/11/2024 00:01h

É o que aponta levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados. Pesquisa mostra ainda que 71% dos entrevistados avaliam que o combustível do futuro — de origem renovável, como a cana e o milho — vai gerar mais emprego e renda no campo

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Desenvolvimento sustentável: duas palavras que podem, sim, andar juntas. É o que acreditam 7 em cada 10 brasileiros — que o crescimento econômico do país pode estar ligado à expansão da produção de biocombustíveis. A informação é fruto de um levantamento recente da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados, que revela, ainda, que 71% dos entrevistados acreditam que o combustível do futuro — que tem origem renovável, como a cana e o milho — vai gerar mais emprego e renda no campo. 

Apesar do nome, o combustível do futuro já faz parte do nosso presente. Sancionada em outubro, a  Lei do Combustível do Futuro aumenta os limites de mistura do etanol e do biodiesel à gasolina e ao diesel. A pesquisa da Nexus revela que, mesmo essa mistura não sendo uma novidade, mais da metade — 51% dos brasileiros — a desconhece. Aos que responderam os questionamentos, foi explicado como ela funciona. Depois disso, 66% dos entrevistados acreditam que esta é, sim, uma solução ambiental eficaz para reduzir a emissão de gases poluentes.

Agenda climática

Enquanto o mundo corre para tentar achar alternativas mais sustentáveis de energia, o Brasil se destaca na produção de combustíveis limpos. A promoção dessa energia caminha na direção dos compromissos internacionais firmados pelo Brasil, que incluem também a redução de emissões de gases poluentes, 

Os benefícios ambientais são inquestionáveis, mas o crescimento econômico que os biocombustíveis podem trazer, também se destaca. As culturas de cana-de-açúcar, milho , soja e outras commodities envolvem uma imensa cadeia produtiva — composta por pequenos e grandes produtores — que vai além do campo, depende de transporte, produção e venda, o que pode e deve impulsionar o mercado sustentável.

E o brasileiro está otimista. A pesquisa revela que  62% dos entrevistados acreditam que o projeto trará benefícios para o país — seja para os consumidores, para o meio ambiente ou para ambos. Quando questionados sobre o aumento do percentual de álcool misturado à gasolina para abastecer veículos, os brasileiros ainda se dividem: 45% pensam que a mudança vai aumentar o preço nas bombas, 44% acreditam que isso pode reduzir a eficiência dos automóveis e 43% apostam em prejuízos ao motor dos carros.

Visão que ainda precisa mudar

O levantamento mostra ainda que os entrevistados apoiam o uso de combustíveis mais limpos e menos poluentes mas, apesar disso, 66% deles disseram que abastecem seus carros, na maior parte das vezes, com gasolina ou diesel. A pesquisa mostra que só 29% usam hoje o etanol como principal combustível. Quando questionados sobre combustíveis limpos, 77% acreditam que os carros elétricos são a melhor alternativa, seguidos pelo uso do etanol (40%) e GNV (33%).

Sobre a pesquisa

A Nexus ouviu, por telefone, 2.004 cidadãos com mais de 16 anos em todo o país entre os dias 2 e 7 de outubro. A margem de erro é de 2 pp e a confiança de 95%. 
 

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18/08/2024 03:00h

Segundo o IBGE, a queda das atividades do ramo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e de outros artigos de uso pessoal e doméstico contribuíram para o recuo das vendas no varejo brasileiro em junho

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O comércio varejista registrou uma queda de 1% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo interrompeu cinco meses consecutivos de altas, que culminou com o recorde da série histórica em maio.

Apesar do resultado, o ganho acumulado em relação a dezembro de 2023 chega a 4,7%. No acumulado do semestre, a alta é de 5,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo os pesquisadores do IBGE, a queda de maio para junho pode ser explicada pelo efeito rebote, ou seja, quando há uma retração natural do volume de vendas logo após um forte crescimento. 

Além disso, a queda de 2,1% das atividades dos setores de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e de 1,8% de outros artigos de uso pessoal e doméstico também contribuíram para o recuo das vendas no varejo brasileiro em junho. 

Ainda de acordo com o IBGE, a queda nesses setores importantes do varejo pode ser explicada pela pressão inflacionária. Apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter passado de 0,46% em maio para 0,21% em junho, os alimentos e bebidas tiveram alta de preços de 0,44% no período e responderam por quase metade da inflação do mês.

