Aviação civil

02/10/2025 04:30h

Relatório da Cirium aponta desempenho dos terminais brasileiros acima da média internacional e destaca a eficiência da infraestrutura aeroportuária nacional

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O Brasil ocupa posição de destaque no cenário mundial da aviação civil, com 12 aeroportos entre os mais pontuais do mundo, segundo o relatório On-Time Performance Monthly Report, divulgado pela consultoria internacional Cirium em agosto de 2025.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, atribuiu o bom desempenho dos terminais brasileiros aos avanços na gestão e aos investimentos realizados em parceria com operadores e concessionárias. “A presença de 12 aeroportos brasileiros entre os mais pontuais do mundo mostra a força da nossa infraestrutura. É um reconhecimento da qualidade das operações e da eficiência que buscamos entregar à população todos os dias”, enfatizou o ministro.

Clarissa Barros, diretora de Política Regulatória na Secretaria de Aviação Civil, explica que a pontualidade nos voos é um indicador crucial para a qualidade do transporte aéreo. "Quando os aeroportos operam com eficiência, os benefícios são muitos. Menos atrasos, porque os passageiros perdem menos conexões e têm mais confiança nos horários. Redução de custo, porque as empresas aéreas economizam com combustível e compensações por atrasos. Satisfação do passageiro. Viagens mais previsíveis significam menos estresse e mais comodidade. E atração de novos voos. Aeroportos mais eficientes atraem novas rotas e investimentos."

Critérios de avaliação do ranking

Segundo a metodologia adotada no relatório, os aeroportos são classificados em três categorias, com base na capacidade anual de assentos ofertados:

  • Grande porte: entre 25 e 40 milhões de assentos por ano;
  • Médio porte: entre 15 e 25 milhões de assentos por ano;
  • Pequeno porte: entre 5 e 15 milhões de assentos por ano.

Para entrar no ranking, os terminais também precisam ter pelo menos 90% dos voos rastreados com informações reais de partida e chegada, fator que assegura a comparabilidade internacional.

O estudo da Cirium utiliza dados de mais de 2 mil fontes globais e avalia a pontualidade com base nas partidas dentro dos horários previstos

Aeroportos brasileiros no topo do ranking mundial

Grandes aeroportos

  • Congonhas (SP): 3º lugar mundial, com 88,62% de pontualidade

Médios aeroportos

  • Viracopos-Campinas (SP): 2º lugar, com 93,22%;
  • Brasília (DF): 3º lugar, com 90,97%;
  • Confins-Belo Horizonte (MG): 4º lugar, com 88,70%;
  • Galeão (RJ): 6º lugar, com 86,50%.

Pequenos aeroportos

  • Santos Dumont (RJ): 1º lugar mundial, com 95,02%, numa análise que considerou 4.930 voos;
  • Salvador (BA): 4º lugar, com 91,32%;
  • Belém (PA), Recife (PE), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS): entre os 20 mais pontuais do mundo.

Desempenho acima da média mundial

O relatório da Cirium traz ainda os chamados “Destaques operacionais”, que apresentam as médias globais de pontualidade por categoria de aeroporto. Esses indicadores permitem comparar o desempenho de cada terminal com o padrão internacional.

Nesse recorte, os aeroportos brasileiros ranqueados superaram as médias mundiais em diferentes portes. Entre os pequenos, o Santos Dumont registrou 95% de voos pontuais, bem acima da média global da categoria, de 85%. O Aeroporto de Salvador também se destacou, com 91,32%.

Na categoria de médio porte, aeroportos como Viracopos-Campinas e Brasília registraram índices superiores a 90%, frente à média mundial de 81,4%. Outros terminais brasileiros listados – como Confins, Galeão, Belém, Recife, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre – também ficaram próximos ou acima desse patamar. Entre os grandes aeroportos, Congonhas (SP) obteve 88,62% de pontualidade, contra uma média global de 81,66%.

Para Clarissa Barros, o desempenho dos terminais coloca o país em destaque no cenário global, comprovando a eficiência da infraestrutura aeroportuária brasileira e a excelência na gestão de operações aéreas.

