A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) reduziu em até 58% os casos de câncer do colo do útero no Brasil e em 67% as lesões pré-cancerosas graves, de acordo com estudo da Fiocruz com apoio da Royal Society e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A pesquisa, feita entre 2019 e 2023 com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), confirmou a eficácia do imunizante antes da idade indicada para rastreamento, 25 anos, e mesmo em contextos de baixa renda, reforçando seu impacto na prevenção da doença.
O câncer do colo do útero continua sendo o segundo tipo mais comum entre as mulheres brasileiras e estima-se que entre 50% e 70% das pessoas sexualmente ativas entrem em contato com o HPV ao longo da vida. A vacina oferecida gratuitamente pelo SUS é considerada a forma mais eficaz de prevenir a infecção e reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
Para ampliar a cobertura, o Ministério da Saúde prorrogou até dezembro de 2025 a vacinação gratuita para jovens de 15 a 19 anos que não receberam o imunizante na idade indicada (9 a 14 anos). A estimativa é alcançar cerca de 7 milhões de adolescentes que ainda não foram vacinados.
HPV: esquema vacinal
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (2), aponta que a Covid-19 foi responsável por 50,9% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre 31 de agosto e 27 de setembro.
Até o momento, o Brasil registra mais de 311 mil casos de Covid-19 e cerca de 2 mil mortes causadas pela doença. Os dados são do painel do Ministério da Saúde, com base nas informações fornecidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
De acordo com os dados mais recentes do painel, somente entre os dias 24 e 30 de agosto, durante a Semana Epidemiológica (SE) 35, foram notificados mais de 8 mil novos casos e 18 óbitos.
O levantamento da SE 39 (de 21 a 27 de setembro) indica situação de alerta, risco ou alto risco para os casos de SRAG em cinco estados brasileiros:
Nas unidades federativas do Centro-Oeste, como Goiás e Distrito Federal, a Covid-19 se destaca como principal agente, com impacto direto nas hospitalizações entre idosos. A influenza A também elevou o número de internações em quase todas as faixas etárias nessas regiões.
No Espírito Santo, o avanço da SRAG reflete a atuação conjunta da Covid-19, que afeta sobretudo os idosos, e do rinovírus, com maior incidência entre crianças pequenas.
Já no Amazonas, o crescimento dos casos decorre da circulação do rinovírus, que atinge crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos, além da retomada das notificações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças de até 2 anos.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para reduzir a gravidade dos casos.
“Pedimos que as pessoas, especialmente integrantes dos grupos de risco, verifiquem se estão com a vacinação em dia. A vacina continua sendo a principal forma de proteção contra casos graves e óbitos”, afirma Portella.
As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Rinovírus | 42,4% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 16,6% |
Influenza A | 15,6% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 13,3% |
Influenza B | 2,2% |
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados quase 185 mil casos de SRAG, sendo 53% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 42,7% |
Rinovírus | 27,1% |
Influenza A | 23,5% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7,7% |
Influenza B | 1,2% |
Entre os óbitos registrados no mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,9% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Influenza A | 51% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 22,4% |
Rinovírus | 13,9% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 11,9% |
Influenza B | 1,8% |
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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (25), aponta um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em oito estados brasileiros. O levantamento epidemiológico também indica uma retomada no crescimento das hospitalizações por SRAG associadas à influenza A e à Covid-19 no Distrito Federal e em Goiás.
UFs com alta de casos de SRAG:
De acordo com os pesquisadores, a segunda onda de crescimento da influenza A na região Centro-Oeste é considerada altamente atípica. A análise é referente à Semana epidemiológica 38, de 14 a 20 de setembro.
A pesquisa revela que a Covid-19 segue a impulsionar o aumento dos casos de SRAG no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo.
A região Sul, assim como Mato Grosso do Sul e Bahia, também apresenta sinais de crescimento nas notificações de SRAG relacionadas ao vírus. No entanto, até o momento, não há impacto nas hospitalizações nesses estados.
Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para evitar a alta dos casos.
“A gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, aponta Portella.
O rinovírus tem sido responsável pelo aumento no número de casos de SRAG nos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Espírito Santo, especialmente entre crianças e adolescentes.
No Amazonas, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem impulsionado o crescimento dos casos de SRAG em crianças de até 2 anos, embora haja sinais de desaceleração. Já no Espírito Santo, o metapneumovírus tem contribuído para o aumento das ocorrências da síndrome em crianças pequenas.