Na passagem de maio para junho, 20 unidades federativas apresentaram desempenho negativo no comércio varejista, com destaque para Amapá (-8,7%), Bahia (-2,8%) e Tocantins (-2,7%). 

Já entre as taxas positivas, a Paraíba lidera (2,4%), seguida por Rio Grande do Sul (1,8%) e Rondônia (1,0%). 

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13/07/2024 10:07h

Pesquisa da CNI aponta que 76% dos brasileiros acreditam que o atual nível de gastos do governo deveria proporcionar melhor qualidade dos serviços públicos

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A maioria dos brasileiros avalia que a qualidade dos serviços públicos prestados no país é baixa diante da alta taxa de impostos cobrada e do volume de gastos. A informação é de um levantamento inédito feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) — Retratos da Sociedade Brasileira. 

De acordo com a pesquisa, 76% dos brasileiros acreditam que o atual nível de gastos do governo deveria proporcionar melhor qualidade dos serviços públicos como saúde, educação, estradas e rodovias. E para 77% dos entrevistados, a carga tributária já é alta e não há necessidade de ser elevada.

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os valores arrecadados com impostos deveriam ser redirecionados.

“Esses problemas das qualidades de uma série de serviços públicos importantíssimos — como a infraestrutura de estradas e rodovias, saúde, segurança — não prejudicam apenas o trabalhador, mas a população como um todo. A própria indústria tem problemas com segurança, infraestrutura; aumenta os custos não só para a indústria, como também para a exportação, para a economia como um todo. Então, a CNI partilha dessa preocupação porque sofre também com a qualidade dos serviços públicos brasileiros e acredita que os gastos já são demasiados, que não há espaço para aumentar os impostos, mas que os gastos deveriam ser melhor feitos, melhor localizados.”

Gasto maior do que a arrecadação

Ainda de acordo com o levantamento, 67% dos brasileiros avaliam que o setor público gasta mais do que arrecada com impostos. Para 18%, o setor público gasta menos do que arrecada e apenas 7% acredita que os gastos são equivalentes à arrecadação. Segundo os pesquisadores, a certeza de que o governo gasta mais do que arrecada é maior quanto maior a idade, a escolaridade e a renda do entrevistado.

Serviços públicos

Para os entrevistados, os serviços públicos que estão abaixo da qualidade que o nível de gastos deveria proporcionar são:

  • Saúde (78%)
  • Educação (77%)
  • Estradas e rodovias (76%)

Já os serviços que mais brasileiros consideram estar em nível adequado diante dos gastos são:

  • Aeroportos (27%)
  • Energia elétrica (26%)
  • Iluminação pública (26%)

Já entre os gastos públicos insuficientes, os brasileiros avaliam que o governo deveria investir mais, principalmente, em:

  • Saúde (75%)
  • Segurança (71%)
  • Educação (70%)

Por outro lado, os serviços que os brasileiros acreditam que haver gastos públicos suficientes são:

  • Aeroportos (39%)
  • Iluminação pública (39%)
  • Salário de servidores públicos (38%)

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, comenta sobre impactos da qualidade dos serviços públicos na indústria.

“A própria indústria também sofre com questões de segurança, com roubo de cargas ou roubo das suas próprias instalações. Isso tudo acaba prejudicando a competitividade da indústria brasileira. Quando se fala de infraestrutura, de estradas ou rodovias, nem se fala. Nós todos somos prejudicados quando queremos ir de uma cidade a outra, ou dentro da própria cidade, com os gastos a mais que nós temos por conta de uma infraestrutura precária. Mas a própria indústria também [é prejudicada]. Encarece o transporte, tira competitividade, aumenta preço.”

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira da CNI é feita periodicamente e ouve cerca de 2 mil pessoas em todas as Unidades da Federação.

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16/05/2024 00:05h

Destaque vai para os serviços de informação e comunicação e profissionais, administrativos e complementares. Dados são da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE

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O volume de serviços prestados no país cresceu 0,4% em março, após um recuo de 0,9% em fevereiro de 2024. Nos três primeiros meses do ano, o crescimento foi de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2023. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. Na avaliação do economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) Stéfano Pacini, apesar do aumento modesto em março, o cenário é positivo para o setor.

