Infraestrutura

12/08/2025 23:00h

Falta de recursos federais pressiona orçamentos municipais e ameaça logística rural

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Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela um déficit alarmante na manutenção das estradas vicinais brasileiras — importante rede viária para escoamento da produção agrícola e mobilidade rural. Os municípios gastam anualmente uma média de R$ 3,6 bilhões para conservar essas vias, mas receberam apenas R$ 371 milhões por ano de repasses federais para essa finalidade. 

Segundo a CNM, a falta de recursos compromete o desenvolvimento local e nacional. A malha de estradas vicinais do país é extensa e de responsabilidade dos governos municipais, como determina a Constituição Federal. No entanto, a discrepância entre os custos e o apoio financeiro federal coloca prefeitos diante de um desafio orçamentário permanente, como explica o consultor de orçamento, César Lima: 

“Hoje nós temos aí uma uma malha de estradas vicinais enorme e que, até pela Constituição, cabe a sua manutenção aos municípios, são as vias municipais”. O consultor aponta que a chave para reduzir o déficit de recursos está no acesso às emendas parlamentares

“O que se pode pensar hoje para resolver essa questão da falta de recursos federais para manutenção dessa malha, seria realmente as prefeituras solicitarem emendas do orçamento da União aos parlamentares. Porque, se você for olhar hoje a capacidade de investimento do governo federal, 80% dela está na mão dos parlamentares, dos congressistas, através de suas emendas.”

A CNM alerta que a falta de manutenção adequada pode comprometer não apenas a logística de escoamento da produção, mas também o acesso a serviços básicos. 

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12/08/2025 03:00h

O objetivo é reduzir desigualdades regionais, ampliar a capacidade produtiva e fomentar o crescimento econômico local

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Com o propósito de fortalecer a infraestrutura produtiva local, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional lançou o Programa Nacional de Máquinas, Equipamentos e Veículos para o Desenvolvimento Regional e Territorial, INOVA. A iniciativa vai adquirir e doar máquinas, veículos e equipamentos, especialmente para municípios com baixos índices de desenvolvimento humano.

O objetivo é reduzir desigualdades regionais, ampliar a capacidade produtiva e fomentar o crescimento econômico local. A Diretora do Departamento de Gestão de Instrumentos de Repasse e Parcerias do MIDR, Rosimeire Fernandes destaca que o foco é voltado para territórios mais vulneráveis e menos mecanizados.

Poderão participar do programa entes federativos, consórcios públicos e organizações da sociedade civil que comprovem capacidade para operar e manter os equipamentos. A adesão se dará por meio de termo de doação com encargos, e os bens deverão ser usados exclusivamente em atividades ligadas à produção, manutenção de estradas e ações de desenvolvimento regional.

Para mais informações sobre ações do Governo Federal em desenvolvimento regional, acesse: mdrgov.br

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03/08/2025 03:00h

Levantamento do Instituto Imazon mostra grande desigualdade na qualidade de vida entre municípios; Amazônia Legal concentra os piores índices do país

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O relatório do Índice de Progresso Social do Brasil (IPS Brasil) 2025 realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), listou as 20 cidades com a melhor e a pior qualidade de vida no Brasil  em 2025. O documento mostra que sete, das dez melhores cidades para morar no Brasil, estão localizadas no estado de São Paulo.

O IPS mede o desempenho social e ambiental de territórios e esta foi a segunda edição da publicação. Os dados coletados abrangem todos os 5.570 municípios brasileiros. 

O estudo mostra que, em 2025, havia uma desigualdade significativa na distribuição do progresso social entre os municípios brasileiros. O cenário retrata um relevante contraste entre a Região Norte, especialmente na Amazônia Legal, onde se concentra a maioria dos municípios críticos, e o Sudeste do Brasil – onde estão os municípios com maiores notas do IPS.

O levantamento mostra que a Amazônia Legal teve a pior nota do componente Qualidade do Meio Ambiente. Segundo o estudo, o resultado é influenciado pelo desmatamento e pela concentração de emissões associadas de Gases de Efeito Estufa (GEE) na região.

