28/09/2024 04:20h

Ministério da Saúde emite nota técnica com orientações para diagnosticar Cepa 1b ainda sem registros de circulação no país

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Uma nova variante da Mpox — cepa 1b — que ainda não foi diagnosticada em pacientes com a doença no Brasil, acendeu o alerta mundial e fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse a situação de emergência internacional. Esta semana, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica orientando os laboratórios de referência do país sobre o diagnóstico dessa nova variante. 

Como forma de prevenção e para coordenar ações de resposta à doença, um Centro de Operações de Emergência em Saúde foi instalado e estabeleceu novos critérios para tentar detectar precocemente o aparecimento da nova cepa no país.

Novos procedimentos

A nota técnica prevê que para todo caso confirmado de Mpox deverá ser verificado se o paciente: 

  • Viajou para uma área com evidências de transmissão sustentada de humano para humano de Mpox cepa 1 ou onde a cepa 1 é endêmica;
  • Teve contato com caso confirmado, provável ou suspeito de Mpox cepa 1;
  • Teve contato com um animal selvagem ou um animal de estimação exótico, vivo ou morto, proveniente da África Central ou consumiu algum produto derivado desses animais (por exemplo, carne de caça, cremes e loções).

Se alguma dessas respostas for positiva, amostras serão enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é a unidade de referência que será responsável por concentrar todos os dados nacionais e aprimorar o algoritmo atual na identificação da cepa 1b.

Casos no país 

Em 2024 foram diagnosticados, até o dia 24 de setembro, 1.190 casos prováveis da doença, todos da cepa 2. O que deixa o país em estado de alerta, já que nos nove primeiros meses deste ano foi superada a marca de todo o ano passado, quando foram 853 registros de Mpox no Brasil. 
 

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28/09/2024 04:10h

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus desaceleram em grande parte do Centro-Sul e Nordeste

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O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em expansão em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e São Paulo. 

Nesta semana, a reportagem do Brasil 61 fez uma apuração da situação epidemiológica nos estados apontados pela Fiocruz com maior expansão dos casos de SRAG associados à Covid-19. Em Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal, há uma tendência de queda do número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus. No entanto, isso não significa que as notificações por síndrome respiratória não estejam aumentando, já que muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas.

Segundo o InfoGripe, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul já é possível verificar uma desaceleração dos casos graves de síndrome respiratória por Covid-19. Mas, apesar disso, a doença é ainda apontada como a principal causa de morte por SRAG entre idosos. Por isso, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça a importância da vacinação para os grupos de risco.

“É muito importante que todos os idosos e pessoas dos grupos de risco, que ainda não tomaram vacina contra o vírus, busquem um posto de saúde e se vacinem contra a Covid-19.”

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, desaceleraram ou tiveram queda em grande parte dos estados da região Centro-Sul e Nordeste, com exceção do Ceará e Pernambuco, onde ainda apresentam aumento.

Estados e capitais

Na tendência de longo prazo, dez unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte(MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 5% à influenza B; 7% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 31,7% ao rinovírus, e 34,6% à Covid-19. Entre os óbitos, 18,1% estavam associados à influenza A, 4,4% à influenza B, 0,8% ao VSR, 7,2% ao rinovírus e 61,9% à Covid-19.

A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella mantém as recomendações para se proteger dos vírus associados à SRAG.

“A gente mantém a recomendação de sempre, de uso de máscaras em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde, para as pessoas que moram nesses estados, com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Também é importante lembrar que na Região Norte já começou a campanha de vacinação contra a influenza. Então é importante que todas as pessoas elegíveis a tomar essa vacina busquem se vacinar contra o vírus.”

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 38, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 15 e 21 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.