“Esse resultado é uma tendência que vem tendo no setor de serviços. O setor de serviços sobe um pouquinho, cai um pouquinho; melhora um pouco, piora um pouco. Mas ele tem uma leve tendência de melhoria.”

No acumulado dos últimos 12 meses até março, o crescimento foi de 1,4%. Mas, na comparação com o volume registrado em março de 2023, houve queda de 2,3%. O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, explica o recuo. 

“Esse resultado de queda mais expressiva é reflexo de uma menor quantidade de dias úteis observados, já que a gente teve 23 dias úteis em março de 2023 contra 20 dias úteis em março de 2024. Isso reflete então em uma menor quantidade de contratos de prestação de serviços.”

Atividades 

Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, a expansão do volume de serviços em março em comparação com fevereiro de 2024 aconteceu de forma difusa, já que quatro das cinco atividades investigadas apresentaram aumento. 

“Os destaques ficaram com os serviços de informação e comunicação impulsionados pelo avanço das empresas que atuam com serviços de tecnologia da informação, como por exemplo consultorias em tecnologia da informação, desenvolvimento e licenciamento de softwares”, afirma Rodrigo Lobo.

De acordo com a PMS, o setor de informação e comunicação cresceu 4,0% em março, o que compensou a perda de 2,5% registrada em fevereiro deste ano. Para o economista Stéfano Pacini, essa melhoria se deve às mudanças de comportamento e consumo durante a pandemia.

“Foi um segmento que — com o nosso novo normal, com as nossas mudanças no dia a dia — se desenvolveu com maior velocidade, teve uma recuperação muito forte, até porque foi necessário a demanda por esse tipo de serviço.”

Os dados da PMS mostram ainda que o volume de serviços dos profissionais, administrativos e complementares cresceu 3,8% e recuperou a queda de 2,1% no mês anterior. Os destaques são os ramos de administração de negócios em geral, serviços de engenharia e empresas que atuam com programas de fidelidade e cartões de desconto.

O engenheiro civil Luan Campos Ferreira possui um escritório próprio na cidade de Arceburgo, interior de Minas Gerais, onde atende desde 2019. Na avaliação do empresário, o volume de serviços aumentou.

“Tenho obtido inúmeras visitas de clientes para fazer orçamentos, tanto para projetos como para execução de obras, porque trabalhamos também como construtora e incorporadora de imóveis. Arceburgo vem recebendo diversos investimentos, tanto no setor agrícola como no setor metalúrgico; várias empresas estão se instalando na cidade e, consequentemente, aumenta o número de moradias necessárias para suprir essa demanda.”

Outras atividades

Os dados da PMS mostram que o setor de transportes também contribuiu — mesmo que modestamente — com o crescimento do volume de serviços em março, com uma variação positiva de 0,3%. O resultado se deve principalmente pelo transporte rodoviário coletivo de passageiros; transporte ferroviário de cargas e transporte dutoviário.

O resultado geral de março também foi impulsionado pelo crescimento de 0,6% vindo dos serviços prestados às famílias, especialmente pelos restaurantes. As atividades classificadas como "outros serviços" ficaram estáveis com variação nula (0,0%).

Já o índice de atividades turísticas também teve uma modesta variação positiva de 0,2% em março, na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de recuo. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, a alta foi de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023. 

“A gente tem uma variação muito pequena. Eu não gosto nem de falar que 0,2% é uma melhoria. Eu acho que é uma acomodação, uma leve estabilidade do indicador. Mas eu acho que o período de férias realmente foi maior e tem uma questão de sazonalidade”, avalia o economista da FGV Ibre.

Análise por estado

Na análise por estado, 13 das 27 unidades da federação registraram alta no volume de serviço em março na comparação com fevereiro. Os destaques positivos foram Espírito Santo (5,1%), Minas Gerais (1,2%), São Paulo (1,1%) e Rio de Janeiro (1,1%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-9,7%), Mato Grosso (-7,6%), Distrito Federal (-4,0%) e Rio Grande do Sul (-3,6%) tiveram os piores resultados.

Pós-pandemia

A PMS também mostra que o volume de serviços em março ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia (marco em fevereiro de 2020). Para o economista Stéfano Pacini, a melhoria mais expressiva já passou, mas o setor ainda tem potencial de crescimento. 

