Educação

26/06/2024 08:00h

Levantamento foi realizado pelo marketplace educacional Melhor Escola e ouviu mais de 800 pais de alunos de escolas públicas e particulares do Brasil

Baixar áudio

Em meio à aprovação pelos senadores, da nova reforma do ensino médio (PL 5.230/2023), o marketplace educacional Melhor Escola realizou uma pesquisa com pais de alunos sobre a proposta. Os dados apontam que novo Ensino Médio requer ajustes.

A pesquisa se baseou em um questionário com 842 pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas e particulares. Para 58,79% desses pais, o novo Ensino Médio não está preparando adequadamente os jovens para o futuro profissional e pessoal.

A psicóloga Kenia Lorenzzato, 43 anos, de São José do Rio Preto, município de São Paulo, tem três filhos, sendo que um deles concluiu o ensino médio em 2023. Para ela, o modelo do ensino médio não tem funcionado e, com as alterações, as desigualdades educacionais podem se acentuar. 

"Na prática, eu percebo que o novo ensino médio não tem funcionado e a minha percepção quanto às novas mudanças previstas na reforma aprovada ontem, não é otimista, não vejo de forma positiva. Primeiro,  porque eu acho que aumenta a desigualdade entre as escolas que conseguem preparar um professor e oferecer os itinerários", afirma Kenia.

Carga horária

O estudo mostra que 77,08% dos responsáveis concordam com o aumento da carga horária das matérias obrigatórias, como português e matemática – aprovada pelo Senado. A proposta foi analisada pela Comissão de Educação (CE) e prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB) das atuais 1.800 para 2.400 horas. 

O sócio fundador do Melhor Escola, Sérgio Andrade, destaca alguns fatores que podem ser atribuídos à percepção dos pais e responsáveis em relação ao Novo Ensino Médio, como a falta de disciplinas direcionadas ao mercado profissional.

"Eu acho que a percepção dos pais sobre o novo ensino médio tem como pano de fundo o alto apreço da população em relação à educação e a dificuldade do governo em suprir as necessidades da sociedade. E ela pode ser atribuída a alguns fatores como, por exemplo, a falta de integração entre teoria e prática e a ausência de algumas disciplinas mais voltadas para o mercado de trabalho", pontua Sérgio. 

Os dados apontam, ainda, que 51,19% dos pais dos alunos avaliam de forma benéfica a redução da carga horária das disciplinas optativas. Pelo novo modelo, os itinerários formativos terão carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio, que atualmente são 1.200.
 

Copiar textoCopiar o texto
22/06/2024 00:03h

Levantamento mostra que existem 9.693 obras públicas paradas no Brasil, sendo que 51% são apenas da Educação. Elas estão localizadas em 2.234 municípios, o que representa 40% do total dos municípios brasileiros (5.568).

Baixar áudio

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que existem 9.693 obras públicas paradas no Brasil desde 2007, sendo que 4.989 são da área da Educação – o que representa 51% das construções paradas no país. Segundo o estudo, as obras paralisadas na Educação estão em 2.234 municípios, totalizando 40% do total de municípios brasileiros (5.568).

A especialista em direito empresarial, Larissa Vargas, do Estela Nunes Advocacia, de Brasília, no Distrito Federal, elenca impactos da paralisação dessas obras, com prejuízos aos cofres públicos e à confiança nos gestores.

"A paralisação de obras na área da educação tem realmente sérias implicações para os cofres públicos e podem resultar na perda de recursos investidos por desperdício de investimento e deterioração de estruturas inacabadas. Podem resultar também em custos adicionais de retomada, impactar a economia local de forma imediata na geração de empregos, além de ter efeito sobre a gestão pública, quanto a credibilidade e confiança dos gestores, o que, obviamente, afasta investidores", afirma.

Larissa Vargas explica que, quando uma obra é paralisada, diferentes impactos e desafios relacionados aos recursos surgem, independentemente da área. "Esses impactos podem ser financeiros, materiais, humanos e administrativos. A deterioração de materiais, a desmobilização de equipes e os desafios administrativos são alguns dos principais impactos. Além disso, há necessidade de ajuste nos cronogramas", diz.

Nesse cenário, há ainda o aumento no orçamento e no o custo de conclusão da obra. "A paralisação não resulta apenas em perdas imediatas, mas também cria dificuldades adicionais para a retomada e conclusão desses projetos", completa Larissa Vargas.

Implicações na educação 

O coordenador do Colégio Militar em Brasília e mestre em História Social pela UnB, Isaac Marra, destaca que a paralisação de obras da educação, além de impactar as comunidades ao redor, também prejudica indicadores como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, inclusive, os resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Com certeza tem algumas implicações profundas, tanto nas comunidades locais, nos municípios, na dinâmica dos estados, quanto na educação do âmbito nacional, pensando em termos de IDEB e também, no fim da linha, no próprio Exame Nacional do Ensino Médio, na qualificação e na qualidade da educação e da instrução que está sendo ali ofertada", salienta.