“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

COVID-19: secretarias estaduais de saúde registraram tendência de queda de casos no DF, GO e RJ

Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias

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28/09/2024 04:00h

Negócio surgiu há cinco anos e já dá os primeiros passos no mercado internacional. Empreendedor conta como apoio da ApexBrasil foi determinante para o processo

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Fundada pelo paraense Rodrigo Cordeiro em meados de 2019, a Nova Planta — empresa que produz mudas in vitro — ainda dava os primeiros passos no mercado interno quando um grande pedido internacional mudou sua trajetória. Com uma demanda desafiadora de 100 mil mudas vinda da Turquia, Cordeiro percebeu que sua empresa tinha um enorme potencial, mas enfrentava o desafio de não saber lidar com a exportação.

Foi então que ele recorreu à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), que forneceu o conhecimento necessário para a Nova Planta atuar no comércio exterior.

"A burocracia é muito grande e isso impacta negativamente os pequenos negócios que estão começando. Se a gente fosse fazer com as próprias pernas, a gente não conseguiria. Ia demorar muito tempo, o desgaste ia ser grande. E a Apex está ali para te orientar e te colocar no caminho certo", conta Cordeiro. 

Hoje, a Nova Planta tem contrato firmado para exportar para o Chile, mas sonha com a abertura de mercado em outros países, objetivo que não intimida mais o empresário. "A Apex se tornou uma "mãe" com quem a gente pode contar para exportar. Vamos supor que eu precise exportar muda de mandioca para a África do Sul. Com certeza, a gente vai procurar a Apex, que vai nos dizer como funciona a legislação, como a gente pode fazer um trâmite, como fazer uma parceria com a câmara [setorial] de lá", explica. 

Ascenção

Técnico em meio ambiente, Rodrigo Cordeiro gosta da área desde pequeno, mas foi apenas durante a faculdade que ele resolveu transformar o cultivo de plantas in vitro em um negócio em escala comercial. Ao lado da professora Suzana e de um outro docente, que se tornaram sócios dele, o empreendedor fundou a Nova Planta. 

A Nova Planta produz mudas de todos os tipos: nativas, ornamentais, aromáticas, frutíferas, florestais, condimentares e medicinais. Hoje, a empresa fornece mudas para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, revitalização de nascentes e compensação ambiental, por exemplo. 

Como ocorre com a maior parte das empresas, o início da Nova Planta foi difícil. Com poucos recursos e mão de obra limitada, qualquer contrato firmado era motivo de celebração. "A gente vendia mil plantas e achava o máximo", conta Cordeiro. 

Aos poucos, contudo, o negócio foi crescendo e, hoje, a situação é muito melhor. "Contando a produção de mandioca, outras mudas no viveiro e a produção em laboratório, temos contrato para fornecer em torno de 20 mil plantas", afirma. 

A expansão do negócio gerou empregos nas instalações da empresa, que recentemente adquiriu um terreno de mais de quatro hectares. "Hoje, o nosso laboratório e o nosso viveiro funcionam em áreas cedidas. Mas esse novo local é grande, bem localizado. Nele vai ser feita a infraestrutura: o prédio e a nossa produção em estufa", conta. 

Atuação

Hoje, além da produção de mudas in vitro, o negócio desenvolve protocolos de testes de viabilidade de sementes, limpeza clonal, faz pesquisa e ministra cursos para cultura de tecidos vegetais, além de prestar consultorias e capacitações para laboratórios de micropropagação in vitro. 

Peiex

O Peiex é uma das inúmeras iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros a ingressarem no comércio internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

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28/09/2024 03:50h

Trata-se de uma área pertencente à empresa South Atlantic Potash, onde existem extensas camadas de cloreto de potássio e cloreto de sódio, situadas acima da camada do Pré-sal

Um grande depósito de potássio off shore, localizado próximo à costa no estado de Sergipe, poderá dar ao Brasil a autossuficiência no suprimento de cloreto de potássio, do qual o País é altamente dependente de importações. 