Em relação ao cenário nacional, o estudo revela que a dimensão de oportunidades apresentou o pior resultado (46,07), com resultados baixos relacionados aos Direitos Individuais (32,41), Acesso à Educação Superior (47,39) e Inclusão Social (47,21).

Para calcular o IPS Brasil 2025, foram utilizados 57 indicadores, oriundos de fontes públicas oficiais. As notas variam de 0 a 100 e os são divididos em três dimensões, sendo oportunidades, que inclui direitos individuais e acesso à educação superior, entre outros; necessidades humanas básicas, que abarca nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia, entre outros e, por fim, fundamentos do bem-estar, que abrange desde acesso à informação e comunicação à saúde saúde e bem-estar.

Inclusive, na dimensão de necessidades humanas básicas, o país alcançou a melhor pontuação geral média (74,79).

Melhores cidades brasileiras para morar

Pela segunda vez seguida, Gavião Peixoto (SP) liderou o ranking com a melhor pontuação no IPS 2025. O município fica localizado no interior do estado de São Paulo.

Entre as dez cidades com melhor qualidade de vida no país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais também aparecem com um município cada

Confira o ranking das 10 melhores cidades para morar no Brasil:

  • Gavião Peixoto (SP)
  • Gabriel Monteiro (SP)
  • Jundiaí (SP)
  • Águas de São Pedro (SP)
  • Cândido Rodrigues (SP)
  • Presidente Lucena (RS)
  • Luzerna (SC)
  • Pompéia (SP)
  • Nova Lima (MG)
  • Itupeva (SP)

Apesar do resultado expressivo de municípios paulistas, nas regiões mais ricas do Brasil como Sul e Sudeste, o IPS aponta que o componente Saúde e Bem-estar demonstrou fragilidade. De acordo com o estudo, o resultado é influenciado pelas taxas elevadas de obesidade, suicídio e mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – como diabetes e doenças respiratórias.

10 piores cidades para morar no Brasil

O município que registrou o pior índice do IPS em 2025 é, mais uma vez, o município de Uiramutã (RR), que obteve 37,59 no índice.

Entre as dez cidades com pior qualidade de vida no país, sete estão localizadas no Pará e três em Roraima. Entre as 20 cidades listadas no ranking, também estão Japorã (MS), Marajá do Sena (MA) e Peritoró (MA) e outras três cidades do Acre: Santa Rosa do Purus e Feijó.

Confira o ranking das 10 piores cidades para morar no Brasil:

  • Uiramutã (RR)
  • Jacareacanga (PA)
  • Amajari (RR)
  • Bannach (PA)
  • Alto Alegre (RR)    
  • Trairão (PA)
  • Pacajá (PA)
  • Portel (PA)
  • São Félix do Xingu (PA)
  • Anapu (PA)

Cenário nas capitais brasileiras 

Segundo o IPS 2025, Curitiba (PR) é a capital com melhor qualidade de vida no Brasil, seguida por Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Na quarta posição aparece São Paulo (SP) e no 5° lugar, Belo Horizonte (BH). Além disso, Palmas (TO) é a melhor capital da região Norte, enquanto João Pessoa (PB) lidera o ranking de progresso social no Nordeste.

Entre as capitais, Porto Velho (RO) ficou em último lugar, com Macapá (AP) logo atrás.

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31/07/2025 22:00h

Com seis terminais entre os mais movimentados, região responde por mais de 50% dos embarques e desembarques no país

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No primeiro semestre de 2025, os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Confins, Campinas, Galeão e Santos Dumont – todos no Sudeste do país  responderam por mais da metade da movimentação aérea registrada no Brasil. Os dados constam no relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Com o resultado, a região segue na liderança em relação à quantidade de embarques e desembarques registrados no período. Somente o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), por exemplo, contou com 14.094.849 passageiros, ou seja, 28,73% do volume total.

Aviação civil: primeiro semestre teve 5,6 bilhões de investimentos em 20 aeroportos

Rio de Janeiro (RJ): Aeroporto de Jacarepaguá inicia modernização com investimento de R$ 115 milhões

Em segundo lugar no ranking aparece o Aeroporto de Congonhas, também na capital paulista, com movimentação de 11.515.675 usuários, o que corresponde a 23,47% de participação.