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30/09/2025 04:55h

A medida pretende ampliar o acesso dos brasileiros na hora da compra; anteriormente, apenas contas de níveis prata ou ouro podiam participar

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O programa Voa Brasil, que oferece passagens aéreas a preços acessíveis, ampliou os critérios de adesão. Aposentados do INSS com contas Gov.br de nível bronze passaram a ser incluídos entre os beneficiários. Anteriormente, apenas contas de níveis prata ou ouro podiam participar.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a medida pretende ampliar o acesso dos brasileiros na hora da compra. “Com a inclusão das contas Gov.br bronze, o Voa Brasil se torna ainda mais acessível, garantindo que mais brasileiros possam usufruir de passagens aéreas a preços justos”, afirmou.

A coordenadora de Políticas Regulatórias do Ministério de Portos e Aeroportos, Michele Nunes Freires Cerqueira, complementa que “com a atualização nos critérios de adesão, o governo reafirma seu compromisso em democratizar o transporte aéreo, ampliando o acesso da população e aproximando ainda mais os brasileiros em todo o território nacional”.

Programa Voa Brasil

O Voa Brasil oferece a aposentados do INSS, que não viajaram de avião nos últimos 12 meses, a oportunidade de comprar bilhetes aéreos por até R$ 200 o trecho (exceto tarifa de embarque)

Idealizada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, a iniciativa conta com a colaboração das principais companhias aéreas do país, que disponibilizam assentos vagos em voos de baixa demanda. 

Qual a diferença entre os níveis da conta Gov.br?

O nível bronze é o mais básico da categoria, criado automaticamente ao cadastrar CPF e senha no sistema do Gov.br. Por sua vez, os níveis prata e ouro exigem validações adicionais e oferecem acesso a uma variedade de serviços digitais, como a Assinatura Eletrônica GOV.BR.

Como realizar o cadastro?

  1. Baixe o aplicativo do Gov.br na loja do seu celular ou acesso o site www.gov.br/pt-br; 
  2. Abra o aplicativo/portal, digite seu CPF e clique em “continuar”, para criar ou alterar sua conta.

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23/09/2025 04:50h

Acordo é avaliado em cerca de US$ 2,1 bilhões; primeiras entregas previstas para o segundo semestre de 2026

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A LATAM Airlines anunciou a compra de até 74 aeronaves da Embraer em um dos maiores acordos recentes da aviação nacional. O investimento, estimado em cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 11 bilhões), prevê as primeiras entregas a partir de 2026. O pacote inclui 24 entregas confirmadas e 50 opções de compra.

As unidades do modelo Embraer E195-E2  serão inicialmente destinadas à Latam Airlines Brasil, com possibilidade de inclusão de outras afiliadas do grupo. 

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, comemorou o anúncio. “São mais de 10 bilhões de investimentos que vão gerar mais de 2 mil empregos diretos. Isso significa novos aviões, novas rotas no país e, sobretudo, um olhar para o fortalecimento do turismo de negócios e do turismo de lazer. Vamos juntos cada vez mais trabalhar pelo fortalecimento e o crescimento na aviação do Brasil”, afirmou.

Embraer E195-E2: sobre o modelo 

O E195-E2 possui tecnologia de ponta e reúne custo competitivo por assento, maior eficiência no consumo de combustível, configuração 2-2 e com aerodinâmica avançada. A aeronave proporciona até 30% de redução no consumo de combustível por assento em comparação com modelos da geração anterior. 

Em comunicado, o CEO do LATAM Airlines Group, Roberto Alvo, afirmou que a compra integra a política de expansão do grupo. Ele elogiou a eficiência e versatilidade do modelo, que permitirá ampliar destinos, oferecer mais opções aos passageiros. 

Atualmente, o grupo LATAM é composto por 362 aeronaves: 283 Airbus narrow-bodies, 3 Airbus wide-bodies em leasing de curto prazo, 56 Boeing wide-bodies e 20 cargueiros Boeing.

Aviação civil: desenvolvimento e oferta de voos

O Ministério de Portos e Aeroportos informa que tem trabalhado para consolidar o Brasil como referência em aviação regional e internacional. Em março de 2024, Silvio Costa Filho se reuniu com a Embraer para debater estratégias de fomento à indústria aeronáutica nacional, destacando o impacto na geração de empregos, inovação tecnológica e no desenvolvimento regional.

Também segundo o comunicado oficial, o governo federal aprovou, no final de 2024, uma linha de crédito de R$ 4 bilhões por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). A medida apoia companhias aéreas brasileiras na aquisição de aeronaves, motores e querosene de aviação, entre outros insumos.