Trata-se de uma área pertencente à empresa South Atlantic Potash, liderada  pelo experiente engenheiro de minas e empresário Antenor Firmino Silva Júnior, onde existem extensas camadas de sais - cloreto de potássio e cloreto de sódio, situadas acima da camada do Pré-sal. 

Os recursos potenciais foram estimados em mais de 3 bilhões de toneladas de KCl. A expectativa é que o projeto possa alcançar uma produção de 2 milhões t/ano de cloreto de potássio já no curto prazo. 

Para estudar a viabilidade da exploração offshore a South Atlantic Potash contratou a empresa canadense Wood, especializada em petróleo e solution mining, com projetos bem sucedidos no Canadá, que está trabalhando com os brasileiros Luís Albano Tondo e Luiz Augusto Bizzi em um estudo de pré-viabilidade que deve ser concluído ainda este ano. 

O projeto de Sergipe, segundo Antenor Silva Júnior, tem origem em 2010, quando a então MbAC se dedicava a projetos de fertilizantes e identificou a oportunidade de exploração de potássio em áreas do Pré-sal. “Como se sabe, o petróleo do Pré-sal está abaixo de extensas camadas de sal, que incluem cloreto de potássio. Na época, pensamos: por que a MbAC não exploraria esse potássio, já que era uma empresa de fertilizantes?”, diz ele. 

Para estudar a possibilidade de produção de potássio no Pré-sal, a AMEC foi contratada em 2010 para fazer um estudo conceitual e chegou à conclusão de que era viável implantar uma lavra por solução, semelhante ao que é feito no Canadá, bombeando a solução salina até a costa onde seria processada em uma planta convencional em terra firme. 

Foram consideradas, na época, três áreas: algumas ocorrências próximas à costa de Sergipe e do Espírito Santo, e uma terceira em São Paulo (esta última com espessas camadas de KCl mas situada a cerca de 100km da costa). 

A conclusão do estudo da AMEC foi que o projeto era viável técnica e economicamente. No caso das jazidas próximas à costa, a planta para processar os sais de potássio seria igual àquelas utilizadas no Canadá, independentemente da área, e apenas a parte de produção em plataforma de água rasa apresentaria maiores riscos. No caso das jazidas mais distantes da costa, todo o processamento teria que ser feito embarcado, que é mais arriscado e oneroso. 

“Se fosse feito um projeto próximo à costa, que é o caso de Sergipe, poderia ser um meio termo: se lavrava os sais no mar e se processava na costa. Esta foi a alternativa que apresentou a melhor viabilidade. O projeto era viável, o NPV era positivo e a taxa de retorno competitiva, mas o investimento seria de US$ 2,5 bilhões. Foram estudadas duas escalas: 1 milhão de toneladas/ano e 2 milhões t/ano. Na época, as duas escalas foram consideradas viáveis técnica e economicamente.” 

Entretanto, afirma Antenor, o projeto era muito grande para o tamanho da MbAC. O projeto de potássio não foi em frente, principalmente devido ao custo dos materiais, que era muito alto na época.  

Desde 2010, a dependência do Brasil de importações de potássio aumentou e foram desenvolvidos novos materiais para operação off shore, de custo bem mais baixo, o que impactou positivamente a economicidade do projeto.

Diante dessa nova realidade, foi criada a South Atlantic Potash, contratou-se a Wood (sucessora da AMEC) para estudos complementares e o projeto entrou em uma nova fase. Partiu-se do modelo conceitual preparado anteriormente e estuda-se agora um caso concreto de viabilidade para a explotação de potássio utilizando dados, informações e infraestrutura já existentes na região.

Um outro fator importante é que o preço internacional do potássio tem se mantido relativamente estável, com momentos de pico. “O potássio tem a peculiaridade de ser um produto geopolítico. Qualquer problema político faz o preço disparar, mas quando as coisas se assentam, ele volta ao normal”, observa Antenor.  

