28/09/2024 04:20h

Ministério da Saúde emite nota técnica com orientações para diagnosticar Cepa 1b ainda sem registros de circulação no país

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Uma nova variante da Mpox — cepa 1b — que ainda não foi diagnosticada em pacientes com a doença no Brasil, acendeu o alerta mundial e fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse a situação de emergência internacional. Esta semana, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica orientando os laboratórios de referência do país sobre o diagnóstico dessa nova variante. 

Como forma de prevenção e para coordenar ações de resposta à doença, um Centro de Operações de Emergência em Saúde foi instalado e estabeleceu novos critérios para tentar detectar precocemente o aparecimento da nova cepa no país.

Novos procedimentos

A nota técnica prevê que para todo caso confirmado de Mpox deverá ser verificado se o paciente: 

  • Viajou para uma área com evidências de transmissão sustentada de humano para humano de Mpox cepa 1 ou onde a cepa 1 é endêmica;
  • Teve contato com caso confirmado, provável ou suspeito de Mpox cepa 1;
  • Teve contato com um animal selvagem ou um animal de estimação exótico, vivo ou morto, proveniente da África Central ou consumiu algum produto derivado desses animais (por exemplo, carne de caça, cremes e loções).

Se alguma dessas respostas for positiva, amostras serão enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é a unidade de referência que será responsável por concentrar todos os dados nacionais e aprimorar o algoritmo atual na identificação da cepa 1b.

Casos no país 

Em 2024 foram diagnosticados, até o dia 24 de setembro, 1.190 casos prováveis da doença, todos da cepa 2. O que deixa o país em estado de alerta, já que nos nove primeiros meses deste ano foi superada a marca de todo o ano passado, quando foram 853 registros de Mpox no Brasil. 
 

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28/09/2024 04:10h

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus desaceleram em grande parte do Centro-Sul e Nordeste

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O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em expansão em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e São Paulo. 

Nesta semana, a reportagem do Brasil 61 fez uma apuração da situação epidemiológica nos estados apontados pela Fiocruz com maior expansão dos casos de SRAG associados à Covid-19. Em Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal, há uma tendência de queda do número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus. No entanto, isso não significa que as notificações por síndrome respiratória não estejam aumentando, já que muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas.

Segundo o InfoGripe, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul já é possível verificar uma desaceleração dos casos graves de síndrome respiratória por Covid-19. Mas, apesar disso, a doença é ainda apontada como a principal causa de morte por SRAG entre idosos. Por isso, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça a importância da vacinação para os grupos de risco.

“É muito importante que todos os idosos e pessoas dos grupos de risco, que ainda não tomaram vacina contra o vírus, busquem um posto de saúde e se vacinem contra a Covid-19.”

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, desaceleraram ou tiveram queda em grande parte dos estados da região Centro-Sul e Nordeste, com exceção do Ceará e Pernambuco, onde ainda apresentam aumento.

Estados e capitais

Na tendência de longo prazo, dez unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte(MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 5% à influenza B; 7% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 31,7% ao rinovírus, e 34,6% à Covid-19. Entre os óbitos, 18,1% estavam associados à influenza A, 4,4% à influenza B, 0,8% ao VSR, 7,2% ao rinovírus e 61,9% à Covid-19.

A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella mantém as recomendações para se proteger dos vírus associados à SRAG.

“A gente mantém a recomendação de sempre, de uso de máscaras em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde, para as pessoas que moram nesses estados, com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Também é importante lembrar que na Região Norte já começou a campanha de vacinação contra a influenza. Então é importante que todas as pessoas elegíveis a tomar essa vacina busquem se vacinar contra o vírus.”

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 38, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 15 e 21 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.

“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

COVID-19: secretarias estaduais de saúde registraram tendência de queda de casos no DF, GO e RJ

Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias

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28/09/2024 04:00h

Negócio surgiu há cinco anos e já dá os primeiros passos no mercado internacional. Empreendedor conta como apoio da ApexBrasil foi determinante para o processo

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Fundada pelo paraense Rodrigo Cordeiro em meados de 2019, a Nova Planta — empresa que produz mudas in vitro — ainda dava os primeiros passos no mercado interno quando um grande pedido internacional mudou sua trajetória. Com uma demanda desafiadora de 100 mil mudas vinda da Turquia, Cordeiro percebeu que sua empresa tinha um enorme potencial, mas enfrentava o desafio de não saber lidar com a exportação.

Foi então que ele recorreu à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e se inscreveu no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), que forneceu o conhecimento necessário para a Nova Planta atuar no comércio exterior.