Essa iniciativa visa incentivar as empresas a ampliarem suas rotas, especialmente em aeroportos regionais, considerados cruciais para a conectividade nacional. A expectativa é que o setor aéreo do país aumente significativamente a oferta de voos nos próximos anos, tornando o transporte aéreo mais acessível e integrado.

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07/09/2025 04:00h

Custos em dólar e crise levam empresas a cortar rotas no Brasil; especialista explica por que isso acontece, quem é mais afetado e quais são os direitos do consumidor

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A malha aérea brasileira encolheu. Segundo o Relatório de Oferta e Demanda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em julho de 2025 apenas 137 aeroportos tiveram operações comerciais, contra 155 no mesmo mês de 2024 e 162 em 2023. O recuo ultrapassa 15% em dois anos, mesmo em um cenário de recorde no transporte de passageiros — foram 11,6 milhões apenas em julho, o maior volume já registrado.

A redução não é apenas fruto de ajustes sazonais. O advogado Rodrigo Alvim, especialista em direito do passageiro aéreo, explica que companhias enfrentam dificuldades estruturais.

“Reduzir a malha aérea significa que empresas deixam de atender trechos que não são rentáveis. Muitas vezes, as aeronaves voam vazias. Além disso, as companhias brasileiras têm 60% de seus custos atrelados ao dólar, desde o combustível até contratos de leasing. Elas ganham em real, mas gastam em dólar, e o aumento do IOF agrava ainda mais esse desequilíbrio”, detalha.

Rotas e bases que saíram do mapa

Nos últimos dois anos, a redução da malha aérea atingiu especialmente a Azul, que em 2025 encerrou operações em 14 cidades, a maioria no interior do país e onde era a única operadora. As suspensões, iniciadas entre janeiro e março, representaram o abandono de mais de 50 rotas, numa estratégia de concentrar voos em hubs mais rentáveis e reduzir custos diante da recuperação judicial.

Outras companhias também promoveram cortes, ainda que pontuais. A LATAM, por exemplo, suspendeu rotas como Rio de Janeiro (Galeão) – Natal e São Luís –Teresina a partir de março de 2025, justificando “necessidades comerciais”. Além disso, ajustes sazonais têm modificado a malha em diversas regiões, diminuindo a conectividade em trechos considerados de menor rentabilidade.

Quem mais sofre

Segundo Alvim, os maiores prejudicados são moradores de cidades menores, sobretudo do Norte e do Nordeste.

“O interior é o mais vulnerável. Quando a rota some, a população perde acesso direto ao transporte aéreo e passa a depender de barco, ônibus ou deslocamentos longos até outros aeroportos. São as populações mais pobres que acabam isoladas”, afirma.

Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro e Ponta Grossa Paraná, são exemplos de cidades que perderam os voos comerciais em 2025, ambas operadas pela Azul.

Impacto social e econômico

O isolamento aéreo tem reflexos que vão além da mobilidade. Em cidades que perdem conexão, o turismo e os negócios locais sofrem queda imediata, já que investidores, representantes comerciais e turistas enfrentam mais barreiras para chegar. O encarecimento das passagens nos trechos remanescentes também limita o acesso da classe média e popular ao transporte aéreo, considerado essencial em um país continental como o Brasil.

Especialistas do setor lembram que a aviação regional é fundamental para a integração nacional. Quando as rotas desaparecem, serviços de saúde, educação e até segurança pública são afetados, já que deslocamentos de emergência dependem, muitas vezes, da aviação. “É um problema que não se limita ao consumidor individual, mas atinge toda a dinâmica social das regiões afetadas”, avalia Alvim.

Direitos do passageiro

Apesar da lógica de mercado que rege o setor, há limites. “O que a companhia não pode fazer é vender uma passagem e, depois do cancelamento da rota, deixar o passageiro sem suporte. Nesse caso, ela deve oferecer reacomodação em outro voo, em outra empresa ou até em outro meio de transporte, como ônibus, além da opção de reembolso integral”, explica Alvim.

O que fazer se o voo for cancelado

O especialista orienta um passo a passo:

  1. Contato imediato com a companhia, de preferência por telefone, guardando protocolos ou até gravando a ligação;
  2. Caso não haja solução, registrar reclamação no Consumidor.gov.br, plataforma oficial do governo;
  3. Persistindo o problema, procurar Procon ou advogado de confiança, podendo recorrer à Justiça.