Na avaliação da diretora de Gestão Estratégica do Ministério de Portos e Aeroportos, Thairyne Oliveira, entre os fatores que têm contribuído para os resultados estão os investimentos com recursos federais destinados ao setor.

"A movimentação aérea tem relação direta com o cenário econômico nacional. A liderança do Sudeste, região que concentra a maior parte do PIB do país, mostra que a economia brasileira está aquecida e nossos aeroportos prontos para atender a demanda de passageiros ", disse.

Outros destaques:

  • Aeroporto de Confins (MG): 5.960.395 passageiros (12,15% de participação);
  • Aeroporto de Campinas (SP): 5.680.383 passageiros (11,58% de participação);
  • Galeão (RJ): 5.368.842 passageiros (10,94% de participação);
  • Santos Dumont (RJ): 2.950.925 passageiros (6,01% de participação).

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, considera que o desempenho do Sudeste no setor aéreo está relacionado à força da região no crescimento econômico do país. "Nosso compromisso é garantir que esse motor continue a girar, com uma infraestrutura aeroportuária moderna e eficiente, que integre regiões e países, atraia mais investimentos e impulsione a economia, gerando emprego e renda para população", pontuou.

Voos Internacionais

O levantamento da Anac também mostra que o Sudeste concentra quase a totalidade das operações internacionais do país. Nesse caso, Guarulhos é apontado como o principal ponto de conexão com o exterior, responsável por 68,45% dos voos internacionais. O terminal concentra um total de 7.844.132 partidas e chegadas com destinos fora do Brasil.

O Aeroporto do Galeão aparece com 2.839.265 voos internacionais. O volume representa 24,78% do total. Juntos, os dois terminais respondem por mais de 93% das operações internacionais no Brasil.

Já os terminais de Campinas e Confins aparecem na sequência, com 4,54% e 2,22% de participação, respectivamente.

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30/07/2025 04:15h

Capacidade operacional recebeu investimentos de quase R$ 120 milhões para ampliação; medida fortalece infraestrutura portuária no Rio de Janeiro

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O novo Centro de Controle Operacional (CCO) da PortosRio foi inaugurado nesta terça-feira (29). A solenidade de inauguração também marcou a assinatura da ordem de serviço para o início das obras de dragagem no Cais da Gamboa, no Porto do Rio de Janeiro. As intervenções integram um conjunto de obras previstas para o terminal, com ênfase em infraestrutura e operação.

O centro de controle é a primeira etapa da implementação do sistema VTMIS (Vessel Traffic Management Information System) no Porto do Rio, tecnologia que permitirá o monitoramento em tempo real do tráfego marítimo. 

A infraestrutura será equipada com sensores integrados, radares, câmeras e ferramentas de rastreamento. Além disso, o centro garante uma visão precisa e integrada das operações aquaviárias – em conformidade com as normas da Marinha do Brasil (Normam 26) para serviços de tráfego de embarcações. 

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o avanço tecnológico no terminal portuário vai aumentar a segurança, eficiência e capacidade de resposta da estrutura portuária às demandas do comércio marítimo.

Durante o evento, o ministro Silvio Costa Filho ressaltou a importância do Porto do Rio como motor econômico regional e nacional. 

“O Porto do Rio, nesses últimos dois anos, foi um dos portos que mais cresceu no Brasil, um crescimento em mais de 15%. A gente sabe a importância que tem o Porto do Rio nas operações offshore, sobretudo da Petrobras. Mais de 70% das operações partem aqui do Porto do Rio. A importância que tem também na exportação do minério e do ferro. Isso é estratégico para o desenvolvimento da região”, disse o ministro.

Obras de dragagem

A cerimônia também marcou a assinatura da ordem de serviço que autoriza o início das obras de dragagem do Cais da Gamboa. A construção será executada pela empresa DTA Engenharia Ltda.. O prazo para conclusão é estimado em seis meses.

O ministro Silvio Costa Filho pontuou que a nova obra vai fazer com que o Porto do Rio esteja preparado “para atender às demandas do novo ciclo de crescimento econômico do país”.