"A burocracia é muito grande e isso impacta negativamente os pequenos negócios que estão começando. Se a gente fosse fazer com as próprias pernas, a gente não conseguiria. Ia demorar muito tempo, o desgaste ia ser grande. E a Apex está ali para te orientar e te colocar no caminho certo", conta Cordeiro. 

Hoje, a Nova Planta tem contrato firmado para exportar para o Chile, mas sonha com a abertura de mercado em outros países, objetivo que não intimida mais o empresário. "A Apex se tornou uma "mãe" com quem a gente pode contar para exportar. Vamos supor que eu precise exportar muda de mandioca para a África do Sul. Com certeza, a gente vai procurar a Apex, que vai nos dizer como funciona a legislação, como a gente pode fazer um trâmite, como fazer uma parceria com a câmara [setorial] de lá", explica. 

Ascenção

Técnico em meio ambiente, Rodrigo Cordeiro gosta da área desde pequeno, mas foi apenas durante a faculdade que ele resolveu transformar o cultivo de plantas in vitro em um negócio em escala comercial. Ao lado da professora Suzana e de um outro docente, que se tornaram sócios dele, o empreendedor fundou a Nova Planta. 

A Nova Planta produz mudas de todos os tipos: nativas, ornamentais, aromáticas, frutíferas, florestais, condimentares e medicinais. Hoje, a empresa fornece mudas para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, revitalização de nascentes e compensação ambiental, por exemplo. 

Como ocorre com a maior parte das empresas, o início da Nova Planta foi difícil. Com poucos recursos e mão de obra limitada, qualquer contrato firmado era motivo de celebração. "A gente vendia mil plantas e achava o máximo", conta Cordeiro. 

Aos poucos, contudo, o negócio foi crescendo e, hoje, a situação é muito melhor. "Contando a produção de mandioca, outras mudas no viveiro e a produção em laboratório, temos contrato para fornecer em torno de 20 mil plantas", afirma. 

A expansão do negócio gerou empregos nas instalações da empresa, que recentemente adquiriu um terreno de mais de quatro hectares. "Hoje, o nosso laboratório e o nosso viveiro funcionam em áreas cedidas. Mas esse novo local é grande, bem localizado. Nele vai ser feita a infraestrutura: o prédio e a nossa produção em estufa", conta. 

Atuação

Hoje, além da produção de mudas in vitro, o negócio desenvolve protocolos de testes de viabilidade de sementes, limpeza clonal, faz pesquisa e ministra cursos para cultura de tecidos vegetais, além de prestar consultorias e capacitações para laboratórios de micropropagação in vitro. 

Peiex

O Peiex é uma das inúmeras iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros a ingressarem no comércio internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

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28/09/2024 03:40h

Ministérios da Fazenda, Saúde e Casa Civil trabalham na criação de propostas sobre uso dos benefícios sociais

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Depois que o Banco Central divulgou esta semana que beneficiários do Bolsa Família gastaram no mês de agosto mais de R$ 3 bilhões com apostas em BETS, o governo reagiu. Nesta sexta-feira (27), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou a criação de um Grupo de Trabalho para apresentar, até a próxima quarta-feira (2), uma proposta sobre uso de recursos do cartão Bolsa Família. 

No comunicado divulgado na página do ministério, o MDS explica que o grupo formado entre a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do Cadastro Único vai trabalhar de forma integrada também com os Ministérios da Fazenda, da Saúde e com a Casa Civil.

Segundo o ministro Wellington Dias, o projeto de lei que regulamenta as BETS prevê que as medidas do Ministério da Fazenda vão demorar seis meses para entrar em vigência após a publicação, o que só vai acontecer em janeiro de 2025. 

“Assim, estamos trabalhando alternativas. Uma delas é o limite zero para o uso de benefício social como o Bolsa Família para jogos, para BETS e o controle com base no CPF e a partir daí adotar as medidas necessárias”, destaca Dias. 

Gastos com BETS

Um relatório inédito do Banco Central divulgado nesta semana mostra que beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões via pix às empresas de apostas. Segundo o documento, a média gasta pelos beneficiários do programa social com as apostas foi de R$ 100 no mês. Sobre o perfil desses apostadores, 4 milhões são chefes de família e essas pessoas enviaram R$ 2 bilhões por PIX para as bets.

Para o economista-chefe da Análise Econômica, de São Paulo, André Galhardo, a medida rápida do governo é acertada, já que o uso dos benefícios em apostas pode ter consequências econômicas para a sociedade.