O que diz o governo

O Ministério de Portos e Aeroportos informou que trabalha em medidas para reduzir custos operacionais e estimular a aviação regional. Entre elas estão alíquota diferenciada para a aviação regional na Reforma Tributária e a oferta de R$ 4 bilhões em linhas de crédito do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), com contrapartidas que incluem ampliar rotas na Amazônia Legal e no Nordeste.

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06/08/2025 03:00h

Com passagens a preços acessíveis, programa já viabilizou viagens para milhares de beneficiários do INSS que não viajavam há mais de um ano

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Por meio do Programa Voa Brasil, a aposentada do INSS Fátima Muniz, de 59 anos, reencontrou a filha caçula, em Salvador (BA), após 24 meses de saudade acumulada. De Goiânia (GO) a Salvador, cerca de 1.700 quilômetros impossibilitavam o abraço de mãe e filha. Considerando o alto valor das passagens, a viagem só foi possível por meio da iniciativa do governo federal – já que, ao aderir ao programa, aposentados do INSS podem adquirir passagens a R$ 200 o trecho.

Fátima Muniz relata que ao desembarcar no aeroporto da capital baiana teve a certeza de que a viagem foi a realização não só de um sonho seu, mas também de um desejo de sua filha. 

“A passagem é muito cara. Quando a gente é aposentada, é difícil. É fora da nossa realidade,” relata a beneficiária do INSS.

O encontro foi em março de 2025, apenas graças à emissão das passagens pelo Voa Brasil – o primeiro programa social do Governo Federal voltado ao modal aéreo brasileiro.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destaca o impacto do programa para os aposentados brasileiros e que o programa não envolve subsídio governamental para a aquisição de passagens aéreas.

“Esse programa tem o impacto de atender até 25 milhões de aposentados no Brasil, que podem comprar passagens até R$ 200. Esse é um programa que não tem nenhum real de recursos públicos, é um programa em parceria com a iniciativa privada, com as companhias aéreas, que estão ofertando passagens até R$ 200 para aposentados que não viajaram nos últimos 12 meses”, destaca o ministro.

Está foi a primeira viagem de  Fátima pelo programa. Segundo ela, a experiência foi tão boa que já planeja embarcar, daqui a um ano, rumo a Porto de Galinhas para aproveitar a praia ao lado da filha e de outros familiares.

A aposentada Fátima Muniz faz um convite aos aposentados que também desejam rever familiares ou apenas aproveitar o Voa Brasil para viver novas experiências pelo país pagando pouco.

“As pessoas da minha idade, que sonham em rever algum ente querido e que não têm condições, procurem o Voa Brasil, porque o programa é verdadeiro. A gente consegue viajar sim. E por essas condições que é oferecida, passagem a R$ 200 de ida e R$ 200 de volta, para nós que ganhamos tão pouco, isso é um presente. E eu só tenho a agradecer a esse programa, o Voa Brasil. Foi a melhor coisa que fizeram por nós. Eu aplaudo a todos, ao programa, ao presidente, às empresas de aviação”, ressalta Fátima.

Facilidade para emitir passagens

O Programa Voa Brasil é destinado a atender aposentados do INSS que não tenham voado nos últimos 12 meses.

Segundo Fátima, o acesso à plataforma foi simples, sem dificultades. “Achei superfácil. E olha que eu já sou de idade”, menciona.

Para adquirir uma passagem pelo programa Voa Brasil, o interessado deve acessar o site gov.br/voabrasil, efetuar o cadastro e aguardar a liberação das ofertas.

As passagens custam R$ 200 o trecho, com embarques fora dos períodos de alta temporada – como férias escolares e feriados prolongados. O pagamento pode ser realizado à vista ou parcelado no cartão de crédito.

Um ano de Voa Brasil

A iniciativa do Governo Federal é coordenada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e completou um ano em julho deste ano. O impacto do Voa Brasil pode ser observado pelo cenário de que o equivalente a 344 aeronaves lotadas de aposentados já decolaram em todo o país.

Segundo o MPor, além de poder proporcionar encontros familiares ou a realização de conhecer destinos turísticos brasileiros, o objetivo do programa é democratizar o transporte aéreo e permitir que mais pessoas acessem o principal modal brasileiro.
 