Isaac pontua, ainda, que a interrupção afeta o acesso à educação. "Além disso, essa interrupção também, outro aspecto, é que limita o acesso efetivo, pleno à educação, especialmente nas regiões mais sensíveis, regiões rurais, regiões mais periféricas, até mesmo os grandes centros, mas que em muitos casos se assemelham à uma infraestrutura do interior, de fato", diz.

Para ele, os reflexos da falta de acesso aos ambientes educacionais adequados corroboram para impactos não apenas na atual geração, mas nas futuras. "A ausência de bibliotecas, de laboratórios, de áreas de recreação, acabam limitando essas oportunidades de aprendizado efetivo, prático e a dinâmica extracurricular, que são as propostas da educação básica no Brasil."

"Os professores também acabam enfrentando algumas dificuldades adicionais, como falta de materiais, equipamentos adequados, uma condução plena, eficaz", completa Isaac Marra.

Retomada de obras na área da Educação

O levantamento da CNM também mostra que prazo para que estados e municípios manifestassem interesse na retomada de obras paralisadas e inacabadas na área da educação terminou em 22 de dezembro de 2023. Os dados apontam que 1.564 (28,1%) municípios manifestaram interesse para retomarem 3.388 obras. A previsão é que sejam repassados cerca de R$ 3,5 bilhões (corrigidos INCC) pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Já 997 Municípios (17,9%) não tiveram interesse em retomar 1.601 obras paradas. Essas obras serão canceladas e os entes municipais terão de devolver ao Tesouro Nacional cerca de R$ 2,5 bilhões (corrigidos pela Selic).

Confira alguns estados que solicitaram interesse na repactuação:

  • Maranhão (689 em 177 localidades);
  • Pará (422 em 104 localidades);
  • Bahia (392 em 209 localidades)

A soma dos três estados resulta na repactuação de 1.503 obras, o que equivale a 44% do total. 

O estado com o maior número de obras que não manifestaram interesse na retomada é a Bahia (193 em 115 localidades), seguido de Minas Gerais (177 em 144 localidades) e Pernambuco (120 em 65 localidades). Os municípios mineiros são os que têm o maior volume de dinheiro a devolver, R$ 336,6 milhões, seguidos dos municípios baianos, com R$ 302,7 milhões, e cearences, com R$ 201,7 milhões

Copiar textoCopiar o texto
21/06/2024 00:05h

Especialistas dizem que ampliação da carga horária é crucial para o sucesso da proposta. Por outro lado, pode prejudicar alunos que estagiam ou fazem cursos profissionalizantes. Estudante relata que modelo não tem funcionado e não trará benefícios

Baixar áudio

O Plenário do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (19), o projeto de lei (PL 5.230/2023), que é uma alternativa apresentada pelo governo para substituir o modelo de ensino médio instituído durante a gestão de Michel Temer. A decisão do Senado de alterar o currículo dos três anos finais da educação básica vem sete anos após aprovação do Novo Ensino Médio (NEM). 

Entre as mudanças, o projeto amplia a carga horária mínima anual do ensino médio de 800 para 1.000 horas, distribuídas em 200 dias letivos. Essa carga horária mínima poderá ser ampliada progressivamente para 1.400 horas, considerados os prazos e as metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação (PNE).

O texto alternativo à proposta foi apresentado pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) e retorna para análise da Câmara dos Deputados.  A senadora destacou que o projeto não significa o fim do debate a respeito de possíveis melhorias para as séries finais da educação básica e defendeu o aprimoramento da oferta de educação básica no país.

"Nós queremos e precisamos que a educação pública brasileira garanta a cada jovem, a cada criança, o direito de aprender, e que essa formação seja robusta e permita a continuidade, quer seja na formação técnico-profissional, quer seja na área acadêmica, seguindo o chamado ensino acadêmico. Quero colocar que esse texto não resume e não atende todos os desafios. Precisamos, sim, de mais investimento e melhoria nas escolas de educação básica", disse.

Novidades: retrocessos ou avanços?

A proposta foi analisada pela Comissão de Educação (CE) e prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB) das atuais 1.800 para 2.400 horas. Além disso, estabelece a explicitação de quais componentes curriculares compõem cada uma das áreas do conhecimento. 

O texto aumenta, ainda, a carga horária de aulas e fortalece a formação geral básica. E muda as regras para os itinerários formativos, principal inovação da última reforma feita em 2017 (Lei 13.415) – que incluem disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo que os estudantes podem escolher nos três últimos anos de escola.

Pelo novo modelo, os itinerários formativos terão carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio, que atualmente são 1.200. Na avaliação da coordenadora do Ensino Médio do Colégio Humboldt, de São Paulo capital, Talita Marcilia, a redução da carga horária dos itinerários formativos significa um retrocesso em comparação à lei de 2017.

“A proposta de alteração do que a reforma do ensino médio previa é um retrocesso, isso não tem como negar, porque é compreensível a crítica de que a atribuição era difícil, que não tinha professores, sobretudo para os itinerários formativos, mas sempre foi consenso que havia necessidade de mexer no ensino médio, ele não vai ao encontro de propostas curriculares de outros países”, afirma.