“Quando acabaram todas as restrições de mobilidade, o consumidor se sentia completamente seguro de ir ao restaurante, de fazer uma viagem com a sua família. Então, eles tinham essa demanda reprimida e foi um dos segmentos que tornou o setor de serviços mais resiliente no ano passado. O boom de melhoria acho que já passou, mas não quer dizer que esgotou totalmente.”

Para os próximos meses, o economista Stéfano Pacini avalia que o setor deve continuar crescendo, apesar do impacto das chuvas e enchentes na Região Sul. 

“A indústria é muito importante no Sul: indústria de alimentos, arroz, feijão, etc. E os produtos precisam ser transportados. Então, pode ser que o transporte de carga tenha uma dificuldade. [Mas] a gente tem um ambiente econômico favorável, em contrapartida, de melhoria na renda, melhoria nas taxas de desemprego, uma inflação controlada, redução do endividamento. Isso traz segurança para o consumidor e pode ser que, principalmente, o setor de serviços prestados às famílias se mantenha como o setor mais resiliente nesse ano também.”

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09/05/2024 00:05h

Pesquisa Mensal do Comércio mostra que em relação ao ano anterior, crescimento foi de 5,7%.

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As vendas no comércio varejista brasileiro ficaram estáveis em março — ou seja não apresentaram variação em relação ao mês de fevereiro. Já na comparação com o mesmo mês de 2023, o crescimento do varejo foi de 5,7%. No acumulado do ano, houve aumento de 5,9%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 2,5%. 

Na média móvel trimestral o crescimento foi de 1,2%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, divulgada nesta quarta-feira (8). 

O economista Francisco Rodrigues avalia que o cenário pode indicar estagnação

“Existe um altíssimo nível de endividamento das pessoas, somando isso a uma taxa básica de juros que está ainda muito alta para os padrões internacionais, o que inibiu os empréstimos, inibiu o investimento e com certeza isso prejudica o varejo e prejudica o comércio. Por quê? Porque se a taxa de juros está muito alta, vai ter menos crédito girando na economia”, analisa.

Atividades

Entre as oito atividades do varejo pesquisadas, sete tiveram resultado negativo, sendo quatro consideradas em estabilidade — com variação entre 0% e -0,5%.

Apenas a categoria artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve resultado positivo, com alta de 1,4% — um setor que já vinha crescendo, principalmente entre janeiro e fevereiro, quando registrou aumento de 9,7%. 

Já o resultado negativo mais expressivo ficou com material para escritório e informática e comunicação, com uma queda de 8,7%, conforme explica o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos. 

“Esse é um setor que tem a sua trajetória atrelada ao dólar. Então, há apreciação do dólar no mês de março e essa apreciação do dólar no mês de março também diminui as pressões, as demandas para o consumo, principalmente, de equipamentos de informática, computadores, etc., que muitas das vezes são importados”, comenta. 

A segunda maior queda de março foi no setor de móveis e eletrodomésticos (-2,4%), que vinha registrando resultados positivos nos últimos meses. 

A expectativa é de que com as datas comemorativas, os números voltem a crescer nos próximos meses. 

Estados

O levantamento ainda mostra os resultados por estado. Em 16 das 27 unidades federativas os números foram positivos, com destaque para: Sergipe (3,7%), Bahia (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,1%). Os piores resultados ficaram com Mato Grosso (-11,2%), Pará (-2,6%) e Tocantins (-1,4%).

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve redução de 0,3% entre fevereiro e março. Já na comparação com março de 2023, o recuo foi de 1,5%.

O segmento material de construção teve queda de 9,4% e o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo de 23%. Já as vendas de veículos e motos, partes e peças cresceram 1,8%.

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01/02/2024 13:00h

Entre 180 países, Brasil aparece em 104º lugar — atrás de Argentina e Chile

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O Brasil termina o primeiro mês de 2024 com dois prontos a menos e 10 posições abaixo no ranking que avalia a percepção que especialistas e empresários têm sobre a integridade do setor público. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023 aponta o país em 104º lugar entre 180 nações e com 36 pontos — numa escala que vai de 0 a 100 e quanto maior a nota, melhor é a percepção de integridade.