Por sua vez, no Distrito Federal e em Goiás, a influenza A tem desempenhado um papel significativo no avanço dos casos de SRAG em praticamente todas as faixas etárias a partir dos 2 anos de idade.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados mais de 180 mil casos de SRAG, sendo 53% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 43,1% |
Rinovírus | 26,9% |
Influenza A | 23,6% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7,6% |
Influenza B | 1,1% |
Fonte: Fiocruz
As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e VSR.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Rinovírus | 44,5% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 17,7% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 15,1% |
Influenza A | 13,6% |
Influenza B | 1,8% |
O Boletim aponta que, na análise das últimas oito semanas epidemiológicas, a incidência e a mortalidade por SRAG permanecem mais elevadas nas faixas etárias extremas: crianças pequenas concentram os casos, enquanto os idosos apresentam os maiores índices de mortalidade.
Em relação às notificações associadas ao Sars-CoV-2 (Covid-19), a incidência é maior entre crianças pequenas e idosos, com mortalidade predominante a partir dos 65 anos. A influenza A também se destaca como causa relevante de óbitos por SRAG entre idosos. Já os demais vírus com circulação significativa, como o VSR e o rinovírus, afetam principalmente crianças pequenas.
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O Ministério da Saúde anunciou a extensão até dezembro de vacinação de jovens de 15 a 19 anos contra o HPV (Papilomavírus Humano). Segundo a pasta, essa é primeira vez que essa faixa etária passa a receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A meta do ministério é alcançar cerca de 7 milhões de jovens que perderam a imunização na idade recomendada (9 a 14 anos).
A ginecologista Denise Yanasse explica que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. “O HPV é transmitido por meio de relações sexuais e é o principal causador do câncer de colo do útero em mulheres. Ele também está associado a outros tipos de câncer em homens e mulheres, além de provocar verrugas genitais.”
Embora a maioria das infecções seja eliminada pelo organismo em até dois anos, em alguns casos o vírus persiste e pode causar doenças graves. Além do câncer de colo do útero, quase totalmente associado ao HPV, o vírus também está ligado a casos de câncer anal, de pênis, de boca e de orofaringe, além de provocar verrugas genitais.
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O Brasil já soma, em 2025, mais de 244 mil casos novos de Covid-19 e 2 mil óbitos em decorrência da doença. Os dados são do painel do Ministério da Saúde, com informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Apenas na semana entre 24 a 30 de agosto (Semana epidemiológica 35), foram notificados mais de 8 mil novos casos e 18 mortes em decorrência da Covid-19. O número de notificações representa um aumento de 70,9% em comparação ao período anterior (SE 34), quando foram registrados 4,7 mil novos casos.
O comportamento da pandemia permanece desigual entre as regiões (ver tabela abaixo). O Sudeste registrou 4,3 mil novos casos e 13 mortes na SE 35. No Centro-Oeste, foram 1,5 mil novos casos e duas mortes no mesmo período
Já o Sul notificou 618 casos e dois óbitos. No Nordeste, os números foram mais baixos, com 411 casos e um óbito. No Norte, a semana trouxe 1,1 mil novos casos, sem registro de mortes.
Região | População | Casos novos notificados | Casos acumulados | Incidência Covid-19 | Óbitos novos | Óbitos acumulados | Taxa de mortalidade (100 mil hab.) |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sudeste | 88.371.433 | 4.338 | 15.738.754 | 116,67 | 13 | 346.149 | 1,55 |
Centro-Oeste | 16.297.074 | 1.523 | 4.617.538 | 257,70 | 2 | 67.347 | 0,49 |
Sul | 29.975.984 | 618 | 8.311.862 | 70,13 | 2 | 113.590 | 0,59 |
Nordeste | 57.071.654 | 411 | 7.635.671 | 86,18 | 1 | 137.296 | 0,50 |
Norte | 18.430.980 | 1.180 | 3.014.402 | 159,40 | 0 | 52.244 | 0,62 |
A última edição do boletim InfoGripe da Fiocruz, também referente ao período de 24 a 30 de agosto, aponta um aumento nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19 no centro-sul brasileiro e na região Nordeste.
A alta foi registrada no Distrito Federal e nos estados do Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais,Piauí e Paraíba.
Apesar do aumento de notificações nestas localidades, o levantamento revela que o número de novos casos de SRAG por Covid-19 ainda segue em níveis relativamente baixos nesses estados.