Talita Marcilia ressalta que outros tópicos poderiam ser modificados, como a remuneração dos professores. “Então, quando a gente retrocede no sentido de fazer as disciplinas em suas caixinhas, quando a gente amplia a formação geral básica, e tira o itinerário formativo, é um retrocesso. Talvez fosse possível pensar em outros ajustes. Nesse contexto, não se pensou em melhorar a remuneração do professor, em fazer um investimento real de formação para o professor”, diz.

Já o professor de séries finais do ensino fundamental e ensino médio da rede pública da área rural de Planaltina, cidade satélite do Distrito Federal, Bruno Salles de Oliveira, analisa que sem o aumento da carga horária destinada à formação geral básica as escolas públicas podem ficar em desvantagem quando comparadas às instituições privadas. 

“Porque realmente a escola pública precisa dessa ênfase. Senão, as escolas públicas correm um risco de cada vez ficarem menos vantajosas quando comparadas à escola particular. Mas, ao mesmo tempo, para funcionar bem, as horas/aula que nós temos hoje não são suficientes para que o novo ensino médio funcione bem”, salienta.

“Os estados que adotaram o ensino integral com certeza só têm a ganhar com essas novas propostas que foram apresentadas recentemente”, completa Bruno Salles.

O estudante do 3º ano do ensino médio do Colégio Dr. Zerbini, de São José do Rio Preto, em São Paulo, João Pedro Barretto tem 18 anos e relata que o modelo não tem funcionado por falta de planejamento do Ministério da Educação. 

“Ele em si parece inacabado. Ele tem ideias boas, como as eletivas, as atividades extracurriculares, porém, na prática, tudo isso não funciona. E o MEC não deu instruções para as escolas, instruções claras para as escolas, de como implementar esse novo ensino médio. Isso dificultou muito a vida dos estudantes, porque foi uma transição repentina”, conta o estudante.

Para ele, o novo modelo não trará avanços. “Eu não acho que essas mudanças vão trazer muitos benefícios aos estudantes, não vai trazer porque sem um bom planejamento e clareza no que querem que os estudantes e as escolas façam, fica muito difícil de entender e direcionar tudo”, avalia João Pedro Barretto.

Outras mudanças

O novo projeto também torna obrigatório o ensino de espanhol e a oferta de curso regular noturno em todas as cidades, para alunos que precisem trabalhar. Na avaliação do professor Bruno Salles, o ensino do espanhol poderá beneficiar os estudantes.

“Pouca gente sabe disso, mas o espanhol é a segunda língua mais falada no mundo, ela só perde para o mandarim, só que o mandarim só é falado na Chin e o espanhol é uma língua que é falada em muitos outros países. Acredito que a inclusão do espanhol como língua obrigatória seja um ganho para as escolas”, pontua Salles. 

A nova reforma também possibilita que o currículo escolar ofereça conteúdos que atendam a especificidades e necessidades das diferentes comunidades integradas pelos alunos. Além disso, inclui os estudantes de baixa renda do ensino médio matriculados em escolas comunitárias de educação do campo no Programa Pé-de-Meia, no Prouni e nas cotas para acesso à educação superior.

A respeito da educação em tempo integral, o projeto aprovado pelo Senado autoriza a União a priorizar, na transferência de recursos a estados, municípios e Distrito Federal, as escolas que oferecem matrículas de ensino médio articuladas à educação profissional e tecnológica.

Quando começa a valer 

Pelo texto, haverá uma transição para o novo formato do ensino médio para os estudantes que estiverem cursando essa etapa da educação básica na data de publicação da lei, caso sancionado.

Até o final de 2024, o MEC estabelecerá – com a participação dos sistemas estaduais e distrital de ensino –, as diretrizes nacionais de aprofundamento das áreas do conhecimento. Já no ano letivo de 2025, os sistemas de ensino devem dar início à implementação do currículo.

O projeto também apresenta um cronograma de implementação das alterações no ensino médio. 
 

Copiar textoCopiar o texto
19/06/2024 00:05h

O período para correção das informações registradas no sistema vai de 21 a 25 de junho

Baixar áudio

As mantenedoras das instituições de educação superior (IES) que desejam participar do processo de oferta e ocupação de vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o primeiro semestre de 2024 precisam manifestar seu interesse até quarta-feira (20). O período para retificação das informações registradas no sistema ocorrerá de 21 a 25 de junho. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC).

As instituições devem assinar o termo de participação no processo de oferta e ocupação de vagas remanescentes através do Sistema Informatizado do Fies (Sisfies), no módulo "FiesOferta". A mantenedora deve obrigatoriamente informar as vagas disponíveis para cada curso, turno e local de oferta até quarta-feira (20).

Isaac Marra, mestre em história social pela Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Colégio Militar em Brasília, aponta que o Fies é um instrumento "essencial" para oferecer igualdade de oportunidade. Assim, estudantes de baixa renda podem ingressar no ensino superior.

"Representa uma oportunidade ímpar, uma oportunidade única, de transformação social, qualificação social e econômica. Acaba se tornando uma política pública de prioridade. Uma priorização que garante que esses estudantes, sobretudo os mais vulneráveis socialmente, tenham acesso preferencial é o financiamento educacional", pontua.