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02/08/2025 04:00h

Belém (PA) lidera crescimento; Manaus (AM) tem maior avanço percentual entre os principais terminais

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No primeiro semestre de 2025, o movimento dos aeroportos da Região Norte do país registrou crescimento de quase 7% em comparação com o mesmo período de 2024. Este ano, foram registrados aproximadamente 5,5 milhões de passageiros em voos domésticos e internacionais. O dado é do Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o desempenho positivo demonstra que os aeroportos nortistas acompanham o crescimento da aviação civil brasileira, que avançou 10% no período. Além disso, a pasta afirma que o cenário reforça o papel estratégico da aviação regional no transporte aéreo do país, impulsionada pela união de turismo, negócios e eventos internacionais.

O diretor de Outorgas, Patrimônio e Políticas Regulatórias Aeroportuárias, Daniel Longo, avalia que o crescimento na movimentação de passageiros está relacionado ao momento positivo da economia brasileira que, de acordo com ele, avança em todas as regiões.

“O Brasil vem crescendo, e crescendo forte em todas as regiões. O Norte é uma região estratégica para o desenvolvimento nacional e o governo federal tem concentrado esforços para dotar a região de uma moderna infraestrutura aeroportuária. Isso acaba se refletindo em melhores serviços para os passageiros e também melhores condições de operação para as companhias aéreas”, aponta Daniel Longo.

Destaques entre os aeroportos

Juntos, os terminais de Belém (PA), Manaus (AM) e Palmas (TO) somaram mais de 3,7 milhões de passageiros no semestre. 

O Aeroporto Internacional de Belém (Val-de-Cans), no Pará, lidera a expansão da aviação no Norte, com alta de 0,5% na movimentação em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 1.882.276 milhões de passageiros. 

A expectativa é de que o fluxo aéreo se intensifique ainda mais na cidade no segundo semestre, considerando que a capital paraense vai sediar, em novembro, a COP 30 – evento global sobre mudanças climáticas.

Por outro lado, o Aeroporto Internacional de Manaus, Eduardo Gomes, apresentou um dos maiores percentuais de crescimento na região – com alta de quase 15% em relação ao primeiro semestre de 2024. O terminal movimentou 1.526.614 viajantes, frente aos 1.333.922 do ano anterior.

Em Palmas, o avanço foi de quase 10%. O Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues atendeu 354.725 passageiros no semestre – número que superou os 324.387 registrados no ano anterior.

Resultado nacional

Considerando todos os terminais brasileiros, o relatório da Anac mostra que mais de 61,8 milhões de passageiros circularam pelos aeroportos do país no primeiro semestre deste ano. O cenário representa um crescimento de 10% sobre os 56,2 milhões registrados no mesmo período de 2024.

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31/07/2025 02:00h

Recursos foram para obras de ampliação e modernização de terminais, reparação e construção de novas pistas e reforço na infraestrutura já existente; melhorias ocorreram em nove estados, de todas as regiões

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No primeiro semestre de 2025, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) totalizou R$ 5,6 bilhões em anúncios de investimentos e obras de infraestrutura em 20 aeroportos do Brasil. Os recursos foram investidos pelo Governo Federal e pelo setor privado. Os aportes são para ampliação e modernização de terminais concedidos e sob administração estatal, em nove estados de todas as regiões do Brasil.

Além de serem voltados à ampliação e modernização de terminais, os recursos também são para reparação e construção de novas pistas e reforço na infraestrutura já existente, bem como para medidas de segurança para pousos e decolagens.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lembrou que a aviação civil brasileira cresceu 10% no primeiro semestre e ultrapassou a marca histórica de 61 milhões de passageiros transportados. Ele destacou a importância dos aportes para as melhorias em infraestrutura aeronáutica.

“Essas obras são fundamentais para ampliar aeroportos e expandir a aviação brasileira, reforçando o turismo de negócios e de lazer, especialmente neste momento em que a movimentação nos terminais aéreos tem batido recorde no Brasil”, ressaltou o ministro.

Confira o balanço de investimentos em aeroportos no 1° semestre de  2025:

  • Total de investimentos: R$ 5,6 bilhões;
  • Regiões beneficiadas: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste;
  • Estados que receberam investimentos: PR, RJ, MS, SP, MG, PA, RO, BA e RS
  • Obras entregues: cerca de R$ 900 milhões aplicados em obras de quatro aeroportos das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. 

Segurança

Em relação à segurança, tem destaque a implantação de sistemas de auxílio à navegação e segurança, como o PAPI (Precision Approach Path Indicator), utilizado, por exemplo, na iluminação e sinalização das pistas, além do RESA (Runway End Safety Area) – referente à área de segurança do fim da pista – e do EMAS (Engineered Material Arresting System), sistema de segurança instalado ao fim das pistas de aeroportos com vistas a parar com segurança uma aeronave.