De acordo com Luís Albano, a área-alvo na costa de Sergipe está coberta por direitos minerários da South Atlantic Potash. Para estudar o potencial dos recursos utilizaram-se furos e dados de geofísica 2D e 3D produzidos pela Petrobras na busca por petróleo. Os perfis digitais e de geofísica foram utilizados usando tecnologia padrão do mercado para a identificação e definição dos teores de KCl nas camadas intercaladas de halita, silvita e silvinita.  

Ele acrescenta que algumas plataformas da Petrobras estão em fase de descomissionamento e que a South Atlantic Potash estuda a possibilidade de aproveitar não só plataformas mas também infraestrutura e tubulações usadas para a produção de petróleo, o que pode reduzir a demanda de capital do projeto. 

“Uma das vantagens da área de Sergipe é a proximidade da costa, que é de aproximadamente 15km. Além disso, as águas são bastante rasas, com profundidade média do mar de 26 metros, o que facilita e reduz os custos operacionais. Ele explica que, para a extração do potássio, primeiro será feito um poço pioneiro a partir de uma plataforma. Em seguida, devem ser perfurados até 40 novos poços através de sondagem direcional para a formação de cavernas de produção. Para cada caverna formada serão necessários dois poços: um de injeção de água aquecida e outro de extração dos sais. Como se trata de sal, pode-se fazer uma dissolução de forma bastante controlada. Os parâmetros a serem controlados são a temperatura do fluido (que no caso é água do mar), a pressão e a concentração de sais na água. “Por exemplo, se quiser ser mais seletivo e dissolver só o KCl (cloreto de potássio) e não tanto o NaCl (cloreto de sódio), injeta-se uma salmoura com alta concentração de NaCl, evitando dissolver o NaCl e dissolvendo somente o KCl. Com isso, se consegue chegar à concentração que é necessária para o processo. A salmoura é bombeada para a planta, em terra firme, e alí se faz a separação real entre o KCl e o NaCl através de um processo convencional de evaporação e cristalização. 

O método é inovador, no sentido de que nunca foi feito off shore. Geralmente é feito on-shore”, detalha. Ele acrescenta que o projeto tem vantagens do ponto de vista social e ambiental. Social, porque não há comunidades diretamente impactadas pela lavra; e ambiental, porque a lavra de minério mais profundo e em área coberta por água do mar não acarreta os problemas de subsidência observados quando a lavra por solução é executada em terra.

“No caso de Sergipe, como a camada é muito profunda, relativamente delgada e muito extensa, os efeitos de subsidência são imperceptíveis. De qualquer forma, é feito um controle das cavernas para não haver subsidência. Além disso, pretende-se reinjetar a própria salmoura e assim o NaCl fica preenchendo as cavidades, para evitar eventual subsidência”.

Luís Albano informa que as cavernas terão uma distância de 130m a 150m entre si, para que haja pilares de sustentação e seja mantida a estrutura da rocha no local. Ele acrescenta que já existem na área mais de 150 poços que foram perfurados pela Petrobras, dos quais cerca de 80 atravessam as camadas de sais.  

Outra grande vantagem do projeto é sua escalabilidade, porque a camada se estende por quilômetros de distância. “Só na região onde estamos, podemos ter mais de 3 bilhões de toneladas de KCl. Pretendemos começar com 2 milhões t/ano, o que vai exigir três plataformas operando simultaneamente, mas a produção pode ser dobrada a cada poucos anos.” 

Outro ponto positivo é que projeto também permite o aproveitamento do cloreto de sódio. O NaCl que vai ser produzido terá grau de pureza industrial, diferentemente do sal da água do mar, que vem com contaminantes. “O cloreto de sódio é vendável e há mercado para isso. A própria Braskem, com o problema de Maceió (afundamento de zona urbana), não produz NaCl desde 2018 e está importando do Chile. Portanto, há um mercado consumidor favorável”, informa Luís Albano. Para cada tonelada de KCl produzida, são produzidas 1,3 toneladas de NaCl. “Acreditamos ser possível desenvolver esse mercado, porque hoje se está importando esse sal de melhor qualidade para fabricação de soda cáustica. Isso também vai agregar valor ao projeto”, diz o engenheiro. 