Ele afirmou que a melhoria na estrutura portuária fluminense deverá atrair mais investimentos, o que implicará na geração de emprego e contribuirá para a ampliação da participação regional no comércio marítimo global.

Pelo projeto, estão previstas a readequação e a ampliação do canal de acesso, incluindo a dragagem, a elaboração dos projetos básico e executivo. Também compõe o projeto a instalação de sinalização, balizamento e serviços complementares.

A primeira fase da obra de dragagem trará benefícios, como o aumento da segurança e da eficiência na navegação, além da redução de custos logísticos e operacionais. 

A intervenção também deve consolidar o Porto do Rio de Janeiro como um hub estratégico no Atlântico Sul, impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos e ampliar a arrecadação tarifária, com reflexos positivos no PIB regional.

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28/07/2025 20:30h

Recursos para modernização portuária são destinados a ampliar a infraestrutura nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; expectativa é de gerar mais de 3 mil empregos diretos na região

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A 59ª reunião do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) aprovou uma série de projetos voltados à modernização da infraestrutura portuária no Brasil. Somente para os portos do Sul, foram destinados R$ 4,7 bilhões em investimentos, com foco nos três estados da região.

Os recursos serão aplicados em obras de ampliação, modernização e melhoria da logística portuária, com o objetivo de fortalecer a competitividade regional e nacional. 

A expectativa do Ministério é de que os projetos gerem mais de 3 mil empregos diretos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

Os investimentos são destinados à modernização portuária e embarcações. 

Confira as ações previstas entre aprovações:

  • Construção de quatro embarcações para operações submarinas (R$ 2,3 bilhões);
  • Construção de dois navios PSV – Plataform Supply Vessel, voltados ao apoio a atividades de extração de petróleo no mar – com tecnologia de baixo carbono (R$ 739,7 milhões);
  • Construção de seis rebocadores azimutais (R$ 312,6 milhões);
  • Modernização e reparo de 17 embarcações (R$ 163,2 milhões);
  • Concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (R$ 1,089 bilhão).

O investimento com concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá deve ampliar o calado e aumentar a capacidade de exportação.

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “os projetos aprovados pelo Fundo da Marinha Mercante reforçam a prioridade do Governo Federal em estimular a indústria naval nacional, modernizar a infraestrutura portuária e ampliar a competitividade do país". 

Na avaliação do ministro, a região Sul desempenha papel relevante em relação ao movimento regional, considerando a sua capacidade produtiva e “vocação exportadora”.

A coordenadora de políticas de fomento da Secretaria Nacional de Portos e Hidrovias, Maria de Lara Moutta Calado de Oliveira, integrante da equipe técnica do Fundo da Marinha Mercante, destaca o papel estratégico da região. 

“A gente vem trabalhando fortemente para a retomada da indústria de construção e reparação naval brasileira. Na 59ª reunião, se destaca a região Sul com diversos projetos para geração de emprego e renda. A gente destaca a importância da indústria naval. A região Sul tem 10 importantes estaleiros e contribui bastante na área de petróleo, gás, offshore e de apoio portuário”, pontuou Maria de Lara Moutta Calado de Oliveira.

De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, os créditos do Conselho para a região Sul integram o esforço de retomada da indústria naval e da infraestrutura logística no país.

Em 2025, mais de R$ 28 bilhões já foram aprovados para projetos novos e reapresentados em todo o país – valor recorde para os setores naval e aquaviário.

Fundo da Marinha Mercante

O Fundo da Marinha Mercante é administrado pelo MPor. O grupo segue focalizando as ações na modernização da frota nacional, geração de empregos qualificados e, ainda, no fortalecimento da indústria de construção e reparação naval.

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27/07/2025 00:10h

Região registra alta de 4,9% e se consolida como destino-chave para turismo e negócios, segundo dados da Anac.

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O Nordeste brasileiro segue em alta no setor de aviação civil. Segundo o Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mais de 19,3 milhões de passageiros circularam pelos principais aeroportos da região no primeiro semestre de 2025. O número representa um crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 18,4 milhões de pessoas viajaram por terminais nordestinos.

Para o Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor) o desempenho reforça o papel da região como um dos principais destinos do Brasil para turismo de lazer e negócios, com destaque para os aeroportos de Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Juntos, os três terminais receberam mais de 11,2 milhões de passageiros no período.