De acordo com o ministério, também constam obras de construção de cerca de segurança e cerca operacional e construção, recuperação ou ampliação de terminal de passageiros, além de estacionamentos e vias de acesso ao aeroporto.

O diretor de Outorgas, Patrimônio e Políticas Regulatórias Aeroportuárias, Daniel Longo, reforçou os esforços do Governo Federal para fomentar melhorias na aviação civil brasileira e para ampliar o acesso ao transporte aéreo pelos brasileiros.

“O Governo Federal sabe da importância da aviação para o desenvolvimento do país e tem concentrado esforços na melhoria da infraestrutura aeroportuária. A intenção é que mais rotas sejam ativadas e mais brasileiros possam acessar o transporte aéreo. Mais brasileiros possam viajar de avião. Os números recentes de passageiros transportados e o volume de recursos aportados no setor mostram que a gente está no caminho certo”, destacou.

Obras entregues

No que diz respeito às obras entregues, cerca de R$ 900 milhões foram aplicados, do total, em quatro aeroportos das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. 

Na Região Sul, foram entregues as obras nos aeroportos de Foz do Iguaçu (PR), de R$ 396 milhões, e Londrina (PR), de R$ 201 milhões.

Já as entregas no Sudeste do país ocorreram no Aeroporto de Macaé (RJ), de R$ 206,2 milhões. 

Em obras públicas, foram entregues as obras no Aeroporto de Dourados (MS), na região Centro-Oeste, no valor de R$ 94,3 milhões.

Anúncios por região

Com relação aos anúncios feitos, o maior volume está na região Sudeste, com R$ 3,15 bilhões. Confira os anúncios por aeroporto da região:

  • Aeroporto de Congonhas/SP (R$ 2,5 bilhões);

  • Aeroporto de Uberaba/MG (R$ 150 milhões);
  • Aeroporto de Uberlândia/MG (R$ 300 milhões);
  • Aeroporto de Montes Claros/MG (R$ 200 milhões).

Para a Região Norte, foram anunciados R$ 730 milhões em investimentos nos seguintes terminais: 

  • Aeroporto de Santarém/PA (R$ 210 milhões); 
  • Aeroporto de Altamira/PA (R$ 170 milhões); 
  • Aeroporto de Marabá/PA (R$ 180 milhões);
  • Aeroporto de Carajás/PA (R$ 170 milhões).

Já no Centro-Oeste, houve anúncio de R$ 625 milhões. Os recursos foram divididos entre: 

  • Aeroporto de Campo Grande/MS (R$ 280 milhões); 
  • Aeroporto de Corumbá/MS (R$ 170 milhões); e Aeroporto de Ponta Porã/MS (R$ 175 milhões).

Ainda segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, entre obras anunciadas para terminais públicos sob administração estatal estão as do Aeroporto de Ji-Paraná/RO (R$ 11,2 milhões), no Norte; do Aeroporto de Americana/SP (R$ 16,3 milhões), no Sudeste; Aeroporto de Barreiras/BA (R$ 44,1 milhões), no Nordeste; do Aeroporto de Dourados/MS (R$ 44,5 milhões), no Centro-Oeste; e nos aeroportos de Santa Rosa/RS (R$ 47,8 milhões) e de Ponta Grossa/PR – R$ 32,1 milhões, ambos na Região Sul.

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25/07/2025 03:00h

Lançado há um ano pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a iniciativa alcançou um número de passageiros beneficiários suficiente para lotar mais de 300 aeronaves; movimento foi notado em 87 aeroportos de todos os estados do país – com São Paulo sendo o destino mais procurado

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O Programa Voa Brasil completou um ano de lançamento no dia 23 de julho e atingiu neste período cerca de 45 mil reservas de passagens de até R$ 200 para aposentados do INSS. A iniciativa garante a inserção social na aviação brasileira. O montante de passagens seria suficiente para lotar mais de 344 aeronaves com os beneficiados. O movimento de passageiros integrantes do programa foi registrado em 87 aeroportos de todos os estados do país.

O Voa Brasil foi lançado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), em parceria com as companhias aéreas. As empresas firmaram o compromisso de disponibilizar passagens no site gov.br/voabrasil ao longo do primeiro ano do programa. 

O objetivo é ofertar passagens ociosas e em baixa temporada para possibilitar o acesso a aposentados que não tinham viajado nos últimos 12 meses. 