O documento divulgado pela Transparência Internacional é produzido desde 2015 e nesta edição mostrou que mais de dois terços dos países ficaram abaixo dos 50 pontos — a média global foi de 43 pontos. Na América o Brasil ficou atrás do Uruguai (76 pontos), Chile  e da Argentina (37 pontos). A maior pontuação foi da Dinamarca (90 pontos) e a pior, da Somália, com 11 pontos.

Para o cientista político André César, a avaliação tem dois lados: o ruim é claro, pois mostra que a corrupção está latente. E o bom, que sinaliza que a população está atenta. O analista avalia como os países mais bem colocados no ranking enfrentam — de forma eficaz — o problema.  

“E quando você chega no Brasil, tem uma série de elementos, um histórico das últimas décadas de Mensalão, Petrolão, Lava Jato e tudo mais, que realmente alimentam para a sociedade e para o cidadão, que tem algo errado, tem coisa ruim acontecendo aí.” 

Reação no Congresso 

No Congresso, parlamentares reagiram ao documento. O senador Sérgio Moro (União Brasil - PR) chegou a dizer que "era esperado que o Brasil despencasse no ranking da transparência internacional sobre corrupção. Afinal de contas, temos um presidente cujas condenações por corrupção foram anuladas por motivos formais, sem que se afirmasse sua inocência.”

O senador ainda criticou a falta de iniciativas públicas para barrar a corrupção no país: 

“A política do governo não tem sido de prevenção ou combate à corrupção; pelo contrário. O evento mais notável é a ação do governo para eliminar as barreiras colocadas na lei das estatais contra o loteamento político. Lula recentemente esteve na refinaria Abreu e Lima — que foi palco de corrupção no passado – e anunciou novos investimentos, sem qualquer preocupação em fazer o mea culpa e, pelo menos, afirmar que a governança, dessa vez, seria rigorosa para impedir esses desvios.”

Moro complementou dizendo que esse tipo de atitude do governo faz com que a percepção sobre o aumento da corrupção aumente. O que, para o parlamentar, “traz prejuízos para a imagem do Brasil lá fora, inclusive afugentando investidores.” 

Como fica a imagem do país 

As opiniões de Moro e André César convergem quando o assunto é a imagem do Brasil no exterior e os impactos da pesquisa para os investimentos por aqui. Para o cientista político, pode impactar na impressão dos investidores sobre o país. 

“O estado, país ou o investidor quer fazer negócio com o Brasil ele vai avaliar e pensar duas vezes diante dos problemas que nós temos por aqui. Não vou entrar com a cara e com a coragem para negociar, eu posso levar um chapéu”, avalia André César. 

CGU

Em nota, a Controladoria Geral da União, diz que “trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado. Também estamos fortalecendo a integridade dos órgãos federais e colaborando para a implementação de programas de integridade pública, fomentando a adoção de mecanismos de prevenção à corrupção por empresas e aprimorando mecanismos de detecção e sanção de corrupção.”

O ministro da CGU Vinicius Marques de Carvalho usou uma rede social para criticar a pesquisa e defender a importância do debate sobre corrupção.  

 

 

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29/01/2024 04:15h

País lidera Índice Global de Inovação na América Latina, mas investimentos no setor ainda são baixos se comparados a outros países

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A chamada Lei do Bem (11.196/2005) alavancou R$ 205 bilhões em investimentos de empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação no país em 18 anos, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Somente em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo a pasta, para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias.

Embora tenha passado a liderar o Índice Global de Inovação na América Latina, conforme os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020 (US$ 36,8 bilhões). Bem abaixo quando comparado com nações como Israel e Coreia do Sul, que investiram, respectivamente, 5,44% e 4,81% da soma de suas riquezas.

A Lei do Bem é considerada o principal instrumento nacional de incentivo às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). O doutor em direito tributário Cassiano Menke explica que o objetivo é criar condições para estimular investimentos na área.

“Visa, com isso, fazer com que os incentivos favoreçam a competitividade brasileira relativamente ao exterior, interna e externamente, a competitividade das empresas brasileiras que investem em tecnologia, que fazem investimentos para trazer inovação no ambiente industrial. É uma lei de incentivo à pesquisa, à tecnologia e à inovação”, resume. 