Recife lidera movimentação no Nordeste

Com 4,68 milhões de passageiros, o Aeroporto Internacional de Recife foi o mais movimentado da região no semestre. O dado consolida o terminal como o principal hub aéreo nordestino, que conecta o Brasil a destinos na América Latina e Europa. O aeroporto teve aumento de 2,5% em comparação a 2024, quando registrou 4,57 milhões de viajantes. 

Salvador e Fortaleza também se destacam

O Aeroporto de Salvador registrou crescimento de 5,1%, com 3,7 milhões de passageiros – acima dos 3,5 milhões do ano anterior. Já pelo terminal de Fortaleza passaram 2,8 milhões de pessoas, alta de 7,4% em relação a 2024 (2,6 milhões).

Os maiores avanços percentuais, no entanto, foram observados em Maceió (AL) e Porto Seguro (BA). A capital alagoana teve 1,4 milhão de passageiros, um crescimento de 14,1%. Porto Seguro registrou 1,17 milhão, com aumento de 15% na comparação com o ano passado.

Expansão da aviação impulsiona economia regional

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os dados comprovam que este é "o melhor período da aviação civil para o Brasil". Segundo ele, o Nordeste se beneficia de investimentos estratégicos e da expansão da malha aérea.

Daniel Longo, diretor de Outorgas e Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil, destaca que o aumento no número de passageiros nos aeroportos do Nordeste consolida a região como uma das mais fortes do país em movimentação aérea e comprova o bom momento da economia nacional. “Com a economia aquecida, mais turistas circulam, novas oportunidades de negócio surgem e mais investimentos chegam nos novos estados nordestinos, fazendo com que mais pessoas passem pelos terminais aeroportuários brasileiros”, avaliou Longo.

Além dos aeroportos líderes em movimentação, outros terminais também tiveram papel de destaque no desempenho regional:

  • São Gonçalo do Amarante (RN): 1,13 milhão de passageiros
  • Santa Rita (PB): 871 mil
  • Aracaju (SE): 635 mil
  • Teresina (PI): 521 mil

Aviação cresce em todo o país

O relatório da Anac mostra que a aviação civil brasileira também cresceu de forma geral. Mais de 61,8 milhões de passageiros viajaram em voos domésticos e internacionais no primeiro semestre de 2025, número 10% maior que o do mesmo período do ano anterior, quando 56,2 milhões utilizaram os aeroportos nacionais.

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24/07/2025 04:25h

Recursos foram aprovados para infraestrutura e indústria naval; desde 2023, foram contratados valores para 669 obras, com a geração de 43,1 mil empregos diretos e indiretos

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Em 2025, o Fundo da Marinha Mercante (FMM), sob a coordenação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), já aprovou R$ 29,5 bilhões em investimentos para 44 projetos – novos e reapresentações destinadas à infraestrutura e à indústria naval. Os destaques incluem projetos de expansão de infraestrutura portuária e construção de embarcações. 

O secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, destacou que os projetos aprovados para destinação de recursos por meio do fundo são fundamentais para a geração de empregos na indústria de construção naval do Brasil.

Segundo Antunes, os projetos são voltados a diversos segmentos, como petróleo, seja na produção ou transporte, além de setores ligados à logística nacional, como a navegação interior – como o transporte feito nas hidrovias. Os projetos também envolvem transporte de minério de ferro, com grãos líquidos, combustível e também de apoio marítimo – que são as embarcações que fazem apoio à produção.

“Esses quase R$ 30 bilhões têm, realmente, um efeito multiplicador na economia e que vai trazer realmente muito desenvolvimento para a nossa indústria naval”, pontuou Dino Antunes.

Segundo o MPor, a expansão de projetos vem sendo sentida ao longo do tempo – considerando que, desde 2023, já foram priorizados quase R$ 70 bilhões em recursos do FMM para as propostas.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o montante aprovado nos últimos dois anos do atual governo é o triplo do destinado no governo anterior.