Estudantes

Os estudantes interessados em aderir ao Fies têm uma nova chance de conseguir ingressar no programa. As inscrições para as vagas remanescentes referentes ao primeiro semestre de 2024 vão de 27 de junho até o dia 1º de julho.

Isaac Marra informa que essas vagas são destinadas exclusivamente aos estudantes que estão matriculados no curso, turno e local de oferta para os quais se inscreveram.

"O estudante que será beneficiado por essa dinâmica deve atentar especialmente aos prazos de inserção das informações, de coleta de documentação, bem como garantir um bom rendimento escolar", destaca.

Os candidatos devem, ainda, cumprir cumulativamente os requisitos:

  • É obrigatório que os candidatos estejam em situação de “cursando” no momento da inscrição ou ter cursado o referido semestre com aproveitamento em pelo menos 75% das disciplinas – caso o semestre já tenha sido encerrado;
  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010;
  • Possua renda familiar mensal bruta per capita de até 3 salários mínimos.

Leia mais:

Fies: estudantes podem se candidatar a vagas remanescentes a partir de 27 de junho

Copiar textoCopiar o texto
18/06/2024 00:44h

Os candidatos que se inscreverem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não são isentos da taxa de inscrição (R$ 85) têm até quarta-feira (19) para efetuar o pagamento. O boleto é gerado na Página do Participante

Baixar áudio

Os candidatos que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não são isentos da taxa de inscrição (R$ 85) têm até a próxima quarta-feira (19) para efetuar o pagamento. O boleto é gerado na Página do Participante e pode ser pago via Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco).  Para pagar por Pix é preciso acessar o QR code presente no boleto.

A  Página do Participante pode ser acessada no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Quem é isento da taxa de inscrição?

  • Matriculados no 3º ano do ensino médio em 2024 em escolas públicas;
  • Quem teve o pedido de isenção aceito segundo as regras do edital (resultados divulgados em 13 de maio);
  • Moradores do Rio Grande do Sul.

As inscrições terminaram no dia 14 de junho, bem como as solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro nas 27 unidades da Federação.

Como se preparar para o Enem 2024?

Os candidatos têm cerca de cinco meses para a preparação. O professor de redação, atuante em em uma instituição preparatória para vestibular e mentor educacional da Tutory, plataforma on-line de estudos, Eduardo Santana, menciona áreas em que os candidatos devem se dedicar:

"O que deve ser feito nesta preparação ao longo dos 5 meses é focar nas habilidades, como interpretação de textos, gráficos, tabelas, imagens e etc, em uma leitura ostensiva, porque é uma prova longa e também praticar uma leitura crítica e interpretação de diferentes tipos de textos e dados. Isso é fundamental para que todos saiam muito bem na prova”, elenca.

O período de preparo para o exame pode ser desgastante para os alunos. Eduardo Santana destaca que um elemento essencial que não pode faltar ao longo da preparação é o cuidado com a saúde física e mental. 

“Ao longo dessa preparação, o que não pode faltar é o que nós chamamos de cuidado consigo, cuidado com a saúde mental e saúde física do candidato. Cada aluno, além de prezar pela organização dos estudos, precisa do cuidado com a saúde mental e física, como dormir bem, porque o sono é essencial para a consolidação da memória. Outro quesito importantíssimo ao longo dessa jornada é alimentar-se de forma saudável, pois ajuda na concentração e desempenho cognitivo. E a prática regular de atividades físicas vai aliviar o estresse”, destaca o professor.

Apesar das inscrições terem iniciado em maio, a preparação daqueles que almejam conquistar uma vaga no ensino superior começa muito antes. É o caso de Lucas Alves Ramos, de 17 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio em Brasília. Em 2024 será a sua estreia na prova. E ele conta que começou a rotina de estudos ainda em fevereiro deste ano.

“A minha rotina de estudos é baseada em uma divisão. Inicialmente eu estudo a matéria de forma teórica e faço aplicação com resolução de exercícios. As dificuldades nas matérias que são naturalmente mais complexas eu supero utilizando um cursinho próprio", compartilha.

Dedicação à redação

O Enem possui formato já conhecido, que se divide na aplicação em dois dias – sendo que a redação acontece no segundo dia de provas e se consolida como elemento de peso para o cálculo da nota.

O professor de português e redação do Colégio Objetivo no Distrito Federal (DF), Willian Wallemberg, enfatiza a importância da dedicação ao aprimoramento das técnicas de redação.