Modernização

Tramita na Câmara dos Deputados o PL 4944/2020, de autoria da deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR), que propõe a modernização e o aprimoramento da Lei do Bem. Entre outros pontos, o projeto permite que as empresas utilizem os benefícios fiscais em exercícios subsequentes — e não apenas no ano seguinte da concessão. Também amplia as possibilidades de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação que podem ser abatidas dos tributos a pagar.

Outro trecho permite a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos destinados às atividades de PD&I. Hoje, a Lei do Bem estabelece a redução de 50% da cobrança federal. Se aprovada, a proposta estende os benefícios previstos na lei para as micro e pequenas empresas, que movimentam cerca de 30% do PIB e representam 99% dos estabelecimentos do país, segundo dados do Sebrae.

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) é o relator da matéria na Câmara. Segundo o parlamentar, a modernização da Lei do Bem amplia os incentivos para pesquisa, desenvolvimento e inovação e possibilita maior competitividade às indústrias e às empresas brasileiras. 

“A importância da aprovação da nova Lei do Bem se justifica por ser uma das mais importantes áreas de financiamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação do nosso país. Todos nós sabemos que os países que mais se desenvolveram no mundo foram aqueles que mais investiram em pesquisa, desenvolvimento e inovação — e o Brasil ficou para trás nessa corrida. Precisamos recuperar o país e investir mais”, defende. 

Brasil sobe duas posições no ranking de exportações e ultrapassa Suécia e Indonésia
Infraestrutura: Investimento público cobriu pouco mais de 10% do necessário para o setor em 2023
 

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18/01/2024 13:30h

O documento é a cartografia da região de Salgueiro até Araripina, passando por diversos outros municípios importantes

O Serviço Geológico do Brasil, por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), apresentou o Mapa de Recursos Minerais do Oeste de Pernambuco. O documento é a cartografia da região de Salgueiro até Araripina, passando por diversos outros municípios importantes. O trabalho mostra dados sobre novas ocorrências minerais que possam resultar em novos depósitos com potencial para exploração mineral.

O objetivo é estimular a pesquisa geológica e promover o desenvolvimento do setor mineral na região. Com as informações, o SGB visa fornecer uma ferramenta atraente para gestores públicos e iniciativa privada, incentivando atividades relacionadas à produção mineral, educação e desenvolvimento científico. Além disso, o mapeamento desempenha um papel crucial ao abrir oportunidades para novos empreendimentos e investimentos, contribuindo significativamente para a geração de empregos diretos e indiretos.

O mapa revela descobertas, como ocorrências de ouro na região de Serrita/Parnamirim, novos depósitos de ouro em Verdejante, próximos a sede do município de Salgueiro, novas ocorrências de titânio, associado a ferro, no município de Parnamirim. Entre os produtos que integram o mapa se destaca a tabela das ocorrências minerais, com os dados de localização e status econômico dos recursos, mapas de anomalias de elementos químicos e destaques mineralométricos em sedimento de corrente ativa dos rios, mapas de anomalias megnetométricas e informações sobre as unidades geológicas que hospedam as mineralizações. O mapa pode ser conferido no https://rigeo.cprm.gov.br/handle/doc/22832.

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15/01/2024 00:10h

Preservação do meio ambiente e investimento em pesquisa para a descarbonização do setor minerador estão entre as prioridades da indústria em MG

Industrialização e sustentabilidade podem andar juntas e na mesma direção. Pelo menos é o exemplo que Minas Gerais vem dando ao mundo. A indústria mineira gera, por ano, R$ 166 bilhões, o que equivale a 11,2% da indústria de todo o Brasil. O destaque é o setor de mineração, que representa 17,2% de toda a atividade do estado. 

Para desmistificar a ideia de que a mineração destrói o meio ambiente, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, apresentou um estudo que analisou 500 mil hectares onde são desenvolvidas atividades de mineração. Segundo a entidade, os resultados mostram que, nos municípios onde há extração mineral, 53% da mata nativa está preservada. 

Roscoe avalia que os dados provam que a mineração não está relacionada à devastação ambiental. Só nas áreas de mineração temos 54 milhões de toneladas de CO2 estocadas nas áreas preservadas. Esse estoque é equivalente a dois anos e meio da emissão de gases CO2 de toda a indústria mineira.”