“Estamos dando prioridade à retomada da indústria naval e ao fortalecimento da infraestrutura portuária. Esse valor, de R$ 70 bilhões, priorizados desde o início do atual mandato do presidente Lula, em dois anos e meio, é três vezes maior do que o aprovado entre 2019 e 2022, no governo anterior, que foi de R$ 22,7 bilhões em quatro anos”, disse o ministro.

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Balanço dos últimos dois anos e das reuniões do FMM

Conforme dados do ministério, desde 2023 já foram contratados recursos para 669 obras. Além disso, foram gerados 43,1 mil empregos diretos e indiretos.

Neste ano, o Conselho Diretor do FMM deve realizar quatro reuniões. Duas já ocorreram no primeiro semestre e outras duas serão realizadas até o fim do ano – previstas para setembro e dezembro.

Em maio, durante a primeira reunião, foram aprovados R$ 22,2 bilhões em recursos destinados para investimentos em 26 projetos relacionados à construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias.

Já na segunda reunião, que ocorreu neste mês julho, foram R$ 7,3 bilhões. Do montante, R$ 1,1 bilhão foi aprovado para o futuro concessionário do Porto de Paranaguá (PR). 

O leilão do canal de acesso ao porto deve ocorrer em setembro. No entanto, o empreendedor terá taxas e condições especiais para realizar os investimentos exigidos. Os outros R$ 6,2 bilhões aprovados são direcionados à construção, reparo e modernização de 105 embarcações.

Projetos em destaque

Neste ano, o fundo aprovou R$ 5,7 bilhões para 12 projetos pleiteados pela Petrobras, sendo quatro petroleiros do tipo Handy e oito navios-tanque do tipo gaseiros para transporte de GLP.

Entre os outros projetos aprovados, no setor naval, estão também a proposta da DOF Subsea Brasil Serviços para a construção de quatro embarcações do tipo RSV (Remotely Support Vessel) – no valor de R$ 2,8 bilhões, e o projeto da Bram Offshore Transportes Marítimos Ltda., que prevê a construção de quatro embarcações de apoio marítimo do tipo RSV, especializadas em operações com equipamentos submarinos, um investimento de R$ 2,4 bilhões.

Em relação à infraestrutura, entre os projetos aprovados, é importante destacar a modernização do estaleiro da Green Port Logística Portuária Ltda, em Niterói (RJ), no valor de R$ 242 milhões. Também entram na lista de destaques do setor, a construção de terminal para exportação de minério de ferro da Cedro Participações, em Itaguaí (RJ)integrando uma parcela da carteira de licitações de arrendamentos portuários de 2024 do MPor, no valor de R$ 3,6 bilhões, além da modernização do Tecon Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul, no valor de R$ 496,7 milhões.
 

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22/07/2025 23:00h

Pesquisa revela falta de preparo técnico e de recursos para elaboração de projetos

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O 13º Barômetro da Infraestrutura Brasileira, divulgado neste semestre, indica que a esfera municipal foi a única a apresentar uma piora efetiva na percepção de aproveitamento do potencial para investimentos em infraestrutura. A pesquisa ouviu 329 empresários e especialistas do setor entre os dias 13 de maio e 3 de junho de 2025.

Realizado semestralmente pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), em parceria com a consultoria estratégica EY-Parthenon, o levantamento revela que 58,9% dos entrevistados avaliam como “muito baixo” o nível de aproveitamento das oportunidades de crescimento pelos municípios — incluindo instrumentos como parcerias público-privadas (PPPs). Além disso, 17,6% afirmam que os municípios não estão aproveitando esse potencial de forma alguma. Esse percentual é significativamente superior ao verificado para União e estados, ambos com apenas 2,6%.

As expectativas em relação às administrações municipais também se deterioraram nesta edição da pesquisa, tanto em comparação com os resultados anteriores quanto em relação às demais esferas federativas.

No levantamento anterior, referente ao segundo semestre de 2024, 22,4% dos respondentes afirmavam que os municípios estavam aproveitando parcialmente o potencial para concessões e PPPs. Agora, esse índice caiu para 19,7%. Já a percepção de que o aproveitamento é “muito pouco” subiu de 56,1% para os atuais 58,9%.