“A redação do Enem repercute em 1 quinto da nota total que o aluno tem, então uma redação muito bem desempenhada e construída vai proporcionar que esse candidato consiga ter uma nota significativamente alta e de maneira positiva ele vai conseguir alcançar o curso que ele tanto almeja”, diz Wallemberg.
Willian Wallemberg salienta, ainda, outros tópicos relevantes durante a preparação para os parâmetros exigidos na redação do Enem:

  •     Repertório: leitura constante, atualidades, noticiário;
  •     Diversidade de conteúdos: vincular conhecimentos de história, sociologia, filosofia, artes;
  •     Estruturação da redação: quatro parágrafos, elementos coesivos, proposta de intervenção;
  •     Prática constante: perceber seus erros e corrigir ao longo de cada tema estudado;
  •     Atenção aos temas: o candidato tem que estar atento a saber argumentar sobre qualquer tipo de assunto.
Copiar textoCopiar o texto
16/06/2024 03:00h

As inscrições vão até o dia 1º de julho. O processo oferta vagas que restaram da seleção do primeiro semestre nas instituições privadas; veja os critérios

Baixar áudio

Os estudantes interessados em aderir ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm uma nova chance de conseguir ingressar no programa. Na última quarta-feira (12), o Ministério da Educação (MEC) publicou o Edital nº 19, com regras para o processo de oferta e ocupação de vagas remanescentes referentes ao primeiro semestre de 2024. As inscrições vão de 27 de junho até o dia 1º de julho. 

A oportunidade de ocupar as vagas remanescentes do Fies é destinada exclusivamente aos estudantes que estão matriculados no curso, turno e local de oferta para os quais se inscreveram. Os candidatos devem, ainda, cumprir cumulativamente os requisitos:

  • É obrigatório que os candidatos estejam em situação de “cursando” no momento da inscrição ou ter cursado o referido semestre com aproveitamento em pelo menos 75% das disciplinas – caso o semestre já tenha sido encerrado;
  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010;
  • Possua renda familiar mensal bruta per capita de até 3 salários mínimos; 

Confira como se inscrever:

  • O estudante deve acessar o sistema de seleção do Fies (Fies Seleção), disponível no Portal Acesso Único do MEC, entre os dias 27 de junho e 1º de julho (até as 23 horas e 59 minutos, no horário de Brasília);
  • Efetuar cadastro no "Login Único" do governo federal e criar uma conta gov.br ou acessá-la, caso já possua conta;
  • O resultado da ordem de classificação e da pré-seleção será divulgado em 4 de julho de 2024 – sendo, chamada única e lista de espera. 

Ampliação do acesso ao ensino superior

Os candidatos com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) terão prioridade na classificação para a ocupação das vagas remanescentes. Nesses casos, o edital também permite solicitar a contratação de financiamento de até 100% dos encargos educacionais cobrados pelas instituições. 

O coordenador do Colégio Militar em Brasília e mestre em História Social pela Universidade de Brasília (UnB), Isaac Marra, avalia que o Fies potencializa as oportunidades de ingresso no ensino superior no país. Ele destaca que a prioridade de seleção para os inscritos no CadÚnico colabora para a melhoria de vida desses estudantes, bem como para o exercício da cidadania.

"De fato, essa possibilidade de obter uma educação de qualidade no contexto daqueles que estão inscritos no cadastro único é um fator determinante para melhorar, se não assegura, mas pelo menos abre caminho, viabiliza melhores condições de vida, de trabalho, de existência e da cidadania efetiva", avalia Isaac.

O especialista ressalta, ainda, o papel do Fies na promoção da equidade de oportunidades. Segundo ele, o programa colabora para o desenvolvimento econômico e social do país, com a formação de profissionais qualificados.

"Ele (o estudante) pode se dedicar mais ao preparo dos estudos do que se preocupar com a quitação de um financiamento em si. Então, nesse sentido, o Fies com certeza ajuda a formar essa mão de obra diversificada, mais competente e capaz de atender algumas demandas e os desafios mais sensíveis do mercado, promovendo inclusive o desenvolvimento econômico e social do país", salienta.

Instituições de ensino

As mantenedoras de instituições de educação superior (IES) devem demonstrar seu interesse entre 17 e 20 de junho para participar da oferta de vagas remanescentes. Os critérios para a participação das IES estão elencados no mesmo edital.

Copiar textoCopiar o texto
14/06/2024 00:04h

Para se inscreverem, os estudantes devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta gov.br. Prazo para pagar a taxa (R$ 85) vai até dia 19 de junho

Baixar áudio

Termina nesta sexta-feira (14) o prazo para os estudantes se inscreverem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A inscrição deve ser feita por meio da Página do Participante, com utilização do cadastro na conta gov.br.

Confira outras datas do cronograma:

  • Também até 14 de junho: solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social;
  • Até 19 de junho: pagamento da taxa de inscrição (R$ 85);
  • 3 e 10 de novembro: aplicação das provas nas 27 unidades da Federação.

Como se preparar para o Enem 2024

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro, sendo assim, os estudantes têm cerca de cinco meses para a preparação. O professor de redação, atuante em em uma instituição preparatória para vestibular e mentor educacional da Tutory, plataforma on-line de estudos, Eduardo Santana, avalia que não há porque temer o prazo, já que ainda há tempo para dedicação aos estudos e conseguir bons resultados. Ele menciona áreas em que os candidatos devem se dedicar:

"O que deve ser feito nesta preparação ao longo dos 5 meses é focar nas habilidades, como interpretação de textos, gráficos, tabelas, imagens e etc, em uma leitura ostensiva, porque é uma prova longa e também praticar uma leitura crítica e interpretação de diferentes tipos de textos e dados. Isso é fundamental para que todos saiam muito bem na prova”, elenca.