Segundo Luiz Bizzi, a grande profundidade das camadas de sal favorece a lavra por solução. “No Canadá, as empresas que fazem a lavra subterrânea estão lavrando a profundidades de 1.000m a 1.200m, e quem faz a lavra por solução opera a profundidades maiores. Aprendemos com a Wood que para fazer a lavra por solução, o ideal são profundidades maiores do que 2.000m. Nosso minério está a 2.500 metros de profundidade, e quanto mais profundo, melhor, podendo-se usar técnicas semelhantes àquelas de extração de petróleo por fracking e contando com a pressão litostática que ajuda no sentido de levar a solução saturada em KCl para a superfície. Outro aspecto é que, à medida que aumenta a profundidade a solução salina fica mais quente, o que favorece a solubilidade e, portanto, a recuperação dos sais de potássio. 

"Então a nossa salmoura, por estar a maior profundidade, está naturalmente aquecida. Portanto, a profundidade das camadas é algo favorável”, conclui Bizzi. (Por Francisco Alves

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28/09/2024 03:40h

Ministérios da Fazenda, Saúde e Casa Civil trabalham na criação de propostas sobre uso dos benefícios sociais

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Depois que o Banco Central divulgou esta semana que beneficiários do Bolsa Família gastaram no mês de agosto mais de R$ 3 bilhões com apostas em BETS, o governo reagiu. Nesta sexta-feira (27), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou a criação de um Grupo de Trabalho para apresentar, até a próxima quarta-feira (2), uma proposta sobre uso de recursos do cartão Bolsa Família. 

No comunicado divulgado na página do ministério, o MDS explica que o grupo formado entre a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do Cadastro Único vai trabalhar de forma integrada também com os Ministérios da Fazenda, da Saúde e com a Casa Civil.

Segundo o ministro Wellington Dias, o projeto de lei que regulamenta as BETS prevê que as medidas do Ministério da Fazenda vão demorar seis meses para entrar em vigência após a publicação, o que só vai acontecer em janeiro de 2025. 

“Assim, estamos trabalhando alternativas. Uma delas é o limite zero para o uso de benefício social como o Bolsa Família para jogos, para BETS e o controle com base no CPF e a partir daí adotar as medidas necessárias”, destaca Dias. 

Gastos com BETS

Um relatório inédito do Banco Central divulgado nesta semana mostra que beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões via pix às empresas de apostas. Segundo o documento, a média gasta pelos beneficiários do programa social com as apostas foi de R$ 100 no mês. Sobre o perfil desses apostadores, 4 milhões são chefes de família e essas pessoas enviaram R$ 2 bilhões por PIX para as bets.

Para o economista-chefe da Análise Econômica, de São Paulo, André Galhardo, a medida rápida do governo é acertada, já que o uso dos benefícios em apostas pode ter consequências econômicas para a sociedade.

“Isso, do ponto de vista econômico, pode causar um problema grave para o Brasil. Já se fala em aumento de inadimplência, inclusive pessoas com baixo poder aquisitivo estão despendendo boa parte dos recursos para apostar nesses jogos e têm perdido dinheiro nisso. O que acaba comprometendo uma parcela da renda que seria destinada para quitar obrigações que haviam sido feitas anteriormente.”

O documento do Banco Central mostra ainda que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram de jogos de azar e apostas no Brasil, fazendo pelo menos uma transferência via PIX para essas empresas durante o período analisado.