Especialistas chamam atenção para a queda da imunidade ao longo do tempo e a circulação de novas variantes. Segundo o infectologista Julival Ribeiro, a vacinação continua sendo fundamental para evitar hospitalizações e mortes:
“Vale lembrar que as pessoas devem tomar a vacinação para a Covid-19, sobretudo as pessoas com maior risco, como idosos, imunossuprimidos, pessoas com doenças crônicas, porque essas pessoas têm uma maior probabilidade de desenvolver infecção grave pelo vírus da Covid-19”, afirmou.
Ribeiro alerta que além da vacina, os sintomas da COVID-19 confundem-se com gripe e resfriados, especialmente no grupo de risco. Nesses casos, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para realizar exame laboratorial.
“Vale salientar que, sobretudo no grupo de risco, as pessoas com síndrome gripal devem procurar uma unidade de saúde para ver se está com a COVID-19, com resfriado ou mesmo com gripe, pois são sinais semelhantes e só através de um exame laboratorial a gente vai dizer qual realmente é o diagnóstico."
Medidas básicas, como higienizar as mãos, usar máscara em caso de sintomas e evitar aglomerações em locais fechados, continuam indicadas para reduzir o risco de novas transmissões.
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (31), relata um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. O estudo epidemiológico também aponta para uma retomada do crescimento da faixa etária no Rio Grande do Sul.
Em contraste, no cenário nacional, as ocorrências associadas ao VSR e à influenza A seguem em queda na maior parte do país. O quadro reflete uma tendência de redução nas hospitalizações causadas por esses vírus, embora a incidência ainda seja elevada. A pesquisa é referente à Semana Epidemiológica 30, de 20 a 26 de julho.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para evitar o aumento dos casos.
“Pedimos para que as pessoas que moram nos estados onde ainda se observa uma alta de casos de SRAG continuem tomando alguns cuidados, como usar máscaras dentro dos postos de saúde, em locais mais fechados e com maior aglomeração de pessoas”, reitera.
O Boletim aponta a incidência elevada de SRAG em 20 estados, mas sem tendência de crescimento no longo prazo.
Em relação aos casos de SRAG entre crianças pequenas, associados ao VSR, os níveis permanecem altos na maioria das unidades da federação, com exceção do Amapá, Espírito Santo, Piauí, Tocantins, e do Distrito Federal.
Já entre os idosos, as ocorrências de SRAG seguem em níveis de moderada a alta em diversas áreas das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, com destaque para o estado do Pará, que registra indícios de retomada ou início de aumento de casos na população idosa, porém ainda sem identificação do agente viral.
A análise também revela que as notificações dos casos graves por Covid-19 seguem em baixa na maioria dos estados. No entanto, o Ceará tem mostrado indícios de crescimento dos casos de SRAG pelo vírus.
Com o objetivo de conter o avanço, a pesquisadora enfatiza a relevância de manter a carteira de vacinação atualizada.
“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, afirma Portella.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 145.517 casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 46,1% |
Influenza A | 26,1% |
Rinovírus | 23,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7% |
Influenza B | 1,1% |
As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o VSR é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por rinovírus e influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 47,7% |
Influenza A | 17,4% |
Rinovírus | 31% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 4% |
Influenza B | 1,5% |
Entre os óbitos registrados no mesmo recorte temporal, a influenza A é a principal responsável.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 17,7% |
Influenza A | 57,6% |
Rinovírus | 15,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 6,4% |
Influenza B | 2,6% |
A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (17), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em queda na maior parte do país, embora a incidência ainda esteja elevada.
O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR). O estudo é referente à Semana Epidemiológica 28, de 6 a 12 de julho.
Nesse contexto, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para seguir com a redução dos casos.
“A vacina contra a gripe continua sendo bastante relevante para que a gente consiga diminuir cada vez mais esses casos graves pelo vírus e também os óbitos em níveis de incidência baixos e seguros para a população”.
A análise destaca que as crianças pequenas são o grupo mais atingido pela SRAG, tendo o vírus sincicial respiratório (VSR) como o agente predominante, seguido do rinovírus e da Influenza A. Já entre os idosos, a influenza A se sobressai como principal causa de hospitalizações e óbitos.
Os dados também evidenciam que apesar do rinovírus já ter superado a influenza A em número de internações entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, o VSR continua sendo o principal responsável por casos graves em crianças pequenas.