INVESTIMENTO E PESQUISA

Para ajudar as empresas a cumprir compromissos globais de baixa emissão de gases de efeito estufa, a FIEMG lançou o primeiro Centro de Tecnologia e Descarbonização da América Latina (CIT/Senai). A iniciativa tem apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que incentiva a descarbonização do setor por meio de estratégia focada em 4 pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.  

A construção do centro contou com investimento de R$ 34 milhões, além de mais R$ 175 milhões em projetos. O CIT/Senai vai atuar em quatro eixos: biocombustíveis e combustíveis sustentáveis; implementação de tecnologias de hidrogênio; captura e utilização de CO2 e inovação na produção de aço.

“O que nós queremos é, em conjunto com as indústrias, desenvolver as tecnologias aplicadas aos setores industriais de Minas Gerais que sejam disruptivas e permitam com que as empresas atinjam a meta até 2050", enfatiza o presidente da FIEMG.
 

 

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15/01/2024 00:03h

Governador de Goiás foi o mais bem avaliado por três pesquisas no fim de 2023 — e acredita estar maduro o suficiente para assumir o maior cargo do executivo nacional

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A corrida presidencial para 2026 já começou. Pelo menos para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Em entrevista exclusiva ao portal Brasil 61, o governador com 40 anos de vida pública — que está em seu segundo mandato (eleito em primeiro turno em 2022),tem no currículo cinco passagens pela Câmara dos Deputados e um mandato como senador — diz se sentir preparado para disputar as eleições presidenciais de 2026. 

“Nesses 40 anos de vida pública, nunca desonrei o voto dos meus eleitores, sempre fiz política com espírito público, com determinação e amor por aquilo que faço — e, sem dúvida nenhuma,  quero me colocar como um pré-candidato pelo partido União Brasil.”

O governador que integra o União Brasil, partido originário da fusão entre Democratas e PSL, tem se destacado no cenário nacional — segundo pesquisas que aliam o desempenho frente ao governo estadual. No levantamento mais recente, da Atlas Intel, ele alcançou 72% de aprovação, ficando em primeiro lugar entre todos os governadores do país. 

Governador de Goiás Ronaldo Caiado é o mais bem avaliado do país, segundo pesquisa

Números que, para o cientista político Eduardo Grinn, refletem o bom desempenho do governador no segundo mandato. “Se um governo não tem um bom projeto político, não tem boas propostas e não consegue gerar desempenho, o segundo mandato já começa a significar desgaste. Mas se ele tem um bom projeto, boas políticas e um bom programa, o segundo mandato pode significar o tempo necessário para ele concretizar as boas ações.” O que, para o pesquisador, é o caso do governador de Goiás. 

Direita moderada

Visto como um politico de direita moderada, Caiado — que foi apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro — conseguiu se descolar da imagem do ex-presidente e garantir um eleitorado próprio. Para o analista político André César, as ações de combate à violência e incentivo à indústria no estado, refletem em destaque para o político no cenário nacional. 

“É o tipo de medida e ação do governador que agrada ao eleitor médio, ele mostra serviço e se consolida como uma importante liderança regional, no Centro-Oeste, e nacional, por conta do União Brasil.” 

Ronaldo Caiado, por sua vez, sabe que será uma disputa acirrada e não menospreza seus futuros adversários. Segundo ele, o apoio do partido e das coligações será fundamental para o sucesso nessa empreitada. 

Projetos de governo que deram certo

A primeira frase dita por Caiado em pronunciamento às forças de segurança em 2019 foi, na verdade, uma ameaça: “ou bandido muda de profissão, ou muda do estado de Goiás.” Desde então, os números da criminalidade têm caído expressivamente e ganhado destaque no cenário nacional. 

No último balanço, divulgado no começo de janeiro, crimes como homicídio despencaram 50,8% em 2023, na comparação com 2018. Latrocínio — que é o roubo seguido de morte — teve redução de 86,7%. Crimes contra o patrimônio, como roubo de cargas, caíram 90,6% nos últimos cinco anos.

Para o governador, são números que refletem as políticas públicas que vêm sendo aplicadas e servem como exemplo positivo para todo o país. “É lógico que meu nome será colocado e vou lutar fortemente para poder disputar uma eleição, debater os programas e poder dizer não só do ponto de vista teórico, mas mostrar os meus resultados como governador em áreas como saúde, educação e segurança.” 
 

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