O período de preparo para o exame pode ser desgastante para os alunos, tanto de forma física quanto psicológica. Nesse caso, o professor Eduardo Santana destaca um elemento essencial que não pode faltar ao longo da preparação: o cuidado com a saúde física e mental. 

“Ao longo dessa preparação, o que não pode faltar é o nós chamamos de cuidado consigo, cuidado com a saúde mental e saúde física do candidato. Cada aluno, além de prezar pela organização dos estudos, precisa do cuidado com a saúde mental e física, como dormir bem, porque o sono é essencial para a consolidação da memória. Outro quesito importantíssimo ao longo dessa jornada é alimentar-se de forma saudável, pois ajuda na concentração e desempenho cognitivo. E a prática regular de atividades físicas vai aliviar o estresse”, destaca o professor.

Como são muitas disciplinas e conteúdos para estudar e revisar, a preparação requer organização. Para a estudante do último ano do ensino médio em Brasília, Geovana Macedo Timbó, 17 anos, a organização com o tempo de prova é a maior dificuldade. Ela vai realizar a prova pela primeira vez em 2024 e conta como é a rotina de estudos. 

“Eu estou estudando em casa, por um cursinho online, e na escola também. E as minhas maiores questões são a organização em relação ao tempo de prova e os possíveis temas de redação que vão cair”, conta.

Redação de peso

O Enem colabora para o ingresso no ensino superior no país. A prova possui formato já conhecido, que se divide na aplicação em dois dias – sendo que a redação acontece no segundo dia de provas e se consolida como elemento de peso para o cálculo da nota.

O professor de português e redação do Colégio Objetivo no Distrito Federal (DF), Willian Wallemberg, enfatiza a importância da dedicação ao aprimoramento das técnicas de redação para alcançar nota suficiente para ingressar no curso desejado.

“A redação do Enem repercute em 1 quinto da nota total que o aluno tem, então uma redação muito bem desempenhada e construída vai proporcionar que esse candidato consiga ter uma nota significativamente alta e de maneira positiva ele vai conseguir alcançar o curso que ele tanto almeja”, diz Wallemberg.

Willian Wallemberg salienta, ainda, outros tópicos relevantes durante a preparação para os parâmetros exigidos na redação do Enem:

  • Repertório: leitura constante, atualidades, noticiário;
  • Diversidade de conteúdos: vincular conhecimentos de história, sociologia, filosofia, artes;
  • Estruturação da redação: quatro parágrafos, elementos coesivos, proposta de intervenção;
  • Prática constante: perceber seus erros e corrigir ao longo de cada tema estudado;
  • Atenção aos temas: o candidato tem que estar atento a saber argumentar sobre qualquer tipo de assunto.

Rio Grande do Sul

O prazo para as inscrições terminaria, inicialmente, dia 7 de junho, mas foi prorrogado por mais uma semana pelo Ministério da Educação. A ampliação, segundo o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, serviria tanto para os estudantes do Rio Grande do Sul quanto para os de todo o país. 

De acordo com a pasta, o balanço das inscrições apontou que, mesmo em meio às dificuldades por conta das enchentes, o Rio Grande do Sul somou mais de 70% dos formandos da rede pública inscritos para a prova antes mesmo da ampliação do prazo.

Para não esquecer 

A taxa de inscrição é R$ 85 e o pagamento pode ser efetuado até o dia 19 de junho. Os moradores do Rio Grande do Sul terão isenção da taxa.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. E a inscrição deve ser realizada pela Página do Participante e utilizar o cadastro na conta gov.br.

Estudantes que não concluíram o ensino médio também podem realizar a prova na condição de treineiros.
 

 

 

Copiar textoCopiar o texto
13/06/2024 00:02h

Para especialista, o Brasil gasta mais do que o previsto no orçamento

Baixar áudio

O Ministério da Fazenda estuda uma proposta de alterar as regras orçamentárias atuais para as áreas da saúde e educação, em uma tentativa de aproximar o crescimento dessas despesas à lógica em vigor no arcabouço fiscal de 2,5%. A ideia é que esses gastos – que são mais elevados – também estejam limitados ao que foi estipulado no marco fiscal.

O economista e professor da Faculdade do Comércio de São Paulo Rodrigo Simões explica que os pisos constitucionais foram instituídos para garantir um investimento mínimo nas áreas essenciais. Segundo ele, a proposta de flexibilização busca reduzir esses percentuais para tentar controlar os gastos públicos, uma vez que o país já não cabe mais no orçamento.

“Hoje a gente enfrenta um desafio, que é o quê? A nossa constituição, com seus percentuais mínimos de investimento, por exemplo, em saúde e educação, hoje já não cabe mais no orçamento público brasileiro. Então por isso que querem tentar dar uma segurada nesses pisos para ver se sobra um pouco mais de dinheiro para investir em outras áreas”, esclarece.

Um relatório divulgado pelo Tesouro Nacional no início do ano fez uma estimativa de liberar até R$ 131 bilhões para outros gastos de custeio e investimentos até 2033 com a flexibilização dos pisos da saúde e da educação. Na opinião do economista Rodrigo Simões, a medida precisa ser feita.