O diretor de Outorgas e Políticas Regulatórias, Daniel Longo, destacou o papel do programa em promover o acesso ao uso da aviação civil no país por aposentados. “O programa dá oportunidade a este grupo de brasileiros, de ter acesso ao transporte aéreo nacional, e isso é muito positivo. O Voa Brasil resgata a autoestima do aposentado, dá a possibilidade de fazer uma primeira viagem de avião ou mesmo de rever parentes que não via há anos.”

Destinos mais procurados

A cidade de são São Paulo (SP) foi o destino mais procurado pelos beneficiários – escolhida por 12,7 mil passageiros.

Em seguida aparece a cidade do Rio de Janeiro (RJ), destino de 3,6 mil viajantes entre 2024 e 2025. Já em terceiro lugar ficou Recife (PE) com 3,5 passageiros registrados.

Confira o ranking com os destinos mais procurados pelos usuários do Voa Brasil (por número de passageiros):

  • São Paulo: 12.771;
  • Rio de Janeiro: 3.673;
  • Recife: 3.509;
  • Brasília: 3.000;
  • Fortaleza: 2.843;
  • Salvador: 2.601;
  • João Pessoa: 1.587;
  • Maceió: 1.507;
  • Belo Horizonte: 1.254;
  • Natal: 1.150.

Entre as regiões, Sudeste e Nordeste concentraram, respectivamente, 43% e 40% do total de reservas efetuadas desde o início do programa. 

Já a terceira região mais procurada pelos aposentados foi o Centro-Oeste (8%), seguida pelo Sul (5%) e pelo Norte (3%).

No total, foram 510 trechos diferentes procurados pelos aposentados – considerando que os mais movimentados foram entre a capital paulista e as capitais nordestinas Recife, Salvador, Maceió, Fortaleza e João Pessoa (ida e volta).

Também foram identificados trechos de longa distância, como Porto Alegre/Recife ou São Paulo/Fernando de Noronha (quatro horas de voo). Entre os trechos curtos, foram registrados viajantes da Ponte Aérea Rio/São Paulo e também dentro do mesmo estado, como Salvador/Porto Seguro.

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23/07/2025 03:00h

Movimentação em aeroportos cresceu 10% em relação a 2024; destaque para Galeão, Guarulhos, Confins e Brasília

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No primeiro semestre de 2025, a aviação civil brasileira bateu o recorde histórico, registrando 61,8 milhões de passageiros – entre voos domésticos e internacionais, por meio da aviação comercial. A movimentação nos aeroportos do Brasil cresceu 10% em comparação com o mesmo período do ano passado – quando 56,2 milhões de viajantes utilizaram a infraestrutura aeroportuária.

Segundo o levantamento realizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), baseado no Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de janeiro a junho deste ano foram registrados 48 milhões de viajantes em voos nacionais – indicando um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. Já o mercado internacional foi responsável por transportar 13,8 milhões de turistas, equivalente a um avanço 15,3% em comparação com os dados apurados em 2024.

O diretor de outorgas e políticas regulatórias do MPor, Daniel Longo, afirmou que o cenário de fortalecimento da aviação civil brasileira pode seguir pelos próximos meses, considerando os investimentos do governo federal.

“Temos um cenário positivo e com boa perspectiva para os próximos meses. Os investimentos que o governo federal vem fazendo na aviação civil, com melhoria de infraestrutura de aeroportos, apoio institucional a companhias aéreas e também a valorização do trabalhador da aviação, têm surtido um efeito relevante na ponta, permitindo que mais brasileiros viagem, usem o transporte aéreo e contribuam com o desenvolvimento do país”, destacou Longo.

Principais terminais 

Os dados do levantamento apontam, ainda, que os principais aeroportos do país apresentaram aumento na movimentação de viajantes no primeiro semestre de 2025 em relação a 2024.

Entre os 10 maiores terminais do país em termos de movimentação, o Galeão (RJ) registrou o melhor desempenho – saltando de 6,5 milhões de passageiros no primeiro semestre do ano anterior para 8,2 milhões em 2025. O crescimento foi superior a 26%. 

Já o aeroporto internacional de Confins, em Belo Horizonte, registrou 6,2 milhões de passageiros transportados – alta de quase 15%. 

O maior terminal do país, o de Guarulhos, em São Paulo, registrou um crescimento de 8% nos seis primeiros meses do ano. Foram quase 22 milhões de viajantes. 