“Isso, do ponto de vista econômico, pode causar um problema grave para o Brasil. Já se fala em aumento de inadimplência, inclusive pessoas com baixo poder aquisitivo estão despendendo boa parte dos recursos para apostar nesses jogos e têm perdido dinheiro nisso. O que acaba comprometendo uma parcela da renda que seria destinada para quitar obrigações que haviam sido feitas anteriormente.”

O documento do Banco Central mostra ainda que cerca de 24 milhões de pessoas físicas participaram de jogos de azar e apostas no Brasil, fazendo pelo menos uma transferência via PIX para essas empresas durante o período analisado.

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27/09/2024 19:00h

Do valor total destinado aos entes, R$ 98.456.924,60 vão apenas para os estados e o Distrito Federal

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Estados e municípios produtores de minerais recebem, no mês de setembro, um montante de R$ 492.281.282,87, referentes à cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), arrecadada no mês de agosto. Do valor total destinado aos entes, R$ 98.456.924,60 vão apenas para os estados e o Distrito Federal.

Minas Gerais configura como o estado que recebe a maior parcela. Ao todo, a unidade da federação conta com um valor superior a R$ 43 milhões. Já o Pará aparece na sequência, com uma quantia superior a R$ 41 milhões. Em terceiro lugar no ranking está Goiás, com um valor acima de R$ 2,5 milhões.

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O advogado especialista em mineração Alexandre Sion afirma que os valores recolhidos do título de CFEM podem proporcionar uma receita significativa para esses entes.

"Considerando que a atividade mineradora tem como uma de suas características o exaurimento do jazigo, isso é, o minério tem data para acabar, o recebimento da CFEM proporciona recursos para planejar, fomentar e executar diversificação econômica nas atividades, buscando assim a sustentabilidade socioeconômica para além da mineração", considera.

Confira a lista completa entre os estados 

  • MINAS GERAIS - R$ 43.126.678,74 
  • PARÁ – R$ 41.204.028,48 
  • GOIÁS – R$ 2.527.878,52 
  • BAHIA – R$ 2.302.806,58 
  • MATO GROSSO – R$ 1.791.376,48 
  • SÃO PAULO – R$ 1.484.276,76 
  • MATO GROSSO DO SUL – R$ 1.007.079,70 
  • SANTA CATARINA R$ 637.177,60 
  • TOCANTINS – R$ 625.838,10 
  • PARANÁ – R$ 466.174,65 
  • RIO GRANDE DO SUL - R$ 450.151,66 
  • ALAGOAS – R$ 446.294,60 
  • RONDÔNIA -R$ 329.899,72 
  • DISTRITO FEDERAL – R$ 291.034,53 
  • RIO DE JANEIRO – R$ 248.673,12 
  • CEARÁ – R$ 221.910,82 
  • SERGIPE – R$ 212.356,41 
  • ESPÍRITO SANTO – R$ 208.006,64 
  • AMAZONAS – R$ 204.750,09 
  • MARANHÃO – R$ 192.120,50 
  • PARAÍBA – R$ 115.532,26 
  • PIAUÍ – R$ 113.163,63 
  • PERNAMBUCO – R$ 103.390,73 
  • AMAPÁ – R$ 81.634,48 
  • RIO GRANDE DO NORTE – R$ 58.688,11 
  • ACRE – R$ 3.218,41 
  • RORAIMA – R$ 2.783,28 

Já entre as unidades da federação que recebem as menores parcelas estão Acre, Rio Grande do Norte e Amapá, que contam com valores aproximados de R$ 3 mil, R$ 58 mil, R$ 81 mil, respectivamente.

Confira a lista de valores recebidos por municípios

Compensação Financeira pela Exploração Mineral 

A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) foi estabelecida pela Constituição de 1988 como uma contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras aos estados, Distrito Federal e municípios pela exploração econômica dos recursos minerais em seus territórios. 

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27/09/2024 15:45h

Pelo menos R$ 825 milhões devem ser transferidos a estados e municípios. Os repasses da nova parcela com os valores da assistência financeira podem ser acompanhados direto na portaria publicada pelo Ministério da Saúde

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Os recursos complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de setembro já estão disponíveis para consulta. Os valores constam na Portaria 5.424, de 24 de setembro de 2024, do Ministério da Saúde. De acordo com o documento, pelo menos R$ 825.371.101,92 devem ser transferidos aos entes. Para os municípios, o valor é de R$ 614.033.180,09, enquanto que para os estados o montante é de R$ 211.337.921,83. 

Vale destacar que, na Portaria, não consta o valor destinado ao estado de Minas Gerais que, no mês passado, estava entre as unidades da federação com maiores valores recebidos. A reportagem do Brasil 61 entrou em contato com o Ministério da Saúde para questionar a ausência do valor destinado à Minas, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta. 