“Se o governo não busca fechar o orçamento de uma forma que ele consiga cumprir o próprio orçamento que ele prometeu, isso só vai gerar mais endividamento do setor público, que consequentemente gera mais pagamento de dívidas”, analisa.

Atualmente, está previsto na Constituição 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) para o piso da saúde e 18% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para educação.

Governo precisa economizar

Projeções do governo federal, conforme dados divulgados pela Câmara dos Deputados, mostram que os pisos das duas áreas vão somar R$ 336,3 bilhões em 2025 e consumir 44% do orçamento disponível para todas as despesas não obrigatórias. O percentual subirá para 51% em 2026, 63% em 2027 e 112% em 2028, quando faltariam R$ 12 bilhões para custeio e investimentos em outras áreas.

De acordo com o economista e professor da Faculdade do Comércio de São Paulo Rodrigo Simões, o Brasil necessita e carece de investimentos capazes de gerar mais empregos em regiões como Nordeste e Norte, que são as mais carentes hoje no país.

“E aí esses 130 bilhões para onde eles iriam? Eles iriam para a infraestrutura, iriam para investimento em inovação e tecnologia, desenvolvimento regional, fortalecimento da segurança pública, estímulo a qualidade do emprego e a formação profissional”, destaca.

O economista Newton Marques acredita que o governo precisa reestruturar as contas e os gastos públicos se preocupando com o que realmente é necessário.

“O governo está preocupado com as críticas que estão fazendo com relação ao que não vai conseguir cumprir, o que tem prometido, o déficit zero, porque as receitas não têm crescido tanto como estava sendo esperado e as despesas cada vez mais existem e ainda a necessidade, por conta do governo de coalizão, de serem feitos gastos”, pontua.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que pretende estudar alternativas. 

“São vários cenários que estão sendo discutidos pelas áreas técnicas, mas nenhum foi levado ainda à consideração do presidente. Nós vamos, por ocasião da discussão do orçamento, nós vamos levar algumas propostas ao presidente, que pode aceitar ou não, dependendo da avaliação que ele fizer”, avalia.
 

Copiar textoCopiar o texto
11/06/2024 00:05h

Estudantes de todo o Brasil e do Rio Grande do Sul (RS) têm mais uma semana para se inscrever no exame. Pagamento da taxa de inscrição vai até 19 de junho, com isenção para alunos da rede pública e do RS

Baixar áudio

Os estudantes de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O novo prazo vai até dia 14 de junho e as inscrições podem ser realizadas pela Página do Participante, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O prazo terminaria na sexta passada, 7 de junho.

O Ministério da Educação (MEC) também anunciou que, neste contexto, outras datas do cronograma também foram alteradas e outras mantidas. Confira:

  • Até 14 de junho: solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social;
  • Até 19 de junho: pagamento da taxa de inscrição;
  • 3 e 10 de novembro: aplicação das provas nas 27 unidades da Federação.

O cronograma e as regras da edição do Enem 2024 podem ser consultados no edital disponível na página do Inep.

Rio Grande do Sul

O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, anunciou que a ampliação do prazo engloba tanto os estudantes do Rio Grande do Sul quanto de todo o país. 

De acordo com a pasta, o balanço das inscrições apontou que, mesmo em meio às dificuldades em função das enchentes, o Rio Grande do Sul soma mais de 70% dos formandos da rede pública inscritos para a prova.

Como estudar para o Enem 2024

O Enem é um meio para ingressar no ensino superior no país. E a prova possui formato já conhecido, que se divide na aplicação em dois dias – sendo que a redação ocorre no segundo dia de provas e se consolida como elemento de peso para o cálculo da nota.

O professor de português e redação do Colégio Objetivo no Distrito Federal (DF), Willian Wallemberg, destaca a importância da dedicação ao aprimoramento das técnicas de redação para alcançar nota suficiente para ingressar no curso desejado.
 
“A redação do Enem repercute em um quinto da nota total que o aluno tem, então, uma redação muito bem desempenhada e construída vai proporcionar que esse candidato consiga ter uma nota significativamente alta e de maneira positiva ele conseguirá alcançar o curso que tanto almeja”, afirma.

Como as provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro, os estudantes têm pouco mais de cinco meses para a preparação. O professor menciona que a leitura constante de diversos textos, assim como do noticiário, colaboram para melhorar o repertório do candidato. Willian Wallemberg salienta, ainda, outros tópicos relevantes durante a preparação para os parâmetros exigidos na redação do Enem.

  • Repertório: leitura constante, atualidades, noticiário;
  • Diversidade de conteúdos: vincular conhecimentos de história, sociologia, filosofia, artes;
  • Estruturação da redação: quatro parágrafos, elementos coesivos, proposta de intervenção;
  • Prática constante: perceber seus erros e corrigir ao longo de cada tema estudado;
  • Atenção aos temas: o candidato tem que estar atento a saber argumentar sobre qualquer tipo de assunto. 

Segundo Willian Wallemberg, a melhor forma de preparação para o exame é apreciar o processo, gostar de entender todos os conteúdos e visualizá-los no cotidiano. “Isso vai fazer com que ele realmente desperte muito mais as suas compreensões nos diversos ramos disciplinares, nas diversas ciências", diz.