Em contrapartida, os estados apresentaram melhora na avaliação. O percentual de entrevistados que enxergam um aproveitamento total do potencial para a realização de PPPs pelos governos estaduais subiu de 4,3% para 5,9%. Já aqueles que consideram o aproveitamento como parcial aumentaram de 49,0% para 54,2%.

Municípios: sem recursos e pessoal qualificado

Cesar Bergo, economista e sociólogo, professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB) e sócio diretor da OpenInvest, acredita que parte do problema de os municípios não investirem em infraestrutura é devido à falta de pessoal qualificado para a elaboração dos projetos.

“Quando você fala de municípios, aí realmente é uma dificuldade muito grande, porque você tem alguns municípios que não têm uma boa articulação, que não têm um bom quadro para poder fazer um bom planejamento e acabam muitas vezes perdendo as oportunidades”, explicou o professor.

Falta de recursos trava avanço do saneamento básico em municípios de pequeno porte

Bergo destaca que uma das dificuldades de se investir em infraestrutura é a falta de recursos. 

“Um dos problemas maiores da infraestrutura é a falta de recursos, sobretudo não só privados, que têm um risco em função da taxa de juros elevada, tem a questão do Fundo de Garantia que está sendo utilizado para outros fins. Você não tem recursos para trabalhar essa parte de infraestrutura, o saneamento básico, por exemplo. Tem um problema de planejamento. Durante o governo passado, nós tivemos a junção de vários ministérios em um só que foi o Ministério da Economia. Praticamente aniquilou o Ministério do Planejamento. Agora, o Ministério do Planejamento volta tímido. Ele é fundamental para esse tipo de projetos, envolvendo a infraestrutura, porque se o Ministério da Fazenda cuida da arrecadação, o Planejamento cuida dos gastos”, avaliou.

De acordo com o 13º Barômetro, o setor de rodovias será o que vai receber mais investimentos em infraestrutura nos próximos três anos, ultrapassando o segmento de saneamento básico. 

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22/07/2025 09:20h

Com 11,9 mil propostas selecionadas, governo federal vai ampliar rede pública com novas UBS, CAPS, policlínicas e ambulâncias do SAMU; confira se sua cidade será beneficiada

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O governo federal anunciou que 11,9 mil propostas foram selecionadas para o Novo PAC Seleções 2025 em 5.290 cidades. Os novos equipamentos de saúde serão disponibilizados e empregados em todas as regiões do país, com um investimento total da ordem de R$ 6 bilhões para construir mais Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), policlínicas e expandir frota do SAMU.

Segundo o governo, as seleções priorizaram a cobertura de vazios assistenciais, além dos critérios de cada modalidade – conforme divulgado no lançamento do programa. As cidades selecionadas alcançaram 95% dos municípios brasileiros, nas 27 UFs.

Ao todo, os municípios contarão com 800 novas UBS; 7 mil salas de teleconsulta em UBS; 10 mil UBS equipadas e 400 unidades odontológicas móveis.

Com os recursos da segunda edição do PAC Seleções 2025, a capacidade de atendimento na rede pública de saúde será ampliada. Serão construídas mais 46 policlínicas em 45 municípios, beneficiando cerca de 18 milhões de pessoas que dependem do SUS.

Além disso, o país contará com 130 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – nos quais 22 milhões de pessoas de 130 municípios poderão tratar da saúde mental.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) também será reforçado, com a aquisição de mais 1,5 mil ambulâncias, sendo 635 para expandir a frota de 408 municípios, fortalecendo o atendimento pré-hospitalar e de urgência; as outras 898 devem renovar a frota em 475 cidades.

Municípios contemplados

Confira a lista com os municípios contemplados em cada modalidade:

  • Policlínicas: 46 unidades em 45 municípios | CLIQUE AQUI 
  • Novas Ambulâncias – SAMU: 635 unidades em 408 municípios | CLIQUE AQUI 
  • Renovação de Frota – SAMU: 898 unidades em 478 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): 800 unidades em 800 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Unidades Odontológicas Móveis (UOM): 400 unidades em 400 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): 130 unidades em 130 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Kit de equipamentos para UBS: 10 mil unidades em 5.126 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Kit Telessaúde: 7 mil unidades em 4.515 municípios  | CLIQUE AQUI 
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