O Boletim aponta a incidência elevada de SRAG em 23 estados. Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias.
Em relação aos casos associados ao VSR, os níveis permanecem altos na maioria dos estados brasileiros, com exceção do Piauí, Tocantins e Distrito Federal, onde já se observa uma melhora no cenário.
Roraima é o único estado em que ainda há aumento contínuo de SRAG entre crianças pequenas, vinculado ao mesmo vírus. Já em Alagoas, há sinais de retomada do crescimento dos casos nesse mesmo grupo etário e também relacionado ao VSR.
Já em Minas Gerais e no Pará, foram identificados indícios de retomada ou início de aumento de SRAG entre idosos, embora o agente viral ainda não tenha sido identificado. Na Paraíba, por sua vez, observa-se crescimento dos casos também entre idosos, associado à influenza A.
A análise também evidencia um leve aumento de SRAG por Covid-19 entre os idosos no Rio de Janeiro, no entanto não há impacto no resultado de hospitalizações totais por SRAG.
Com o intuito de manter o crescimento sob controle, a pesquisadora enfatiza a relevância de manter a carteira de vacinação atualizada.
“A vacina protege contra os casos graves. Portanto, é importante que a população esteja em dia. Para caso surja uma nova onda do vírus, as pessoas estejam protegidas e não evoluam para as formas mais graves e também óbitos da doença”.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 133.116 casos de SRAG, sendo 52,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 45,9% |
Influenza A | 26,8% |
Rinovírus | 22,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7,3% |
Influenza B | 1,1% |
Em relação aos óbitos por SRAG, até o momento, foram registrados 7.660 casos. Destes, 53,7% foram positivos para algum vírus respiratório. Sendo eles:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 10,7% |
Influenza A | 54,7% |
Rinovírus | 10,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 23,3% |
Influenza B | 1,7% |
O objetivo é evitar a reintrodução do vírus no país
O Ministério da Saúde intensificou, neste mês de julho, a vacinação contra o sarampo em áreas de fronteira, devido ao aumento de casos em países vizinhos, especialmente na Bolívia. O primeiro estado a receber a campanha o Dia D de vacinação foi o Acre, na terça-feira (15).
A vacina tríplice viral está disponível em todo Brasil. Em 2025, foram distribuídas mais de 12 milhões de doses e aplicadas, até meados de julho, 2,4 milhões. A mobilização prioriza municípios com baixa cobertura vacinal e circulação intensa de pessoas, visando proteger a população e impedir a reintrodução do vírus em território nacional.
No Acre, o reforço prioriza os sete municípios que fazem fronteira com a Bolívia: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Capixaba, Epitaciolândia, Plácido de Castro e Xapuri. A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) tem intensificado as campanhas de vacinação. Entre os dias 1° e 10 de julho, o estado aplicou 2.754 doses da vacina que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, sendo 2.231 em ações intensificadas e 201 doses zero, destinadas a bebês entre seis e onze meses.
Quem deve se vacinar:
Além da vacinação, nos dias 15 e 16 de julho, em Rio Branco e Brasiléia, o Ministério da Saúde e o Sesacre promovem seminários focados na prevenção do sarampo, na capacitação do manejo clínico de casos suspeitos, vacinação, vigilância e diagnósticos. Além de fortalecer a detecção precoce de casos e agilizar respostas de possíveis surtos.
Em 2025, foram registrados apenas cinco casos da doença, sendo dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Distrito Federal, todos importados. A Tríplice Viral, vacina que protege do sarampo, é ofertada pelo SUS em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Outros estados fronteiriços terão um Dia D de vacinação, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, programado para o dia 26 de julho.
A confirmação de dois casos de raiva em morcegos frugívoros no Distrito Federal colocou as autoridades de saúde em estado de alerta. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), os animais foram recolhidos em áreas urbanas das regiões administrativas de Sobradinho (5/6) e Planaltina (2/7), após contato com cães. Não houve exposição humana.
Os morcegos pertencem à espécie Artibeus lituratus, comuns na área urbana do DF e conhecidos por se alimentarem de frutas. Apesar disso, testaram positivo para raiva em exames realizados no laboratório de diagnóstico da própria secretaria.