Ainda no ranking dos mais movimentados, o aeroporto de Brasília avançou 7,6% nos primeiros seis meses deste ano, com movimentação acima de 7,5 milhões de pessoas – estabelecendo o melhor patamar desde 2019.
 

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09/07/2025 03:30h

Programa prevê flexibilização de regras e ampliação de concessões para transformar terminais em polos comerciais

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O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) apresentou, nesta terça-feira (8), em São Paulo, o programa Investe+ Aeroportos. A iniciativa tem como foco aumentar a receita dos terminais concedidos à iniciativa privada, por meio da flexibilização de regras regulatórias. A proposta busca atrair novos investimentos e ampliar a oferta de serviços nos aeroportos.

A ideia é transformar os terminais aéreos em plataformas multifuncionais para diferentes empreendimentos comerciais. Para isso, o programa flexibiliza a Portaria nº 93/2020, do antigo Ministério da Infraestrutura, que regulamenta os contratos de cessão de uso de áreas em aeroportos.

Com a flexibilização, será possível ampliar os prazos de concessão, permitindo que as concessionárias firmem contratos de uso mais longos e viabilizem a amortização dos investimentos realizados.

“Através da Portaria 93 a gente amplia o prazo das concessões para que esse projeto, efetivamente, se viabilize, por exemplo, de grandes terminais de cargas, hotel, hospital, para que passe a ser um ativo e passe a ser apresentado no mercado como uma alternativa de novos negócios”, explicou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O ministro Silvio Costa Filho destacou que o país possui grandes hubs logísticos e, por isso, houve a revisão da Portaria 93 com vistas a proporcionar mais segurança jurídica e previsibilidade aos investidores. 

“Ali, além do aeroporto, existem áreas estratégicas e a nossa ideia é poder fazer ali grandes terminais de cargas, fazer hubs logísticos para estimular a aviação de cargas no país. E com isso, esses projetos serão vendidos ao mercado financeiro, para que o mercado possa, a partir daí, ter rentabilidade e fazer aporte de investimentos”, disse Costa Filho.

A apresentação ocorreu na sede da XP Investimentos a investidores e players do ramo aeroportuário brasileiro. Participaram do evento, além do ministro de Portos e Aeroportos, o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, além de executivos, CEO’s e diretores que atuam no setor.

Investe+ Aeroportos: Geração de empregos 

Segundo o MPor, de 2023 a 2025, já foram aprovados 19 investimentos a partir da Portaria n° 93. As aprovações representam um aporte de cerca de R$ 4,5 bilhões em sítios aeroportuários. A pasta defende que com o Investe+ Aeroportos, os recursos serão maiores e deverão gerar mais empregos diretos e indiretos.

O secretário nacional de aviação civil, Tomé Franca, ressaltou o potencial do programa para investimentos mais robustos nos aeroportos e também na geração de empregos.

“Será possível ter nos nossos aeroportos empreendimentos como shoppings, centros de convenções, hotéis, terminais logísticos, complexos hospitalares, entre outras iniciativas que vão trazer mais desenvolvimento, empregos e oportunidades”, frisou Franca.

Investe+ Aeroportos: Exemplos de empreendimentos

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, diversos investimentos serão possíveis a partir do Investe+ Aeroportos. Confira:

  • Shoppings;
  • Centros de convenções e escolas;
  • Hotéis;
  • Hospitais;
  • Casas de espetáculo;
  • Unidades de energia.

O programa também prevê, entre outras possibilidades, aeroportos como âncoras do desenvolvimento regional, especialmente nas regiões Norte e Nordeste; bem como a ampliação da intermodalidade e ligação com portos secos e retroáreas logísticas.

Investe+ Aeroportos: Consulta pública para fomentar o projeto

O Investe+Aeroportos está em consulta pública até o próximo dia 13 de julho na plataforma Participa Mais Brasil. A previsão, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, é de que o projeto seja lançado no início de agosto. “A gente espera que tenhamos investimentos de mais de R$ 15 bilhões nos aeroportos nos próximos cinco anos.”

No site Participa Mais Brasil, os cidadãos podem sugerir medidas para aprimorar o projeto. As sugestões serão analisadas pela pela equipe técnica da Secretaria Nacional de Aviação Civil e, caso sejam aprovadas, devem integrar a portaria de regulamentação.

O MPor prevê que a nova norma entre em vigor em setembro.

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