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27/09/2024 21:31h

A Mosaic e a Mineração Serra Verde se destacaram em categorias estratégicas ao aliar eficiência operacional à responsabilidade socioambiental

O Prêmio FIEG de Sustentabilidade da Indústria Goiana aconteceu dia 24 de setembro, na Casa da Indústria, em Goiânia e reconheceu duas mineradoras associadas ao MINDE - Sindicato das Indústrias de Mineração GO e DF (nova identidade do SIEEG-DF) por suas práticas inovadoras e transformadoras voltadas à preservação ambiental. A Mosaic e a Mineração Serra Verde se destacaram em categorias estratégicas ao aliar eficiência operacional à responsabilidade socioambiental, por meio da implementação de tecnologias sustentáveis e projetos inovadores que beneficiam tanto a indústria quanto o meio ambiente.

A Indústria Mosaic foi premiada com o segundo lugar na categoria Tecnologias Sustentáveis por seu projeto de recirculação e reutilização de água, que otimiza o uso de recursos hídricos, promovendo a economia de água e a redução de desperdícios. Esse projeto destaca o compromisso da empresa com a gestão eficiente dos recursos naturais, um tema central no debate sobre sustentabilidade. 

Já a Mineração Serra Verde foi premiada em duas categorias. A empresa conquistou o segundo lugar em Tecnologias Sustentáveis com o Plano Diretor de Emissão Atmosférica, reconhecido pelas inovações no controle de poluentes, e o terceiro lugar na categoria Práticas de Gestão Sustentável e Responsabilidade Socioambiental com o projeto Bem-viver, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade e a qualidade de vida das comunidades em que atua.

A premiação, realizada a cada dois anos pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), reconhece empresas goianas que implementam soluções alinhadas à agenda ambiental e ao uso eficiente dos recursos naturais. Nesta edição, seis empresas foram premiadas em quatro categorias: Práticas de Gestão Sustentável, Tecnologias Sustentáveis, Comunicação ESG e Iniciativas de Micro e Pequenas Empresas. O reconhecimento das associadas ao MINDE, Mosaic e Mineração Serra Verde, reforça que a mineração pode ser sustentável, utilizando tecnologias e práticas que minimizam os impactos ambientais e promovem a responsabilidade socioambiental. 

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27/09/2024 21:25h

Neste episódio, o Pediatra Dr. Thomaz Bittencourt Couto (CRM: 120.361/ SP) diz se mel faz bem para a tosse.

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Você já ouviu falar que o mel pode ser bom para tosse em crianças?

É verdade é que o mel tem mostrado ser eficaz no alívio da tosse em crianças, segundo estudos médicos envolvendo quase 900 participantes. Usado por até 3 dias, ele foi mais eficiente que placebo e salbutamol, e teve resultados semelhantes ao dextrometorfano, além de ser melhor que a difenidramina.

O mel também ajudou a melhorar o sono das crianças sem causar efeitos colaterais graves. No entanto, ele não deve ser dado a crianças menores de 1 ano devido ao risco de alergia.

Veja ao vídeo com a explicação do especialista:

 

Tenha acesso aos conteúdos do Doutor Ajuda. Acesse: www.portaldoutorajuda.com.br.
 

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27/09/2024 20:59h

Prefeituras poderão fazer correções nos endereços das famílias, alterando a localização geográfica por meio de um mapa interativo

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Uma nova funcionalidade está disponível para os municípios do Rio Grande do Sul no portal oficial do Auxílio Reconstrução. A partir de agora, as prefeituras poderão fazer correções nos endereços das famílias que ainda não foram aprovadas no benefício, alterando a localização geográfica por meio de um mapa interativo.  A novidade vale apenas para as famílias que tiveram problema com a localização.

A nova opção funciona assim: as prefeituras acessam o site do auxílio, clicam em “revisar cadastro”, localizam o CPF que desejam atualizar e selecionam a opção de corrigir a localização (referência geográfica) no mapa. Depois disso, basta selecionar o novo ponto no mapa, aceitar os termos de declaração e salvar. Na sequência, um novo requerimento será analisado.