A bióloga Gabriela Toledo, da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses do DF, esclarece que os casos são considerados episódios isolados, mas a circulação do vírus entre animais silvestres requer atenção permanente. “O Artibeus lituratus é um morcego maior, que consegue voar com mais facilidade. Então, quando a gente tem a entrada dessa espécie no laboratório, a gente já acende um alerta, porque provavelmente o animal está doente”, explicou a bióloga.
A vigilância da raiva em morcegos no DF ocorre desde a década de 1980. Segundo Gabriela, todos os anos há registros positivos da doença, principalmente em morcegos, bovinos ou equinos. Neste ano, foram registrados apenas esses morcegos, até o momento. E não há registro de raiva em cães e gatos no DF desde o ano 2000.
Após as confirmações dos casos, um comunicado circulou pelo WhatsApp dos moradores das regiões, indicando que os morcegos seriam hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue. Gabriela corrigiu a informação, pois os animais diagnosticados com raiva eram frugívoros e não representam risco se estiverem em comportamento normal.
A bióloga lembrou ainda que os morcegos são animais silvestres protegidos por lei e exercem funções importantes no ecossistema, como a polinização, o controle de insetos e a dispersão de sementes. “A gente tem já bem estabelecida essa questão dos morcegos em área urbana. Então, é muito importante lembrar isso, porque não há necessidade de que as pessoas matem os morcegos a partir desses casos positivos. Enquanto o morcego está com o comportamento habitual dele, não tem risco para a população”, destacou.
Nos dois casos, os morcegos infectados tiveram contato apenas com cães. Por precaução, os animais estão sendo acompanhados pela Zoonoses e foram submetidos ao protocolo pós-exposição, que inclui doses de vacina antirrábica e observação por até 180 dias.
O que fazer ao encontrar um morcego
Gabriela reforça que, ao identificar um morcego suspeito, a população jamais deve manipulá-lo. A recomendação é isolar o animal com segurança, com um balde ou caixa de papelão e com peso por cima, por exemplo, e entrar em contato imediatamente com a Zoonoses para o recolhimento.
Acidentes com animais devem ser avaliados em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do DF, que indicará a necessidade de vacina ou soro. A Zoonoses também realiza visitas técnicas em imóveis onde há presença frequente de morcegos, como telhados ou juntas de dilatação. A equipe não faz captura, mas orienta sobre como afastar os animais com segurança, sem causar desequilíbrio ecológico.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou quatro casos de raiva humana em 2023, três deles transmitidos por morcegos. Embora a doença em humanos seja rara, continua sendo letal em quase todos os casos, após o início dos sintomas. A vacinação preventiva e o atendimento imediato em caso de acidentes são as principais formas de proteção.
Orientações à população
Atenção, moradores do Recife e municípios da região metropolitana. As Unidades de Saúde estão mobilizadas na vacinação contra a gripe. Na capital, 170 salas de vacinação disponibilizam as doses do imunizante, especialmente para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.
A meta é atingir 90% do público prioritário do Calendário Nacional de Vacinação, que inclui crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, e idosos com 60 anos e mais. Para os outros grupos serão contabilizadas as doses aplicadas.
A vacina está liberada para toda a população de acordo com a disponibilidade em cada cidade.
Os gestores de saúde alertam para a importância da imunização. Isso porque a influenza segue predominando nos estados brasileiros e representa risco para as pessoas não vacinadas. Entre janeiro e 21 de junho (SE 25), foram registrados em Pernambuco 124 casos de Síndrome Respiratória Aguda por influenza e 7 óbitos.
E para garantir proteção ampla é preciso aumentar as coberturas vacinais. Neste ano, o índice de vacinação de gestantes, crianças e idosos na capital está em 36%.
Por isso, procurar uma unidade básica de saúde para a vacinação é fundamental. É o que ressalta o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti.
"O Sistema Único de Saúde (SUS) tem uma grande capilaridade no território. Então, temos mais de 35 mil salas de vacina e a maioria delas está nos postos de saúde – no 'postinho' mais perto de casa – nas Unidades Básicas de Saúde. Então, a população pode se vacinar no posto, na unidade de saúde mais próxima da sua casa. Normalmente, o SUS garante as vacinas de rotina presentes nessas unidades de saúde e as pessoas podem atualizar a sua caderneta."
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina trivalente usada este ano protege contra os vírus H1N1, H3N2 e tipo B, os mais comuns neste período. É capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos.
Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto. Garanta a sua proteção!
Para mais informações, acesse www.gov.br/vacinacao.