Valores repassados mensalmente

A cada mês, o Ministério da Saúde edita portaria com atualização dos valores complementares referentes ao pagamento do piso da enfermagem. O objetivo também é corrigir informações e identificar a forma pela qual os repasses devem ser feitos para os municípios. Na avaliação do vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Daniel Menezes, é importante que as devidas correções sejam feitas para não prejudicar os profissionais dessas categorias.

“Esses repasses representam nada mais do que um direito garantido por meio da criação da lei do piso e que não foi pago em período anterior por conta de divergências no cadastro entre as instituições e entes federados que são beneficiados. Então, é uma correção de uma injustiça em relação ao não repasse para os profissionais que têm direito”, ressaltou o vice-presidente do Cofen, Daniel Menezes.   

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O município de Arapiraca, em Alagoas, por exemplo, deve contar com R$ 1.490.736,36. Já para Alfenas, em Minas Gerais, a quantia destinada chega a R$ 1.325.152,03. No estado de Goiás, Anápolis vai receber R$ 1.610.448,53, enquanto Cruzeiro do Sul, no Acre, recebe R$ 267.414,59. 
 

5 cidades que receberam o maior repasse do piso da enfermagem de setembro

  • BELO HORIZONTE (MG):  R$ 9.530.565,91 
  • FORTALEZA (CE):  R$ 7.620.487,91 
  • RIO DE JANEIRO (RJ):  R$ 7.186.207,73 
  • JOÃO PESSOA (PB):  R$ 5.123.929,86 
  • CAMPINA GRANDE (PB):  R$ 4.959.706,74
     

Fiscalização 

Após a transferência da União, cabe aos gestores os pagamentos aos profissionais. Por isso, é importante que a aplicação dos recursos seja fiscalizada em todo o país para garantir que os valores cheguem aos contracheques, como explica o advogado especialista em direito médico Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, destaca.    

Acerto de Contas

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria 4.155, de 14 de junho deste ano, para acerto de contas de entes federados. Serão repassados R$ 172.163.255,20 a 1.626 municípios e 10 estados, referentes a parcelas de maio a agosto de 2023. De acordo com a pasta, a solicitação de acerto de contas não significa, necessariamente, novos valores a serem recebidos. 
 

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27/09/2024 02:20h

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o ideal é que haja 3,73 médicos para cada mil habitantes. No estado gaúcho, apenas 6,67% das regiões de saúde conseguiram superar essa marca.

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Em meio à reconstrução de casas, escolas e hospitais — depois de viver a pior tragédia climática do estado — o Rio Grande do Sul ainda enfrenta uma outra realidade no que diz respeito à saúde: a distribuição desigual e a falta de médicos. 

A média de profissionais está abaixo do nível recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com dados do DataSUS. De acordo com a OCDE, o ideal é que haja 3,73 médicos para cada mil habitantes, mas no estado gaúcho apenas 6,67% das regiões de saúde — municípios que compartilham identidades culturais, econômicas, sociais e infraestrutura de transporte e comunicações — conseguiram superar essa marca, ou seja, 93,33% estão abaixo deste número.

O desastre climático atinge mais fortemente algumas áreas e impacta a saúde de formas diferentes, destaca Alcindo Ferla, pesquisador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

“Muitas unidades de saúde no Rio Grande do Sul foram destruídas e o lugar de trabalho de muitos profissionais foi afetado. Objetivamente, não tínhamos uma formação adequada e faltaram profissionais de saúde.” 

Cidades afetadas

Com mais de 10 milhões de habitantes e cerca de 54 mil médicos especialistas, o Rio Grande do Sul tem 20% de regiões com até 1,7 médico por mil habitantes, número que confirma a distribuição desproporcional de médicos no estado.

Cidades que foram fortemente afetadas pelas enchentes, como Uruguaiana e Estrela, por exemplo, fazem parte de regiões com número de médicos abaixo do recomendado.

O pesquisador ainda explica que os indicadores usados pela OCDE — baseado em números de profissionais — são usados de maneira generalizada e podem não ser tão precisos, ainda mais quando se trata de pequenas cidades. 

“Nós temos tido dificuldade de encontrar médicos justamente pelo pleno emprego, já que os profissionais têm preferido as grandes cidades e as regiões metropolitanas. Enquanto 70% dos municípios brasileiros têm menos de 30 mil habitantes.” 