“Estamos sempre nos reunindo com outras pastas do Governo Federal e com prefeituras das cidades gaúchas que ainda possuem famílias sem o Auxílio Reconstrução. A nova funcionalidade do sistema facilita o trabalho das prefeituras para encontrar o local onde as pessoas, de fato, moram”, explicou o diretor do Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil (DOP) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Paulo Falcão.

De acordo com Falcão, cerca de 18 mil famílias deverão se beneficiar com a nova funcionalidade. “Seguiremos na missão de ajudar a população no Rio Grande do Sul e na reconstrução do estado”, completou o diretor. 

Famílias beneficiadas

Desde a criação do Auxílio Reconstrução até o momento, 379.426 cadastros foram aprovados no benefício. Desse total, 365.380 famílias gaúchas receberam o valor de R$ 5,1 mil, totalizando R$ 1,8 bilhão.

O auxílio é pago em parcela única para cada família afetada pelo desastre e foi criado para ajudar na recuperação de bens perdidos nas enchentes, podendo ser usado da maneira que as vítimas acharem melhor. “Não há critério para a utilização do recurso. As famílias podem comprar cama, geladeira, fogão ou o que considerarem mais importante”, explica o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Sobre o Auxílio Reconstrução

O Auxílio Reconstrução foi criado pela Medida Provisória nº 1.219, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e regulamentado pela Portaria nº 1.774, publicada no dia 21 de maio.

Com o benefício, o Governo Federal espera atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de recursos. Inicialmente, o valor destinado ao auxílio era de R$ 1,23 bilhão para 240 mil famílias. Com a publicação da Medida Provisória nº 1.235, o MIDR teve um crédito extraordinário de mais R$ 689,6 milhões. Com isso, mais 135 mil famílias podem ser beneficiadas.

Ao todo, dos 497 municípios gaúchos, 451 podem solicitar o auxílio para cada família. Confira a lista completa de municípios habilitados. 

Tire todas as dúvidas sobre o Auxílio Reconstrução AQUI.

Confira AQUI a quantidade de cadastros passíveis de correção por município.

Fonte: MIDR

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27/09/2024 20:54h

Serão beneficiados os municípios de Encantado (RS), Perdões (MG) e Luisburgo (MG)

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, autorizou, nesta sexta-feira (27), o repasse de R$ 3,2 milhões para ações de recuperação em três municípios brasileiros afetados por desastres. As portarias com os repasses foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Confira abaixo.

As cidades a serem beneficiadas são: Encantado (RS), com R$ 2,5 milhões, Perdões (MG), com R$520 mil, e Luisburgo (MG), com R$ 229,4 mil.

Encantado (RS)

Perdões (MG)

Luisburgo (MG)

Como solicitar recursos

Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Fonte: MIDR

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27/09/2024 20:47h

Estão na lista municípios dos estados de Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Alagoas

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta sexta-feira (27), a situação de emergência em 72 municípios afetados por desastres. As portarias com os reconhecimentos foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Em Mato Grosso, 60 cidades afetadas por incêndios florestais obtiveram o reconhecimento federal. Confira a portaria com a lista completa aqui.

Atingidos pelo mesmo desastre, os municípios de São Jorge do Patrocínio, no Paraná, Catanduva, em São Paulo, e Manaquiri, no Amazonas, também tiveram a situação de emergência reconhecida.

Seca e estiagem

Afetados pela estiagem, os municípios de Capoeiras, Carnaubeira da Penha e Tacaimbó, em Pernambuco; Vieirópolis, na Paraíba; Vitória da Conquista, Santa Brígida e Oliveira dos Brejinhos, na Bahia, e Dois Riachos, em Alagoas, também obtiveram o reconhecimento federal. Da mesma forma, Pariconha, em Alagoas, entrou na lista devido aos impactos da seca. Confira a portaria com os reconhecimentos aqui.

Como solicitar recursos

Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Fonte: MIDR

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