Veja como funciona cada seleção de acesso à educação superior no Brasil, segundo o MEC:

  • O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de educação superior em todo o Brasil. O candidato pode concorrer a essas vagas utilizando a nota do Enem.
  • O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece aos estudantes que fizeram a prova a oportunidade de conseguir bolsas de estudo integrais (100%) ou parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior. Critérios: para concorrer à bolsa integral, é preciso ter renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Bolsa parcial: renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.
  • O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) oferece financiamento para cursos em instituições privadas com taxas de juros reduzidas. A escala de financiamento varia conforme a renda familiar do beneficiário. 

Realização de sonhos

Com o sonho de cursar medicina em uma universidade pública, Vitória Andrade Couto, 18 anos, de Ibiassucê, na Bahia, fará a prova pela terceira vez em 2024. Ainda no segundo ano do ensino médio a estudante fez o exame como treineira, com o objetivo de se ambientar à estrutura da prova.

Para a preparação em 2024, Vitória precisou mudar de cidade para estudar. Longe da família e de amigos, na cidade de Vitória da Conquista (BA), ela conta que um dos desafios é o preparo psicológico, mas encontra forças no sonho de ser médica.

“É um grande desafio, porque além de estar me preparando para uma prova, eu tenho que me preparar psicologicamente para realizar este exame”, diz. “O que me dá força e o que me sustenta é a paixão pelo meu sonho de cursar medicina numa universidade pública e também de poder ajudar todos da minha família”, aponta Vitória.

Para não esquecer 

A taxa de inscrição é R$ 85 e o pagamento pode ser efetuado até o dia 19 de junho. Os moradores do Rio Grande do Sul terão isenção da taxa.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. E a inscrição deve ser realizada na Página do Participante e utilizar o cadastro na conta gov.br. Estudantes que não concluíram o ensino médio também podem realizar a prova na condição de treineiros.

Copiar textoCopiar o texto
07/06/2024 00:01h

Para se inscrever no Enem 2024, o prazo é até sexta-feira (7), com exceção aos candidatos do Rio Grande do Sul, que terão um prazo adicional a ser divulgado

Baixar áudio

O aluno que realiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem a chance de se candidatar a diversas oportunidades de ingresso no ensino superior no Brasil, destaca o Ministério da Educação (MEC). A pasta informa que com a nota do exame os postulantes podem disputar vagas em universidades públicas, assim como em instituições privadas de ensino.

Para aproveitar estas oportunidades, o interessado deve realizar a inscrição no Enem 2024 até esta sexta-feira (7), na Página do Participante. Candidatos do Rio Grande do Sul terão um prazo maior, que ainda será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Prazo para se inscrever no Enem termina nesta sexta-feira (7)

ENEM: confira calendário e veja dicas de como se preparar para a prova

Após a realização da inscrição, a Página do Participante gera um boleto do Banco do Brasil para o pagamento da taxa de R$ 85 por quem não teve a isenção aprovada. Lembrando que moradores do Rio Grande do Sul têm isenção de taxa.

Como se preparar para as provas?

Willian Wallemberg, professor e coordenador de português do ensino médio, do colégio Objetivo do Distrito Federal (DF), informa que os estudantes têm um pouco mais de cinco meses para se prepararem para as provas, que serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

“Para o aluno melhor se preparar, ele tem que tomar a postura de que várias áreas do conhecimento que ele está adquirindo não são simplesmente para ele fazer uma prova. Aquilo vai ser altamente significativo posteriormente na sua vida. E isso eu falo não somente sua vida acadêmica, mas sua vida profissional, sua vida social”, destaca.

O estudante do Colégio Objetivo DF Lucas Alves, de 17 anos, explica como está se preparando para realizar as provas do Enem.

“Ainda não realizei a prova do Enem, farei pela primeira vez neste ano. Estou me preparando com uma rotina de 3 a 4 horas de estudo, com cursinho. As minhas dificuldades são na área de química, principalmente. Mas em relação à prova, a dificuldade é com a administração do tempo”, pontua.

Confira como funciona cada seleção de acesso à educação superior no Brasil, segundo o MEC:

  • O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de educação superior em todo o país. Com a nota do Enem, o candidato pode concorrer a essas vagas.
  • O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece aos estudantes que fizeram o exame a oportunidade de obter bolsas de estudo integrais (100%) ou parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior. Para concorrer à bolsa integral, o estudante precisa ter uma renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.
  • O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) oferece  financiamento para cursos em instituições privadas com taxas de juros reduzidas. Assim como outros programas, o Fies também utiliza as pontuações do Enem como critério de seleção. A escala de financiamento varia conforme a renda familiar do beneficiário.

Instituições portuguesas

O MEC ainda informa que para aqueles que querem  estudar no exterior, o Enem pode ser uma alternativa. Convênios firmados entre o Inep e as instituições portuguesas garantem um acesso facilitado às notas dos interessados a cursar a educação superior em Portugal.

Copiar textoCopiar o texto