Para o pesquisador, se usarmos essa lógica regulatória — tanto da formação, quanto do trabalho — a população que está nos outros 70%, que englobam os municípios menores “ têm menos direito à saúde”, o que para Alcindo Ferla, do ponto de vista ético, é uma atrocidade.

Novos cursos em xeque

E o cenário da cobertura médica ainda pode ficar pior, já que o Ministério da Educação (MEC) pode negar 23 pedidos de abertura de novos cursos ou de aumento de vagas nas faculdades já existentes no estado, com base em uma mudança nos critérios de avaliação.

Hoje, há 23 processos para a abertura de novos cursos no estado tramitando no MEC, mas a tendência é que todos eles sejam rejeitados, considerando a mudança de critérios imposta pelo MEC a partir da Portaria nº 531/2023. A portaria considera apenas o número de médicos por município e não as regiões da saúde, conceito muito mais amplo e abrangente. Avaliação que descumpre a Lei do Mais Médicos.

A restrição tem um impacto grande na educação e na saúde, como explica o pesquisador.

“Primeiro, por ela revelar uma incapacidade grande do fluxo regulatório do atual MEC, de entender como funciona o sistema de saúde brasileiro. Parece que o MEC ainda tem a expectativa de fazer uma regulação com base nos modelos pedagógicos e não entrar muito em certos conflitos de interesses, sejam eles corporativos e da própria capacidade de compreensão.” 

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Painel de acompanhamento

Recentemente, a Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES) lançou o Painel de Acompanhamento dos Processos Regulatórios de Medicina, uma das iniciativas da instituição com foco no setor de educação superior do país.

O painel é atualizado semanalmente com as publicações de portarias do MEC sobre os cursos de Medicina. A ferramenta traz um panorama sobre os processos em tramitação na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) e a distribuição de vagas autorizadas em todo o país. De acordo com o painel, 73 processos foram concluídos neste ano, sendo 36 indeferidos, 29 deferidos e oito deferidos parcialmente. Há ainda 221 processos que aguardam parecer final e publicação de portaria.
 

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27/09/2024 02:06h

Índice está cotado a 133.010 pontos

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O índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) fechou em alta de 1,08% e está cotado a 133.010 pontos. Segundo os economistas, o resultado foi impulsionado pelo avanço do setor de minério de ferro, que foi influenciado pela expectativa de novos estímulos para crescimento da economia da China.

Em função disso, as ações da Vale (VALE3) subiram 6,01% e chegaram a R$ 64,25, o maior patamar desde janeiro deste ano. Os pares também fecharam em alta: a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) subiu 8,95%; a Usiminas (USIM5) 5,63%; e a Gerdau (GGBR4) encerrou em alta de 3,89%.

O volume negociado no último fechamento foi de R$ 27.223.826.709. 

Os dados da bolsa de valores brasileira podem ser consultados no site da B3.

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27/09/2024 02:05h

O euro também teve queda e fechou em R$ 6,08

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O preço do dólar está cotado a R$ 5,44 após recuo de 0,59% no último fechamento. Segundo os economistas, o valor do último fechamento reverteu os ganhos da véspera e reflete um comportamento global da moeda norte-americana. O motivo é que a expectativa de novos estímulos à economia da China impulsionaram o preço do minério de ferro e, por consequência, das moedas ligadas às commodities, como o real.

Nesta quinta-feira (26), o Politburo chinês — que é a mais alta instância do Partido Comunista da China — disse que fará o “estímulo fiscal necessário” para que o Produtor Interno Bruto (PIB) chinês cresça 5%, que é a meta estabelecida pelo governo para 2024.

Uma vez que o Brasil é um grande exportador de commodities para a China, qualquer fato que aconteça em relação à expansão da economia chinesa reflete no dólar para os brasileiros.

Já o euro comercial também teve queda e fechou em R$ 6,08. As cotações são da companhia Morningstar

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27/09/2024 02:04h

Cotações do frango e do suíno vivo seguem estáveis

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A cotação da arroba do boi gordo começou esta sexta-feira (27) com alta de 1,87% e o produto é negociado a R$ 272,85, no estado de São Paulo.  

Já o frango resfriado e o congelado seguem estáveis e o quilo é negociado a R$ 7,51 e R$ 7,34, respectivamente, nas regiões de referência da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. 

O suíno teve variação apenas da carcaça especial, que subiu 0,54% e é negociada a R$ 13,04/quilo. Já o quilo do suíno vivo segue estável e é comercializado a R$ 8,96 em Minas Gerais e São Paulo, R$ 8,52 no Paraná, R$ 8,41 em Santa Catarina e R$ 8,20 no Rio Grande do Sul.

As informações são do Cepea.

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